Mostrando postagens com marcador ECONOMISTA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ECONOMISTA. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Werner Baer: 1931-2016 - "A Economia Brasileira".


Werner Baer é/foi um dos mais respeitados acadêmicos sobre a história econômica brasileira. 
Uma perda com grande sentimento de tristeza para os seus milhares de alunos e admiradores.  
Com ele vai um pouco da nossa própria trajetória econômica. 
Março, com suas célebres chuvas de verão, fechou para balanço com uma notícia realmente triste, num momento já tão conturbado. 

segunda-feira, 14 de março de 2016

Lloyd Stowell Shapley, Nobel Laureate in Economics, Dies at 92.


O matemático e economista americano Lloyd S. Shapley, um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia de 2012, morreu no último sábado, aos 92 anos. Shapley estudava a Teoria dos Jogos, um ramo da matemática aplicada que estuda situações estratégicas, para entender o processo de tomada de decisões no mundo real.

A Rand Corporation, onde Shapley trabalhou como pesquisador, disse por meio de nota publicada em seu site, nesta segunda-feira, que ele morreu no sábado em Tucson, no estado do Arizona. De acordo com o texto, a saúde do matemático piorou depois que ele quebrou o quadril há algumas semanas.

Shapley dividiu o Nobel de Economia com o também americano Alvin Roth por pesquisas independentes que mostraram como unir diferentes agentes econômicos, como estudantes e escolas ou doadores de órgãos e pacientes, proporcionando benefícios mútuos.

Na época, a comissão do Nobel afirmou que Shapley utilizou a Teoria dos Jogos para estudar e comparar vários métodos de combinação e descobrir como se certificar de que essas combinações são aceitáveis para todos os envolvidos. Já a pesquisa de Roth aplicava esses princípios ao mundo real.


Leia mais:
http://extra.globo.com/noticias/economia/morre-lloyd-shapley-ganhador-do-premio-nobel-de-economia-rv3-3-18874195.html#ixzz42v0eKpET

http://www.rand.org/news/press/2016/03/14.html

terça-feira, 25 de agosto de 2015

CORECON SP: Homenagem Dia do Economista.

DIA DO ECONOMISTA
13/08/2015

Carlos Roberto de Castro
Professor de Economia, ex-Presidente do CORECON-SP e do COFECON

Embora a profissão de economista já tenha atingido a sua terceira idade – completados no dia 13 agosto 64 anos de existência, reconhecida pela edição da Lei nº 1.411 de 13 de agosto de 1951 - até hoje sua atividade é pouco compreendida pela sociedade, sendo, não raro, muitas vezes confundida por outras profissões.

Se citarmos o médico, o advogado, o engenheiro, por exemplo, prontamente se cria uma expectativa de quais sejam as atividades de cada um desses profissionais.

Mais exposto à opinião pública e mais diretamente vinculado ao sucesso ou insucesso do cenário em que atua, o economista é frequentemente apontado como responsável pelos problemas econômicos que passam, invariavelmente, a ter cunho social.

O profissional economista se preocupa com um aspecto do comportamento humano: aquele que se origina do fato de as ambições dos homens serem maiores que sua possibilidade de satisfazê-las.

De forma resumida, questão econômica – em um conceito amplo – se configura quando estão presentes quatro condições:
1) múltiplos objetivos pretendidos;
2) possibilidade de apresentação desses objetivos em escala hierárquica
3) insuficiência de recurso para o atendimento integral de todos os objetivos propostos; e
4) possibilidade de aplicação desses meios, alternativamente entre os diversos objetivos.

Em outras palavras, cada solução tem seu custo. Existe sempre um preço a pagar.

Atuamos no campo das ciências humanas e, portanto, trabalhamos com variáveis condicionadas, também, por fatores sociais e políticos.

Jamais conseguiremos eliminar completamente as margens de erro porque não podemos fazer experiências de laboratório, repetindo simulação de fatores idênticos.

É a interação do comportamento de milhões de indivíduos, cada um pensando em si, com suas próprias expectativas, mas sujeitos a restrições do seu orçamento e do sistema de preços; ou seja, trata-se de uma ciência que procura descrever o comportamento de homens e mulheres produzindo, comprando e vendendo coisas.

Os economistas têm uma formação matemática que permite lidar com números com competência; uma formação histórica e sociológica que permite ter uma visão de conjunto das mudanças; um treinamento da expressão escrita e uma formação teórica consistente.

O Economista é, portanto, um profissional que a partir de um bom domínio da Ciência Econômica está capacitado para intervir no processo social, oferecendo a melhor contribuição específica sobre aspectos que são privativos de sua profissão. Ou seja, ele está apto a colocar a serviço da sociedade moderna um conjunto de conhecimentos científicos, acumulados e sistematizados ao longo de toda a história, tanto política, quanto social e econômica.

São essas regularidades que os economistas pretendem conhecer e utilizar para fins de política econômica. Cada cenário reúne condições novas, embora semelhantes aos fenômenos anteriores.

Nosso compromisso, como profissionais de economia é conhecer cada vez melhor nossa área de atuação e conhecer os instrumentos que essa ciência nos oferece para minimizar ao máximo as possibilidades de erro

Importa ter sempre em mente que o trabalho teórico tem uma destinação própria: Fazer compreender a realidade.

Mas é preciso compreender que a teoria deve ser aplicada ao momento histórico por quem conheça as suas limitações. É imprescindível que as condições reclamadas para sua validade estejam presentes.

Por sua formação o economista tem um mercado de trabalho bastante diversificado, podendo atuar em empresas públicas ou privadas, de vários segmentos produtivos.

O conhecimento da realidade de mercado e do ambiente político-legal em diversos países permite ao economista planejar as ações estratégicas (volume de oferta, política de preços, etc.), analisar o retorno dos investimentos da empresa e o comportamento da demanda, entre outras atividades de simulação e planejamento.

Para a consecução destes objetivos o economista tem que se relacionar com uma equipe multidisciplinar que envolve especialistas de diferentes áreas de atuação.

Portanto, economista não é somente aquele que faz orçamentos, planejamentos, análises de investimentos etc. Mas é aquele profissional que, além de exercer todas estas funções, é capaz de pensá-las dentro de um contexto geral de todo o processo de distribuição e produção da sociedade.

Parafraseando o saudoso professor Armando Dias Mendes:“Não basta ser um bom Economista, é preciso ser um Economista bom”.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

domingo, 24 de maio de 2015

John Nash dead.

Nobel Prize-winning mathematician John Nash was killed in a car accident on Saturday, New Jersey State Police told The Huffington Post.
The Princeton University scholar was 86 years old. His wife Alicia was also killed in the crash.
According to police, they were riding in a taxi on the New Jersey Turnpike and were ejected from the vehicle. NJ.com reports that Nash and his wife were not wearing seatbelts.
Nash was the subject of the Academy Award-winning film 'A Beautiful Mind'. The film depicted his groundbreaking work in game theory, for which he won the Nobel Prize in Economic Sciences in 1994. He also received the Abel Prize, one of mathematics' most prestigious honors, in March.
'A Beautiful Mind', which starred Russell Crowe, also depicted Nash's struggles with mental illness. Nash suffered from schizophrenia and, after his recovery, became an advocate for improving mental health care.

"Stunned...my heart goes out to John & Alicia & family," Crowe tweeted on Sunday."An amazing partnership. Beautiful minds, beautiful hearts."

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

The status of economists: The power of self-belief.

"IF ECONOMISTS could manage to get themselves thought of as humble, competent people, on a level with dentists, that would be splendid!" said John Maynard Keynes, a British economist. Despite their collective failure to predict the financial crisis, let alone follow Keynes's injunction, economists are still very influential. They write newspaper columns, advise politicians and offer expensive consulting services to business-folk far more than other academics. A new paper* tries to explain why.
One reason, say the authors, is that economists have come to believe that they are superior. A survey in 1985 found that just 9% of graduate students in economics at Harvard strongly believed that economics was "the most scientific of the social sciences". But as economics became ever more mathematical, its practitioners grew in self-confidence. By 2003 54% of the graduate economists studying at Harvard strongly agreed with the statement. A glance at a popular blog for doctoral students in economics, econjobrumors.com, gives a taste of the contempt in which its users hold other disciplines. Sociologists "play around with big important ideas without too much effort or rigour," one econo-nerd asserts.
The authors point out that economists demonstrate their self-belief in subtler ways too. Articles in the American Economic Review cite the top 25 political-science journals one-fifth as often as the articles in the American Political Science Review cite the top 25 economics journals. Another study found that American economics professors were less likely than their peers in other subjects to agree with the notion that "interdisciplinary knowledge is better than knowledge obtained by a single discipline."
The odd thing, the authors argue, is that we believe in economists almost as much as they believe in themselves. Journalists and politicians seek strong arguments and clear answers. Most academics are reticent types: historians, for instance, question whether you can learn anything from history. "For a moderate fee," jokes Deirdre McCloskey, an economic historian, "an economist will tell you with all the confidence of a witch doctor that interest rates will rise 56 basis points next month or that dropping agricultural subsidies will increase Swiss national income by 14.8%."

* "The superiority of economists<http://pubman.mpdl.mpg.de/pubman/faces/viewItemOverviewPage.jsp?itemId=escidoc:2071743:2>", by M. Fourcade, E. Ollion and Y. Algan, MaxPo Discussion Paper 14/3.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Edmar Bacha: Por que voto em Aécio.

EDMAR BACHA, 72, economista, é membro da Academia Brasileira de Ciências e sócio-fundador do Instituto de Estudos de Política Econômica - Casa das Garças. É autor de "Belíndia 2.0" e de "O Futuro da Indústria no Brasil" (Civilização Brasileira)

Meu voto em Aécio se justifica de duas maneiras. A primeira é que, se Dilma tiver mais quatro anos, acabará de quebrar o país e nos encaminhará para uma séria crise política e social. Não é difícil ver o porquê. Nos quatro anos de seu governo, o crescimento da economia foi o menor de todos os períodos presidenciais completos de nossa história republicana desde Floriano Peixoto.

A culpa desse desempenho medíocre não vem de fora, pois nossos vizinhos sul-americanos (exceto pela Argentina e Venezuela que seguem políticas parecidas com as de Dilma) vão muito bem, obrigado. Neste ano, o crescimento do PIB brasileiro deverá ser zero, algo inédito na história do país em períodos sem crise cambial.

A culpa também não é da equipe econômica, pois ela apenas executa com docilidade a política determinada em cada detalhe pela presidente. Foi Dilma quem retirou a autonomia do Banco Central; criou um orçamento paralelo de alquimias contábeis entre o Tesouro e os bancos públicos; destruiu a capacidade de investimento da Petrobras e da Eletrobras; aparelhou partidariamente as agências reguladoras; fez os leilões de concessão de infraestrutura se tornarem um fiasco quando não uma fonte adicional de corrupção.

O resultado disso é a queda do PIB, a alta da inflação, a derrubada do investimento, a desindustrialização, o deficit externo e o aumento da dívida pública.

Dilma promete um governo novo, com ideias novas. Mas como faria isso se está convencida de estar no caminho certo? Se fosse reeleita, continuaria colocando em prática suas arraigadas convicções equivocadas sobre economia e administração pública. O resultado seria manter o país ladeira abaixo, com frustração popular, recessão, desemprego e inflação.

Felizmente, isso não vai acontecer porque tem Aécio Neves no meio do caminho.

Após 12 anos de "nós contra eles", que lembram o "ame-o ou deixe-o" da ditadura, Aécio é a esperança de reconciliação nacional. Sua história política é similar à de seu avô, Tancredo Neves, que sempre buscou a união dos extremos, o apaziguamento das diferenças, o convencimento pelo argumento, e não pela força.

Todo o ódio que o marqueteiro de Dilma fez destilar nessa campanha eleitoral sórdida será apagado, e Aécio, como fez em Minas Gerais, governará com competência, sem rancores ou partidarismos.

Por sua experiência no governo de Minas, Aécio sabe que políticas de inclusão social são um imperativo. Apesar da propaganda do governo sobre "a nova classe média", o Brasil continua a ser uma Belíndia --uma mistura da pobreza da Índia com a riqueza da Bélgica. Dados do Banco Mundial mostram que o Brasil mantém uma das mais desiguais distribuições de renda no mundo.

As informações que a Receita Federal finalmente começa a liberar revelam que a concentração de renda no país é bem maior do que a indicada pelas pesquisas domiciliares (Pnad) e ela não está sendo reduzida, ao contrário do que dizem os arautos do governo Dilma.

Aécio sabe também que para superar a pobreza, ao lado de uma política de transferência de renda, é fundamental ter uma estratégia de crescimento --equitativa e sustentável-- que leve o país, ao longo de uma geração, ao nível de renda do mundo desenvolvido.

Para isso precisamos restabelecer a estabilidade econômica e o equilíbrio das contas públicas e externas. Precisamos atrair o setor privado para investimentos maciços em infraestrutura, dar a nossas indústrias condições de competir no mercado internacional e, principalmente, melhorar nossos sistemas de educação, segurança e saúde.

Em seu programa de governo, Aécio tem propostas exequíveis para enfrentar esses desafios. Contará com uma equipe de auxiliares à altura da nobre tarefa de refazer a união entre os brasileiros e recolocar o país na rota do desenvolvimento. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

David Landes: 1924 - 2013 - Economic Historian.


David Saul Landes, 89, died on August 17, 2013 in Haverford, PA. He was the beloved husband of Sonia T. Landes, who died on April 12, 2013, after 69 years of marriage. He was the father of Jane Landes Foster, Richard Allen Landes, and Alison Landes Fiekowsky. Grandfather of eight and great-grandfather of nine.

David's family immigrated to New York from Husi, Romania in 1904. David was born April 29, 1924. David served in the Signal Corp. of the U.S. Army in World War II, becoming a Second Lieutenant with a field promotion in May 1944. He earned degrees from the City College of New York and Harvard University, and was awarded numerous honorary degrees from European universities, including Université de Lille, Eidgenössische Technische Hochschule, and most recently the Ecole des Hautes Etudes Commerciales in Paris.


In 1964 Harvard University elected him Professor of History, and he remained at Harvard University for the balance of his career, retiring in 1997, as the Coolidge Professor of History and Professor of Economics, bridging the disciplines of history and economics. David was one of the preeminent scholars of his generation and is particularly known for arguing the central role of culture in economic development. Among his distinguished works were The Wealth and Poverty of Nations, (New York : Norton 1998), Bankers and PashasThe Unbound PrometheusRevolution in Time, and Dynasties: Fortunes and Misfortunes of the Worlds Great Family Businesses

In addition, he published over fifty articles and served as editor of numerous publications. David's scholarship has been translated into over a dozen languages. In the 1970s he became an astute and avid watch collector, known to makers and devotees of watches and time keeping. He served as Chairman of American Professors for Peace in the Middle East in the 1970s. He was devoted to Judaism, the Jewish people, and the land of Israel, a legacy continued by his descendants.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

13 de Agosto - Dia do Economista: Parabéns.


Eliana Cardoso: Economista do Ano 2013.

Leio na FGV Notícias que a professora da Escola de Economia de São Paulo (EESP) Eliana Anastácia Cardoso é a Economista Homenageada desta edição do Prêmio Economista do Ano - Excelência em Economia 2013 pelo conjunto de sua obra.
 
Concedido pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), o prêmio reconhece há mais de 50 anos os profissionais e alunos que se destacaram por sua contribuição para o desenvolvimento econômico do país ao proporem análises críticas e inovadoras para a Economia nacional.
 
PhD em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Eliana Cardoso é professora titular na Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, e professora visitante no MIT, em Yale, Georgetown e também na USP. No Banco Mundial, trabalhou como Lead Economist na China e como Chief Economist na Ásia do Sul, além de ter sido Secretária de Assuntos Internacionais no Ministério da Fazenda do Brasil e Conselheira no Departamento de Pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI).
 
Eliana Cardoso também escreveu mais de 100 artigos em revistas profissionais no exterior no Brasil e á autora de livros como “Latin America's Economy: Diversity, Trends and Conflicts” – que em 1992 recebeu a menção honrosa da Association of American Publishers –, “Fábulas Econômicas” e “Mosaico da Economia”.
 
A professora ainda é colunista do jornal Valor Econômico e faz diversos artigos de opinião para o Estado de São Paulo.
 
A cerimônia de entrega do Prêmio Economista do Ano acontece hoje, às 18h30, no espaço Rosa Rosarum, em São Paulo.

sábado, 10 de agosto de 2013

Semana do Economista 2013 - CORECON PA

Na nossa SEMANA DO ECONOMISTA, o CORECON PARÁ tem uma excelente programação conforme divulgado no site http://www.coreconpara.org.br/noticia.php?id=261. 

Começa na próxima segunda-feira, 12, e vai até a quarta-feira, 14, a Semana do Economista 2013, promovida pelo Conselho Regional de Economia do Estado do Pará (Corecon-PA). O evento reúne, além de profissionais das ciências econômicas, empresários e autoridades interessadas e comprometidas com o desenvolvimento do Estado do Pará. 

A edição deste ano terá como tema o Empreendedorismo: um novo desafio para os economistas. O objetivo da Semana é mostrar aos profissionais paraenses as oportunidades abertas a partir dos projetos estruturantes previstos para acontecer no Pará nos próximos cinco anos. Este também será um momento de aprendizagem para os participantes, já que o Corecon-PA vai promover, durante a Semana do Economista, diversos cursos, oficinas e palestras para àqueles que se interessarem pela temática.

No dia da abertura, por exemplo, acontece palestra do diretor de Política Econômica do Banco Central do Brasil, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, com o tema "Conjuntura Econômica Regional e Nacional", além do lançamento do Boletim Regional do Bacen, que abrirá horizontes para quem pretende empreender no Norte do País. Já no dia 13, acontece o painel “As perspectivas e oportunidades nas organizações do terceiro setor do Brasil”, que será conduzido pelos economistas Sammy Machado Abud, que é analista Administrativo e Operacional do Amazoncred, e Alex Gonçalves de Souza, especialista em Gestão Empresarial. Outro ponto alto das programações será a palestra do gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Roberto Bellucci, sobre o “Empreendedorismo e o Economista”, que acontece às 19h do dia 13 de agosto, na sede do Corecon-PA. E como de praxe, na noite de encerramento da Semana do Economista, será feita a entrega do Prêmio de Monografia “Armando Correa Pinto”, aos alunos vencedores do certame. 

Este é um evento de reconhecida tradição na sociedade paraense. A Semana do Economista vem complementar a formação acadêmica dos estudantes universitários e dos profissionais da área. Ao longo dos dias de programação, promovem-se discussões e exposições relacionadas a temas de interesse atual, contando com a participação de consagrados profissionais, alguns de renome regional e nacional no cenário político e econômico.


SERVIÇO
Evento: Semana do Economista 2013
Data: 12 a 14 de agosto de 2013
Local: Sede do Corecon-PA.
End.: Rua Jerônimo Pimentel, 918, entre Marquês de Pombal e Soares Carneiro, próximo a Praça Brasil
Contato: Cantarely Costa (ASCOM) 8100-4409 / 3222-6917

sábado, 23 de março de 2013

Marcelo Neri - um economista ministro de estado.


Leio agora no UOL, uma nova mudança para o colega Marcelo Neri e desejo-lhe sucesso em suas novas atividades. E que mais economistas destaquem-se, indiferente se no setor público ou privado.   

O economista Marcelo Neri foi nomeado interinamente ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. O decreto foi publicado no "Diário Oficial da União" de sexta-feira (22).

Ele vai acumular a nova função com a presidência do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Neri assume na vaga aberta com a transferência de Moreira Franco (PMDB) para a Secretaria de Aviação Civil, no lugar de Wagner Bittencourt, na semana passada.

A ida de Franco para a pasta da Aviação Civil foi confirmada no último dia 15, junto com a troca de outros dois ministros do governo federal. Na mudança, o deputado Antônio Andrade (PMDB-MG) assumiu o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, enquanto o Ministério do Trabalho e Emprego passou a ser ocupado pelo advogado Manoel Dias, secretário-geral do PDT.

Painel revelou na semana passada a ida de Neri para a pasta, enquanto técnicos do governo traçam plano para vitaminar a Secretaria de Assuntos Estratégicos. A ideia em gestação é que a pasta assuma a interlocução entre "público e privado".

domingo, 2 de dezembro de 2012

Joelmir Beting.


JOÃO BATISTA NATALI e sua homenagem ao tradutor do economês sem trair a ECONOMIA.

Perguntaram certa vez a Joelmir Beting por qual razão ele preferia escrever para as donas de casa, e não para os empresários. Sua reação: "Não escrevo para a dona de casa. Eu escrevo é para a empregada dela".

Mesmo que não tenha sido bem assim, a resposta exemplifica a imensa novidade que Beting introduziu no jornalismo econômico. Inventou uma nova forma de explicar coisas complexas, com bom humor e boas metáforas, recheadas de erudição a caipirismos.

Sua coluna diária foi lançada pela Folha em 1970 e, a partir de 1991, passou a ser publicada por "O Estado de S. Paulo" e "O Globo".

Sua ascensão no jornalismo se deu em fins de 1968, quando o AI-5 impôs um silêncio à vida político-partidária. O jornalismo procurou outros temas, e a economia ganhou espaço.

Beting sabia cautelosamente relatar os conflitos entre setores empresariais e o então "czar" da economia, o poderoso ministro Delfim Netto. Os tecnocratas de Brasília passaram a falar um idioma desconhecido, o "economês" e o colunista virou um tradutor que não levava a sério o jargão.

Joelmir Beting foi um homem ordeiro, metódico. Nasceu em Tambaú, interior de São Paulo. Descendia de alemães imigrados em meados do século 19. Seu pai, boia-fria, arrastava os filhos para o trabalho de colher limão e jabuticaba.

Chegou à capital paulista em 1955. Passou no vestibular em ciências sociais, na USP. 

Mantinha-se como professor primário.

Entrou na Folha em 1966, como o encarregado de introduzir textos que atraíssem o leitor aos classificados de automóveis. Dois anos depois, virou editor do caderno de economia.

A coluna diária trouxe a ele imediata notabilidade. Na década de 1980, com inflação crescente, o enfoque de Beting passou a ser a proteção do poder aquisitivo. Duas frases criadas por ele: "Inflação é quando a mão fica maior que o bolso"; "Derrubar a inflação a golpe de recessão é como matar a vaca para acabar com o carrapato".

Rompeu com a reputação de próximo do regime militar ao publicar, em 1984, "Igreja, Classe Trabalhadora e Democracia", em parceria com d. Paulo Evaristo Arns e João Pedro Stédile.

Sua carreira sofreu uma reviravolta em 2003. Aceitou participar de uma campanha publicitária do banco Bradesco. Em resposta, "O Globo" e "O Estado de S. Paulo" suspenderam a publicação de sua coluna.

Beting prosseguiu no rádio e na TV. Sempre afirmou ter uma rotina de 15 horas diárias de trabalho. Não teria feito a metade do que fez sem a retaguarda de sua mulher, Lucila Beting, mãe de seus dois filhos, o publicitário Gianfanco e o jornalista esportivo Mauro.

O grande legado de Joelmir Beting está em dissociar o complicado da economia do complicado da linguagem. Ao encontrar formas mais simples de dizer as coisas, sem trair a teoria econômica, mostrou que o jargão é discriminatório, uma espécie de gíria inventada para assustar os menos iniciados. Por exemplo, a empregada da dona de casa.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ainda sobre o Dia do Economista.


José Maria Alves da Silva, doutor em economia, professor da Universidade Federal de Viçosa, escreveu este texto na FOLHA DE S. PAULO no Dia do Economista, 13.08.2012.

Hoje, formamos técnicos sem sintonia com questões sociais. Livros americanos que usamos não ensinam economia política e não servem para a soberania.

Ainda na vigência da ditadura militar, houve no Brasil um grande movimento reivindicatório de reforma curricular do ensino de economia.

Ansiava-se por escolas que também contribuíssem para a formação de massa crítica e atenta à realidade nacional, em vez de meramente formar técnicos para empresas ou burocratas estatais alienados, como se acreditava ser o intento da ditadura.

Depois de intensas discussões, a reforma foi implementada, em meados dos anos 1980. Como parte dela, introduziu-se a economia política no currículo mínimo, junto com distribuição mais equilibrada entre disciplinas de história, teóricas e instrumentais, e a obrigatoriedade da monografia de conclusão de curso, para iniciar os alunos na pesquisa aplicada a problemas nacionais.

Mas, após tantos anos, temos a impressão de que a formação dos nossos economistas está pior que antes.

As economias políticas estão aí nos currículos, só que marginalizadas. Servem mais para adornar grades curriculares e preencher a carga horária exigida do que cumprir o papel que se esperava delas.

O núcleo duro dos cursos mais conceituados é pleno de teorias e modelos difundidos por manuais norte-americanos, do chamado "mainstream economics", com seus acessórios matemáticos, econométricos e tudo aquilo que, como diria o filósofo Álvaro Vieira Pinto, pode servir para formar "serventuários do poder supremo", mas não "agentes de desenvolvimento econômico", sintonizados com a nossa história e com nossos grandes problemas sociais.

Até o curso economia brasileira serve mais de pretexto para a aplicação de técnicas do que para a análise histórica do país. A monografia se tornou atividade burocrática extremamente vulnerável à corrupção. A despeito das dificuldades crescentes de leitura e escrita, ninguém deixa de tirar o diploma por falta dela.

Antes, ao menos existiam grandes polêmicas, como o célebre debate entre monetaristas e estruturalistas, com posições pró- EUA e pró-América Latina. No time dos estruturalistas, muitos não tinham pós-graduação, mas eram intelectuais de notório saber. Paradoxalmente, de lá para cá o número de doutores aumentou muito, mas o debate foi se esvaziando à medida que íamos sendo arrastados pelo que Mário Possas chamou de "cheia do mainstream".

O que motivou a reforma curricular nos anos 1980 foi a crença de que o Brasil precisava de um ensino de economia menos teórico-abstrato e mais político-normativo.

Mas, por incrível que pareça, depois de quase 20 anos de partidos no poder que se declaravam de esquerda ou centro-esquerda, nos quais ocupam lugares de destaque muitos dos que haviam ardentemente lutado pela reforma, a situação do ensino de economia é causa de profunda frustração entre aqueles que depositaram grandes esperanças nela -e ainda sonham com um país soberano e socialmente progressista.

Para esses objetivos, o "mainstream economics" é totalmente contraindicado. Não serve para orientar a saída do subdesenvolvimento e, como a crise econômica mundial tem demonstrado, nem mesmo para a compreensão dos graves defeitos do capitalismo contemporâneo.

Essas impropriedades, descortinadas por Hyman Minsky há mais de duas décadas, estão em processo de amplo reconhecimento, como bem indica episódio recente envolvendo o curso de economia oferecido por Gregory Mankiw, em Harvard.

Depois da leitura de um manifesto no qual o acusavam de "apresentar uma visão específica e limitada da economia, que contribui para perpetuar um sistema problemático e ineficiente de desigualdade econômica", os alunos abandonaram a sala de aula, em solidariedade ao movimento Occupy Wall Street.

Mankiw, ex-assessor econômico de George W. Bush, não por acaso, é o autor do livro de economia mais vendido no Brasil.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

13 de Agosto - Dia do Economista.



Parabéns a todos os colegas economistas nesta data, cuja origem foi uma lei sancionada pelo presidente Getúlio Vargas. 

Vale salientar que Getúlio, que não era Economista, foi ministro da Fazenda no governo Washington Luís. Dessa época, o cearense Lira Neto, autor do ótimo GETÚLIO 1882 - 1930, destaca o seguinte diálogo:

"O senhor tem inimigos?" perguntou um biógrafo.

"Devo ter; mas não tão fortes que não possa torná-los amigos", responderia. 

"E amigos?", insiste o biógrafo.

"Claro que os tenho; mas não tão firmes que não venham a se tornar inimigos", replicaria Getúlio.   

   

Lições de Economista - 13.08.2012


Roberto Luis Troster, doutor em economia pela USP, é consultor. Foi economista-chefe da Febraban e professor da PUC-SP, Mackenzie e USP e escreveu este artigo na FOLHA DE S. PAULO de hoje.  

Os economistas estão em dívida com o país. A categoria tem de insistir em reformas trabalhista e tributária, contra crescimento baseado em mais gasto público.

A origem do nome da profissão vem da Grécia Antiga. O desafio do profissional da área é saber combinar princípios científicos, uma leitura crítica da realidade e conhecimentos de outras disciplinas para gerir, planejar, prescrever, prever e explicar, procurando soluções adequadas para a sociedade.

No Brasil, alguns economistas já passaram à imortalidade, como Celso Furtado e Mario Henrique Simonsen. Outros ainda nos agradam como analistas, professores, estrategistas e gestores de empresas, de cidades e de países. Dois destaques especiais: a presidente, que é economista, e Roberto Macedo, merecidamente eleito economista do ano.

Bons economistas contribuem para que alguns países tenham desempenho melhor do que outros, com mais crescimento, menos inflação e distribuição de renda mais justa.

Nesse quesito, a categoria está em dívida com a sociedade brasileira.

Ela tem o dever de fazer o Brasil, que é um país rico, um país próspero. A diferença é fundamental.

Ilustrando o conceito: um país fica rico se descobre uma jazida de ouro. A cada ano que passa, extrai o metal, e esse será o seu produto. No dia em que a mina se exaurir, acabará a sua riqueza aurífera. Se tiver consumido todo o produto, entrará em crise. Mas se tiver usado parte para investir, vai ser tornar próspero e continuar crescendo. Essa é a questão chave no Brasil de hoje.

Até agora, os resultados nesse sentido são pífios.

Nossa história econômica é de ciclos, fases de ilusão, como a borracha e o café, seguidas de decepções. O crescimento é obtido consumindo a abastança, aumentando gastos públicos correntes até que o endividamento irresponsável se esgota.

A única parcela da riqueza que perdura é a que foi transformada em prosperidade. O Brasil é rico, descobriu o pré-sal, tem jazidas de minérios abundantes, o preço das suas exportações está em alta, a sua pirâmide demográfica é conveniente e o ambiente externo lhe é favorável, com taxa de juros baixas e investimentos diretos volumosos.

Todavia, as projeções de crescimento são baixas, o Brasil é lanterna na América Latina. Não se justifica, é possível mudar. A agenda para fazer o país próspero é extensa e complexa, mas viável. Inclui avanços na educação, reformas tributária, trabalhista, do Judiciário e administrativa e a inclusão de marginalizados. Exige adequações urgentes em dois itens fundamentais: na oferta de crédito e no papel do Estado.

A intermediação financeira brasileira é sofisticada e tem potencial de ser propulsora do crescimento, mas está se tornando uma trava em razão de distorções existentes. É imperativo soltar o freio de mão com uma nova arquitetura que promova o crédito responsável, a inclusão financeira e o investimento.

Fatores como globalização, tecnologia, Google, abertura comercial e financeira, formação de cadeias produtivas mundiais e interconectividade decretaram a obsolescência da nossa gestão pública. Urge mudar a política reacionária do governo.

As soluções para tornar este rico país próspero exigem imaginação, suor, cidadania, perseverança e pressa de todos os brasileiros. A importância dos economistas é fundamental, propondo a direção a ser seguida para concretizar a tarefa.

Nesse sentido, a pergunta que não pode calar hoje, dia do economista, é se o Brasil que temos é o Brasil que queremos. Se a resposta é não, mãos à obra, temos que mostrar serviço.

Hoje, parabéns a todos os colegas.

domingo, 2 de outubro de 2011

Preparem-se: Nobel de Economia em 10.10.2011.


Announcement of the 2011 Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel.
Watch the live webcast from the Royal Swedish Academy of Sciences, Stockholm, Sweden, on Monday 10 October, 1:00 p.m. CET at the earliest.
Following the announcement, an interview will be held with one of the Prize Committee members about the 2011 Prize in Economic Sciences.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...