sábado, 10 de julho de 2010

MY PERFECT SUMMER WITH GREENSPAN AND ROUBINI

Nouriel Roubini - Writer and economist

Where are you going on holiday this year? Recently I have lived like the George Clooney character in Up in the Air (a film I watched on a plane). If I get a vacation this summer it would possibly be a tour of crisis-hit countries – if I am still allowed in them: Spain, Ireland, Iceland, Latvia, Greece and, maybe, the oil spill-ridden US Gulf Coast.

What do you think about during your holiday? How to forget financial crises and get a PhD in Pleasure and Leisure from the Institute for Advanced Vacations.

What will you be reading on holiday? Lofty geo-globaloney tomes on the future of the world.

What will you be listening to on holiday? Cheesy, schmaltzy, corny, syrupy beach songs such as those I would listen to in my teens on the Italian Riviera.

Ideal travelling companion – dead, alive, historical, fictional? Joseph Schumpeter, an Austrian economist who – as a true Renaissance man – argued that his three goals in life were to be the best economist, the best horseback rider and the best lover of his generation. He claims he achieved only two of them: I would ask him which and for good practical tips to achieve such goals.

Do you cook or eat out on holiday? As an economist I strictly believe in the principle of comparative advantage: so I always eat out. Also it is the best way to get to know the local cuisine.

Will you switch on your “Out of Office”? I am a total “crackberry” addict so I never switch off. Last summer I wrote a whole article, that was urgently due, on my BlackBerry while sailing off the St Tropez coast.

Where would you like to go next? Bora Bora in Polynesia for scuba diving among the sharks.

Alan Greenspan - Former US Federal Reserve chairman
Where are you going on holiday this year? Aspen, Colorado, and possibly Jackson Hole, Wyoming, to play golf. Golf at higher altitudes is good for the ego – balls fly further.

What do you think about during your holiday? The same things I think about when not on vacation but obviously to the extent that I’m playing tennis and golf, I do give proper consideration to my form.

What will you be reading on holiday? History – Lords of Finance: The Bankers who Broke the World by Liaquat Ahamed; biography – John Marshall: Definer of a Nation by Jean Edward Smith.

What will you be listening to on holiday? Bach, Vivaldi, Mozart, and Brahms. On occasion, a little Benny Goodman.

Ideal travelling companion – dead, alive, historical, fictional? My wife. She outdistances all other possibilities.

Do you cook or eat out on holiday? Both. Nobody wishes to partake of my cooking.

Will you switch on your “Out of Office”? No. I would spend my vacation worrying about what was going on back home.

What do you most, and least, enjoy about travelling? The scenic views. I find sitting in contemplation as I look up at the peaks of the Grand Tetons in Jackson Hole most rewarding. Airport congestion and long queues can ruin my vacation.

Where did you go on holiday as a child? To the wilds of New Jersey. For a kid brought up on the streets of Manhattan, they seemed truly exotic.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

KEYNES E KEYNESIANOS.

Direto da FOLHA DE S. PAULO, os conselhos de Delfim Netto.

Os problemas fiscais dos EUA e da Eurolândia só podem ser resolvidos com a volta do crescimento. O fundamental é que este não se faça aprofundando-os ainda mais. Quando se recomenda que as medidas de estímulo temporárias que foram decisivas para paralisar o desastre sejam transformadas em permanentes, estamos diante de uma não solução.

Para entender isso consideremos que no curto prazo a oferta global física de bens e serviços produzidos no país é praticamente constante. O seu uso depende da demanda global física. Esta, por sua vez, é constituída pela soma da demanda pública e da demanda privada interna e externa.

Quando se reduz, por qualquer motivo, a demanda privada (crise de crédito, desastres naturais, ataque de pessimismo), a manutenção do nível de atividade depende de um aumento equivalente da demanda pública.

Enquanto a demanda privada não se recupera, a demanda pública deve continuar. Isto não se faz sem graves prejuízos para o equilíbrio fiscal, para o nível de inovação e a produtividade do sistema produtivo, porque a demanda estimulada pelo gasto público em transferência não produz incentivos adequados para o aumento da produtividade do trabalho.

O keynesianismo bastardo incorporado na síntese neoclássica dos livros-texto sugere que a retirada dos "estímulos" governamentais reduzirá necessariamente a demanda privada. Agravar-se-ia, portanto, a redução do nível do PIB e do emprego. Logo, não há solução para o problema. Mas será assim mesmo?

A resposta se resume na "expectativa" que se formará no setor privado como resposta ao programa de restabelecimento do equilíbrio fiscal (condição necessária para o crescimento robusto no longo prazo).

Keynes e Pigou (seu amigo e posterior vítima) intuíram em 1931 que, se o ajuste fosse feito de maneira segura e crível, o aumento da demanda privada (despertada pelas oportunidades vistas pelo "espírito animal" dos investidores) poderia suprir a deficiência da demanda pública.

Teríamos a volta do crescimento juntamente com a solução do problema fiscal, o que é hoje empiricamente reconhecido. A reforma crível inclui: 1) um ajuste pelo lado das despesas (nada de aumento de impostos); 2) incentivos ao uso do trabalho; 3) medidas de flexibilização dos mercados; 4) estímulo à concorrência e 5) uma desvalorização cambial.

A Alemanha acumula credibilidade e essas condições. Com a desvalorização do euro, seu programa levará, provavelmente, a um crescimento mais robusto. Será a melhor contribuição que pode dar à Eurolândia.

domingo, 4 de julho de 2010

E QUE VENHA 2014!!!

Nesta 701ª postagem, início de uma nova semana, mês de férias para muitos, final de Copa do Mundo para nós, fiquem com a alegria de Mestre SINFRÔNIO, hoje no nosso DIÁRIO DO NORDESTE, direto de FORTALEZA - CEARÁ.

sábado, 3 de julho de 2010

CRESCIMENTO COM RESPONSABILIDADE.

Um artigo do Nobel Paul Krugman publicado recentemente no The New York Times traz um sério alerta para a situação atual em que diversos governos, a título de combaterem a crise econômica de 2008, estão gastando acima do que podem. Com o “A Terceira Depressão”, o autor registra que “os governos estão obcecados com a inflação, quando a verdadeira ameaça é a deflação. Além do que ao invés dos governos apertarem os cintos, para ele o problema são os gastos inadequados”.

Esse tipo de problema de déficit público, que já vem trazendo muitos sacrifícios aos governos da União Européia, notadamente Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Hungria, Holanda, também vem preocupando o mainstream econômico brasileiro. E não é por acaso ou devido à escolha de um novo presidente da república nos próximos meses. Na realidade, o que já vem acontecendo na Europa, será o nosso breve futuro, evidentemente caso o governo brasileiro continue a gastar mais do que arrecada.

Nesse viés populista que o governo brasileiro realiza visando beneficiar parte da população sem renda, a conta será cobrada rapidamente, pois “Não existe almoço grátis”, como Friedman deve ter falado. Os últimos dados registram que enquanto as receitas governamentais aumentam na faixa de 18% ao ano, os gastos passam dos 20%. Como será coberto este rombo, sem, por exemplo, um aumento na carga tributária do brasileiro, hoje por volta de 36% do PIB, certamente a mais elevada dos países em desenvolvimento?

Segundo a Consultoria Tendências, a dívida do setor público que era por volta de 52% do PIB em 2000, atingirá o valor de R$ 2,2 trilhões até o final deste ano, correspondente a 64% do PIB. Apesar de ter sido sancionada no ano 2000, época do governo de Fernando Henrique Cardoso, uma Lei de Responsabilidade Fiscal que tem o objetivo básico de controlar os gastos dos gestores públicos, no atual governo, principalmente com o pretexto que os gastos são necessários para enfrentar a crise de 2008 como acontece em diversos países, o descontrole das contas públicas coloca em risco a estabilidade macroeconômica alcançada e prejudicará o vencedor das eleições de outubro próximo.

Delfim Netto, um dos mais competentes economistas brasileiros, em recente artigo publicado na Folha de S. Paulo, cita que “a nossa situação ainda está sob controle, mas é cada vez mais evidente que lentamente se acumulam compromissos de despesas permanentes cujo pagamento depende do crescimento permanente da receita, o que não pode ser garantido. Trata-se de uma imprudência que põe em risco a própria estabilidade econômica.” Isso é bastante preocupante, até porque o experiente colega é um dos mais próximos consultores do governo.

Diante disso ou o governo aperta o cinto conforme recomenda Krugman, cortando gastos onde são absolutamente desnecessários, adiando projetos para tempos melhores ou congelando os salários em áreas onde os sindicatos são aliados do governo, ou a situação levará o país a uma crise econômica, onde novamente não teremos um crescimento sustentável do PIB, mas apenas mais um vôo de galinha.

CRESCIMENTO COM RESPONSABILIDADE.

Um artigo do Nobel Paul Krugman publicado recentemente no The New York Times traz um sério alerta para a situação atual em que diversos governos, a título de combaterem a crise econômica de 2008, estão gastando acima do que podem. Com o “A Terceira Depressão”, o autor registra que “os governos estão obcecados com a inflação, quando a verdadeira ameaça é a deflação. Além do que ao invés dos governos apertarem os cintos, para ele o problema são os gastos inadequados”.

Esse tipo de problema de déficit público, que já vem trazendo muitos sacrifícios aos governos da União Européia, notadamente Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Hungria, Holanda, também vem preocupando o mainstream econômico brasileiro. E não é por acaso ou devido à escolha de um novo presidente da república nos próximos meses. Na realidade, o que já vem acontecendo na Europa, será o nosso breve futuro, evidentemente caso o governo brasileiro continue a gastar mais do que arrecada.

Nesse viés populista que o governo brasileiro realiza visando beneficiar parte da população sem renda, a conta será cobrada rapidamente, pois “Não existe almoço grátis”, como Friedman deve ter falado. Os últimos dados registram que enquanto as receitas governamentais aumentam na faixa de 18% ao ano, os gastos passam dos 20%. Como será coberto este rombo, sem, por exemplo, um aumento na carga tributária do brasileiro, hoje por volta de 36% do PIB, certamente a mais elevada dos países em desenvolvimento?

Segundo a Consultoria Tendências, a dívida do setor público que era por volta de 52% do PIB em 2000, atingirá o valor de R$ 2,2 trilhões até o final deste ano, correspondente a 64% do PIB. Apesar de ter sido sancionada no ano 2000, época do governo de Fernando Henrique Cardoso, uma Lei de Responsabilidade Fiscal que tem o objetivo básico de controlar os gastos dos gestores públicos, no atual governo, principalmente com o pretexto que os gastos são necessários para enfrentar a crise de 2008 como acontece em diversos países, o descontrole das contas públicas coloca em risco a estabilidade macroeconômica alcançada e prejudicará o vencedor das eleições de outubro próximo.

Delfim Netto, um dos mais competentes economistas brasileiros, em recente artigo publicado na Folha de S. Paulo, cita que “a nossa situação ainda está sob controle, mas é cada vez mais evidente que lentamente se acumulam compromissos de despesas permanentes cujo pagamento depende do crescimento permanente da receita, o que não pode ser garantido. Trata-se de uma imprudência que põe em risco a própria estabilidade econômica.” Isso é bastante preocupante, até porque o experiente colega é um dos mais próximos consultores do governo.

Diante disso ou o governo aperta o cinto conforme recomenda Krugman, cortando gastos onde são absolutamente desnecessários, adiando projetos para tempos melhores ou congelando os salários em áreas onde os sindicatos são aliados do governo, ou a situação levará o país a uma crise econômica, onde novamente não teremos um crescimento sustentável do PIB, mas apenas mais um vôo de galinha.

A GUERRA DO TRÂNSITO E A ECONOMIA.

Este blog é da área de economia e para meus quase dois (milhões) leitores, talvez façam a seguinte pergunta: O que o João Melo quer mostrar com o link para ma foto no blog?

Esclareço a todos que considero o trânsito um dos principais problemas brasileiros. Claro que em algumas cidades é um pouco melhor, noutras é realmente PÉSSIMO. E o pior: além da perda da vida humana, a situação causa a perda de $$$ aos envolvidos. Valores que poderiam ser utilizados em determinada área é alocado em atendimento a motoristas bêbados etc

Tenho total aversão a motorista (?) que na minha frente trafega com o veículo como se fosse o dono do mundo, digo, da rua. É o típico motorista que acha que por ter uma carteira de habilitação no bolso, pode TUDO.

Triste de um país, com tantos problemas, ter uma quantidade imensa de motoristas (?) que mereciam retornar às aulas e aprender como dirigir.

Neste caso da foto - http://noticias.uol.com.br/album/100703_album.jhtm?abrefoto=17, um carro bateu na mureta de proteção de uma ponte na Rodovia Rio-Santos, em Santa Cruz, Rio de Janeiro, e provocou a morte de seu motorista, na manhã deste sábado.

Mais um para aumentar a quantidade de pessoas que morrem diariamente no país. Estamos em guerra! Ou a morte de mais de 53.000 pessoas em 2009 é brincadeira??? É uma pena que os responsáveis e grande parte da sociedade entendam diferente. Na verdade, nem em época de eleição...Pense nisso...

"CAPITALISMO ESTATAL É AMEAÇA"

Na FOLHA DE S. PAULO de hoje, um pequeno livro com uma mensagem para reflexão neste ano eleitoral.

O norte-americano Ian Bremmer, 40, diz em "The End of Free Market" (O Fim do Livre Mercado, Portfolio, 240 págs., US$ 26,95, R$ 47) que o "capitalismo de Estado" será uma marca da geopolítica pós-crise financeira.

O livro pondera sobre os limites do modelo liberal vigente até as quebras de 2008. Busca a melhor regulamentação para multinacionais, interesse central do autor. O presidente da consultoria Eurasia tem a seu lado o apelo do medo; simplificando, argumenta que governantes que usam estatais politicamente ganham tanto economicamente quanto na "luta por poder", o que incentiva sociedades menos livres e afasta multinacionais.

Ele mira China e Rússia. Aponta Brasil e Índia como potenciais capitalismos de Estado, mas ameniza ao falar à Folha sobre Lula e a Petrobras. O livro sai no Brasil em fevereiro, pela Saraiva.

Folha - O Brasil tende ao capitalismo de Estado?
Ian Bremmer - O país é um paradigma da abertura ao investimento externo, o império da lei se fortaleceu. Lula não tem a marca do capitalismo de Estado.

Por que "a Petrobras vai se tornar menos eficiente"?
Se autoridades forçarem a Petrobras a criar oportunidades para empresas locais, como desejo político, não baseado em competição, algumas delas não serão aptas a fornecer os melhores equipamentos ou serviços. É o risco.

Dilma seria a continuação de uma "luta por poder"?
Sob Lula não vimos tal disputa, mas o desejo de continuar a modernização do Brasil. Com a Olimpíada e a Copa, o país precisará de maciço investimento estrangeiro; Dilma Rousseff sabe disso.

NOVIDADES NAS LIVRARIAS!

A FOLHA DE S. PAULO, com o seu novo e bonito visual, dá a sua contribuição a uma boa leitura com a divulgação de livros na área de economia, administração, história, finanças etc. Considero importante este tipo de informação para o acadêmico ou profissional que tenha interesse em manter-se atualizado com os últimos lançamentos e tentarei postar esta informação sempre que possível. E um ótimo final de semana para todos!

NACIONAIS

HISTÓRIA 1 O Ensaio Geral João Antonio de Paula (org.) EDITORA Autêntica QUANTO R$ 37 (176 págs.)

Nove pesquisadores apresentam diferentes aspectos do capitalismo abordados nos "Grundrisse", de Karl Marx. Os manuscritos, redigidos entre 1857 e 1858, delineiam os fundamentos de "O Capital" (1867). Inclui artigos sobre personagens centrais do pensamento socialista, como David Riazanov e Roman Rosdolsky.

HISTÓRIA 2 Sobre Moeda, Método e Keynes Victoria Chick EDITORA Unicamp TRADUÇÃO Eduardo Henrik Aubert QUANTO R$ 75 (296 págs.)

Reunião de artigos da professora da University College, em Londres, sobre John Maynard Keynes (1883-1946). Sua Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda é atualizada, com críticas a interpretações que resultaram em políticas malsucedidas.

MANUAL Macroeconomia - Teoria e Prática no Brasil Ana Cláudia Além EDITORA Campus-Elsevier QUANTO R$ 95 (392 págs.)

Livro-texto de macroeconomia que inova ao ilustrar, no fim de cada capítulo, os principais conceitos da disciplina com casos da realidade econômica brasileira. Entre os exemplos estão os diversos planos econômicos adotados no Brasil na tentativa de controlar a inflação e a crise financeira de 2008.

ECONOMIA RURAL Agricultura Integrada Marcos Fava Neves e Luciano Thomé e Castro (org.) EDITORA Atlas QUANTO R$ 38 (176 págs.)

A partir do conceito de "Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis", 18 autores apresentam estudos de caso, ressaltando a inserção de pequenos produtores no processo. São abordados, entre outros exemplos, projetos envolvendo frango, na Bahia, peixes, em Minas Gerais, e mel, no Piauí.

DESIGUALDADE Por Que Vocês São Pobres? William T. Vollmann EDITORA Conrad TRADUÇÃO Michele de Aguiar Vartuli QUANTO R$ 49,90 (448 págs.)

O escritor, que ganhou o National Book Award com o romance "Europe Central", relata suas viagens pelo mundo perguntando a subempregados, indigentes e prostitutas quais são as razões da pobreza. Seu vocabulário desafia convenções da economia.

ADMINISTRAÇÃO O Ano em Que Só Nós Tivemos Lucro Alexandre Camargo EDITORA Matrix QUANTO R$ 29,90 (160 págs.)

O executivo defende estratégias de marketing adotadas pela Nordeste Linhas Aéreas. Culminando com o ano-título, 2001, apresenta histórias de bastidores do uso de publicidade em aeronaves e do merchandising -autorizado e não autorizado- em um reality show, entre outros casos.

INTERNACIONAIS

CONSUMO Choice Renata Salecl EDITORA Profile QUANTO 10,99 (R$ 30, 224 págs.)

Professora de direito na London School of Economics, a autora identifica na "ideologia do capitalismo tardio" um paradoxo na oferta abundante de escolhas. Como diante da gôndola de supermercado, a liberdade para tomar decisões de carreira e de relacionamento acaba solapada pela pressão consumista.

CRISE The Rise and Fall of Bear Stearns Alan C. Greenberg EDITORA Simon & Schuster QUANTO US$ 26 (R$ 47, 224 págs.)

Greenberg relembra sua experiência no banco Bear Stearns, onde ingressou em 1949 e que presidiu de 1978 a 1993. Critica a política de hipotecas assumida pela instituição nos anos anteriores à crise financeira de 2008 -que acabou resultando na quebra do banco.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

GASTO OU APERTO O CINTO?

Li rapidamente um artigo do Nobel PAUL KRUGMAN que pareceu-me uma “bomba atômica”. O título do artigo é “THE THIRD DEPRESSION - A TERCEIRA DEPRESSÃO” e nele o autor cita que “os governos estão obcecados com a inflação, quando a verdadeira ameaça é a deflação. Além do que ao invés dos governos apertarem os cintos, para ele o problema são os GASTOS inadequados”.

Considerando que, segundo a FOLHA DE S. PAULO, “As despesas da União (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) superaram as receitas em R$ 510 milhões no mês passado, maior deficit para meses de maio da série iniciada em 1999”, entendo que esse tema deva fazer parte dos debates eleitorais. Afinal, as coisas por aqui não estão tão boas quanto nos faz crer determinados colegas.

Pretendo retornar ao assunto logo que possível.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

FINAL DE JOGO 2010.1 !!!

Nestes tempos de Copa do Mundo, final do 1º tempo para o ano de 2010.
Daqui há exatamente seis meses estaremos em 2011.
Como está passando rápido o tempo e a vida!!!
E que venha o que falta de 2010.
Com votos de boa sorte para os meus ainda quase dois e-leitores.
Afinal, como dizia Séneca:
DEDICA-SE A ESPERAR O FUTURO APENAS QUEM NÃO SABE VIVER O PRESENTE.

CUIDADO COM O GASTO PÚBLICO!!!

Na verdade, é necessária maior atenção do governo para as metas fiscais. FELIPE SALTO, economista pela FGV/ EESP, é analista da Tendências Consultoria e cofundador do Instituto Tellus, escreve na FOLHA DE S. PAULO de hoje sobre o assunto.

O resultado primário (que não considera o gasto do governo com juros) deficitário do governo central em maio deve-se ao forte aumento dos gastos, de 18,7% em relação a maio de 2009, enquanto as receitas líquidas cresceram 18,5% nessa comparação.
Apesar de robusta, a expansão das receitas não cobriu os elevados gastos com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e com o custeio, além do aumento das despesas com o pagamento de pessoal e com previdência social no mês. Os gastos com o PAC mantiveram taxas elevadas, porém mais amenas. Em maio, tais despesas subiram 47,5% ante maio do ano passado, enquanto em abril a taxa estava em 91,9%.
Em valores, o total gasto pelo governo federal com o PAC entre os meses de janeiro e maio está em R$ 7,1 bilhões.
Mesmo considerando a projeção de crescimento de 15% para as receitas líquidas em 2010, a manutenção de gastos federais discricionários (aqueles que o governo tem maior liberdade para cortar) elevados, aliada à evolução das despesas obrigatórias, segundo o previsto na programação orçamentária, não permitirá ao governo central cumprir a meta anual de superavit de 2,15% do PIB (Produto Interno Bruto).
Estimamos um superavit para esse componente do setor público de 1,48% do PIB para 2010.
Já o resultado primário do setor público consolidado (que abrange governo central, estatais e governos estaduais e municipais) em maio foi superavitário em R$ 1,4 bilhão, mas ficou abaixo do esperado.
O desempenho do governo central foi a principal explicação para esse resultado, dado que as empresas estatais registraram superavit de R$ 1,4 bilhão e os governos estaduais e municipais, de R$ 1,5 bilhão.
Apesar da surpresa negativa, o resultado do setor público consolidado ratifica nosso cenário de não cumprimento da meta fiscal pelo governo, dado que representa superavit de 2,13% do PIB, em 12 meses, ante a meta de 3,3% do PIB em 2010.
No ano, o setor público consolidado deve registrar saldo positivo de 2,63% do PIB, usando descontos contábeis do PAC para o "anúncio oficial de cumprimento", ainda que o esforço efetivo deva ficar abaixo da meta. Assim, permanece o desafio de abrir espaço nas contas públicas, para que o investimento cresça e os esforços primários possam ser maiores, melhorando as condições fiscais do país.

BRASIL: CHEGA DE DESPESA.

ANTONIO DELFIM NETO, hoje, na FOLHA DE S. PAULO, grita: CHEGA DE DESPESA.

Nas sociedades constitucionalmente organizadas, nenhum dos Poderes pode propor aumento de despesa (em particular aumentos salariais) sem uma coordenação preliminar com o Poder Executivo. Mais do que isso, nenhum Congresso ou Parlamento pode aprovar aumento de despesa permanente sem estabelecer fontes também permanentes de seu financiamento. A necessária independência e harmonia entre os Poderes não pode ser justificativa plausível para que o Legislativo ou uma coalizão do Legislativo e Judiciário proponha livremente seus salários. A cada quatro anos, com a proximidade do processo eleitoral, o Legislativo costuma ser atacado por uma febre "social" para competir com o espírito natalino do manhoso Executivo. O fato lamentável é que tais desatinos fiscais se fazem à base de "truques interpretativos" que ilidem as disposições da Constituição de 1988 e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nossa situação ainda está sob controle, mas é cada vez mais evidente que lentamente se acumulam compromissos de despesas permanentes cujo pagamento depende do crescimento permanente da receita, o que não pode ser garantido. Trata-se de uma imprudência que põe em risco a própria estabilidade econômica. Um exemplo claro dessa ameaça é o desequilíbrio da Previdência Social, que o Executivo não tem tido disposição para enfrentar e o Legislativo tem feito todo o possível para aumentar. A lei que regula a previdência do setor público e pode abrir caminho para uma solução a partir de quando for posta em prática dorme há anos no Congresso em companhia da lei que regula o direito de greve do setor público. Ambas, propostas pelo Executivo, foram abandonadas na "roda" do Congresso como crianças indesejadas... Recuperamos o crescimento a partir de 2006 com o PAC e desde 2003 fomos beneficiados pelo "bônus" da expansão mundial. Sem maior esforço exportador, passamos de país devedor para país credor e acumulamos US$ 250 bilhões em reservas. Isso aliviou as pressões, deu algum conforto ao governo e permitiu-lhe enfrentar com relativo sucesso a crise mundial. Estamos hoje bem preparados para um crescimento anual da ordem de 5% a 6% sem problemas internos ou externos. É hora, portanto, de formular um programa que enfrente com inteligência e determinação aqueles problemas. Basta que ele implique num crescimento menor (do que o do PIB) das despesas de custeio e assistência social. Estas, mesmo ampliadas, deixarão um "excedente" para ser utilizado nos investimentos de infraestrutura que seja capaz de garantir aquelas taxas de crescimento.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...