segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ainda sobre a crise americana.

PAUL KRUGMAN, escrevendo em seu blog que SE EU ESTIVESSE NA CÂMARA...

Acho que preciso ser explícito a esta altura: é isso mesmo, eu votaria `não’.

E quanto à catástrofe que resultaria disto? Tenho muito a comentar.

Primeiro, as pessoas que devem ser as mais bem informadas a respeito do assunto me dizem que o Tesouro não vai ficar sem dinheiro amanhã; as reservas ainda durariam mais alguns dias.

Segundo, aqueles que afirmam que coisas terríveis ocorreriam imediatamente no mercado também afirmaram que haveria um grande movimento de recuperação assim que um acordo fosse estabelecido. Não exatamente: o índice Dow apresenta atualmente queda de 121 pontos.

Terceiro, a ideia de que uma interrupção temporária no seu funcionamento danificaria para sempre a credibilidade das instituições americanas parece agora irrelevante; quem ainda não perdeu a fé nas instituições americanas não deve ter prestado atenção nos fatos até o momento.

Quarto, aquelas opções legais ainda estão disponíveis. Obama pode agir agora; e, mesmo que no fim o presidente seja derrotado nos tribunais, isto fará com que ele ganhe tempo.

Não resta dúvida que se trata de uma escolha arriscada. Mas a situação toda é imensamente arriscada, graças ao extremismo e à sede se sangue da direita. Não há opção segura, e a tentativa de não correr riscos quando não existe segurança possível vai nos levar… Ora, ao ponto em que Obama se encontra no momento.

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