quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Previsões econômicas.


O Estado de S. Paulo entrevistou hoje a economista Monica Baumgarten de Bolle, da Galanto Consultoria conforme abaixo:


Apesar do agravamento do cenário internacional, Monica Baumgarten de Bolle, economista-chefe da Galanto Consultoria, não acredita em desaceleração profunda da economia brasileira neste ano.


Como vê a queda do IBC-BR?
Está em linha com os últimos dados da atividade no Brasil, que já têm vindo muito ruins. Não há desaceleração forte das vendas no varejo, mas já tem alguma. Além disso, o último mês foi marcado pelo agravamento do quadro internacional. Acho que o recuo do IBC-Br é um reflexo de todas essas coisas, mas não acho que aponte para desaceleração mais grave, como em 2008. Agora a desaceleração é decorrência das medidas mais restritivas, da aceleração da inflação e do quadro global mais conturbado.


Diante disso, você refaz sua previsão para o PIB de 2011?
Não, porque meus cenários estavam sempre entre 3,5% e 4%. O IBC-Br continua perfeitamente condizente com esse cenário.


O recuo já era esperado?
Eu já esperava crescimento mais baixo por causa das medidas do governo. Por outro lado, meu cenário para a política mundial sempre foi pior do que as pessoas trabalhavam porque esse problema que o mundo está enfrentando, particularmente as economias avançadas, é um problema de dívidas elevadas, muito difícil de resolver. O que está acontecendo é mais preocupante do que imaginávamos. Nesse contexto, não conseguia ver como o Brasil ia crescer 4,5% ou até 5%, que era a projeção do próprio governo no início do ano.

Nenhum comentário:

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...