sexta-feira, 14 de agosto de 2015
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
Formação docente.
Para os docentes de plantão, o
editorial da Folha de S. Paulo de 20/07/2015 considera positiva a nova resolução
do CNE visando melhorar o nível dos professores brasileiros.
O
Conselho Nacional de Educação (CNE) editou neste mês uma bem-vinda resolução
com vistas a aprimorar a formação em nível superior dos professores
brasileiros.
O
documento define diretrizes curriculares nacionais para os cursos de
licenciatura, de formação pedagógica para graduados e de segunda licenciatura.
Estabelece,
por exemplo, que o tempo mínimo de estudos para quem quiser seguir a
carreira docente na educação básica será de 3.200 horas, e não mais de 2.800. Os
cursos passarão dos atuais três anos para quatro, com um aspecto alvissareiro:
haverá um acréscimo de atividades destinadas a reforçar a experiência do futuro
mestre.
Verdade
que as novas orientações não se aplicarão a todos os professores, já que basta
o ensino médio para lecionar até o 4º ano (antiga 3ª série). Ainda assim, dos
2,2 milhões de docentes da educação básica, 76% têm formação superior (cerca de
1,7 milhão); destes, 89% fizeram cursos de licenciatura (aproximadamente 1,5
milhão).
Mantida
essa proporção, a maioria dos novos docentes encontrará seus alunos com um
preparo mais adequado para a realidade das escolas –ao menos é o que se espera.
Embora
sobejem debates sobre educação, faltam discussões aprofundadas a respeito do
que se passa dentro da sala de aula.
Docentes,
no Brasil, em geral descobrem apenas no exercício do magistério quão difícil é
lidar com turmas grandes e heterogêneas, nas quais a indisciplina grassa. Sem
recursos técnicos, sofrem para conquistar os alunos – o que talvez ajude a
explicar por que se perde tanto tempo para conseguir dar início à aprendizagem.
A
resolução do CNE ainda aponta o caminho correto ao defender planos de carreira
e condições que assegurem jornada de trabalho "com dedicação exclusiva
ou tempo integral a ser cumprida em um único estabelecimento", além de
reservar um terço da carga horária a atividades pedagógicas extraclasse.
Não se
trata da primeira medida concebida com o propósito de conduzir o sistema de
ensino do Brasil a um patamar mais elevado. O mínimo que se espera é que, ao
implantar as novas diretrizes, o Ministério da Educação tenha aprendido com os
erros anteriores.
domingo, 19 de julho de 2015
Economia brasileira: Joaquim Levy hoje na Folha de S. Paulo.
Folha - O debate do momento na área
econômica do governo é se a meta fiscal será ou não reduzida. O sr. concorda
com a redução defendida pela ala política e pelo Planejamento?
Joaquim Levy - Não
tem flá-flu. Os observadores às vezes têm uma ilusão. É importante as pessoas
não terem essa ilusão. As pessoas pensam: "Ah, então baixou a meta porque
acabou o ajuste". Na verdade, se tiver de baixar a meta, é porque o ajuste
tem de continuar, se aprofundar.
Reduzir a meta é sinal de que teremos
de fazer mais ajuste?
|
Essa é uma construção lógica. Pode ter
aplicação empírica ou não, mas do ponto de vista lógico você acertou 100%.
Exatamente o raciocínio é esse. O resto é um raciocínio equivocado.
O sr. quer dizer que, quanto mais tempo
demorar a conclusão do ajuste, mais tempo a economia vai sofrer?
Sem dúvida nenhuma, mais caro vai ser.
Mas o próprio mercado já trabalha com
uma meta menor, na casa de 0,8% do PIB.
A questão não é se é a favor ou contra,
é entender que redução de meta é a sinalização de que o ajuste não acabou,
precisa de mais ajuste. Que precisamos acabar o ajuste todo o mundo sabe, está
empacado lá por essa questão de base [aliada no Congresso].
Setores do governo e do PT reclamam que
o ajuste é exagerado e está parando a economia. O sr. concorda?
Não estamos fazendo um ajuste colossal.
A fraqueza da economia vem de incertezas, indefinições, de o ajuste não estar
completo. As empresas estão reticentes. Se a pessoa não sabe quanto tempo vai
demorar o ajuste, ela não tem condições de tomar decisões. Não tomando
decisões, diminui o investimento, diminuindo a capacidade da economia.
Todo o mundo está retraído. Vou comprar
um carro? Melhor não, não sei o que vai acontecer, não sei quando o ajuste vai
acabar. Aí está a discussão da meta, mas as pessoas devem entender que, se você
baixa a meta, é porque não está conseguindo alcançar certos objetivos.
E abandonam-se os objetivos?
Não, porque temos de reduzir a dívida.
Ela melhorou um pouco porque você deixou de fazer gastos parafiscais [concessão
de subsídios por meio de empréstimos do BNDES]. Vamos ver se a receita melhora,
estamos tomando outras medidas.
Quais? O comportamento da receita até
junho indica que, sem elas, fica impossível atingir a meta de 1,1% do PIB.
A meta não sou eu quem decide, é o
Congresso, ele aprova e nós cumprimos. A gente está tomando algumas medidas
para levantar receitas, que ajudam a economia.
Por exemplo?
O trabalho que estamos fazendo na
[abertura do capital da] Caixa Seguridade pode dar um dinheiro para a gente,
mas vai ajudar também a economia. O IRB [Instituto de Resseguros do Brasil],
devemos anunciar brevemente o IPO [lançamento inicial de ações].
O que mais?
O leilão da folha de pagamento do setor
público. A cobrança de R$ 70 bilhões que estavam parados no Carf [Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais].
O sr. defende a manutenção de 1,1% do
PIB?
Não defendo nada, esse é um problema do
relatório [do Congresso].
Pode ter mais corte para cumprir a
meta?
Depende de a receita não comportar o
cumprimento da meta. Assim reza a lei, aí temos 30 dias para o ajuste.
O senador Romero Jucá [PMDB-RR] vai
propor reduzir a meta para 0,4%.
Você pode fazer o cálculo do que isso
significa em termos de tempo adicional do ajuste? Não sei quanto. Tem de ver
também o que significa na dinâmica da dívida.
A nova previsão oficial é de retração
de 1,5% do PIB, mas dentro do próprio governo há o temor de que a piora da
crise política aprofunde mais a recessão. Qual a sua previsão?
Nas outras crises, em 2009, você tinha
um colchão. O problema é que você gastou o colchão nos últimos dois a três
anos. Não há espaço para política anticíclica. Por isso as pessoas ficam
assustadas com a atividade caindo mais do que o esperado. Temos de lidar com
essas coisas. Se lidar, não dói tanto. Se não lidar, poderá vir a doer.
Se não lidar, a recessão bate em 2%?
Acho que não, tem uma outra coisa
sutil. Tomamos algumas medidas importantes, mudamos os preços relativos,
incluindo o próprio câmbio, e essas coisas têm um efeito salutar na economia,
que a princípio não se nota.
Parte do que se está sentindo de dor agora é consequência desse rearranjo, mas ele tem um pendor de ir fortalecendo aos poucos a economia.
Parte do que se está sentindo de dor agora é consequência desse rearranjo, mas ele tem um pendor de ir fortalecendo aos poucos a economia.
O dólar está um pouco diferente e as
empresas começam a pensar seriamente em exportar. Quanto mais rápido o ajuste,
a economia naturalmente se reorganiza. O ajuste fiscal ficou um pouquinho para
trás, não está ajudando a completar o efeito do ajuste dos preços. Se fizermos
alguma coisa mais estrutural, os cenários assustadores não vão acontecer.
O que é o cenário assustador? Queda de
2%?
Este que você está falando.
Concorda com a banda fiscal proposta
pelo Planejamento?
Por falha minha não conheço a proposta,
então não vou falar de algo que não sei.
A Moody's vai rebaixar a nota
brasileira?
Nada é certo, você é dono do seu
futuro.
Se a gente não conseguir fazer o
ajuste, fica mais provável. Se fizer, é mais provável que não. Então, depende
do que formos fazer.
O Congresso aprovou muitas medidas que
podemos classificar de bombas fiscais. Ele está muito irresponsável?
O Congresso reflete o que ele entende
ser alguns desejos. Tem procurado alcançar uma pauta ampla, que vai muito além
da economia.
Na área econômica, algumas coisas andam
mais fácil, outras demoram um pouquinho mais, até talvez pela incerteza.
A crise política se agravou e voltaram
a falar de um eventual impeachment da presidente. O que o sr. acha disto?
Em que bases haveria um impeachment?
Não vejo.
Parece um debate meio descolado. Com
base em quê? Até agora não consegui ver bases para isso. Não tem nenhuma
acusação contra ela que possa justificar um impeachment.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Omar Sharif: morre uma lenda.
O ator egípcio Omar Sharif mundialmente conhecido pelos trabalhos em "Doutor Jivago" e"Lawrence da Arábia", morreu nesta sexta-feira aos 83 anos no Cairo. O artista, que se afastou há vários anos da vida pública, sofria de Alzheimer.
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Thomas Piketty et al, Angela Merkel e a Grécia em 2015.
Direto
do site The Nation:
The never-ending austerity that Europe is force-feeding the Greek people is simply not working. Now Greece has loudly said no more.
As most of the world knew it would, the financial demands made by Europe have crushed the Greek economy, led to mass unemployment, a collapse of the banking system, made the external debt crisis far worse, with the debt problem escalating to an unpayable 175 percent of GDP. The economy now lies broken with tax receipts nose-diving, output and employment depressed, and businesses starved of capital.
The humanitarian impact has been colossal—40 percent of children now live in poverty, infant mortality is sky-rocketing and youth unemployment is close to 50 percent. Corruption, tax evasion and bad accounting by previous Greek governments helped create the debt problem. The Greeks have complied with much of German Chancellor Angela Merkel’s call for austerity—cut salaries, cut government spending, slashed pensions, privatized and deregulated, and raised taxes. But in recent years the series of so-called adjustment programs inflicted on the likes of Greece has served only to make a Great Depression the likes of which have been unseen in Europe since 1929-1933. The medicine prescribed by the German Finance Ministry and Brussels has bled the patient, not cured the disease.
Together we urge Chancellor Merkel and the Troika to consider a course correction, to avoid further disaster and enable Greece to remain in the eurozone. Right now, the Greek government is being asked to put a gun to its head and pull the trigger. Sadly, the bullet will not only kill off Greece’s future in Europe. The collateral damage will kill the Eurozone as a beacon of hope, democracy and prosperity, and could lead to far-reaching economic consequences across the world.
In the 1950s, Europe was founded on the forgiveness of past debts, notably Germany’s, which generated a massive contribution to post-war economic growth and peace. Today we need to restructure and reduce Greek debt, give the economy breathing room to recover, and allow Greece to pay off a reduced burden of debt over a long period of time. Now is the time for a humane rethink of the punitive and failed program of austerity of recent years and to agree to a major reduction of Greece’s debts in conxjunction with much needed reforms in Greece.
To Chancellor Merkel our message is clear; we urge you to take this vital action of leadership for Greece and Germany, and also for the world. History will remember you for your actions this week. We expect and count on you to provide the bold and generous steps towards Greece that will serve Europe for generations to come.
Sincerely,
Heiner Flassbeck, former State Secretary in the German Federal Ministry of Finance
Thomas Piketty, Professor of Economics at the Paris School of Economics
Jeffrey D. Sachs, Professor of Sustainable Development, Professor of Health Policy and Management, and Director of the Earth Institute at Columbia University
Dani Rodrik, Ford Foundation Professor of International Political Economy, Harvard Kennedy School
Simon Wren-Lewis, Professor of Economic Policy, Blavatnik School of Government, University of Oxford.
domingo, 5 de julho de 2015
FHC: A responsabilidade das oposições.
Hoje, domingo, é dia de ler Fernando Henrique Cardoso:
Diante da paralisia governamental, da expansão incontrolada da ação
legislativa, da recessão econômica e do ativismo da Justiça, vê-se muita
cobrança: e as oposições e o PSDB? Sumiram? Que farão com os mais de cinquenta
milhões de votos que receberam?
Compreende-se a angústia, mas é preciso distinguir os papéis da oposição
e os do governo. Como no jogo de xadrez, o governo joga com as pedras brancas,
as iniciativas têm que partir dele. Tomou algumas no desespero, para enfrentar
as agruras financeiras. Ao tomá-las, foi buscar quadros e medidas no arsenal da
oposição. Quer isso dizer que a oposição deve ficar paralisada? Não. Política
econômica é questão de dosagem e de credibilidade. A dose parece excessiva, e
todo esforço fiscal pode se esvair na falta de atividade econômica que encolhe
a arrecadação. Segundo, sem um horizonte de esperança, qualquer ajuste pode ser
letal. Com este governo não há recuperação de credibilidade à vista, pois o
cristal se quebrou. E os escândalos de corrupção revelados diariamente se
encarregam de corroer qualquer elo de confiança que o governo queira tecer.
Cabe às oposições mostrar no dia a dia, e não só no Congresso, que o
sofrimento do povo é consequência da ação desatinada dos governos de Lula e
Dilma — da dupla, e não só da última —, que desdenharam das boas práticas de
gestão do Estado. Só na Petrobras, os prejuízos causados por decisões erradas
para atender a pressões políticas chegam a R$ 34 bilhões, fora os R$ 6 bilhões
de propinas! Que dizer do desrespeito sistemático à Lei de Responsabilidade
Fiscal? É prova de imprudência no uso do dinheiro público.
É preciso reavivar a memória do povo, a cada instante, para mostrar que
este ajuste violento não corresponde ao que foi pregado pelo PSDB, não é “o que
o Aécio faria”. O ajuste vai cair nos ombros da população. O aumento de
impostos pega todos, empresários e consumidores, desemprego e reajustes
salariais abaixo da inflação pegam os trabalhadores. A alta das taxas de juros
em doses excessivas aumenta a dívida pública e dificulta o próprio ajuste.
Estas medidas podem eventualmente controlar a inflação, mas reduzem a massa
salarial e diminuem o consumo. Como o governo não corta despesas, a retomada do
crescimento — se houver — terá sido conseguida a enorme custo para o povo.
O refrão das oposições deve ser: chegamos a tais medidas e ao descalabro
atual porque os governos “lulo-petistas” foram irresponsáveis, não se
preocuparam em controlar o gasto público e enganaram o povo, enveredando pela
megalomania. Os royalties do pré-sal, diziam, vão resolver os problemas da
Educação, faremos ao mesmo tempo o trem-bala, a transposição do São Francisco,
a Norte-Sul e a Transnordestina, sem falar nos 800 aeroportos! Concessão de
serviço público é coisa de vende-pátria neoliberal. Daremos empréstimos no Fies
e no Minha Casa Minha Vida, as bolsas acomodarão os miseráveis, e o BNDES dará
subsídios em abundância aos empresários. O Tesouro pagará a farra.
Tanto pior, melhor? Não. Anotada e registrada a responsabilidade política
do petismo, as oposições, em particular o PSDB, têm compromissos com a nação.
Nada justifica arruinar ainda mais o futuro, votando pela derrubada do fator
previdenciário. Nada explica apoiar aumentos de gasto que no futuro serão pagos
com mais impostos, mais inflação e mais ajustes. Em suma, a oposição deve
criticar as políticas petistas, e não se confundir com elas. Não deve, porém,
votar contra os interesses da nação.
Espera-se mais das oposições. Espera-se que apresentem sua visão de
futuro, apontando um rumo ao país. Espera-se que se comprometam com a
construção de uma economia de baixo carbono, impulsionada pela inovação, regida
por regras claras e estáveis, com agências regulatórias independentes, mais e
melhor integrada ao mundo e às cadeias globais de valor. Espera-se que defendam
a reindustrialização do país, sem hesitar na crítica a políticas canhestras de
conteúdo nacional que, sob a pretensão enganosa de estimular a produção local,
acabam por isolar o Brasil e condená-lo à obsolescência tecnológica. Espera-se
que façam da Educação não um slogan, mas de fato uma prioridade do Estado e da
sociedade, que tenham a coragem de dizer que, embora avançando, o Brasil está
ficando para trás em relação a países comparáveis ao nosso, que, frente à
sombra que esse quadro projeta sobre o futuro do país, não receiem enfrentar
dogmas e pressões corporativas que dificultam reformas e inovações
indispensáveis a um salto de qualidade em matéria de Educação.
Espera-se das oposições que sejam progressistas também no campo
comportamental: que não defendam a redução da maioridade penal, mas, sim, a
extensão da pena dos menores infratores em dependências que sejam condizentes
com a dignidade humana; que apoiem como legítimo e justo o casamento entre
pessoas do mesmo sexo; que não fujam ao debate sobre as drogas, que não temam
proclamar que o encarceramento dos usuários é parte do problema, e não da
solução; que sejam assertivas na luta pela igualdade de gênero e contra o
preconceito e a discriminação racial, com o uso adequado de cotas e demais
medidas compensatórias; e que não aceitem retrocessos legais na questão das
terras indígenas.
Espera-se das oposições, sobretudo, que reafirmem seus valores
democráticos. Que digam, em alto e bom som, ser possível e necessário atuar
contra a deliberada violação de direitos humanos, principalmente em países
vizinhos, sem com isso ferir o princípio da não intervenção.
Da mesma maneira, espera-se que reiterem não ter o propósito
antidemocrático de derrubar governos, mas tampouco o temor de cumprir seus
deveres constitucionais, se os fatos e a lei assim o impuserem.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
A energia brasileira em 2015.
Há 2 anos, Dilma cortou em 20% o preço da energia.
Resultados?
Menos lucros, investimentos e energia, que hoje custa 2x.
Fonte: Ricardo Amorim. quinta-feira, 2 de julho de 2015
terça-feira, 30 de junho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
A agenda de Obama.
Para hoje, na agenda do Presidente Barack Obama:
The President hosts a working dinner with President Rousseff of Brazil; the Vice President also attends.
Blue Room
Closed Press
Qual a repercussão desta notícia no noticiário internacional?
Previsões economia brasileira para 2015.
Novamente o boletim Focus do Banco Central
desta semana mostrou uma piora das expectativas do mercado em relação à
atividade econômica.
Abaixo os principais números:
- PIB: o consenso do mercado para 2015 recuou de (-) 1,45% para (-) 1,49%.
- Inflação: o IPCA de 2015 passou de 8,97% para 9,00%.
- A Taxa Selic continuou apontando para a taxa básica de juros em 12,00%.
- A Taxa de Câmbio de fechamento de 2015 seguiu em R$3,20/US$.
Enquanto isso, o mundo político continua em
mais uma semana com alto teor de crises...
domingo, 28 de junho de 2015
A setback in Brazil.
Just a couple of years ago, it was widely concluded that Brazil had finally overcome the decades-old gibe about the world’s fifth-largest country: that it would always be “the country of the future.” Exports, particularly to Asia, were booming; a middle class was filling in the once-polarizing gap between the very rich and very poor; and huge offshore oil discoveries appeared to ensure yet another economic acceleration. In seeming confirmation of its new status, Brazil was chosen to host both soccer’s World Cup last year and the 2016 Olympics.
The Rio de Janeiro games are still a year away, but already Brazil’s bubble appears to have burst. The economy is mired in a deepening recession, thanks to the drop in oil and other commodity prices. The state oil company,Petrobras, has triggered the biggest corruption scandal in the country’s history, with dozens of businesspeople and more than 50 members of Congress implicated in some $2 billion in kickbacks. Investments in the vaunted new oil fields have been cut back, even as Brazilians fume over the billions spent on new stadiums.
Most troubling, the setbacks have triggered a crisis for Brazilian democracy, which has flourished in the 30 years since a military government yielded power. Leftist President Dilma Rousseff, who is due in Washington next week for a long-delayed official visit, eked out reelection in October after claiming that her more conservative opponent would surrender to the dictates of bankers and the International Monetary Fund. Now, with Brazil’s credit rating in danger, Ms. Rousseff is imposing the same austerity measures typically favored by the IMF, including cuts in energy subsidies.
Meanwhile, allegations of corruption are pending against dozens of members of Ms. Rousseff’s party, including its treasurer, in connection with the Petrobras scandal. The heads of two huge construction firms, including the largest in Latin America, were arrested June 19. Two days later, a poll showed the president’s popularity had dropped to a record low of 10 percent. The Post’s Dom Phillips reported Ms. Rousseff has stopped appearing on television for fear she will only inspire more anti-government protests.
The president now faces the challenge of surviving in office, and attempting to govern, for another three-and-a-half years. It won’t be easy: She has seen much of her power effectively stripped away by congressional leaders, who diluted some of her austerity measures. Ms. Rousseff’s Workers’ Party objects to her economic corrections, which partly reverse her statist course during her first term.
But Brazil needs more liberalizing reforms. Petrobras’s corruption was in large part the product of Ms. Rousseff’s misguided policies, such as trying to restrict its suppliers to Brazilian firms. The president made much of $53 billion in investment deals she announced with visiting Chinese Premier Li Keqiang last month, including $7 billion in fresh financing for Petrobras. But to get back on track, Brazil needs not just checks from Beijing, but also the removal of disincentives for private domestic and foreign investment. Without it, Brazil’s future will remain on hold.
domingo, 21 de junho de 2015
Contradições trabalhistas e econômicas.
Recente estudo da consultoria de recrutamento Michael Page prevê que
neste 2015 55% dos líderes de RH afirmaram ter planos de contratação para os próximos
12 meses, sendo que 63% dessas contratações serão de substituições.
Enquanto isso, o mesmo estudo revela que 76% dos entrevistados querem
mudar de empresa nos próximos seis meses.
Conclusão: as empresas vão contratar pouco e os funcionários querem sair.
E isso, com a economia brasileira no hospital...
Fonte: Revista VOCÊ S/A.
sábado, 20 de junho de 2015
A economia brasileira de Reinaldo Azevedo.
Reinaldo Azevedo é um crítico do governo Dilma e de tudo que ele avalia incorreto. No entanto, é dono de um estilo de texto que acorda qualquer leitor e enxerga muito bem o que virá por aí. Como economista, sinto-me na obrigação de divulgar um recente post do mesmo sobre a atual situação econômica brasileira.
Por onde começar? Todos os indicadores econômicos — todos, sem exceção —
estão piores do que esperava o mercado. Não há uma boa notícia na economia nem
para fazer remédio.
Vamos ver.
1: Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados), o país
fechou 115 mil vagas formais de trabalho em maio, o pior número desde 1992 — em
23 anos! Entre janeiro e maio, desapareceram 243.948 postos. No acumulado de 12
meses, 452 mil.
2: Dados do IBC-Br, um índice que é considerado uma prévia do PIB,
divulgados pelo Banco Central, indicam que o país registrou uma queda de 0,84%,
bem pior do que o 0,4% esperado pelo mercado. Em relação a abril do ano
passado, a atividade despencou 3,24%. Isso aponta para uma recessão acima de 2%
em 2015.
3: Bem, com a recessão em curso e os juros já na estratosfera, a inflação
poderia estar em queda, certo? Ainda não. A prévia de junho, na comparação com
maio, aponta uma alta de 0,99%. Em 12 meses, a taxa está em 8,8%.
Pode parecer impressionante, mas eles conseguiram chegar ao estado da arte
da incompetência: recessão severa, juros brutais e desemprego tendente a
cavalar.
Não pensem que isso se consegue sem determinação. Só se chega aí com
muita imodéstia.
Brasil: com o desastre econômico que fechará 2015, esperamos um bom 2016.
Todas as expectativas para 2015 sinalizam que a economia brasileira
chegará ao fundo do poço, conforme alguns indicadores relacionados abaixo - base junho:
- O PIB fechará 2015 em quase 2% "negativo".
- A taxa de desemprego atingirá quase 7% ao ano.
- A inflação medida pelo IPCA estará próximo a 9% ao ano.
- Quanto a taxa Selic, estima-se que 15% não será novidade.
- A taxa de câmbio será R$ 3,20/US$ e, então, teremos menos brasileiros em NYC.
- E o governo? Bem, continuará seus gastos, fazendo com que o resultado primário do setor público resulte em R$ 32 bilhões “negativos”.
Isso
posto, que chegue logo o ano de 2016.
Alexandre Tombini: Nos 50 anos do BACEN, o que ele pensa sobre regime de metas para a inflação.
Há várias razões para o sucesso do regime de metas para a inflação na
crise:
· Os bancos centrais descobriram que o regime de metas é realmente útil
para passar mensagens claras para o público sobre a necessidade e as condições
para a adoção de medidas não convencionais.
· Além disso, as metas para inflação contribuíram para a ancoragem das
expectativas de inflação, mantendo afastado o risco de deflação apesar dos
significativos hiatos de produto que vigoraram no pico da crise.
· As novas propostas de regimes de
política monetária sofrem de uma série de deficiências práticas. Elas são
demasiado complexas para o entendimento e acompanhamento do público. E metas
para o PIB nominal dependem muito de uma variável não observável, o crescimento
potencial do PIB.
· Por fim, a alteração do regime, ou mesmo apenas a elevação da meta, no
meio da crise, punha em risco a credibilidade que os bancos centrais haviam
angariado anteriormente sob o regime de metas.
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QUEM SOU EU?
- João Melo
- Desde 2008 este espaço busca trazer ao leitor o que acontece no mundo, especialmente no ambiente econômico, com análises, imagens, dicas de cultura e viagens, além de estatísticas e notícias on-line. Neste espaço estou interessado em entender como a Economia faz parte da vida, da política, do comportamento, da cultura, das relações pessoais, do mundo corporativo, do lazer, do meio ambiente etc e acredito que o progresso está no livre mercado, apesar do Estado ter grande responsabilidade no bem-estar da sociedade. Sou partidário do desenvolvimento sustentável e defendo o estado de direito, as liberdades públicas e individuais, a democracia e uma melhor distribuição de renda. Aqui compartilho artigos de economistas e áreas afins, dos quais discordo ou não da ideia, porém com o único objetivo de conhecer os dois lados da moeda. A partir de 2017 também divulgamos assuntos relacionados à Psicologia Social e o seu impacto em áreas como a Economia e a Política. Este blog é uma homenagem aos economistas, independentemente de compartilharem ideias keynesianas, clássicas, marxistas, neoclássicas, austríacas, monetaristas, estruturalistas, liberais etc. Boa leitura!
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