A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,969 bilhões
em abril. Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série
histórica do governo, em 1989. O saldo positivo supera o recorde de abril de
2016, quando a balança ficou positiva em US$ 4,862 bilhões.
Os dados foram divulgados ontem (3) pelo Ministério do
Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços. De janeiro a abril deste ano, a
balança acumula superávit de US$ 21,387 bilhões. O valor também é o maior da história,
superando o recorde de US$ 13,2 bilhões registrado de janeiro a abril de 2016.
A balança comercial tem superávit quando as exportações –
vendas do Brasil para parceiros de negócios no exterior – superam as
importações, que são as compras do país também no exterior.
No mês de abril, as exportações brasileiras ficaram em US$ 17,686
bilhões, superando os US$ 10,717 bilhões em importações. As exportações
cresceram 27,8% em relação a abril de 2016, segundo o critério da média diária,
que leva em conta o valor negociado por dia útil. Ante março deste ano, houve
alta de 12,5%.
As importações, por sua vez, cresceram 13,3% na comparação com
abril do ano passado e subiram 5,8% em relação a março deste ano, também
segundo o critério da média diária.
Destaques
Altas de preços impulsionaram as exportações, principalmente de
itens básicos e semimanufaturados que cresceram 29,2% e 27,5% ante abril de
2016. Entre os básicos, foram destaque as vendas de minério de ferro (alta de
87,6% na comparação com abril de 2016), petróleo bruto (58,6%), minério de
cobre (50,9%), carne suína (34,4%), soja em grão (24,2%) e farelo de soja
(15,5%).
Nos semimanufaturados, produtos como óleo de soja (alta de
173,9%), de ferro e aço (55,5%), ferro fundido (46,1%) e açúcar bruto (44,4%)
se destacaram. Entre os manufaturados, cujas vendas aumentaram 25,7% ante abril
do ano passado, cresceu a exportação de itens como açúcar refinado (139,1%) e
veículos de carga (123,3%).
Nas importações, cresceu a compra de combustíveis e lubrificantes
(28,5%), bens intermediários (16,5%) e bens de consumo (6,3%). Por outro lado,
caiu a aquisição de bens de capital (-5,9%).
Edição: Maria Claudia
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