sábado, 26 de novembro de 2016
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Em outubro/16 o déficit primário no acumulado de 12 meses caiu para R$ 137 bilhões.
Impulsionado pelo programa de regularização de ativos no exterior, também
conhecido como repatriação, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência
Social e Banco Central) obteve em outubro o maior superávit primário mensal da
história. No mês passado, o resultado ficou positivo em R$ 40,814 bilhões,
superando o recorde de R$ 28,970 bilhões registrado em novembro de 2013.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da
dívida pública. O resultado positivo de outubro reduziu para R$ 55,821 bilhões
o déficit primário (resultado negativo antes do pagamento de juros) nos dez
primeiros meses do ano. Mesmo com a melhoria nas contas públicas, o déficit
primário continua a ser o maior registrado para o período desde o início da
série histórica, em 1997. De janeiro a outubro de 2015, o déficit primário
estava em R$ 32,929 bilhões.
No acumulado de 12 meses, o déficit caiu para R$ 137,633 bilhões,
voltando a ficar abaixo da meta estipulada para este ano de resultado negativo
de R$ 170,5 bilhões. Em agosto e setembro, o déficit acumulado em 12 meses
tinha superado a meta para 2016.
De acordo com o Tesouro Nacional, o principal motivo para o superávit
primário recorde em outubro foi a repatriação de recursos. Responsável pela
arrecadação de R$ 46,823 bilhões de abril a outubro, o programa arrecadou R$
45,069 bilhões apenas no mês passado. Desse total, R$ 11 bilhões de Imposto de
Renda foram repartidos com estados, municípios e fundos regionais nos últimos
sete meses, dos quais R$ 9,783 bilhões somente em outubro.
A conta não inclui a divisão da multa da repatriação, que será
distribuída aos estados após um acordo fechado esta
semana entre a União e os governadores. Em troca da adoção de
um programa de ajuste fiscal nos estados e no Distrito Federal, as unidades da
Federação poderão receber cerca de R$ 5 bilhões das multas. Segundo o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, o repasse pode ser feito antes do fim do ano.
Mesmo com os recursos da repatriação, a arrecadação continua em queda por
causa da crise econômica. De janeiro a outubro, as receitas líquidas acumulam
queda de 2,1%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), em relação ao mesmo período do ano passado.
Pressionadas pelos gastos obrigatórios, as despesas totais ficaram
estáveis e subiram apenas 0,1% acima do IPCA nos dez primeiros meses do ano.
Apenas em outubro, no entanto, os gastos caíram 15,5%, descontado o IPCA em
relação a outubro do ano passado por causa do adiantamento do 13° salário a
aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os gastos com a Previdência Social subiram 6,5% além da inflação nos dez
primeiros meses do ano. As demais despesas obrigatórias, no entanto, caíram
2,1% descontando a inflação, enquanto os gastos com o funcionalismo público
acumulam queda real (considerando o IPCA) de 2,4%. Os gastos discricionários
(não obrigatórios) caíram 6,8%, descontado o IPCA. As despesas de custeio
(gasto com a manutenção da máquina pública) caíram 8% de janeiro a setembro.
Os investimentos – gastos com obras públicas e compra de equipamentos –
somaram R$ 41,336 bilhões no acumulado do ano, recuo de 17,4% também
considerando a inflação oficial. Os investimentos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) totalizaram R$ 28,941 bilhões, queda de 18,8% descontada a
inflação.
Os investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 5,275
bilhões, retração real de 57,5%. A queda deve-se principalmente à autorização
para que a construção dos imóveis para a população de baixa renda seja
financiada com recursos do FGTS, que passou a valer neste ano e diminuiu o uso
de recursos do Orçamento no programa habitacional.
Edição: Amanda Cieglinski
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
CAGED: Em outubro/16 o mercado de trabalho perdeu 74.748 empregos.
Os dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relativo ao mês de outubro
divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (24), mostram que o
mercado de trabalho perdeu 74.748 empregos com carteira assinada no período,
número bem inferior ao registrado no mesmo mês de 2015, quando foram
registrados 169.131 vagas a menos no país. Em relação ao mês anterior houve um
recuo de 0,30% no estoque de empregos formais, que alcançou 38.941.234. Esse
resultado originou-se de 1.104.431 admissões e de 1.179.179 desligamentos.
No mês, o setor do Comércio apresentou saldo positivo 12.946 vagas de
trabalho com carteira assinada, uma alta de 0,14% na comparação com o mês
anterior. A recuperação do setor ocorreu principalmente pelo desempenho
verificado nos ramos do comércio varejista (+9.578 postos) e atacadista (+2.918
postos). O setor da Indústria de Transformação, porém, apresentou redução de
vagas no período analisado (-5.562 postos), mas o segmento registrou
crescimento do emprego em três dos doze subsetores que o compõem: a Indústria
de produtos alimentícios (+4.256 postos), da Indústria de calçados (+2.182
postos) e da Indústria mecânica (+387 postos). A Construção Civil foi outro
setor que apresentou queda, com perda de 33.517 postos de trabalho, um
resultado, no entanto, mais favorável que o registrado em outubro do ano passado,
quando foram fechadas 49.830 vagas.
Dados regionais – A região Sul apresentou no mês saldo positivo de 3.266
vagas de trabalho, impulsionado pela geração de postos no Rio Grande do Sul,
com saldo positivo de 2.386 empregos e Santa Catarina, que gerou 1.267 vagas. O
emprego também cresceu nos estados de Alagoas (5.832) e Sergipe (1.932). Nos
outros estados houve queda na geração de postos de trabalho, assim como nas
outras regiões do país. No Sudeste, onde houve a maior queda, foram perdidos
50.274 postos no mês.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Brasil: colônia comercial do mundo industrializado?
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José
Augusto de Castro, abriu hoje (23), no Rio de Janeiro, o Encontro Nacional de
Comércio Exterior com a avaliação de que 2016 está sendo um ano difícil para o
setor que chegou a ser apontado como alternativa para o país com a queda da
atividade interna.
Apesar de a balança comercial já ter ultrapassado o saldo positivo de R$
40 bilhões na terceira semana de novembro, ele chama o resultado de
"superávit negativo" e explica que a cifra ocorreu pela forte queda
das importações, resultante da redução da atividade econômica.
Segundo o ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Marcos Jorge de Lima, o saldo da balança comercial em 2016 pode
chegar a R$ 46 bilhões, o que seria um recorde na balança comercial. Para
Castro, no entanto, não há o que comemorar.
"Esse número não gera nenhum emprego, gera desemprego porque caíram
as importações e caíram exportações. Ou seja, a atividade econômica diminuiu,
então, diminuiu o emprego. Se fosse batido esse recorde, seria um recorde a não
ser comemorado".
Ele defendeu a redução de custos das empresas para que as exportações não
dependam de oscilações do câmbio e destacou que as vendas de manufaturados para
o exterior têm caído nos últimos cinco anos. Para 2016, o mercado chegou a
esperar que esse movimento de queda mudasse.
"[Em 2015] havia uma expectativa positiva com os manufaturados [para
2016], que não se concretizou", explicou. "Com o câmbio a R$ 4, o
produto brasileiro seria competitivo. Mas nós estávamos fora do mercado
internacional e, para entrar no mercado, tem que desalojar alguém. Nós não
conseguimos desalojar os chineses, principalmente".
Em 2016, a expectativa da AEB apresentada por seu presidente José Augusto
de Castro é que as exportações vão cair de 2% a 3%, e, dentro delas, as de
manufaturados devem ter uma queda de 1% a 1,5%. O resultado, segundo ele, faz
com que o Brasil tenha um nível de exportação de manufaturados em 2016 menor
que o de 2006.
A queda das exportações de manufaturados levou o país a um cenário em que
esses itens correspondem a 40% das exportações, enquanto commodities preenchem
os outros 60%. "Se nada for feito vamos ter que nos contentar em ser uma
colonia comercial do mundo industrializado. Vamos exportar só commodities",
afirmou.
Castro apontou que a redução de custos, por meio de reformas como a
trabalhista, a tributária e a previdenciária, se aprovadas pelo Congresso, virá
com atraso. "Já passou o momento. Estamos totalmente atrasados",
disse ele que afirmou que elas "vão doer para todos nós" e exigirão
tempo de implementação no qual os produtores ainda precisarão contar com a
competitividade do câmbio.
Apesar de reconhecer que questões externas como possíveis medidas
protecionistas dos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia
poderão ter impactos negativos sobre o Brasil, o presidente da AEB destacou que
os problemas a serem resolvidos são internos e dependem apenas do país.
Transações correntes acumulam, nos últimos 12 meses, deficit de US$ 22,3 bilhões, equivalente a 1,25% do PIB.
Em outubro, as transações correntes apresentaram deficit de
US$ 3,3 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, deficit de
US$ 22,3 bilhões, equivalente a 1,25% do PIB.
Na conta financeira, as captações
líquidas superaram as concessões líquidas em US$ 3,2 bilhões, destacando-se os
ingressos líquidos de US$ 8,4 bilhões em investimentos diretos no país e a
redução de US$ 1,7 bilhão nos passivos de investimentos em carteira.
IPCA-15 no acumulado dos últimos 12 meses: 7,64%.
O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,26% em novembro e
ficou 0,07 ponto percentual (p.p) acima da taxa de outubro (0,19%). Esse foi o
menor IPCA-15 para os meses de novembro desde 2007 (0,23%). O acumulado no ano
está em 6,38%, bem abaixo dos 9,42% registrados em igual período do ano
anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 7,64%, abaixo dos
8,27% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2015 a
taxa havia sido 0,85%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Enquanto 2016 demora em acabar, o desemprego aumenta.
No 3º trimestre de 2016, a taxa
composta da subutilização da força de trabalho (que agrega a taxa de
desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de
trabalho potencial) ficou em 21,2%, chegando a 22,9 milhões de pessoas. No 2º trimestre de 2016, para Brasil, essa
taxa foi de 20,9% e, no 3º trimestre de 2015, de 18,0%.
A maior taxa composta da subutilização da
força de trabalho foi observada no Nordeste (31,4%), e a menor na região Sul
(13,2%). Bahia (34,1%), Piauí (32,6%) e Maranhão e Sergipe (ambos com 31,9%),
foram os estados com as maiores taxas. As menores foram observadas em Santa
Catarina (9,7%), Mato Grosso (13,2%) e Paraná (14,2%).
Brasileiros gastam mais no exterior em outubro/16.
Os gastos de brasileiros no exterior continuaram a crescer em outubro,
segundo dados do Banco Central (BC), divulgados ontem (22), em Brasília.
Em outubro, as despesas chegaram a US$ 1,421 bilhão, com crescimento de
41,82% em relação a igual mês de 2015 (US$ 1,002 bilhão). Esse foi o terceiro
mês seguido de crescimento.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que taxa de
câmbio e a melhora nos indicadores de confiança dos consumidores levaram ao
aumento dos gastos em viagens internacionais. “A reação da confiança desde
junho é significativa. Essa melhora da confiança também influencia nas decisões
de viajar para o exterior”, disse Maciel.
No acumulado do ano até outubro, os gastos neste ano são menores do que
em 2015. De janeiro a outubro, os gastos dos brasileiros somaram US$ 11,901
bilhões, contra US$ 15,141 bilhões em igual período do ano passado.
As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 434
milhões, no mês passado, contra US$ 435 milhões registrados em outubro de 2015.
Nos dez meses do ano, as receitas ficaram em US$ 5,1 bilhões ante US$ 4,786
bilhões em igual período de 2015.
Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e as
receitas de estrangeiros no Brasil, a conta de viagens internacionais ficou
negativa em US$ 988 milhões em outubro, e em US$ 6.801 bilhões nos dez meses
deste ano.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
PIB: Governo prevê queda de 3,5% em 2016 e crescimento de 1,0% em 2017.
O governo anunciou hoje (21) redução da projeção de crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país) em 2017,
de 1,6% para 1%. Para 2016, a projeção, que era queda de 3%, piorou, passando
para uma contração de 3,5% da economia.
As informações foram divulgada pelo secretário de Política Econômica do
Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk. O governo também revisou as estimativas
da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pelas novas previsões, o IPCA acumulado em 2017 ficará em 4,7%, ante 4,8%
estimado em agosto. Para 2016, a projeção para a inflação caiu de 7,2% para
6,8%, segundo a equipe econômica.
Em agosto, o governo havia chegado a rever para cima a previsão do PIB
para 2017, de 1,2% para 1,6%. Segundo Fábio Kanczuk, a revisão atual tem
relação com o quadro de endividamento das empresas e o aumento da percepção de
risco pelo mercado. De acordo com ele, o spread (diferença
entre o custo do dinheiro para o banco e o quanto ele cobra para emprestá-lo)
está subindo, o que sinaliza um crédito mais caro e maior risco atribuído pelo
setor bancário às empresas. “ [O efeito] era totalmente esperado, mas a
dimensão dele só está se tornando clara agora. Isso [risco] está puxando os
spreads para cima. A gente continua falando de recuperação econômica, mas tem
um pouco de atraso para que haja essa digestão do aumento da dívida sobre o
lucro [das empresas]”, disse.
Kanczuk afirmou ainda que, independentemente da revisão do PIB, o governo
está comprometido com a meta fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco
Central e Previdência). Para 2016, a meta é déficit de R$ 170,5 bilhões. Para
2017, é déficit de R$ 139 bilhões.
O secretário admitiu que o PIB menor pode levar a queda das receitas do
governo, o que dificultaria o cumprimento da meta fiscal neste ano e no
próximo. No entanto, ele não deu uma estimativa do possível impacto e disse que
"outros fatores" poderiam influenciar positivamente a arrecadação.
“Se nenhuma outra projeção for alterada, a projeção de receita cai. Mas
tem um monte de outros fatores acontecendo ao mesmo tempo. A projeção de receita
também é [feita] em função de câmbio, de massa salarial. Há outras coisas para
apurar com cuidado e ver o que vai acontecer”, disse o secretário.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia adiantado na semana
passada, durante viagem a Nova York, que o governo revisaria a estimativa de
crescimento do PIB para o ano que vem.
Pela manhã, o boletim Focus, pesquisa semanal que reúne projeções de
diversas instituições financeiras para e economia, reduziu de 1,13% para 1% a
previsão de alta do PIB em 2017. Para 2016, as instituições financeiras
elevaram a estimativa de queda do PIB, de 3,37% para 3,4%.
Edição: Maria Claudia
Ilan Goldfajn: o efeito Trump na economia brasileira.
Ao longo do ano me referia ao quadro internacional como um
interregno benigno para as economias emergentes. Esse quadro oferecia
simultaneamente condições favoráveis de financiamento a essas economias e
alguma recuperação da atividade global. Isso ocorria porque o ritmo de
crescimento da economia global não era forte o suficiente para a retirada dos
estímulos monetários na maioria das principais economias. O Banco Central em
suas comunicações sempre chamou a atenção para a natureza transitória desse
quadro benigno. As comunicações argumentavam que à medida que o tempo passasse,
o crescimento das economias avançadas tenderia a ganhar tração e o enxugamento
da liquidez se faria necessário. O resultado das eleições americanas adicionou
mais um elemento de incerteza sobre a duração do interregno benigno. Ainda é
muito cedo para termos uma ideia mais clara sobre os rumos que a política
econômica americana tomará sob a nova administração e se o interregno benigno
terminou ou não. O novo cenário tem pressionado as taxas de juros
internacionais, tornando o financiamento mais caro para os países emergentes, e
fortalecido o dólar. O risco desse cenário é a reversão dos fluxos de capital
para fora das economias emergentes.
O Banco Central do Brasil
tem monitorado de perto esses desenvolvimentos dos mercados internacionais e
atuado tempestivamente para não permitir que os efeitos dos choques externos se
transformem numa ameaça para a estabilidade macroeconômica. Estou certo de que
estamos bem preparados para enfrentar os cenários adversos que possam se
apresentar. Temos instrumentos à nossa disposição, estamos rumando na direção
correta para fortalecer nossos fundamentos e possuímos um arcabouço de política
econômica consistente. O regime de câmbio flutuante é a nossa primeira linha de
defesa. A flutuação da taxa de câmbio funciona como um estabilizador
automático, preservando o equilíbrio tanto das contas externas como o próprio
equilíbrio macroeconômico interno. Como exemplo recente, pós-eleições
americanas, observamos influxo acima de 3 bilhões de dólares na medida que as
novas cotações ofereciam oportunidade. Para além da flutuação da taxa de
câmbio, contamos com um estoque de reservas internacionais de mais de US$ 370
bilhões. Esse estoque funciona como um seguro para excessos e distorções no
mercado. Logo é mais um instrumento para garantir estabilidade e
previsibilidade, e, dessa maneira, contribui para a redução do risco Brasil.
http://www.bcb.gov.br/pec/appron/apres/Discurso%20Firjan%20VF%2021_11_16.pdf
Boletim Focus e o PIB em queda de 3,40% neste 2016.
No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado ajustou para baixo as expectativas do PIB de 2016 e 2017.
Para 2017 estima-se crescimento do PIB em 1,00%, ao invés do 1,13% da semana anterior.
Em síntese:
PIB: elevou a queda de 3,37% para 3,40%;
Inflação: IPCA de 6,84% para 6,80%;
Dólar: alterou de R$ 3,22 para R$ 3,30;
Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.
domingo, 20 de novembro de 2016
sábado, 19 de novembro de 2016
How Will Capitalism end? Wolfgang Streeck.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1833547-sociologo-preve-morte-tragica-do-capitalismo-em-livro.shtml
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Previsão de déficit primário do Governo Central para 2016: R$ 159,5 bilhões!
Instituições financeiras consultadas pelo
Ministério da Fazenda esperam que o déficit primário do Governo Central
(Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) termine este ano em R$
159,5 bilhões ante o resultado negativo de R$159,8 bilhões, previsto
anteriormente.
A projeção consta na pesquisa
Prisma Fiscal elaborada pela Secretaria de Política Econômica do
Ministério da Fazenda, com base em informações de 30 instituições financeiras
do mercado. O resultado foi divulgado ontem (17). Para 2017, a estimativa de
déficit passou de R$ 145,3 bilhões para R$ 144,7 bilhões.
A projeção da arrecadação das receitas
federais, este ano, subiu de R$ 1,269 trilhão para R$ 1,288 trilhão. Para 2017,
a estimativa passou de R$ 1,354 para R$ 1,356 trilhão.
Para a receita líquida do Governo Central, a
estimativa é que suba de R$ 1,078 trilhão para R$ 1,092 trilhão este ano e no
ano que vem apresente queda (?), registrando R$ 1,169 trilhão. No caso da Despesa
Total do Governo Central, a projeção chega a R$ 1,247 trilhão em 2016 e R$
1,316 trilhão no ano que vem.
A pesquisa apresenta também a projeção para a
dívida bruta do governo central, que na avaliação das instituições financeiras,
deve cair de 73,50% do Produto Interno Bruto (PIB) para 73,20% este ano. Para
2017, a estimativa mudou de 78,20% para 78,22% do PIB.
Chair Janet L. Yellen: The Economic Outlook 2016.
The
U.S. economy has made further progress this year toward the Federal Reserve's
dual-mandate objectives of maximum employment and price stability. Job gains
averaged 180,000 per month from January through October, a somewhat slower pace
than last year but still well above estimates of the pace necessary to absorb
new entrants to the labor force. The unemployment rate, which stood at 4.9
percent in October, has held relatively steady since the beginning of the year.
The stability of the unemployment rate, combined with above-trend job growth,
suggests that the U.S. economy has had a bit more "room to run" than
anticipated earlier. This favorable outcome has been reflected in the labor
force participation rate, which has been about unchanged this year, on net,
despite an underlying downward trend stemming from the aging of the U.S.
population.
More:
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
President Obama speaking in Athens, Greece, the birthplace of democracy - 2016.
“The flame first lit here in Athens never died. It was ultimately nurtured by a great Enlightenment. It was fanned by America’s founders, who declared that ‘We, the People’ shall rule; that all men are created equal and endowed by our Creator with certain inalienable rights...The basic longing to live with dignity, the fundamental desire to have control of our lives and our future, and to want to be a part of determining the course of our communities and our nations—these yearnings are universal. They burn in every human heart.”
President Obama speaking in Athens, Greece, the birthplace of democracy: go.wh.gov/POTUSabroad
Bacen: a prévia do PIB 2016 sinaliza queda de 5,23% no acumulado de 12 meses.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) obteve uma leve alta de 0, 15% em setembro em relação ao mês de agosto/16.
No acumulado neste 2016 registra retração de 4,83% e para os últimos 12 meses, queda de 5,23% com base em setembro/16.
IBGE: Revisado, PIB brasileiro cresce 0,5% em 2014 e chega a R$ 5,8 trilhões.
O PIB chegou a R$ 5,779 trilhões em 2014 e o
seu crescimento em relação a 2013 foi revisado de 0,1% para 0,5%. O PIB per capita (R$ 28.498) teve queda de 0,4% em
relação a 2013. Foi a terceira queda nesse indicador desde o ano 2000, sendo
que os recuos mais recentes ocorreram em 2003 (-0,2%) e 2009 (-1,2%).
Esses e outros resultados integram o Sistema
de Contas Nacionais 2010-2014, que incorpora novos dados, mais amplos e
detalhados, do próprio IBGE e fontes externas, além de atualizações
metodológicas, revisando os resultados já divulgados pelas Contas Nacionais
Trimestrais. A publicação completa pode ser acessada aqui.
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Ilan Goldfajn: O mercado espera 2017 melhor do que 2016 e 2017 melhor do que 2018.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse que a autarquia
tem munição suficiente para prover tranquilidade ao mercado, após as
turbulências geradas pela eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos. A
afirmação foi feita hoje (16) em entrevista à imprensa internacional, por meio
de teleconferência.
Goldfajn disse que o regime de câmbio no Brasil é flutuante (com cotação
da moeda definida pelo mercado), mas cabe ao BC intervir para evitar excesso de
volatilidade. O BC tem feito intervenções no mercado por meio de leilões de
rolagem (renovação) de swap cambial tradicional (que equivalem à venda de
dólares no mercado futuro). Além da rolagem, o BC também tem feito leilões de
contratos novos.
O dólar sobe
desde o último dia 9, após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais
norte-americanas. Há a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed), o banco
central dos Estados Unidos, aumente os juros da maior economia do planeta mais
que o previsto, por causa da política de alta dos gastos públicos de Trump.
Taxas mais altas nos Estados Unidos atraem capitais para títulos do Tesouro
norte-americano, o que resulta em alta do dólar em todo o planeta, e afeta
países emergentes como o Brasil.
Na entrevista, o presidente do Banco Central disse que 2016 tem sido o
ano de reestabelecer a confiança e ancorar as expectativas de inflação. Ele
destacou que, para 2017, a expectativa do mercado para a inflação está em torno
da meta de inflação (4,5%). Goldfajn também afirmou que o mercado espera por
melhora na economia nos próximos anos. “O mercado espera 2017 melhor do que
2016 e 2017 melhor do que 2018”, destacou.
Presidential Medal of Freedom 2016: DeGeneres, Bill and Melinda, Tom Hanks, Michael Jordan, Robert Redford, Diana Ross, Bruce Springsteen and others!
Today, President Barack Obama named 21 recipients of the
Presidential Medal of Freedom. The Presidential Medal of Freedom is the
Nation’s highest civilian honor, presented to individuals who have made
especially meritorious contributions to the security or national interests of
the United States, to world peace, or to cultural or other significant public
or private endeavors. The awards will be presented at the White House on
November 22th.
President Obama said, "The
Presidential Medal of Freedom is not just our nation's highest civilian honor -
it's a tribute to the idea that all of us, no matter where we come from, have
the opportunity to change this country for the better. From scientists,
philanthropists, and public servants to activists, athletes, and artists, these
21 individuals have helped push America forward, inspiring millions of people
around the world along the way."
This event will be streamed live at: www.whitehouse.gov/live.
The following individuals will be awarded the Presidential Medal of
Freedom:
Kareem
Abdul-Jabbar
Elouise Cobell (posthumous)
Ellen DeGeneres
Robert De Niro
Richard Garwin
Bill and Melinda
Gates
Frank Gehry
Margaret H.
Hamilton
Tom Hanks
Grace Hopper (posthumous)
Michael Jordan
Maya Lin
Lorne Michaels
Newt Minow
Eduardo Padrón
Robert Redford
Diana Ross
Vin Scully
Bruce Springsteen
Cicely Tyson
Bacen: Conferência Lei Empresa Limpa.
Confira o discurso do presidente do Banco Central na Conferência Lei Empresa Limpa, promovida pela Controladoria Geral da União (CGU).
O BC sediou o evento no Edifício-Sede, em Brasília: https://goo.gl/9s7u02
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A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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