domingo, 4 de abril de 2010
PÁSCOA NA IGREJA!
sexta-feira, 2 de abril de 2010
A ATUALIDADE DE SIMONSEN!
AMÉRICA: FINALMENTE, UMA LUZ!
Speaking in Charlotte, N.C., President Obama called Friday’s report “the best news we’ve seen on the job front in more than two years.”
AINDA O CÂMBIO.
Diretamente da FOLHA DE S. PAULO, novamente DELFIM NETTO, comenta sobre o CÂMBIO.
O professor Carlos Antonio Rocca apresentou no Centro de Estudos de Mercado de Capitais, do IBMEC (em março deste ano), um interessantíssimo trabalho, com o título "Fatores da Taxa de Câmbio do Real: Uma análise Estatística". Nele, revela, como de costume, a sua integridade intelectual, a sua competência técnica, o seu pragmatismo e a sua cuidadosa modéstia nas conclusões.
Apenas para dar um exemplo das dificuldades de tais estudos, tomemos a moeda chinesa, o yuan. Há uma convicção generalizada, formada a partir de trabalhos com modelos apriorísticos e do uso de econometria sofisticada, de que ele está fortemente desvalorizado, o que facilitaria a invasão das exportações chinesas. Nos EUA, o Congresso, para atender à fúria dos sindicatos num ano eleitoral, está forçando Obama a declarar que a China "manipula" o seu câmbio.
Ocorre que a dúvida é geral. Basta dizer que a Goldman Sachs, cujo conhecimento dos mercados e competência são comprovados, estimou as taxas cambiais ("BRICs Monthly", 10/02, March 16, 2010) e concluiu que "o yuan, contrário à crença popular, não parece subvalorizado contra o dólar"! Quanto ao Brasil, diz o mesmo documento: "O real é uma das moedas mais sobrevalorizadas dos emergentes (cerca de 40%)".
O trabalho do professor Rocca não se aventura na tentativa de estimar a sobrevalorização do real. O seu objetivo secundário é tentar encontrar quais são as variáveis que provavelmente "explicam" a formação da taxa de câmbio real/ dólar e tentar medir a importância de cada uma delas. E, a partir do modelo, atingir seu objetivo principal: tentar medir o efeito da imposição do IOF de 2% sobre os investimentos estrangeiros.
O trabalho testa oito especificações e seleciona duas "melhores", que "explicam" mais de 3/4 das variações da taxa de câmbio real/dólar: 1) o próprio valor do dólar em relação a uma cesta de moeda; 2) o diferencial de juros EUA x Brasil; e 3), alternativamente, ou os investimentos na conta financeira total, ou os investimentos em carteira.
Em relação ao seu objetivo principal (o possível efeito do IOF), o trabalho afirma: "Não há razão para acreditar que a tributação do IOF sobre os investimentos estrangeiros em carteira tenha sido eficaz para reverter a tendência de valorização do real".
Em relação ao seu objetivo secundário (o que "explica" a taxa de câmbio), a conclusão é que "a principal variável doméstica na determinação da taxa de câmbio é o diferencial das taxas de juros Brasil x EUA". Logo, "ações voltadas para a redução sustentável dessa taxa são mais eficazes para evitar a valorização efetiva do real".
O BACEN CONTINUA COM MEIRELLES!
Entendemos que a manutenção de HENRIQUE MEIRELLES no BACEN, oferece um pouco de segurança nestes tempos de eleições vale tudo.
Hoje, direto da FOLHA DE S. PAULO, Marcelo Moura, professor do Insper e especialista em bancos centrais, comenta que Henrique Meirelles tem feito um "excelente" trabalho como presidente do Banco Central, mas a instituição ainda precisa conseguir que o país viva em estabilidade de preços com juros menores.
FOLHA - Qual é a sua avaliação da gestão Meirelles no BC?
MARCELO MOURA - O BC foi eficiente. Em 2003, quando o Meirelles assumiu, o regime de metas de inflação estava sendo questionado. Os índices de preços haviam ficado acima do desejado, e ele conseguiu reverter essa alta.
FOLHA - Muitos especialistas dizem que não era preciso usar uma dose tão forte de juros.
MOURA - No começo do mandato do Meirelles, a taxa Selic estava na casa dos 20% ao ano; hoje, encontra-se em 8,75%. A tendência de longo prazo, portanto, sempre foi de queda. Comparei as políticas do BC com as dos seus pares na América Latina e vejo o brasileiro como um dos mais agressivos para controlar a inflação e reduzir os juros. Nos últimos anos, a autoridade monetária fez o melhor que poderia, considerando o histórico de hiperinflação do país.
FOLHA - O fato de Meirelles não ter conseguido a independência do BC, como desejava, deve ser considerado um fracasso?
MOURA - O Meirelles não é responsável por definir esse tipo de coisa, e sim o Poder Legislativo.
FOLHA - E quais deveriam ser as prioridades do BC agora?
MOURA - O trabalho realizado pelo Meirelles foi excelente, porém não está completo. O Brasil ainda precisa conquistar uma estabilidade de preços com juros menores. Acho que o país tem, sim, condições de viver com uma taxa Selic abaixo de 5%.
segunda-feira, 29 de março de 2010
A VIDA COMO ELA É!
Como sabem meus quase dois (milhões... de) leitores, trabalho no interior do estado do PARÁ, cerca de 210 km de Belém, entre as cidades de MOJU e TAILÂNDIA. Recebi hoje a nota abaixo que foi publicada na Folha de S. Paulo, onde é citada a minha vizinha cidade de TAILÂNDIA. Quem desejar passar a Semana Santa por aqui, estamos às ordens!!!
O Espírito Santo é o Estado brasileiro com o maior número de homicídios de mulheres. São 10,3 mortes em cada grupo de 100 mil, bem acima da média nacional, de 3,9 por 100 mil. São Paulo ocupa a 23ª colocação, com 2,8 assassinatos por 100 mil. O índice mais baixo (1,9 morte/100 mil) é o do Maranhão. Os dados fazem parte do "Mapa da Violência", feito a partir de números do SUS, que será divulgado nesta semana.
A pesquisa apontou que, de
domingo, 28 de março de 2010
CHINA COMPRA UNIDADE DA FORD!
Para quem pensa que desconheço o poder $$$ da CHINA, está lá no The New York Times de hoje que “Ford Motor reached an agreement on Sunday to sell its Volvo subsidiary to a Chinese conglomerate, in the clearest confirmation yet of China’s global ambitions in the auto industry. Zhejiang Geely Holding Group, based in Hangzhou, agreed to pay $1.8 billion for Volvo, with $1.6 billion in cash and the rest in a note payable to Ford. The sale of one of Europe’s most storied brands shows how China has emerged not just as the world’s largest auto market in the past year, but also as a country determined to capture market share around the globe. Zhejiang Geely said it planned to retain production of Volvo cars in Sweden, but it is expected to build another assembly plant for them in China, most likely near Beijing or Shanghai. Ford already builds small numbers of Volvos for the Chinese market at an assembly plant in Chongqing. Most of the vehicles output at that factory are Fords and Mazdas for sale in China.”
De qualquer maneira continuo acreditando que a vermelha CHINA já é praticante de uma espécie de “capitalismo vermelho” que substituiu o "velho socialismo", mas que sem liberdade, nunca será uma DEMOCRACIA.
LIBERDADE NA CHINA?
CARLOS PIO NO GLOBO!
O cientista político Carlos Pio, professor de economia política internacional da UnB, pesquisador visitante da Universidade de Oxford e membro do Instituto Millenium, defende uma agenda liberal para que se avance nos ganhos sociais obtidos nos governos Fernando Henrique e Lula. De Londres, onde está morando temporariamente, ele disse ao GLOBO que as políticas adotadas por ambos os governos se esgotaram. Pio é contra o aumento da presença do Estado na economia porque, segundo ele, governos falham. O professor afirma que, apesar dos ganhos sociais evidentes dos últimos oito anos, o governo Lula não tem foco nos mais pobres, porque há benefícios que continuam direcionados aos mais ricos.
Carlos Pio, além de ter sido meu professor na Universidade de Brasília, é um intelectual que defende com ênfase suas ideias, indiferente do pensamento dominante. Espero que a sua entrevista possa servir de fonte para o que vem por aí, sempre com o propósito de fazer o melhor pelo BRASIL.
O GLOBO: O governo defende uma interferência maior do Estado na economia. A crise mostrou que o mercado sozinho não se regula. Qual é a solução?
CARLOS PIO: Em todas as sociedades, há variações importantes no grau de presença do governo na economia.Poucas sociedades realmente desconfiam do discurso dos políticos tradicionais, que prometem fazer o bem sem maiores custos, seja em termos de impostos mais altos, seja em termos de ineficiências e corrupção. Esse traço de desconfiança em relação ao governo — e ao Estado, em última instância — é um dos traços da cultura americana que têm se generalizado em outros países. A expansão do liberalismo nos últimos 20 anos do século XX teve esse traço “neoliberal”.
Os governos não são confiáveis?
PIO: O que esse liberalismo estabelece não é que “todos os problemas acabarão se os mercados forem inteiramente desregulados”
As eleições não corrigem essas falhas?
PIO: Mesmo nas democracias, existem dificuldades intransponíveis ao controle dos governantes pelos eleitorados.
Eleições ocorrem em intervalos relativamente longos (e, neste ínterim, os governantes são relativamente livres para agir), o governo consegue manobrar a fiscalização do Legislativo com incentivos aos parlamentares e partidos, e o voto do eleitor é dado a candidatos que apresentam “pacotes fechados” de preferências que não estão abertas a sua interferência.
O governo falha, e isso normalmente é pior que a falha natural dos mercados.
A resposta está na extinção do governo, então?
PIO: Está em dois pilares. Primeiro, na limitação do governo ao desempenho de suas funções mais elementares — oferta de bens que elevem o potencial de prosperidade de todos, especialmente dos que não podem pagar para obtêlos.
Esses bens coletivos são: segurança e Justiça, saúde e educação básica universais, capacitação de trabalhadores, aposentadoria universal, estabilidade macroeconômica, defesa da propriedade privada e da concorrência privada (doméstica e internacional)
Nada disso precisa ser feito primordialmente por meio de agências ou empresas estatais. Cada vez mais surgem instrumentos (como vouchers educacionais, parcerias público-privadas etc.) que viabilizam a oferta privada desses serviços de natureza coletiva ou pública. E isso nos remete ao segundo pilar: o aumento do controle e da pressão sobre os governantes para elevar a eficiência do Estado na provisão desses bens.
O senhor fala que vivemos uma espécie de esquizofrenia.
Onde está ela?
PIO: A esquizofrenia a que me referi é essa crença de que o governo pode ser o principal agente do desenvolvimento econômico por meio de projetos nacionais que, de um lado, violam a noção elementar de “falhas de governo” e, de outro, implicam relegar a segundo plano a oferta dos bens coletivos fundamentais à melhoria das oportunidades dos mais pobres e que não podem pagar por eles, como pré-escola e ensino médio, em nosso contexto atual.
A renda de milhões de brasileiros cresceu nos últimos anos. Mas o senhor diz que este não é um governo com foco no combate à pobreza.
PIO: Os governos de Fernando Henrique e Lula foram capazes de promover uma efetiva incorporação econômica das parcelas mais pobres da nossa sociedade justamente porque criaram (FHC) e mantiveram e expandiram (Lula) algumas políticas que favorecem o poder de consumo desses setores.
Em particular, o fim da inflação, a ênfase em políticas sociais focalizadas nos mais pobres, como Bolsa Escola e Bolsa Família — algo que começou a ser defendido pelo Banco Mundial como uma necessidade no contexto das reformas liberais dos anos 198090 e que enfrentou forte resistência pelo PT e pelos demais segmentos da esquerda —, e a política de elevar o valor do salário mínimo consistentemente acima da inflação provocaram uma sensível melhora na situação dos mais pobres.
E o que não avançou?
PIO: Não se avançou nada em termos da redução dos “benefícios sociais” primordialmente destinados aos mais ricos, como ensino superior gratuito, aposentadorias e pensões generosas para funcionários públicos, benefícios aos trabalhadores formais que inibem a contratação formal de mais trabalhadores etc. Um governo de esquerda, e especialmente do PT, teria mais legitimidade que qualquer outro para promover esse debate, que infelizmente foi adiado pelo bom desempenho da economia internacional e pela queda do ministro (Antonio) Palocci (da Fazenda), que personificava essa agenda no governo e no partido.
O que fazer para atingir os mais pobres?
PIO: Precisaremos colocar no topo das preocupações e escolhas dos governantes gastos e regulações que melhorem a situação dos mais pobres e, entre estes, especialmente as crianças. É preciso baratear drasticamente os alimentos e medicamentos via importações mais livres e desoneração tributária do consumo desses bens. É fundamental criar incentivos à provisão privada (e mesmo governamental) de pré-escola, para elevar as capacidades de aprendizado dessas crianças e liberar as mães para o mercado de trabalho.
Precisamos direcionar as políticas chamadas de desenvolvimento econômico — que, na verdade, são políticas de incentivo a setores da economia escolhidos pelo governo (sobretudo via BNDES) mdash; para oferecer maiores oportunidades aos setores que empregam mais pobres, nas regiões mais pobres, sem prejuízo à concorrência (doméstica e estrangeira)
Os ganhos sociais têm limites?
PIO: Eles são concretos e devemse a decisões fundamentais tomadas pelos governos Fernando Henrique e Lula. Mas essas políticas já deram o que tinham que dar. Para avançar mais é preciso dar seguimento a uma agenda de reformas liberais (não confundir com eliminar o Estado nem com qualquer ideia ingênua de que o mercado desregulado é uma solução para todos os males), que elimine privilégios a setores minoritários da economia e da sociedade (funcionários públicos aposentados e pensionistas, empresas em setores subsidiados e protegidos da concorrência internacional, jovens de famílias abastadas que terminam o segundo grau e ingressam na universidade gratuita etc.) e que aumente os incentivos ao aumento da eficiência e da produtividade e o acesso dos mais pobres a condições que elevem suas capacidades para prosperar.
Que agenda é esta?
PIO: Ênfase na oferta de bens coletivos que beneficiem primordialmente os mais pobres, ampliação das liberdades econômicas de todos, garantias à propriedade privada, aumento da eficiência do setor público, corte de privilégios astronômicos presentes no chamado “orçamento social”, aumento da concorrência sobre as empresas já estabelecidas no país via liberalização comercial unilateral etc.
sábado, 27 de março de 2010
OS BILIONÁRIOS BRASILEIROS.
Direto da BBC Brasil, lá no ESTADÃO, o registro que o Brasil tem 18 pessoas ou famílias com fortunas acima de US$ 1 bilhão, segundo a tradicional lista anual da revista americana FORBES. (E um deles é o meu patrão, pelo qual trabalho para que ELE fique cada dia mais bilionário...)
O país tem o maior número de bilionários da América Latina. O brasileiro mais rico, segundo a Forbes, é o empresário Eike Batista, que ocupa a 8ª posição geral na lista, com uma fortuna estimada em US$ 27 bilhões. Batista, proprietário de uma série de empresas no ramo de mineração e petróleo, é também o integrante da lista, com mais de mil nomes, cuja fortuna mais cresceu de um ano para o outro - US$ 19,5 bilhões a mais. Na lista do ano passado, ele também aparecia como o brasileiro mais rico, mas apenas na 61ª colocação geral. A relação de pouco menos de 800 bilionários contava com 13 brasileiros.
O empresário mexicano Carlos Slim, do setor de telecomunicações, ultrapassou o americano Bill Gates, fundador da Microsoft, e aparece neste ano pela primeira vez como a pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 53,5 bilhões. Esta é a primeira vez desde 1994 que a lista de bilionários da Forbes não é encabeçada por um americano. Apesar disso, os Estados Unidos ainda dominam amplamente a lista da revista, com 403 cidadãos do país com fortunas superiores a US$ 1 bilhão.
A lista deste ano traz 1.011 nomes de 55 países diferentes, indicando uma recuperação em relação ao ano passado, quando a crise econômica mundial havia enxugado a lista para 793 bilionários. Em 2008, a relação trazia 1.125 pessoas. Segundo a revista, a fortuna acumulada dos dez mais ricos da lista cresceu de US$ 254 bilhões para US$ 342 bilhões no último ano. "A economia global está se recuperando", disse o editor-chefe da revista, Steve Forbes. "Os mercados financeiros também tiveram uma recuperação impressionante, principalmente nos mercados emergentes", afirmou.
Entre os dez primeiros da lista, há quatro bilionários oriundos de países emergentes - além de Slim e de Batista, aparecem os indianos Mukesh Ambani e Lakshmi Mittal, na 5ª e na 6ª posições, respectivamente. Mesmo sem nomes entre os dez primeiros, porém, a China é o país com o maior número de bilionários após os Estados Unidos - 64. Se considerados também os bilionários de Hong Kong, são 89 os chineses da lista. Outro país emergente, a Rússia, aparece como o terceiro com o maior número de bilionários - 62.
Os 18 brasileiros da lista da Forbes têm, juntos, uma fortuna de US$ 84,7 bilhões. O segundo da lista é Jorge Paulo Lemann, sócio da cervejaria belgo-brasileira InBev, com uma fortuna de US$ 11,5 bilhões. Ele aparece na 48ª posição na lista geral. O terceiro brasileiro mais rico, na 64ª posição da lista, é o banqueiro Joseph Safra, com uma fortuna acumulada de US$ 10 bilhões. A família Steinbruch, dos grupos CSN e Vicunha, aparece na 136ª posição, com uma fortuna de US$ 5,5 bilhões. Outros dois sócios da InBev aparecem sem seguida - Marcel Telles (152ª posição, fortuna de US$ 5,1 bilhões) e Carlos Alberto Sicupira (176ª posição, US$ 4,5 bilhões).
Em seguida estão o banqueiro Aloysio de Andrade Faria (201ª posição, US$ 4,2 bilhões), Abílio Diniz, do grupo Pão-de-Açúcar, e Antonio Ermírio de Moraes, da Votorantim, ambos empatados na 316ª posição, com US$ 3 bilhões, o banqueiro Moise Safra (421ª posição, US$ 2,3 bilhões), Elie Horn, da imobiliária Cyrella (437ª posição, US$ 2,2 bilhões), Antonio Luiz Seabra, da Natura (437ª posição, US$ 2,2 bilhões), Guilherme Peirão Leal, também da Natura (463ª posição, US$ 2,1 bilhões), Rubens Ometto, da produtora de álcool e açúcar Cosan (463ª posição, US$ 2,1 bilhões), o sino-brasileiro Liu Ming Chung, radicado em Hong Kong, da empresa de papel Nine Dragons (582ª posição, US$ 1,7 bilhão), João Alves de Queiroz Filho, da Hypermarcas (616ª posição, US$ 1,6 bilhão), Jayme Garfinkel, da seguradora Porto Seguro (828ª posição, US$ 1,2 bilhão) e o banqueiro Julio Bozano (880ª posição, US$ 1,1 bilhão).
IGREJA E ECONOMIA.
UM GENIAL MATEMÁTICO!
Sou leitor de ELIO GASPARI desde... anos. Apesar de discordar de vários textos seus, o jornalista escreve sobre quase tudo e quase todos. Li com prazer seus quatro livros sobre a ditadura e sua pesquisa realmente tornaram esses livros fonte importante para quem deseja conhecer parte de nossa história. Na FOLHA DE S. PAULO de 24/03/10, ele escreve sobre MATEMÁTICA. Como? Não tenham receio de ler, pois somente ele consegue, em poucas palavras, oferecer uma boa leitura.
Em 2008, quando Lady Gaga gravou seu primeiro álbum, já se tinham passados seis anos do dia
Ele é um matemático russo, de 43 anos, já passou meses sem trocar de roupa, raramente corta as unhas, a barba ou o cabelo. Vive com a mãe
Superando ciúmes, intrigas e rivalidades, Perelman acaba de conquistar o prêmio dos "Problemas do Milênio", com direito a um cheque de US$ 1 milhão, concedido por uma fundação americana, por ter decifrado um dos sete grandes mistérios da matemática. Em 2006, ofereceram-lhe um honraria considerada equivalente a um Nobel de matemática. Recusou-a.
Para os leigos (como o signatário), a Conjectura de Poincaré é algo incompreensível. Ainda assim, pode-se perceber que Poincaré, um matemático francês que morreu em 1912, deixou para o mundo uma conjectura. Mais difícil será entender o que significa o segundo mistério: "A existência de Yang-Mills e a falha na massa".
Perelman resolveu a conjectura em 2002. Em vez de mandar seu trabalho para uma revista científica, onde um painel de estudiosos estudaria a consistência dos argumentos, simplesmente jogou os textos na internet, num arquivo público de trabalhos acadêmicos. O trabalho não dizia que a conjectura havia sido resolvida, essa tarefa cabia a quem o lesse. (Um matemático gastou três meses para entendê-lo.) A comunidade dos sábios consumiu dois anos estudando, invejando e, em alguns casos, buscando uma falha na explicação. Perda de tempo.
Quando Perelman foi convidado por Princeton, pediram-lhe um currículo. Respondeu que, se não sabiam quem ele era, não deveriam convidá-lo. Como o MIT chamou-o depois que resolveu a Conjectura de Poincaré, recusou porque deveriam tê-lo chamado antes. Num último convite podia ganhar quanto quisesse e fazer o que quisesse durante o tempo que bem entendesse. Respondeu que estava comprometido com seus alunos do ensino médio de São Petersburgo, o que nem era verdade.
Perelman ofendeu-se quando o "New York Times" disse que ele sustentava que resolvera a conjectura para ganhar US$ 1 milhão. Afinal, estudava o problema muito antes de o prêmio surgir e não sustentava coisa alguma. Decifrara a Conjectura de Poincaré, ponto.
Perelman é um matemático excêntrico e, pensando-se bem, Lady Gaga é uma roqueira quase convencional. Assim as coisas ficam fáceis e pode-se ir em paz ao próximo show. Contudo o mundo fica mais interessante quando se sabe que o negócio de Perelman é outro. Os matemáticos podem viver num mundo de liberdade e rigor absolutos. Ele escolheu uma vida de total integridade, sem concessões a coisa alguma. Ninguém manda nele, só a matemática, num diálogo que dispensa outras vozes.
terça-feira, 23 de março de 2010
O CAPITALISMO AMERICANO!
domingo, 21 de março de 2010
A THE ECONOMIST DESTA SEMANA!
UM LIVRO - UMA AULA!
terça-feira, 16 de março de 2010
ROGOFF E A CRISE!
domingo, 14 de março de 2010
ILHA DO MEDO.
Um dos primeiros blogs/sites de colegas que conheci foi o http://www.bresserpereira.org.br/ do BRESSER-PEREIRA. Além de muita economia, tem uma parte sobre filmes que sempre gosto de ler. Por isso, o nosso blog não poderia deixar de manter um espaço para a "sétima arte."
A REAL ANÁLISE DE FRAGA!
Para reflexão e conhecimento do atual momento econômico/político, é imprescindível e necessária a leitura da entrevista no ESTADÃO de hoje com Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC) e uma das figuras mais destacadas do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. Inteligente, lúcido, realista, experiente, conhecedor dos DOIS LADOS DA MOEDA ECONÔMICA etc etc etc, ele está preocupado com a "mexicanização" do Brasil - controle pelo Estado de diversos setores da economia, reforçado por laços com empresas monopolistas e oligopolistas. A seguir, a entrevista com Fraga, que hoje dirige a Gávea Investimentos, empresa de gestão de recursos.
Como o sr. vê a atual discussão sobre o papel do Estado?
Não acho que se deva dispensar o Estado. Acredito num Estado presente, ativo, cumprindo seu papel. Mas há uma certa expectativa de que o Estado resolva tudo. Meu receio, no campo político, são alguns traços de doenças do Estado, de ocupação do aparelho de Estado, que me incomodam. Não é questão de Estado mínimo ou máximo, mas de Estado ocupado. É o medo de uma mexicanização.
O sr. poderia explicar melhor?
No México, os governos do PRI (Partido Revolucionário Institucional) tiveram, durante décadas, o controle do aparelho de Estado, nomeando juízes, controlando vários setores da economia. É algo que deixou consequências até hoje. E, nessa situação, quando o governo não controla diretamente, ele cria ou facilita o surgimento de monopólios, que ficam próximos do governo. É um modelo que também inclui um certo pacto com os sindicatos que, no caso do México, no campo da educação, tem sido um desastre. Um modelo meio nacionalista, no mau sentido. Claro que tem um modelo muito mais radical, muito pior, que é o da Venezuela, que está em péssima situação.
Quais os sintomas daquelas "doenças do Estado"?
Há uma tendência de excessiva concentração em vários setores, com a criação de monopólios e oligopólios. Se há setores que competem no mundo, cada país tem o direito de ter a sua política de apoio e avaliá-la. Mas, quando são criadas situações de monopólio doméstico, protegido da concorrência externa, acho que é questionável. É o caso do México, em áreas como telefonia e cimento. Vejo o nosso governo muito entusiasmado com essas ideias. Mas, para mim, não casa com um governo de esquerda moderno, social-democrata.
Como assim?
Acho que o País voltou a sonhar com um modelo da década de 50 ou de 70. E as pessoas se esquecem que esse modelo, mesmo sendo importante na fase de industrialização e de construção de infraestrutura, também gerou um megaendividamento público, esqueletos e abriu espaço para a corrupção. Isso tem um preço. Não foi um modelo que nos colocou numa trajetória de convergência para os melhores padrões de vida do mundo. Nos fez crescer durante um certo período, mas depois se esgotou. Outra questão preocupante é que há no ar uma sensação de que o indivíduo não é importante - falta preocupação com educação, com empreendedorismo.
Quando isso começou?
Houve uma inflexão clara com a saída do Palocci (Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda). Não estou dizendo que está tudo ruim com o País, porque estamos indo razoavelmente bem. Histórias de sucesso empresarial têm surgido, muitas delas espontâneas, sem apoio ou subsídio do governo, pela via do mercado de capitais.
Na campanha, a candidata governista, Dilma Rousseff, deverá criticar os tucanos pelo excesso de liberalismo, e pregar a recuperação do papel do Estado.
O liberalismo no Brasil nunca aconteceu. É uma mentira de campanha essa história de Estado mínimo. O Brasil não caiu nas armadilhas em que outros países caíram ao adotar, por exemplo, um modelo hiperliberal de regulação e supervisão do setor financeiro, que está na raiz da crise global. O Brasil seguiu o caminho contrário. Quanto à ministra Dilma, os sinais que existem não são suficientes para que tenhamos uma opinião mais completa sobre aquilo em que ela acredita. Isso deve surgir nos debates da campanha. Mas não gosto do cheirinho de ocupação do Estado dos anos mais recentes do atual governo. Sem demérito de muita coisa boa que se fez e que se continua a fazer.
O sr. se preocupa com a possibilidade de o candidato José Serra, do PSDB, mexer no câmbio e na política monetária?
O Serra ainda não se colocou com clareza em relação a isso. No passado, ele defendeu sempre uma posição conservadora do lado fiscal, mas foi crítico da âncora cambial no plano Real. Ele já demonstrou desconforto com as altas taxas de juros, como qualquer um, mas a questão é o que fazer para reduzi-las. Mas, enfim, cabe a ele dizer o que pensa. Eu, pessoalmente, acho que o modelo atual tem funcionado bem, mas pode ser administrado de forma diferente, mais conservadora do lado fiscal e creditício, o que criaria mais espaço para o juro cair.
Parece, porém, que os juros vão aumentar agora.
Essa é a dimensão cíclica da política monetária, num momento de economia aquecida, e é absolutamente normal. Mas existe também uma trajetória gradual, lenta, de longo prazo, de queda dos juros, que começou lá atrás, e em relação à qual um governo vai tentando construir em cima do que o outro deixou. Há várias dimensões da política atual que atrapalham a trajetória gradual de queda dos juros. Se você tem um modelo que, mesmo em momentos que não são de crise, mantém um padrão acelerado de crescimento do gasto e do crédito públicos, não é surpresa que o Banco Central agora se veja mais pressionado. Mas ainda acho que, se fizermos um pouco de esforço e calibrarmos um pouco a política econômica, a tendência de queda pode voltar a se acelerar.
Como vê o papel do BNDES atualmente?
Vejo com a mesma ambiguidade que já via antes dessa fase de expansão, com coisas boas e questionáveis. Eu gostaria de ressalvar que acho o Luciano Coutinho (presidente do BNDES) competente, e considero que o BNDES sempre foi, entre os bancos públicos, talvez o mais bem administrado. Entendo algum gigantismo num momento de crise, mas, a longo prazo, é preciso um certo equilíbrio, para não inibir o desenvolvimento do mercado de capitais e para não cair também nas armadilhas que praticamente todos os bancos públicos na história dos povos acabaram enfrentando. É preciso frisar que o próprio presidente do BNDES tem dito que esse modo de emergência não cabe mais.
Qual a sua visão sobre a política externa de Lula? Como viu o episódio recente do apoio a Cuba na ocasião da morte de um dissidente em greve de fome?
sábado, 13 de março de 2010
PALESTRA NO CAEN.
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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O genial Sinfrônio , no cearense Diário do Nordeste , sempre consegue nos fazer rir mesmo no meio da diária tragédia econômica e políti...
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Um ranking elaborado pela revista americana " Harvard Business Review ", especializada em administração e negócios , mostrou 26 ...