domingo, 17 de agosto de 2014
Brasil: Em 2014 ainda uma Colônia de Portugal.
Leio na coluna do Lauro Jardim na VEJA.com:
A
burocracia brasileira é um caso perdido.
Em julho, o Diário Oficial da União
publicou a nomeação de uma servidora do Ministério da Micro e Pequena Empresa
para ocupar o cargo de Coordenador da Coordenação da Coordenação-Geral de
Serviços de Registro do Departamento de Registro Empresarial e Integração da
Secretaria de Racionalização e Simplificação.
Não há limites para o ridículo.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Brasileiro ganha o "Nobel" da Matemática - Uma notícia realmente extraordinária.
Leio no UOL uma excelente notícia:
O matemático brasileiro Artur Avila, 35, foi o
escolhido para receber, nesta terça-feira (12) à noite (horário de Brasília), a
Medalha Fields, popularmente conhecida como o "Nobel da matemática".
Ele será o primeiro ganhador da América latina.
A entrega do prêmio ocorrerá na a abertura do
27º Congresso Internacional de Matemáticos, em Seul, na Coreia do Sul.
Nascido no Rio de Janeiro, Avila é pesquisador
do Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) e do CNRS (Centro
Nacional de Pesquisa Científica, órgão de pesquisa do governo francês).
Considerado um dos matemáticos mais talentosos
de sua geração, o brasileiro vinha sendo citado nos últimos anos como forte
candidato ao prêmio.
"Já havia um burburinho sobre eu ganhar a
medalha", disse Avila à Folha. "Quase todo mundo que falava
comigo acabava mencionando esse assunto. Já estava ficando uma coisa até um
pouco chata."
César Camacho, diretor-geral do Impa, dá a
dimensão da conquista. "É sem dúvida o maior prêmio já recebido por um
pesquisador brasileiro."
Comparada ao Nobel, pela importância, a
Medalha Fields distingue-se por ser entregue apenas de quatro em quatro anos
para matemáticos de até 40 anos.
A cada edição, são entregues de duas a quatro
medalhas. Os vencedores recebem ainda 15 mil dólares canadenses (cerca de R$
31,3 mil) cada.
Neste ano, também receberam o prêmio o
canadense-americano de origem indiana Manjul Bhargava, o austríaco Martin
Hairer, e a iraniana Maryam Mirzakhani, a primeira mulher a receber a
distinção.
"Artur não é só um jovem brilhante, mas
também extremamente dedicado", diz Welington de Melo, pesquisador do Impa,
que orientou o doutorado de Avila.
A primeira linha de pesquisa de Avila foi na
área de sistemas dinâmicos. Esse ramo da matemática busca prever a evolução no
tempo de fenômenos naturais e humanos observados nos mais diversos ramos do
conhecimento. Hoje, suas ferramentas são usadas para descrever a evolução de
epidemias, para estudar como surgem espécies animais e mostrar a
impossibilidade de previsões do tempo para mais do que alguns dias.
Dentre esses sistemas, uma classe importante
são os sistemas dinâmicos caóticos. Na linguagem coloquial, caos está ligado a
ideia de desordem completa, mas, na matemática, trata-se de um termo geral para
processos com extrema sensibilidade às menores perturbações, em que pequenas
alterações na situação inicial provocam modificações dramáticas na evolução do
sistema.
O exemplo clássico é do bater de asas de uma
borboleta no hemisfério Sul que multiplica-se e acumula-se, influenciando a
ocorrência de uma tempestade no Japão.
Mais recentemente Avila tem trabalhado para
construir uma teoria geral dos chamados operadores de Schrödinger
quase-periódicos. Esses operadores originaram-se na física e são usados para
descrever o comportamento quântico das partículas.
Avila trabalha com matemática pura. Isso quer
dizer, que mesmo trabalhando em problemas com possíveis aplicações em outras
áreas, esse não é o seu objetivo. "Meus interesses e motivações são
puramente matemáticos. Mesmo quando trabalho com problemas originados na física,
não me importo com possíveis aplicações."
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Robin Williams - Um fim antes do tempo.
Recebi a pouco da
CNN o e-mail abaixo:
Comedic
actor Robin Williams died at his Northern California home Monday, law
enforcement officials said. Williams was 63.
Investigators
suspect "the death to be a suicide due to asphyxia," according to a
statement from the Marin County, California, sheriff's office.
Inesquecível na minha vida pelo seu exemplar papel em Sociedade dos Poetas Mortos.
domingo, 10 de agosto de 2014
23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
IMPERDÍVEL
23ª Bienal
Internacional do Livro de São Paulo
22 a 31 de Agosto
de 2014 - Anhembi
De Seg. à Sex. das
9h às 22h | Sáb. e Dom. 10h às 22h (*dia 31/08 somente até às 21h)
DIVERSÃO, CULTURA E
INTERATIVIDADE.
TUDO JUNTO E MISTURADO.
sábado, 9 de agosto de 2014
À margem da lei - Miriam Leitão.
Hoje, em coluna no O GLOBO, Miriam Leitão registra a sua indignação com recente episódio envolvendo alteração de seus dados pessoais no Wikipédia, supostamente por pessoas ligadas ao governo federal.
No princípio, eu me assustei como cidadã. Era
difícil acreditar que da Presidência da República foram postados ataques
caluniosos a pessoas, porque na democracia o aparato do Estado não pode ser
usado pelo governo para atingir seus supostos adversários. A propósito: não sou
adversária do governo; sou jornalista e exerço meu ofício de forma
independente.
Só no segundo momento é que pensei no fato de
que os ataques eram contra mim e meu colega Carlos Alberto Sardenberg. Ninguém,
evidentemente, tem que concordar com o que eu escrevo ou falo no rádio e na
televisão. Há, em qualquer democracia, um debate público, e eu gosto de estar
nele. Mas postaram mentiras, e isso pertence ao capítulo da calúnia e
difamação.
Tenho 40 anos de vida profissional e um
currículo do qual me orgulho por ter lutado por ele, minuto a minuto. Acordo de
madrugada, vou dormir tarde, estudo diariamente, falo com pessoas diversas,
apuro, confiro dados, para que cada opinião seja baseada em fatos. Alguns temas
são áridos, mas gosto de mergulhar neles para traduzi-los para o público.
Na primeira vez que um amigo me mostrou o
perfil cheio de ataques na Wikipedia fiquei convencida de que era coisa de
desocupados. Saber que funcionários públicos, computadores do governo, foram
usados na Presidência da República para um trabalho sórdido assim foi um
espanto. Uma das regras mais caras do Estado de Direito é que o grupo político
que está no governo não pode usar os recursos do Estado contra pessoas das
quais não gosta.
O início da minha vida profissional foi
tumultuado pela perseguição da ditadura. No Espírito Santo, fui demitida de um
jornal por ordem do governador Élcio Álvares. Em Brasília, fui expulsa do
gabinete do então ministro Shigeaki Ueki, durante uma coletiva, porque ele não
gostava das minhas perguntas e reportagens. O Palácio do Planalto não me dava
credencial porque eu havia sido presa e processada pela Lei de Segurança
Nacional. Aquele governo usava o Estado contra seus inimigos. E eu era, sim,
inimiga do regime.
Na democracia, em todos os governos, ouvi
reclamações de ministros e autoridades que eventualmente não gostaram de
comentários ou colunas que fiz. Mas eram reclamações apenas, algumas me
ajudaram a entender melhor um tema; outras eram desprovidas de razão. Desta
vez, foi bem diferente; a atitude só é comparável com a que acontece em
governos autoritários.
O Planalto afirma que não tem como saber quem
foi. É ingenuidade acreditar que uma pessoa isolada, enlouquecida, resolveu, do
IP da sede do governo, achincalhar jornalistas. A tese do regime militar de que
os excessos eram cometidos pelos “bolsões sinceros, porém radicais” nunca fez
sentido. Alguém deu ordem para que isso fosse executado. É uma política. Não é
um caso fortuito. E o alvo não sou eu ou o Sardenberg. Este governo desde o
princípio não soube lidar com as críticas, não entende e não gosta da imprensa
independente. Tentou-se no início do primeiro mandato Lula reprimir os
jornalistas através de conselhos e controles. A ideia jamais foi abandonada.
Agora querem o “controle social da mídia”, um eufemismo para suprimir a
liberdade de imprensa.
Sim, eu faço críticas à política econômica do
governo porque ela tem posto em risco avanços duramente conquistados, tem
tirado transparência dos dados fiscais, tem um desempenho lamentável, tem
criado passivos a serem pagos nos futuros governos e por toda a sociedade. Isso
não me transforma em inimiga. E, ainda que eu fosse, constitucionalmente o
governo não tem o direito de fazer o que fez. É ilegal e imoral.
domingo, 3 de agosto de 2014
A importância do agronegócio brasileiro.
Uma ótima notícia para os colegas da ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e para o PIB brasileiro, segundo recentes dados da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
Em
junho as exportações agropecuárias conseguiram um bom resultado superando o
mesmo período de 2013. As exportações,
com receita de US$ 9,61 bilhões cresceram 4,7% se comparadas com o ano passado.
O saldo na balança do setor de junho foi de US$ 8,40 bi, um crescimento de 6,3%
em relação a junho de 2013, graças também às importações do brasileiras que
diminuíram 3,8% no mês.
O valor exportado acumulado no ano, com US$ 49,1 bilhões, teve queda de 0,9% O saldo positivo acumulado no ano foi de
US$ 40,8 bilhões, 1,2% menor que o mesmo período do ano passado.
Os
demais produtos brasileiros fora do agronegócio tiveram uma expressiva e
preocupante queda de 9,2% nas exportações (de US$ 11,9 bi em 2013, para US$
10,8 bi em 2014), o que levou a
participação do setor nas exportações alcançar incríveis 47% em relação as
exportações totais do Brasil, ou seja, o agro foi responsável em mais um mês
por quase metade de tudo que o Brasil exportou.
O
saldo da balança comercial brasileira se recuperou e apresentou um superávit de
US$ 2,37 bilhões no mês de junho, porém no acumulado do ano o país teve um déficit de US$ 2,49 bilhões.
Se não fosse o agronegócio, a balança
comercial brasileira teria um déficit de US$ 43,3 bilhões acumulados no ano, ou
seja, mais uma vez o agro evitou um desastre maior na economia brasileira.
Neste
junho, os 10 campeões no aumento das exportações em relação a 2013 foram
respectivamente: farelo de soja (aumentou US$ 299,9 milhões em relação a junho
de 2013), café verde (US$ 159,9 mi), soja em grãos (US$ 136,2 mi), carne bovina
in natura (US$ 84,2 mi), carne suína in natura (US$ 68,9 mi), couros/peles
bovinos preparados (US$ 28,0 mi), outros couros/peles bovinos curtidos (US$
24,5 mi), celulose (US$ 22,1 mi), arroz (US$ 16,2 mi) e algodão não cardado nem
penteado (US$ 15,3 mi). Estes 10 juntos foram responsáveis por um aumento de
aproximadamente US$ 855,1 milhões nas exportações do agro de junho.
A
variação dos preços médios (US$/tonelada) foram as seguintes: carne suína in
natura (56,9%), outros couros/peles bovinos curtidos (35,1%), café verde
(16,9%), farelo de soja (11,9%), couros/peles bovinos preparados (11,6), carne
bovina in natura (8,5%), algodão não cardado nem penteado (6,0%), soja em grãos
(-2,0%), arroz (-9,9%) e celulose (-13,4%).
No
cenário dos mercados de destino dos produtos do agro brasileiro, os 10
principais países que mais cresceram suas importações foram: Rússia (US$ 190,5
milhões a mais que em junho de 2013), Venezuela (US$ 179,3 mi), Países Baixos
(US$ 178,4 mi), Estados Unidos (US$ 168,9 mi), França (US$ 106,8 mi), Emirados
Árabes (US$ 70,8 mi), Espanha (US$ 65,0 mi), Alemanha (US$ 62,9 mi), Romênia
(US$ 46,4 mi) e Irã (US$ 41,9 mi). Juntos, estes dez países que mais cresceram,
foram responsáveis pelo aumento de US$ 1,11 bilhão.
Estamos
esperançosos, mesmo com uma anunciada super-safra nos EUA, aguardando aumento
dos volumes exportados, bem como na recuperação da China nas importações
brasileiras. Somado a isso, ainda temos grãos armazenados, a safra de cana de
açúcar já começou e temos um dólar no patamar dos R$ 2,30. Cabe ainda nossas
esperanças nos países em desenvolvimento que cada vez mais são importantes para
as exportações do Brasil, quem sabe ainda dá para passar de US$ 100 bilhões em
2014.
Banco Santander: até Delfim Netto discorda, porém duela a quien duela.
Lamentável
o Banco Santander demitir uma analista econômica pelo simples fato dela avaliar
a conjuntura econômica brasileira desfavorável ao governo.
A
propósito, leiam com atenção o colega economista Alexandre Schwartsman, ex-economista-chefe
do próprio Santander, em entrevista publicada na revista Época desta semana: “o governo
tem de aprender a ouvir o contraditório”.
Na VEJA, um contundente Delfim Netto afirma que "ninguém mais vai acreditar em nenhum informe do banco sobre a economia brasileira".
O espanhol Santander é um dos mais sólidos e importantes bancos do mundo e acredito que ocorrido não venha a por em dúvida o excelente trabalho de sua competente equipe de colegas economistas.
E que venham novas análises, "duela a quien duela".
Cuidado com a inflação.
Clayton,
no cearense O POVO e sua provocativa charge sobre a inflação brasileira. O dragão
não morreu...
Falta sentimento democrático.
Para reflexão, abaixo a lúcida análise de Fernando Henrique sobre o atual momento político e econômico brasileiro, publicada no ESTADÃO de hoje.
Ainda é cedo, mas há fortes indícios de que o
PT perderá as próximas eleições. Em que estado com muitos eleitores seus
candidatos a governador se mostram competitivos? Talvez em um. No total os
petistas aparecem bem situados apenas em quatro estados, se tanto, três deles
com não muitos eleitores. Quanto aos aliados, especialmente o principal, o
PMDB, parece que andam em franca debandada em vários estados. Também, pudera,
como pedir fidelidade no apoio à reeleição quando, além do pouco embalo da chapa
presidencial, os candidatos da oposição e do próprio PMDB aos governos
estaduais aparecem bem à frente dos candidatos do PT?
As taxas de rejeição da presidenta estão nas
nuvens, não só em São Paulo, onde nem o céu é o limite. Também crescem nos
pequenos municípios do Norte e do Nordeste para onde, nas asas das Bolsas
Família, migraram os apoios do partido que nasceu com os trabalhadores urbanos.
As raízes deste quadro se abeberam em vários mananciais: o das dificuldades
econômicas, da tragédia das políticas energéticas (vale prêmio Nobel derrubar
ao mesmo tempo o valor de bolsa da Petrobras e as chances do etanol e ainda
encalacrar as empresas de energia elétrica), da confusão administrativa, do
pântano das corrupções e assim por diante. Culpa da presidenta? Não
necessariamente.
Há tempo, escrevi um artigo nesta coluna com o
título de “Herança Maldita”. Fazia ironia, obviamente, com o estigma que
petistas ilustres quiserem impingir a meu governo. No artigo indicava que a
origem das dificuldades não estava no atual governo, vinha de seu predecessor.
A cada oportunidade que tenho procuro separar a figura da presidenta, seu
comportamento passado e atual, digno de consideração, dos erros que,
eventualmente atribuo ora a ela, ora ao estilo petista de governar.
Mas, francamente, é demais não reconhecer que
há motivos reais, objetivos, para o mal-estar que envolve a atual política
brasileira sob hegemonia petista. Abro ao acaso os jornais desta semana: os
europeus advertem que a produtividade do país está estagnada; o humor do varejo
em São Paulo é o pior em três anos; a produção industrial e a confiança dos
industriais não param de cair; o FMI publica documento oficial assinalando que
nossa economia é das mais vulneráveis a uma mudança no cenário internacional e
ajusta mais uma vez para baixo a projeção de crescimento do PIB brasileiro em
2014, para 1,3% (seriam otimistas?); o boletim Focus, do BC, prevê um
crescimento ainda menor, de 0,9% (seriam os pessimistas?); o juro para a pessoa
física atinge seu maior patamar em três anos; a geração de empregos é a menor
para o mês de junho em 16 anos; para não falar na decisão do TCU de bloquear os
bens dos dirigentes da Petrobras ao responsabilizá-los por prejuízos causados
aos cofres públicos na compra da refinaria de Pasadena.
Espanta, portanto, que a remessa de análise
conjuntural feita por analistas de um banco a seus clientes haja provocado
reações tão inusitadas. O mercado não deve se intrometer na política,
protestaram governo e petistas. Talvez. Mas se intromete rotineiramente e
quando o vento está a favor os governos se deixam embalar por seu sopro. Então,
por que agora e por que de forma tão desproporcional ao fato, presidenta?
Não creio que seja por desconhecimento da
situação nem muito menos por ingenuidade. Trata-se de estratégia: o ataque é a
melhor defesa. E nisso Lula é mestre. Lá vêm aí de novo com as “zelites” (da
qual faz parte) contra o povo pobre. Até aí, táticas eleitorais. Mas me
preocupa a insistência em tapar o sol com a peneira. Talvez queiram esconder o
acúmulo de dificuldades que estão se avolumando para o próximo mandato:
inflação subindo, com tarifas públicas e preço da gasolina represados; contas
públicas que nem malabarismos fiscais conseguem ajustar; o BNDES com um duto
ligado ao Tesouro, numa espécie de orçamento paralelo, como no passado remoto;
as tarifas elétricas rebaixadas fora de hora e agora o Tesouro bancando os
custos da manobra populista, e assim por diante. Em algum momento o próximo
governo, mesmo se for o do PT, terá de pôr cobro a tanto desatino. Mas, creem
os governistas, enquanto der, vamos empurrando com a barriga.
Que fez o governo do PSDB quando as pesquisas
eleitorais de 2002 apontavam possível vitória do PT da época? Elevou os juros,
antes mesmo das eleições, reduzindo as próprias chances eleitorais. Sustentou
mundo afora, antes e depois das eleições, que não haveria perigo de
irresponsabilidades, pois as leis e a cultura do país haviam mudado. Pediu um
empréstimo ao FMI, com a prévia anuência pública de todos os candidatos a
presidente, inclusive e especificamente do candidato do PT. O dinheiro seria
desembolsado e utilizado pelo governo a ser eleito para acalmar os mercados,
que temiam um descontrole cambial e inflacionário e mesmo uma moratória com a
vitória de Lula. Aprovamos ainda uma lei para dar tempo e condições ao novo
governo de se inteirar da situação e se organizar antes mesmo de tomar posse.
Agora, na eventualidade de vitória
oposicionista (e, repito, é cedo para assegurá-la) que fazem os detentores do
poder? Previnem-se ameaçando: faremos o controle social da mídia; criaremos um
governo paralelo, com comissões populares sob a batuta da Casa Civil que dará
os rumos à sociedade; amedrontam bancos que apenas dizem o que todos sabem etc.
Sei que são mais palavras equívocas do que realidades impositivas. Mas denotam
um estado de espírito. Em lugar de se prepararem para “aceitar o outro”, como
em qualquer transição democrática decente, estigmatizam os adversários e
ameaçam com um futuro do qual os outros estarão excluídos.
Vejo fantasmas? Pode ser, mas é melhor cuidar
do que não lhes dar atenção. A democracia entre nós, já disseram melhor outros
personagens, é como uma planta tenra que tem que ser cuidada e regada com
exemplos, pensamentos, palavras e ações todos os dias. Cuidemos dela, pois.
What makes a good economist?
Diretamente
do blog “Prosa Econômica” http://prosaeconomica.com/2014/08/03/o-que-faz-um-bom-economista/
um breve vídeo com uma ótima reflexão para os economistas de hoje e para os que
pretendem seguir em tão importante área.
domingo, 13 de julho de 2014
sábado, 28 de junho de 2014
Brasil x Chile: na economia é Chile. No futebol, daqui a pouco saberemos.
Apesar
de ler no site chileno latercera.com que o Chile está preocupado com Neymar,
momentos de tensão nos aguardam a partir das 13h de hoje.
Cada
acción o gesto de Neymar es fotografiada velozmente por los reporteros gráficos
presentes en Sesc Venda Nova, el complejo donde Brasil entrenó ayer por última
vez antes de enfrentar este mediodía a Chile, en el estadio Mineirao, de Belo
Horizonte, por los octavos de final del Mundial.
Las
cámaras fotográficas no paran de sonar. La máxima figura de los pentacampeones
del mundo se roba la película, como siempre. En la mañana, el Scratch ensayó
penales y el crack de Barcelona metió nueve de 10 lanzamientos.
Ahora,
en el entrenamiento vespertino, el delantero vuelve a poner el balón en el
disco blanco y patea tres veces, después de haber practicado por varios minutos
tiros libres con su amigo Dani Alves. Esta vez pierde dos y anota uno. Todos
los envió hacia su derecha y a media altura.
Cuando
va por el cuarto tiro, Luiz Felipe Scolari, su técnico, le impide que siga. Al
parecer, no quiere que la prensa mire a su estrella practicando remates desde
los doce pasos. Neymar hace caso y se da la mano con el arquero Jefferson de
Oliveira.
Sin
duda, el jugador formado en el Santos FC es el futbolista más desequilibrante
que posee Felipao y su arma más peligrosa. Incluso, hasta secreta, pues por
algo no le deja seguir practicando penales ante las cámaras de prensa.
“Neymar
va a camino a ser uno de los mejores jugadores del mundo. Está haciendo un gran
Mundial y no está jugando para ser el mejor, sino que está jugando para que
Brasil gane la Copa del Mundo. Me ha sorprendido la manera en que ha jugado
hasta ahora, es muy maduro para su edad, cómo enfrenta los problemas. Es un
chico muy tranquilo”, afirmó el DT de la Verdeamarilla, defendiendo a su pupilo
de las comparaciones con el ídolo argentino Lionel Messi.
En
los primeros tres partidos de este Mundial, que también son los primeros que
disputa en su carrera, Neymar, de 22 años, ha concretado un inicio brillante,
con cuatro goles. Esa marca lo tiene como uno de los tres máximos artilleros
del certamen, junto a la Pulga y al alemán Thomas Muller. En momentos en que el
Scratch no luce como en años anteriores, Neymar se ha transformado en la
principal esperanza de un país de volver a conquistar el máximo cetro, que no
alza desde el 2002. Y pese a su corta edad, ha colmado las expectativas de la
prensa local.
Es
la principal amenaza para Chile. El técnico de la Roja, Jorge Sampaoli,
adelantó el plan que tiene para frenarlo. “El sistema que vamos a emplear
es estar muy cerca de Neymar cuando tenga la pelota, pero no será un marcaje de
forma individual, sino que colectivamente. Vamos a ser muy cautos y estaremos
muy atentos a cada movimiento que haga para neutralizarlo lo más rápido
posible. Es un jugador distinto que pasa por un gran momento”, reconoció.
Además
de su nivel superlativo, el compañero de Alexis Sánchez en el Barcelona es muy
querido dentro de su selección. Pese a su juventud, es un líder para el equipo.
“No tengo dudas de que Messi es el mejor del mundo en estos momentos, pero
Neymar alcanzará o superará su nivel porque tiene todo para ser el mejor”,
advirtió el defensa Thiago Silva sobre su compañero. Detener a la máquina
Neymar será el gran desafío de Chile.
PIB: previsão para 2014 e 2015.
O
Boletim Focus – Relatório de Mercado divulgado pelo BACEN em 20 de junho passado continua apontando redução na expectativa do mercado para o crescimento do PIB.
Ainda refletindo o fraco crescimento no primeiro trimestre e uma perspectiva
negativa quanto à atividade econômica no curto prazo, a mediana para o
crescimento em 2014
passou de 1,24% para 1,16%,
enquanto para 2015
o recuo foi de 1,73% para 1,60%.
Uma
pena. E lá vem o Brasil descendo a ladeira...
Delfim Netto na USP: um exemplo de acadêmico.
Leio
no UOL uma ótima notícia não somente para os economistas, mas para quem tem o
prazer de visitar uma boa biblioteca. Parabéns ao mestre Delfim Netto pela
iniciativa. Infelizmente no Brasil isso ainda não é uma prática comum. Que outros colegas também façam a mesma coisa.
A
Universidade de São Paulo inaugura na próxima terça (1º) a maior biblioteca
especializada em economia, administração e contabilidade da América Latina.
Serão ao todo 430 mil volumes, sendo que 250 mil vieram da coleção particular
do ex-ministro Delfim Netto, 86, professor emérito da instituição.
Há
dois anos, Delfim decidiu doar a biblioteca que ficava em seu sítio, em Cotia
(interior de São Paulo).
"Queria que outras pessoas tivessem acesso a esses livros, que são na
verdade material de pesquisa", disse.
Apegado
às obras, Delfim fez uma série de exigências a quem ficasse com os livros - além da USP, a Faap estava no páreo. A principal é que continuasse expandindo
o acervo, adquirindo novos volumes e periódicos.
O
ex-ministro também negociou acesso privilegiado a seus livros e ganhou uma
salinha dentro da biblioteca.
Junto
do acervo, Delfim também doou móveis antigos, quadros, mapas e até o seu
"bibliotecário" particular,Eduardo Frim. O ex-ministro continua pagando o salário dele, que é na verdade
administrador de empresas, mas ficará locado na USP para organizar os volumes.
E
o acervo continua crescendo. Delfim envia cerca de 40 volumes por semana para a
FEA (Faculdade de Economia e Administração).
A
biblioteca revela um pouco sobre a personalidade e a metodologia de trabalho do
pesquisador Delfim Netto.
O
ex-ministro costuma fazer "compêndios" de temas de interesse, um
dossiê que reúne em um mesmo volume (ele manda encadernar) artigos, trechos de
livros e de obras de referência.
A
maioria das obras contém notas manuscritas. As mais recorrentes são pedidos a
sua equipe (marcadas com uma flecha) para comprar determinada obra citada no
rodapé ou na bibliografia. "A flecha significa que temos que nos virar
para encontrar esse livro", disse Frim.
Para
abrigar a coleção, a FEA reformou o prédio, que aumentou a área instalada de 1.500 m² para 5.000 m² e consumiu R$ 14,7 milhões -R$ 6,7 milhões de recursos da USP e mais R$ 8 milhões em doações feitas por
empresas, ex-alunos e funcionários.
As
empresas contaram com incentivo fiscal da Lei Rouanet, que permite a dedução
integral do valor no Imposto de Renda. Entre elas, estão os bancos Safra, Itaú
Unibanco e Santander, as construtoras Camargo Corrêa e Odebrecht e a Cutrale.
As
pessoas físicas, a maioria ex-alunos e funcionários, porém, doaram a fundo
perdido. "Tivemos doações a partir de R$ 200. Captamos R$ 644 mil de 566
pessoas", disse Reinaldo Guerreiro, diretor da FEA-USP.
Popular
nos EUA, as doações para universidades são pouco comuns no Brasil. Guerreiro
afirma que, além da falta de incentivo fiscal e de tradição, há uma resistência
de parte do setor acadêmico de aceitar doações do setor privado para projetos,No
lugar de doações, as unidades da USP encontraram nas fundações uma forma de
viabilizar projetos de pesquisa e de ensino. A FEA tem três fundações filhotes:
FIA (administração), Fipe (pesquisas econômicas) e Fipecafi (contabilidade),
que prestam consultoria, pesquisa e organizam cursos.
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