quinta-feira, 6 de abril de 2017

Eleições 2018: Quais os planos dos candidatos para manter o crescimento do PIB brasileiro?

Revendo os resultados e estimativas para o PIB brasileiro no período de 2011 – 2018, é possível perceber a tendência do Brasil saindo do fundo do poço. Que os nossos candidatos em 2018 apresentem projetos reais para que a elevação do PIB seja contínua, constante e sustentável, pelo menos, a médio prazo.  

The Economist: Why computers will never be safe - April 8th 2017.


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Fortaleza: XII Bienal Internacional do Livro do Ceará - 14 a 23 de abril de 2017.


XII Bienal Internacional do Livro do Ceará 
Quando: de 14 a 23 de abril
Onde: Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999 - Edson Queiroz)
Acesso gratuito.
Durante dez dias, a Bienal Internacional do Livro do Ceará irá movimentar Fortaleza. Na manhã desta quarta-feira, 5, foi divulgada toda a programação, em coletiva realizada no Centro Dragão do Mar.  O evento terá início na próxima semana e irá ocorrer de 14 a 23 deste mês de abril.
O calendário traz nomes como o do escritor angolano radicado em Portugal Valter Hugo Mãe, que já provoca frisson no público desde as prévias divulgadas da agenda. Outros confirmados são Luiz Ruffato, Marina Colasanti, Isabel Lustosa, Eliane Brum, Daniel Galera, Lira Neto, Frei Betto, Daniel Galera, Joca Terron e Ignácio Loyola Brandão. No total, serão 168 escritores participando da programação, além de 300 convidados, 350 editoras e 110 estandes. 
Um dos estandes será a Casa Vida&Arte, que terá livros da editoras Demócrito Rocha e Dummar, além de um estúdio móvel da Rádio O POVO/CBN. Na programação do espaço, haverá conversas com escritores convidados e eventos voltados para os público de pequenos leitores, como oficinas de desenho e contação de historias. 
Com curadoria de Lira Neto, Cleudene Aragão e Kelsen Bravo, o tema do evento será "Cada pessoa, um livro; o mundo, a biblioteca". A abertura, no dia 14, terá homenagem ao repentista Geraldo Amâncio e ao cordelista Leandro Gomes de Barros (in memoriam), além do espetáculo Religare da companhia cearense de dança Edisca. 

Dentro do projeto Diálogos, que será uma das janelas do evento, estarão mesas com escritores em todos os dias do evento. Entre as mesas, estão bate-papos entre Valter Hugo Mãe e Cleudene Aragão (dia 15); Affonso Romano de Sant´anna e Marina Colasanti (dia 16) e entre Daniel Galera e Joca Terron (dia 23). 

domingo, 2 de abril de 2017

Time: What will it take to rebuild America? - Apr 10, 2017.


Fernando Henrique Cardoso: Apelo ao bom senso.


Sei que vivemos um momento de desânimo e que o ódio substitui certa bonomia que parecia própria dos brasileiros. É preciso cuidado com cada palavra. Quando eu disse o trivial, que delitos diferentes devem ser apenados de forma diferente, alguns me tomaram como “mais um” que quer acabar com a Operação Lava Jato. Nada disso!

A despeito desse clima, há sinais de vida em nossa economia que mostram que o governo Temer está apontando na direção certa, na área econômica, ao enfrentar temas que são tabus, como as reformas, casas de marimbondo que só podem ser propostas por quem não está visando às próximas eleições. Reconhecer tais avanços não significa desconhecer a enorme quantidade de problemas a enfrentar. Muito menos imaginar que as “condições de governabilidade” serão repostas ao se passar um apagador no quadro que a Lava Jato mostrou. As pessoas só aceitarão a autoridade quando sentirem que a Justiça está atuando e saberá separar o joio do trigo. Pois que existe trigo, existe.

Há terreno para melhorar as coisas ao longo do tempo, permitindo que visões hoje discrepantes convirjam. Uma boa oportunidade para a construção de uma nova agenda é a chamada “reforma política”. Os mais prudentes dirão: não é o melhor momento para mexer em questão tão delicada. Respondo, como dizia a meus colaboradores do Plano Real quando alegavam que a fragilidade do governo da época e o tormento dos parlamentares com a CPI dos “anões do Orçamento” seriam impedimentos para a estabilização monetária: como as forças tradicionais estão desorganizadas, o momento é agora.

Devemos rever as regras eleitorais em pleno auge da Lava Jato. Convém, contudo, qualificar os passos requeridos para aperfeiçoar o sistema político-eleitoral, olhando para o horizonte e tendo as convicções como norte. Política, porém, não é fé: os propósitos não se efetivam ao serem proclamados; precisam convencer, motivar e construir rotas de aproximação entre as diferenças.

Estou convencido de que o parlamentarismo e o voto distrital misto são o melhor caminho para fortalecer as instituições democráticas. Como instalá-los numa conjuntura política em que os partidos se dissolveram e se multiplicaram como siglas que visam mais a obter acesso aos recursos públicos (Fundo Partidário, programa eleitoral, posições vantajosas no Poder Executivo, etc.) do que pregar e construir a “boa sociedade”? Implantar o voto distrital misto e o parlamentarismo neste momento é pouco viável. É preciso reconstituir a confiança nos partidos e para isso eles não deveriam agir como simples máquinas de amealhar votos. Talvez seja conveniente admitir no ínterim candidaturas independentes e discutir a obrigatoriedade do voto.

Enquanto isso, há o que fazer. Alguns propõem o voto em “lista fechada”, pelo qual o eleitor escolhe um partido, e não um candidato, nas eleições para a Câmara dos Deputados. Adotada essa modalidade, cada partido terá o número de cadeiras proporcional ao número de votos obtido por sua legenda. Se um partido tiver direito a dez cadeiras, por exemplo, elas serão ocupadas pelos dez primeiros candidatos da lista partidária. Inconveniente: o eleitor elegeria “em bloco” quem as oligarquias partidárias mais desejassem. A não interferência do eleitor na escolha de nomes pode ser amenizada dando a ele a faculdade de reordenar a lista; esse, entretanto, é procedimento difícil de ser executado e computado.
O propósito da proposta é saudável: fortalecer os partidos, sem os quais não há “democracia representativa”. Além disso, ela torna viável o financiamento público das campanhas eleitorais, porque facilitaria a fiscalização no uso dos recursos, uma vez que as campanhas seriam feitas por alguns partidos, e não por milhares de candidatos.

O enunciado das dificuldades desenha o longo caminho a percorrer. Melhor sermos realistas e começarmos com mudanças menos ambiciosas. Em livro recente de Jairo Nicolau – Representantes de Quem? – há sugestões úteis (algumas em curso no Congresso Nacional) na fase de transição em que nos encontramos. Como há limites de prazo para definir novos procedimentos eleitorais (eles devem ser aprovados até setembro para terem vigência em 2018), creio que o indispensável é aprovar logo a “cláusula de barreira”. Neste caso seriam necessários x por cento de votos, distribuídos por um número mínimo de Estados, para que os partidos pudessem ter representação institucional no Legislativo (menos para o Senado, no qual o voto é no candidato), acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de televisão. Também é indispensável aprovar a proibição de coligações nas eleições proporcionais, para evitar que ao votar num deputado de um partido se eleja alguém de outro.

Resta a questão do financiamento. Os partidos precisam de um fundo público, dada a proibição de contribuição das empresas feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, por que dá-lo a não partidos, como são as siglas sem voto? Deve-se adotar o mesmo critério da cláusula de barreira: o acesso aos fundos públicos deve restringir-se a quem obtenha o quórum nacional mínimo de eleitores. E, sobretudo, podem-se baratear as campanhas, começando pela proibição de “marquetagem” nos programas de TV.

As convicções devem ser mantidas. Essas medidas deveriam vir no bojo de duas outras mais: uma, a aprovação da emenda do senador José Serra que estabelece o voto distrital para as próximas eleições de vereador. Outra, generalizando o voto distrital misto com eleição em 2022 de metade dos deputados por escolha direta dos eleitores e metade a partir de uma “lista fechada”. É o que, aliás, propõe o relator da reforma eleitoral na Câmara dos Deputados.

O momento é já!

*Sociólogo, foi presidente da República

sexta-feira, 31 de março de 2017

Brasil 2017: 13,5 milhões de desempregados é tragédia nacional!

A taxa de desocupação do país fechou o trimestre móvel de dezembro do ano passado a fevereiro deste ano em 13,2%, alta de de 1,3 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior. Com o resultado, a população desocupada do país chegou a 13,5 milhões de trabalhadores, um novo recorde tanto da taxa quanto da população desocupada de toda a série histórica iniciada em 2012.


Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior, a taxa de desemprego cresceu 2,9 pontos percentuais.

Roberto Campos 1917 - 2017: Um homem além de seu tempo.


quinta-feira, 30 de março de 2017

The Economist: The Trump presidency so far - April 1st 2017.


Kenneth Maxwell: exemplo de um mestre que faz história!


Inaugurada no St. John’s College, Cambridge University, em 2011, a Kenneth Maxwell Collection é hoje a mais importante coleção de obras sobre as histórias do Brasil e de Portugal na Inglaterra. Com quase 2000 volumes, catalogados pelo próprio doador, a coleção abre múltiplos caminhos para futuros estudiosos das histórias brasileira e portuguesa. Kenneth Maxwell, formado no St. John’s em 1963, dá notícia de suas leituras variadas, e ainda assim profundas, por meio desse legado. A coleção reverbera um conselho que o historiador recebeu de seu tutor, Harry Hinsley, ainda nos tempos de graduação: “Olhe para o Sul”.

A variedade de assuntos, da economia colonial portuguesa à sociedade brasileira contemporânea, faz com que a biblioteca proporcione aos seus leitores um rico panorama. Obras sobre os negócios portugueses e espanhóis no Caribe dividem espaço com volumes sobre a extração de borracha na Amazônia, sobre a constituição da baixa pombalina em Lisboa, o comércio de escravos africanos para a Bahia, a tardia industrialização brasileira, a redemocratização portuguesa, a imigração italiana, a nossa ditadura, e assim por diante. Para além do foco de pesquisa e trabalho de Maxwell, o século XVIII no Brasil e em Portugal, a sua coleção evidencia a necessidade de uma formação intelectual ampla.

Entre os exemplares mais raros da coleção, encontra-se o "Recueil des loix constitutives des États-Unis de l’Amérique”, de 1778, coletânea dos documentos fundadores dos Estados Unidos. O último trabalho de Kenneth Maxwell publicado no Brasil é uma análise da história desta obra que cruzou o Atlântico algumas vezes. No que concerne à história norte-americana, destaca-se outra raridade: o célebre discurso de Abraham Lincoln em Gettysburg, em sua primeira publicação de 1864, e que pertenceu outrora a um vencedor da Medalha de Honra do Congresso que lutou em Gettysburg e viu Lincoln discursar.

Toda a bibliografia do seu “Marquês de Pombal”, assim como de "A devassa da devassa", também podem ser encontrados nas prateleiras da coleção, entremeados por alguma poesia, Oswald de Andrade, Drummond, estudos brasileiros contemporâneos, de Gilberto Freyre a Caio Prado Jr. E ainda há mais livros para serem catalogados: ano passado, Kenneth Maxwell fez mais uma doação de centenas de obras raras, entre as quais figuram os autores britânicos Rudyard Kipling, em suas primeiras edições americanas, o poeta Robert Browning, e Arthur Conan Doyle.

A seção de obras ilustradas, de gravuras e de aquarelas merece uma atenção especial. Vai-se das pinturas de Debret e de Rugendas, no Rio de Janeiro ou nos rincões do país, às gravuras de Alexandre Rodrigues Ferreira, em sua "Viagem Filosófica”. O retrato dos costumes, da vida urbana, da escravidão em todo o seu horror cotidiano, contrastam com a grandeza da mata virgem, e a sua variedade de espécies recém-descobertas. Registros do barroco colonial brasileiro, da nossa arte sacra, estão bem representados em diversos volumes. E, do Rio de Janeiro ao Rio Negro, não faltam ilustrações de nossas paisagens. A coleção, que se abre como um horizonte para os novos pesquisadores do St. John’s College, ilumina retrospectivamente toda uma vida dedicada à valorização do estudo das histórias brasileira e portuguesa, do descobrimento português do Brasil aos nossos tempos atuais.

Por Lucas Bertolo.

quarta-feira, 29 de março de 2017

CAEN: Aluno do Doutorado em Economia publicou seu trabalho em periódicos internacionais.

O aluno de Doutorado em Economia do CAEN, Felipe Alves Reis, conseguiu um grande feito: publicou os três capítulos de sua tese de doutorado intitulada “ESSAYS ON THE ROLE OF CONTAGION AND INTEGRATION IN INTERNATIONAL ISSUES OF SOUTH AMERICA” em periódicos internacionais antes mesmo da defesa de seu trabalho. Orientado pelo Prof. Paulo Matos, o doutorando defende sua tese no dia 23 de março de 2017, no período da tarde. 

O primeiro capítulo, “On the risk management of South American financial markets: do integration and contagion matter?”, foi publicado em 2016 no Journal of International and Global Economic Studies. O Segundo capítulo, “On the role of contagion effects in total reserves in South America”, foi publicado no Journal of Applied Economics and Business. O terceiro e último capítulo, “On the relationship between home bias in Brazil and financial integration in South America”, foi publicado na forma de uma letter no The Empirical Economics Letters.

Resumo:
As economias emergentes da América do Sul atraem comumente a atenção de pesquisadores, mesmo que por razões pontualmente distintas entre as economias em questão. Dentre essas economias pode-se destacar o sólido mercado financeiro chileno, a consolidada demanda interna da população brasileira, a convergência antidemocrática argentina, o processo de pacificação interna colombiana, ou mesmo as elevadas taxas de crescimento da economia peruana. Adicionalmente a isso, ressaltamos os resultados de Matos, Siqueira & Trompieri (2014) que evidenciam a existência de um elevado nível de integração e o contágio financeiro  entre os índices do Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Venezuela. À luz dessas evidências, essa tese faz três ensaios acerca de dados financeiros e econômicos do Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Peru. No primeiro ensaio faz-se a análise do mercado de risco dessas economias através da metodologia Value at Risck - VaR condicional, onde o valor crítico que caracteriza o VaR foi associado à distribuição que apresentar melhor fitting e incorporamos os efeitos da média e da volatilidade, ambas condicionais, obtidas pelo arcabouço ARMAGARCH mais bem especificado. Onde observa-se que os modelos condicionais best fitting tem uma menor quantidade de violações. No segundo ensaio, buscou a análise das reservas internacionais seguindo conceitualmente noções da metodologia Buffer Stock, porém considerando os efeitos cruzados significativos das volatilidades condicionais, dos respectivos spreads e das importações intrablocos. Os resultados apontam uma melhoria significativa no poder explicação do modelo e que as reservas brasileiras são a menos afetadas pelas economias da América do Sul. No último ensaio foi analisado as opções de carteiras diversificadas disponíveis para um investidor brasileiro, que enfrenta um cenário livre de oportunidades no mercado financeiro, com o objetivo de mensurar ganhos com diversificação da posição adquirida nos índices de mercado da América do Sul vis-à-vis um carteira doméstica. Os resultados mostram a possibilidade que estratégias de composição de carteira simples e não dinâmica, composta somente de índices dos mercados dos países vizinhos do Brasil, se traduzam em resultados muito satisfatórios em termos de ganho e risco esperados.


Fonte: Prof. Paulo Rogério Faustino Matos, Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia-CAEN
Fone: (85) 33.667751

segunda-feira, 27 de março de 2017

Bacen: Inflação, câmbio e taxa selic em queda. PIB de 0,47% em 2017?


Roberto Campos: O homem que pensou o Brasil.



Sumário

Apresentação
Sérgio E. Moreira Lima 9

1. Roberto Campos: o homem que pensou o Brasil
Paulo Roberto de Almeida 19

2. A contribuição de Roberto Campos para a modernização do país
Antonio Paim 33

3. Roberto Campos, o convívio com um estadista liberal
Ives Gandra Martins 37

4. O iconoclasta planejador: Roberto Campos e a modernização do Itamaraty
Rogério de Souza Farias 43

5. O patrimonialismo na obra de Roberto Campos
Ricardo Vélez-Rodríguez 71

6. Racionalidade e autonomia em Roberto Campos
Reginaldo Teixeira Perez 89

7. Roberto Campos: um economista pró-desenvolvimento econômico
Roberto Castello Branco 99

8. Breve história da macroeconomia
Rubem de Freitas Novaes 125

9. Roberto Campos na UnB: um passo para a abertura
Carlos Henrique Cardim 139

10. No Parlamento: lucidez e coerência
Antônio José Barbosa 155

11. Tanta lucidez assim é mitocídio: Raymond Aron e Roberto Campos como intelectuais públicos
Paulo Roberto Kramer 169

12. Roberto Campos: uma trajetória intelectual no século XX
Paulo Roberto de Almeida 199

Roberto Campos: obras 349
Notas sobre os autores 359


Novo livro na praça organizado pelo professor Paulo Roberto de Almeida. Neste tempo tão estranho, é muito bom ler sobre Roberto Campos.    

quarta-feira, 22 de março de 2017

Editora Contexto: Euforia e fracasso do Brasil grande - Fábio Zanini.


Governo estima que o PIB de 2017 crescerá 0,5%.

A economia brasileira deve apresentar crescimento de 0,5% este ano, segundo estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país), divulgada hoje (22), em Brasília, pelo Ministério da Fazenda. A projeção anterior era 1%.

A estimativa está próxima da esperada pelo mercado financeiro, que projeta expansão do PIB de 0,48%. Em 2016, o PIB teve queda de 3,6%. Para 2018, a estimativa é de expansão do PIB em 2,5%.

A projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 4,3% este ano, e 4,5% em 2018. A estimativa anterior do governo para a inflação este ano era 4,7%.

Hoje, o governo também divulgará o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, lançado a cada dois meses, com os parâmetros oficiais da economia e as previsões de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento. Com base no documento, o governo edita um decreto de programação orçamentária, com novos limites de gastos para cada ministério ou órgão federal.

Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou que não está descartado o aumento de impostos e disse que o valor do contingenciamento será a "combinação possível". Segundo ele, o objetivo principal é cumprir a meta fiscal de 2017, com um déficit previsto de R$ 139 bilhões.

O Ministério da Fazenda também atualizou as estimativas para o PIB na comparação entre trimestres.  Apesar de encerrar o ano com expansão de 0,5%, o PIB registrará crescimento de 2,7% no quarto trimestre deste ano (outubro a dezembro) em relação ao mesmo trimestre de 2016, informou o ministério. O número representa uma melhoria em relação a declarações anteriores do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Meirelles tinha afirmado que o PIB chegaria ao quarto trimestre com expansão de 2% na comparação com o mesmo trimestre de 2016..

No início deste mês, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro tinha dito que o crescimento na comparação trimestral ficaria em 2,4% .

"O importante é a comparação trimestral [trimestre contra trimestre do ano anterior]. É esse número que dá a sensação térmica da economia", explicou o secretário de Polícia Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk. Ele não informou o impacto da revisão do PIB sobre o Orçamento em 2017.

Ainda hoje à tarde, o Ministério do Planejamento anunciará a revisão das receitas e o contingenciamento (bloqueio de gastos não obrigatórios) para este ano com base na reestimativa do PIB.
(*) Texto alterado às 14h27 para acréscimo de informações

Edição: Kleber Sampaio

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...