quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Quem tem medo do mercado?
domingo, 12 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
iPhone e cartório: tudo a ver.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Belo Monte: Racionalidade sempre.
domingo, 27 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
"A inflação está sob controle" afirma Tombini. É isso mesmo?
domingo, 16 de outubro de 2011
Armínio Fraga na VEJA.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
A atualidade de John Maynard Keynes.
A solução para a crise que se iniciou em 2008 e ainda faz a economia dos países desenvolvidos patinar está na obra do economista John Maynard Keynes (1883-1946), afirma seu principal biógrafo, o inglês Robert Skidelsky, 72 anos. O historiador - que escreveu 1.790 páginas de história e ensinamentos do economista que aconselhou poderosos na época da Grande Depressão de 1929 - explica o que Keynes diria hoje a Barack Obama, Angela Merkel e Nicolas Sarkozy.
Em sua opinião, a política americana de afrouxamento quantitativo - em que o governo antecipa o pagamento de títulos de longo prazo, despejando dólares na economia - peca ao não estimular corretamente a atividade. "Esse afrouxamento quantitativo não é, totalmente, uma proposta keynesiana", avalia Skidelsky. Ele explica que, para Keynes, a simples impressão de moeda não traz impulso ao consumo e ao investimento.
Em visita ao Brasil para o 5º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais, realizado em Campos do Jordão (SP) pela BM&FBovespa, Robert Skidelsky falou ao site de VEJA e defendeu por que Keynes é mais atual do que nunca.
O senhor escreveu, na esteira da crise de 2008, um livro chamado "O retorno do mestre" (Ed. PublicAffairs, 256 páginas, sem tradução para o português) em que relembra a relevância de Keynes para o pensamento econômico, mesmo mais de 60 anos após sua morte. Por que as teorias desse economista são hoje mais relevantes que nunca?
Keynes é particularmente relevante porque entendeu como as crises acontecem e, sobretudo, porque se debruçou sobre uma verdadeira calamidade econômica: a Grande Depressão de 1929. Ele dizia que, quando uma crise começa, os governos devem responder a ela, impedindo-a, e não simplesmente deixar o sistema ruir. Esse é o ponto fundamental. Graças a Keynes, não tivemos outra Grande Depressão. Em 2008, quando os bancos, os preços das commodities e as bolsas começaram a entrar em colapso, nos deparamos com todos os contornos de outra depressão profunda, mas os governos conseguiram impedi-la em função das ideias de Keynes. Em todo o mundo, os governos adotaram estímulos para permitir a retomada da atividade.
Durante a Grande Depressão, Keynes propôs o estímulo contínuo ao investimento. Nos Estados Unidos, nos últimos anos, as políticas do banco central americano (Fed) não turbinaram exatamente o investimento. Na Europa, segue-se o caminho contrário ao do impulso à economia, com planos severos de austeridade. Os resultados claramente não têm sido satisfatórios. À luz da teoria keynesiana, o que está errado com as políticas atuais?
O erro do afrouxamento quantitativo [intervenção governamental para injetar dinheiro na economia -- como, por exemplo, a compra de títulos bancários], adotado nos últimos anos pelo governo americano, é que essa política significa imprimir moeda. Se você aumenta a quantidade de divisas em circulação, as pessoas vão gastar mais. Os juros caem, as bolsas sobem, há um pouco de inflação e o valor da moeda talvez caia um pouco. Tudo supostamente desenhado para estimular a atividade econômica. O problema é que, como ensina Keynes, o importante é saber como gastar esses dólares. Todo esse dinheiro não tem aportado na economia real, mas sim nos mercados de ações e nos títulos do Tesouro. Se a intenção é realmente estimular a economia, o jeito de fazer o afrouxamento monetário é dar um cheque para todo mundo e definir que o dinheiro só pode ser sacado em dois meses. Só então haverá algum efeito estimulante no consumo. Do contrário, há um buraco entre a impressão de moeda e o gasto. Esse afrouxamento quantitativo não é, totalmente, uma proposta keynesiana.
Agora, na Europa, o ponto central é que as políticas não produzem nenhum crescimento. Uma grande parte do déficit da Grécia vem de suas instituições financeiras. Esses bancos emprestaram muito de seus pares alemães e franceses. Assim, quando Atenas resgatou seus bancos, assumiu as dívidas. Então, toda essa movimentação para impedir um calote grego é, na verdade, uma tentativa de evitar enormes perdas para os bancos alemães e franceses. Esse esforço é totalmente compreensível. Mas eu pergunto: de onde virá o crescimento? Se o setor privado não está gastando e o governo está cortando despesas, a atividade vai cair. Nós temos uma possibilidade real de um duplo mergulho na Europa.
Keynes foi um conselheiro dos poderosos de seu tempo, sobretudo durante a Grande Depressão; muito embora nem sempre o que pregasse fosse seguido. O que ele provavelmente diria hoje, considerando o contexto, a Barack Obama, Angela Merkel e Nicolas Sarkozy?
Para o presidente americano, ele diria que é preciso expandir a demanda agregada. Dada sua difícil situação política, uma saída seria criar um banco voltado à infraestrutura, como o próprio Obama propôs inúmeras vezes. Esta seria uma maneira de fazer as pessoas investirem nas partes da economia mais necessitadas. Mas isso se teria de ser feito fora do orçamento. O dinheiro seria concedido pelo banco central, mas seria captado no setor privado. Dessa forma, não aumentaria o déficit público.
Outra saída é tentar algum acordo com a China. É urgente. Os Estados Unidos precisam reduzir o volume de importações chinesas e aumentar suas próprias exportações. Essa correção ajudaria a indústria americana. Se esse acordo não funcionar, os americanos terão de se proteger com barreiras comerciais.
Para Merkel e Sarkozy, Keynes recomendaria estabelecer títulos de dívida europeus, garantidos coletivamente pelos membros da União Europeia, os eurobonds. Esses papeis iriam encampar grande parte da dívida grega, reduzindo os custos de financiamento da Grécia e de outros países em risco, como Portugal.
A UE precisa também de uma autoridade fiscal comum. Não é exatamente o que eles propuseram recentemente. Por último, os líderes do bloco deveriam criar uma ampla política europeia de investimento. Eles precisam usar o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento ou os fundos disponíveis. Só precisam colocar mais dinheiro nesses fundos. Do contrário, não crescerão.
Por fim, confiar na China para tirar o mundo da recessão não é o caminho certo.
Keynes defendia que a recuperação da economia deve preceder as reformas. Ele dizia: "Não assuste os investidores no momento em que você quer que eles invistam". O que estamos vendo agora é exatamente o contrário, não?
Exatamente. É até uma contradição elevar o compulsório dos bancos, por exemplo, ao mesmo tempo em que pede que emprestem mais. Para fazer com que concedam mais crédito, é preciso capitalizá-los. Você não deve impor tamanho sacrifício ao sistema financeiro até que a economia esteja crescendo novamente. O que está acontecendo agora é oposto. Os estados estão atacando os bancos. Não que eles não tenham culpa da crise. Contudo, ao mesmo tempo, os governos querem que eles emprestem mais e mais. Keynes estava certo quando disse, em carta, ao presidente Franklin Roosevelt: "Consiga primeiro a recuperação, depois implemente reformas". Ou então, nacionalize os bancos.
Keynes foi nomeado diretor do Fundo Monetário Internacional pouco depois de sua fundação, mas não chegou a assumir porque morreu vítima de um ataque do coração. Caso fosse nomeado hoje, quais seriam suas primeiras medidas?
Ele batalharia para transformar o FMI num banco central mundial, que ele propôs, mas não foi bem-sucedido. Esse BC global transformaria os superávits comerciais chineses, por exemplo, em contas e os déficits de outros países virariam dívidas. O plano de Keynes era taxar esses saldos excessivamente positivos para que nenhum país ficasse por muito tempo com superávits maiores que certo nível preestabelecido. Haveria, igualmente, penalidades para aquelas nações deficitárias. Haveria equilíbrio, enfim. Claro que, na época de Keynes, as moedas não flutuavam. Hoje, temos um sistema caótico em que algumas moedas flutuam, outras são fixas e outras são manipuladas. É uma bagunça. Os resultados da falta de um sistema monetário internacional apropriado é que alguns países, como o Brasil e o Chile, ao receberem enormes fluxos de capital, veem suas moedas valorizarem e precisam tentar, desesperadamente, parar esse movimento.
No pós-Guerra, Keynes propôs a criação de uma ordem monetária e financeira alternativa, com uma moeda única, de valor formulado em ouro. Hoje, num mundo que sofre com a dependência do dólar, viu-se o risco desta alternativa. Todos querem migrar para um sistema misto. Keynes teria errado neste ponto?
Não. Ele propôs, na verdade, uma âncora para ganhar estabilidade; e isso pode ser feito também com uma cesta de divisas.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
VEJA entrevista o Nobel EDWARD PRESCOTT.
sábado, 25 de junho de 2011
Uma aula na internet.
domingo, 24 de outubro de 2010
QUANTO CUSTA UM BIG MAC?
O BRASIL está caro: o Big Mac, da rede McDonald's vendido por aqui por míseros US$ 5.26 somente é mais barato do que na SUIÇA , onde está por US$ 6.78. Na ZONA DO EURO custa US$ 4.79 - no pobre JAPÃO US$ 3.91 e no REINO UNIDO US$ 3.63.
domingo, 12 de setembro de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
LANÇAMENTO DE LIVRO.
terça-feira, 27 de julho de 2010
VIVA O POVO BRASILEIRO!
- 5,9% são analfabetos;
- 14,6% dizem saber ler e escrever, mas não frequentaram a escola;
- 33% frequentaram a escola mas não chegaram a concluir o 1º grau.
- Diante disso, quando seremos um país desenvolvido?
- Diante disso, você, meu caro e-leitor, prevê alguma mudança na política brasileira?
- Diante disso, alguém terá interesse na EDUCAÇÃO do eleitorado brasileiro?
sábado, 17 de abril de 2010
UM NOVO MERCADO É POSSÍVEL.
Que bom poder ler na VEJA desta semana uma matéria que fala de uma visão ainda mais liberal para a Economia.
Há dois anos, uma crise inaudita eclodiu nos Estados Unidos e arruinou as finanças de países inteiros. Críticos de esquerda regozijaram-se pelo abalo de um dos pilares do capitalismo, o livre mercado, e culparam a cobiça desenfreada de banqueiros pelo crash. Já os economistas do mainstream, representantes do consenso capitalista que administra os países mais maduros do planeta, reconheceram que houve falhas, como a ausência de um sistema regulatório mais eficiente para controlar fraudes e a especulação predatória. Apesar da vala mental que separa essas duas visões de interpretar o mesmo fenômeno, ambas convergiram na prescrição do remédio destinado a combater a recessão mundial. Recomendaram, em doses distintas, a ampliação da presença do governo, pelas vias do aumento dos gastos públicos, e também o acirramento da regulação financeira. Entretanto, há quem pense de forma diferente. Trata-se dos economistas da Escola Austríaca, uma corrente coesa de ultraliberais que exonera os propagandeados vícios do capitalismo dessa história. Segundo eles, foram na verdade as intervenções do governo que proporcionaram a crise. Mais do que isso, acreditam que o remédio que tem sido usado pelos governos mundiais, sobretudo o despejo de somas maciças de recursos estatais, é inadequado e trará mais problemas no futuro.
Na semana passada, o Instituto Ludwig von Mises, que congrega adeptos dessa corrente, realizou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o I Seminário de Economia Austríaca do Brasil. Em dois dias, foram debatidos os acontecimentos recentes da economia mundial, assim como o receituário heterodoxo e radical desses pensadores. Embora centenária e influente no passado, essa escola esteve, nos últimos anos, à margem do pensamento dominante. No século XX, os seus dois teóricos mais proeminentes foram Ludwig von Mises (1881-1973) e o ganhador do Nobel Friedrich von Hayek (1899-1992). Ambos tiveram papel notável na exposição das fragilidades intrínsecas do planejamento econômico e na condenação do socialismo, num momento em que boa parte daintelligentsia mundial via com fascínio o avanço soviético. Os escritos de Mises e Hayek acabaram por inspirar as reformas liberais que começaram nos anos 80. Agora seus seguidores propõem uma recuperação dessas ideias para oferecer uma alternativa em relação ao novo consenso que se forma no mundo pós-crise.
"A crise que vivemos hoje teve início com políticas do governo que levaram à formação de uma bolha especulativa no mercado imobiliário", sentencia o historiador Thomas Woods, autor do best-seller Meltdown, sobre o recente crash. Para Woods e seus colegas, isso pode ser comprovado por causa do papel que tiveram as empresas de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac. Embora privadas, elas tinham um status privilegiado, porque dispunham de uma linha de crédito especial do governo para estimular a venda de casas a pessoas de baixa renda. Juntas, detinham 75% das hipotecas dos americanos. A política de estimular a venda de casas para quem não possuía a menor condição de assumir os compromissos de um financiamento imobiliário foi potencializada pelos juros extremamente baixos. Quando Alan Greenspan, o ex-presidente do Federal Reserve estava no comando, a taxa básica permaneceu abaixo da inflação por mais de dois anos. A facilidade de adquirir um imóvel incendiou a demanda e os preços subiram rapidamente. Entre 1998 e 2006, as casas americanas ficaram 150% mais caras. Mais tarde veio a onda de calotes, e os preços desabaram. Para os austríacos, tanto os subsídios como os juros baixos demais foram erros que só podem ser atribuídos ao governo. "Os preços estavam fora da realidade. Criou-se uma prosperidade artificial e insustentável", diz o economista americano Mark Thornton, especialista em bolhas financeiras. O setor imobiliário foi ao chão e arrastou consigo o mercado financeiro. "Não fossem as investidas do governo, nada disso teria tomado as atuais proporções. Por isso dizemos que essa crise é do intervencionismo, e não do liberalismo", conclui Woods.
JOSÉ SERRA E O BRASIL!
terça-feira, 23 de março de 2010
O CAPITALISMO AMERICANO!
domingo, 21 de fevereiro de 2010
ECONOMIA: MERCADO X ESTADO?
CRISES SÃO INEVITÁVEIS.
Também, direto da VEJA, o Professor Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, defende a regulação do mercado financeiro, mas avisa que crises são inerentes ao capitalismo.
Há consenso de que o mercado financeiro precisa ser regulado pelo estado?
Há quem mantenha a velha retórica da autorregulação, que implica deixar ir à falência aqueles que assumem riscos excessivos e se dão mal. No mercado financeiro, porém, isso não é possível. Temos bancos grandes demais, interligados demais, para que possam falir sem colocar em risco todo o sistema. Por isso, é preciso regular. Até banqueiros concordam com isso. Estive em Davos no mês passado, durante o Fórum Econômico Mundial, e metade dos banqueiros com quem conversei acha que o estado precisa adotar um papel mais decisivo na regulação e na supervisão dos mercados financeiros.
A boa regulação financeira teria evitado a atual crise?
Por melhor que seja, a regulação financeira não evita crises. As crises, as recessões, a volatilidade são intrínsecas ao funcionamento do capitalismo e da economia de mercado. São as fraquezas do mercado. A saída é usar o poder regulador e as políticas distributivas para limitar ou compensar as crises e suas consequências negativas. Quem fica desempregado, por exemplo, pode ser requalificado, receber seguro-desemprego.
O capitalismo está num mau momento?
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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O 1º Fórum Insper de Políticas Públicas , que acontecerá no campus da instituição no dia 05.09, irá reunir pesquisadores renomados da Améri...
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