segunda-feira, 22 de maio de 2017
domingo, 21 de maio de 2017
Samuel Pêssoa: O choque político piora a recuperação.
“O Brasil é um País complicado. Quando parecia que as coisas
estavam minimamente se acertando, que a gente ia arrumar um monte de coisas,
acontece isso. Eu queria que o governo Temer fosse até o final e que a gente
tivesse, na sequência, uma eleição tranquila. Fiquei triste com tudo.
Daqui para frente, no
aspecto político, a gente vai ter de ver qual pessoa o Congresso vai escolher.
Precisa ser alguém que tenha alguma sobrevivência no ambiente do Congresso –
que está na penúria – e não seja indigesto para a sociedade. Senão, nós vamos
ter gente na rua indisposta a engolir o cara. Temer vai ter de renunciar. Se
ele se agarrar ao cargo, vai ser mesquinhez. Vai afundar o País. Dadas as
circunstâncias em que tudo ocorreu, talvez também seja difícil manter o
Meirelles (Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda, foi presidente do
conselho de administração da holding J&F, controladora da JBS, dos irmãos
Batista).
O choque político piora a recuperação da
economia. Nisso não há a menor dúvida. As reformas pararam. Não consigo ver de
onde virá ambiente político para votá-las no meio da indefinição. Alguma coisa
vai ser possível tocar depois de cumprido o rito da eleição indireta, de a
gente ver quem foi eleito e qual é a agenda dele.
Na economia, a tendência da atividade é para baixo e o câmbio,
para cima. A resultante disso sobre a inflação ainda é uma incógnita. Em 2008,
tivemos inflação para baixo. Mas, lá atrás, a crise era internacional e agora
ela é só nossa. Por outro lado, estamos numa recessão muito mais profunda. Não
consigo saber se o processo é inflacionário ou desinflacionário. E é isso que
vai definir a velocidade de queda da taxa de juros pelo Banco Central.”
Otavio Frias Frio: Ainda é cedo para dizer que a administração Temer acabou.
Neste domingão de ansiedade econômica e especialmente para a leitura de meus três ou quatro leitores diários, compartilho a visão do inteligente Otavio Frias Frio, diretor de redação da FOLHA DE S. PAULO, sobre o atual e complexo momento político brasileiro.
Montaigne escreveu, citando Sêneca, que a natureza criou um só
meio de entrar na vida, mas cem de sair dela, omitindo que por nenhum deles é
fácil passar.
Algo parecido se aplica às saídas para a crise endêmica que
esgarça o país desde 2013 e que se tornou outra vez galopante com as revelações
de quarta-feira (17). Caso surjam evidências irrefutáveis de que o presidente
Michel Temer cometeu crime, o que era discutível quando se concluía esta seção,
haverá quatro opções no horizonte.
A primeira delas, a renúncia, foi rechaçada no breve e veemente
discurso de quinta-feira (18). Mas renunciar, na vida pública, não é exatamente
decisão de alçada pessoal; o incumbente é antes "renunciado" pelas
circunstâncias, conforme os próprios aliados o informam em dado momento de que
seu governo se esvaiu, como um piloto que é ejetado após perder controle do
aparelho. Ainda estamos longe disso, o palácio dispõe de recursos políticos
consideráveis, mas a crise se acelerou da noite para o dia.
Outras duas possibilidades constitucionais –impeachment e
aceitação, pelo Supremo Tribunal Federal, de denúncia a ser apresentada pelo
procurador-geral da República (o que inabilitaria o presidente, uma vez
convertido em réu)– dependem ambas de autorização por parte de 2/3 dos
deputados. Estes se movem pelos próprios interesses, muito bem incrustados no
governo semiparlamentarista de Temer. Que conveniência falaria mais alto entre
eles, o usufruto imediato do poder ou o medo de não se reeleger e ficar ao
relento, muitos à mercê dos azares da primeira instância do Judiciário?
A quarta via é a judicial, por meio de cassação da chapa Dilma
Rousseff/Michel Temer no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, previsto
para o início de junho e estribado em clamorosos indícios de financiamento
ilegal da campanha que elegeu essa malsinada dupla no já remoto outubro de
2014. Mas também aqui o caminho não deixaria de ser tortuoso: Temer recorreria
ao Supremo, que daria início a novo julgamento, durante o qual o presidente
permaneceria, ao que tudo indica, no posto.
Removido Temer, restaria o problema da eleição indireta do
sucessor. Como se sabe, é o que manda a Constituição: o Congresso escolhe o
novo presidente quando a vacância se der na segunda metade do mandato. No
entanto, depois de a sociedade haver engolido a ascensão de Temer e suas
impopularidades em nome do respeito à Constituição, parece inverossímil que
possa tolerar um presidente escolhido a dedo por 500 e tantos parlamentares
vilipendiados. Seria, como se diz em inglês, adicionar insulto à injúria.
Não é da boa doutrina mudar as regras do jogo em meio ao jogo; a
rigor, só um referendo popular poderia autorizá-lo. Mas uma emenda
constitucional, que requer aprovação de 60% dos parlamentares, talvez baste em
termos de legitimidade. Tramita proposta do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ)
que confina a eleição indireta aos casos de vacância presidencial no último
semestre do mandato; antes disso, Diretas-Já.
Claro que esses são formatos jurídicos vazios à espera de ser
movimentados pelo jogo das forças políticas reais. O combustível desta crise,
que é a monstruosa recessão econômica legada pela gestão de Dilma Rousseff,
continua a abastecer a insatisfação que grassa na sociedade e parece prestes a
se inflamar de novo em vigorosas manifestações de rua, pois os efeitos
saneadores da política econômica de Temer, a melhor parte de sua gestão, ainda
não se fazem sentir. Escala e intensidade dos protestos em praça pública nos
próximos meses deverão definir que desenlace institucional vai prevalecer.
Mesmo no campo predominante dos que desejam a saída de Temer,
começa a surgir uma dissidência indiretista disposta a resistir à campanha pela
emenda Miro Teixeira, em boa parte por recear que eleições diretas reconduzam
Lula à Presidência. As pesquisas indicam que o ex-presidente petista é favorito
no primeiro turno, ao mesmo tempo que sugerem expressiva probabilidade de que
venha a eleger seu antagonista em segundo turno. Agora ou em 2018, as eleições
parecem mais imprevisíveis que nunca.
Os alicerces do governo Temer, sempre frágeis, estão ainda mais
abalados. Mas é cedo para dizer que esta administração acabou. A economia, que
aos poucos sai do atoleiro, atua em seu favor. O relógio, que mostra as
eleições gerais de 2018 cada vez mais perto, também. Enquanto isso, um governo
cambaleante se encastela ao forcejar por reformas que preparam o ciclo de
expansão econômica apto a consagrar, talvez, seu sucessor.
sábado, 20 de maio de 2017
Brasil 2017: Em que pese 517 anos de história, ainda falta racionalidade!
Não
me convidaram
Pra
essa festa pobre
Que
os homens armaram pra me convencer
A
pagar sem ver
Toda
essa droga
Que
já vem malhada antes de eu nascer
Não
me ofereceram
Nem
um cigarro
Fiquei
na porta estacionando os carros
Não
me elegeram
Chefe
de nada
O
meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil
Mostra
tua cara
Quero
ver quem paga
Pra
gente ficar assim
Brasil
Qual
é o teu negócio?
O
nome do teu sócio?
Confia
em mim
Não
me convidaram
Pra
essa festa pobre
Que
os homens armaram pra me convencer
A
pagar sem ver
Toda
essa droga
Que
já vem malhada antes de eu nascer
Não
me sortearam
A
garota do Fantástico
Não
me subornaram
Será
que é o meu fim
Ver
TV a cores
Na
taba de um índio
Programada
pra só dizer sim, sim
Brasil
Mostra
a tua cara
Quero
ver quem paga
Pra
gente ficar assim
Brasil,
qual
é o teu negócio?
O
nome do teu sócio?
Confia
em mim
Grande
pátria desimportante
Em
nenhum instante
Eu
vou te trair
Não,
não vou te trair.
Cazuza
quinta-feira, 18 de maio de 2017
quarta-feira, 17 de maio de 2017
terça-feira, 16 de maio de 2017
CAGED: criadas 59.856 mil vagas de emprego formal durante o mês de abril/2017.
O país criou 59.856 mil vagas de emprego formal durante o mês de
abril. O resultado representa uma variação positiva de 0,16% em relação a março
deste ano, conforme apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgados hoje (16) pelo Ministério do Trabalho. É o
primeiro resultado positivo para um mês de abril desde 2014.
No último mês, foram contabilizadas 1.141.850 admissões e 1.081.994
desligamentos. Já em março deste ano, foram registradas 1.261.332 admissões e
1.324.956 desligamentos, ou seja, 63.624 vagas foram perdidas.
Em abril
do ano passado, o mercado de trabalho formal tinha registrado a perda de
62.844 postos de trabalho.
"Estamos tendo a alegria de celebrar números positivos.
Esperamos que estes números positivos se estabeleçam", comemorou o
ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O setor de serviços foi o que registrou melhor resultado em abril
deste ano, com um saldo de 24.712 contratações, seguido pela agropecuária
(14.648); indústria de transformação (13.689) e comércio (5.327).
Embora tenha apresentado saldo negativo (-1.760 postos de
trabalho), a construção civil teve um desempenho melhor que o de abril
do ano passado (-16.036 vagas).
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Prévia do PIB para o 1º trimestre de 2017: 1,12% ou 1,30%.
Foi divulgado hoje pelo Bacen que o IBC-Br de março registra um
crescimento de 1,12% para o primeiro trimestre deste ano.
Em época de notícias ruins, pelo menos alguma evidência que a
economia está reagindo positivamente.
Na avaliação dos números dessazonalizados de janeiro a março, o acumulado para o período é um aumento de 1,30%.
A esperar o dia 1º de junho com a divulgação oficial do PIB.
Bacen: PIB crescerá 0,50% neste ano e 2,50% em 2018.
O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação este ano
pela décima vez seguida. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,01% para 3,93%, de acordo com o boletim
Focus, uma publicação elaborada todas as semanas, pelo Banco Central (BC), e
divulgada às segundas-feiras.
A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta,
que é de 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para
2018, a estimativa caiu 4,39% para 4,36%.
A projeção de instituições financeiras para o crescimento da
economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas
pelo país) este ano foi ajustada de 0,47% para 0,50%. Para o próximo ano, a
estimativa permanece em 2,50%.
Para as instituições financeiras, a taxa básica de juros, a
Selic, encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano.
Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano. A Selic é um dos
instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando
o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle sobre a inflação.
Edição: Kleber Sampaio
domingo, 14 de maio de 2017
Emmanuel Macron: Le nouveau président de la République s'est installé à l'Élysée.
Emmanuel Macron:
"Le monde a besoin de ce que les Françaises et les Français lui ont
toujours enseigné : l’audace de la liberté, l’exigence de l’égalité, la volonté
de la fraternité".
sábado, 13 de maio de 2017
Portugal: Papa Francisco e os Santos Francisco Marto e Jacinta Marto.
"Em honra da Santíssima Trindade, para exaltação da fé católica e
incremento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos
Santos Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, depois de termos longamente refletido,
implorado várias vezes o auxílio divino e ouvido o parecer de muitos Irmãos
nossos no Episcopado, declaramos e definimos como Santos os Beatos Francisco
Marto e Jacinta Marto e inscrevemo-los no Catálogo dos Santos, estabelecendo
que, em toda a Igreja, sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do
Pai e do Filho e do Espírito Santo."
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Belo Horizonte: XXII Congresso Brasileiro de Economia - 06 a 08 de setembro de 2017.
O Conselho Federal de Economia e o Conselho Regional de Economia
da 10ª Região - MG realizarão o XXII Congresso Brasileiro de Economia (CBE) no
período de 06 a 08 de setembro de 2017, em Belo Horizonte (MG), com a seguinte
temática: “Desenvolvimento Econômico, Justiça Social e Democracia: Bases para
um Brasil Contemporâneo”.
O CBE acontece bienalmente, desde 1968, e reúne profissionais da
área, empresários, autoridades, consultores, estudantes de Ciências Econômicas
e representantes dos principais segmentos da sociedade. O objetivo é promover
debates e reflexões sobre temas fundamentais para o desenvolvimento sustentável
do País, apresentando análises, alternativas e perspectivas de solução para
importantes questões que influenciam no bem-estar de toda a sociedade.
O CBE 2017 será uma grande oportunidade para ter contato com um
grupo seleto formado por autoridades, pesquisadores, profissionais de destaque
e especialistas, nacionais e internacionais, com grande conhecimento e
experiência sobre o tema central do evento. Já estão confirmadas as presenças
do economista argentino Roberto Frenkel (Professor Honorário da Universidade de
Buenos Aires) e do norte-americano Jan Kregel (Diretor do Programa de Mestrado
em Teoria Econômica no Levy Economics Institute dos EUA).
Durante o evento, teremos a satisfação de efetuar a entrega do
XXIII Prêmio Brasil de Economia e dos Prêmios de Personalidade Econômica do Ano
e Destaque Econômico do Ano. O XXII CBE também será palco da etapa nacional da
Gincana Nacional de Economia, com premiação na cerimônia de encerramento.
A recuperação da economia brasileira segundo Henrique Meirelles.
“O Brasil está mudando mais em um ano do que mudou em décadas”,
afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na reunião ministerial para
balanço de um ano do governo Temer, realizada hoje (12) no Palácio do Planalto,
em Brasília. Segundo o ministro, a recessão econômica é parte do passado.
“O Brasil vive um momento e um governo de profunda transformação.
Encontramos um país que viveu a maior recessão da história. A recessão que
encontramos foi maior que a depressão de 1930 e 1931”, disse. O ministro enfatizou
que a recessão já passou e que o Brasil mostra sinais de que voltou a crescer.
Meirelles citou o aumento do consumo em 20%, da produção de aço, também em 20%,
e a safra de grãos, “surpreendendo os mais otimistas”, com crescimento de 22%,
em relação ao ano passado.
Entretanto, Meirelles disse que o desemprego leva mais tempo para
reagir à retomada da economia. “O desemprego deve crescer ainda um pouco porque
tem uma reação mais lenta.”
Meirelles relembrou medidas adotadas neste ano de governo, como a
emenda à Constituição que estabeleceu um teto para os gastos públicos. “A
aprovação da PEC do Teto dos Gastos foi fundamental para dar previsibilidade à
economia brasileiras, às contas públicas”, disse Meirelles, acrescentando que
foi a primeira vez em que foi feito um projeto de longo prazo para as contas
públicas.
“Tivemos como resultado dessa retomada, a confiança. Tivemos uma
mudança gradual da perspectiva, e os efeitos são, de fato, impressionantes. Se
olharmos para a medida de Risco Brasil, que representa o custo de financiar o
país, caiu de 500 pontos para um pouco mais 200 pontos”, disse. Ele citou ainda
a possibilidade de as agências de classificação de risco pensarem em melhorar a
nota do Brasil. E acrescentou que o real está se fortalecendo e a bolsa de
valores, subindo.
O ministro citou ainda a redução da inflação, que atingiu 9,28% em
12 meses em maio de 2016 e agora está em 4,08%, abaixo do centro da meta
(4,5%).
*Colaboraram Pedro Peduzzi, Débora Brito e Karine Melo
Edição: Maria Claudia
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