segunda-feira, 12 de junho de 2017
domingo, 11 de junho de 2017
Pedro Malan: Diálogos não impossíveis?
Pedro S. Malan, no O Estado de S.Paulo de hoje, resgata uma análise feita em 2004 pelo Rogério Werneck, que continua tão somente atualíssima!
Parabéns aos dois estimados maestros!
Parabéns aos dois estimados maestros!
Dez anos antes do início da Operação Lava Jato e um ano antes da
primeira denúncia sobre o chamado “mensalão”, um arguto analista da cena
brasileira assim escreveu: “Da Colônia à República, é com o governo que quase
sempre foram feitos os melhores negócios. Não é de hoje que boa parte da elite
vem sendo formada na crença de que o segredo da prosperidade é estabelecer
sólidas relações com o Estado. Vender para o Estado, comprar do Estado,
financiar o Estado, ser financiado pelo Estado, apropriar-se de patrimônio do
Estado, receber doações do Estado, transferir passivos para o Estado, repassar
riscos para o Estado e conseguir favores do Estado” (Rogério Werneck, Balcão
de negócios, Estado, 7/5/2004).
Keynes e a sua atualidade neste ano de 2017.
Paul Krugman e as conclusões do clássico Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda:
1 - As economias podem sofrer, e muitas vezes sofrem, de uma deficiência
geral da demanda, que leva ao desemprego involuntário.
2 - A tendência automática da economia para corrigir as carências da
demanda, se existe, opera lenta e dolorosamente.
3 - As políticas adotadas pelo governo para aumentar a demanda, pelo
contrário, podem reduzir o desemprego rapidamente.
4 - Por vezes, expandir a oferta de dinheiro não será suficiente para
convencer o setor privado a gastar mais, e as despesas públicas terão de
preencher a lacuna.
Conselhos de vencedores do Nobel de Economia para jovens economistas.
Recentemente, 8 vencedores do prêmio Nobel de Economia foram
convidados a gravar um vídeo com conselhos para jovens economistas.
A iniciativa antecede o 6º encontro das Ciências Econômicas,
agendado para 22 e 26 de agosto na cidade de Lindau, na Alemanha.
O evento deve reunir 19 vencedores do prêmio Nobel em Economia com
400 jovens economistas do mundo todo.
Veja alguns dos conselhos e o vídeo em seguida:
Angus Deaton, vencedor em 2015
“É muito importante para as pessoas fazerem as coisas porque
realmente querem fazê-las, e trabalhar em ideias que sejam realmente
importantes para elas.”
Alvin E. Roth, vencedor em 2012
“Se você não encontrar trabalhos onde você goste da parte do
dia-a-dia, você não vai conseguir trabalhar duro o suficiente para realizar as
coisas que você quer.”
“Você verá que os seus colegas educados em outro lugar tem alguns
pontos de vista diferentes, e eu acho que uma das coisas valiosas é a conversa
entre os próprios jovens.”
Edmund Phelps, vencedor em 2006
“Os economistas mais jovens estão perdendo o lado humano da
atividade econômica. É importante que os economistas jovens tirem seu nariz dos
dados.”
Robert Shiller, vencedor em 2013
“Pessoas que entram hoje na Economia frequentemente adotam uma
visão cínica: ‘ah, é tudo matemática, eu preciso jogar um certo jogo’ (…) Os
jovens frequentemente subestimam a tolerância das pessoas mais velhas como eu
na profissão. A tolerância em relação a ideias experimentais (…) eles também
subestimam o quanto pessoas da minha idade se entediam com pessoas que
simplesmente fazem o mesmo que estivemos fazendo. Queremos ouvir algo
diferente.”
Oliver Hart, vencedor em 2016
“Fazer perguntas difíceis e interessantes é algo muito importante
(…) tente perguntar algo um pouco mais desafiador e que você pense: ‘acho que
ninguém nunca realmente respondeu a essa questão.”
“As interações mais importantes que eu tive na vida não foram com
veteranos, foram com colegas. Eu tirei muito resultado de fazer co-autorias.”
Veja no vídeo:
sábado, 10 de junho de 2017
La Nacion: "Gobernar sin complejos".
Didático editorial do La Nacion para quem tem interesse em entender a Argentina e, porque não, o Brasil de hoje.
La práctica de la política en democracia
se enfrenta a un dilema: o bien decir y hacer lo que beneficie al país y al
conjunto social, o bien dejar eso de lado y actuar según lo que convenga
electoralmente para obtener votos y lograr el poder o mantenerse en él. No
existiría tal dilema si la mayoría de los ciudadanos supiera y coincidiera en
cuáles son las políticas correctas para los objetivos comunes. Entonces, los
dirigentes no tendrían razones para hacer populismo ni demagogia. Pero las
sociedades no siempre tienen esa cualidad. Hay una muy extendida incomprensión
de los fenómenos económicos y predomina una interpretación muy simplificada y
generalmente de tipo conspirativo. Para la mayoría de nuestros ciudadanos los
problemas son causados por personas con poder económico, ambiciosas y egoístas.
Ni a la inflación ni al estancamiento económico se los entiende como
consecuencia de políticas inadecuadas. Suele adjudicarse la culpa al
"capital concentrado interno y externo" o a los "formadores de
precios". Estas visiones simplistas deben ser modificadas mediante la
educación y la docencia de los líderes de la política y la cultura. El populismo
hace justamente lo contrario. Exacerba esos sentimientos para lograr apoyo y
poder.
Este dilema tiene relación con la
preferencia de los gobernantes de favorecer el corto plazo y no un horizonte
más prolongado. Por ejemplo, alentar el consumo y de esa forma desalentar el
ahorro, lo que permite lograr apoyos de quienes votan hoy, aunque se perjudique
a las generaciones futuras.
Otro rasgo distintivo de las sociedades
actuales es la artificiosa apropiación de las virtudes morales por parte de las
izquierdas. Si se es de derecha o si se expresa preferencia por el respeto de
los derechos individuales, la propiedad y la libertad económica y política,
entonces se deberá demostrar que a pesar de ello uno es honesto. Mientras
tanto, se presumirá lo contrario. Declararse "progresista" protege
contra esas presunciones. Adoptar una línea francamente izquierdista puede
llegar a inmunizar a quienes delinquen a ojos vistas. Se le adjudica a Néstor
Kirchner la frase "la izquierda te da fueros".
(...)
El país reclama y necesita el éxito de
este gobierno. La situación heredada era y es de extrema gravedad económica y
de deterioro institucional. Mucho se ha hecho para recobrar el prestigio
perdido durante el kirchnerismo, pero mucho falta por hacer para superar los
riesgos de una nueva crisis de deuda y para generar incentivos a la inversión.
El liderazgo que lo permita no se construirá con actitudes acomplejadas ni
mimetizaciones ideológicas o costumbristas carentes de autenticidad.
Em 2017 o PIB brasileiro será o lanterna entre os maiores países da América Latina.
A previsão é que neste 2017 o PIB da América Latina cresça 1,2%, já
considerando que o Brasil não registrará crescimento. Com muita torcida esperamos pelo menos zerar o jogo em 0,0%.
Já os maiores países da região registrarão crescimento conforme
abaixo:
Argentina: 2,5%
Chile: 1,8%
Colômbia: 2,0%
México: 1,8%
Peru: 3,4%
Enquanto o PIB brasileiro tenta pelo menos não permanecer
negativo, o mundo deverá crescer algo em torno de 3,4%.
Há anos sabemos que os problemas são brasileiros e a solução está conosco. Lamentavelmente, ainda não desejamos ser um país "sério". Até quando seremos um país que não deu certo?
Leandro Karnal e a estratégia para a crise.
Atitudes pessoais
contam. Administração do tempo é uma das mais importantes. Tempo é um valor
medido de forma objetiva, porém seu aproveitamento é a coisa mais subjetiva já
surgida nas culturas. Carpe Diem: a máxima de Horácio pode ser lida de muitas
maneiras. Para alguns, quer dizer aproveite a vida, divirta-se. Para outros,
envolve a noção capitalista e empreendedora de fazer o máximo de coisas em
pouco tempo. Para mim, é tornar-se senhor do seu tempo e produzir ou descansar
de acordo com seus objetivos. O ócio criativo de Domenico de Masi é um bom
exemplo de Carpe Diem.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
IBGE: IPCA em abril sobe para 0,31%.
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), mais que dobrou de abril para maio, ao passar de 0,14% para 0,31%
de um mês para o outro – alta de 0,17 ponto percentual.
No entanto, é a menor taxa para os meses de maio desde de maio de
2007, quando atingiu 0,28%. O IPCA, a inflação oficial do país e que serve para
o balizamento de preços estipulado pelo Banco Central, foi divulgado hoje (9),
no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a alta de maio, a inflação medida pelo IPCA fechou os
primeiros cinco meses do ano com alta acumulada de 1,42%, resultado bem
inferior aos 4,05% de igual período do ano passado: exatos 2,63 pontos
percentuais a menos. É também o menor acumulado para os cinco primeiros meses
do ano desde 1,41% de igual período de 2000.
Segundo o IBGE, o resultado também é significativo do ponto de
vista do acumulado dos últimos doze meses. O IPCA acumulado neste período caiu
de 4,08% para 3,6%, de abril para maio, constituindo-se na menor taxa em 12
meses desde os 3,18% de maio de 2007. Em maio do ano passado, o IPCA situou-se
em 0,78.
Edição: Kleber Sampaio
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Ministério da Fazenda: Brasil participa de encontro do Conselho de Ministros da OCDE.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participa, a partir
desta quarta-feira (07/06), em Paris, na França, do Encontro do Conselho de
Ministros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No
primeiro dia do evento, ele participará do painel "Balanço da
globalização: oportunidades e desafios de uma economia integrada".
Os ministros também debaterão temas como os desafios da
globalização; políticas públicas nacionais para garantir que pessoas, empresas,
cidades e regiões possam prosperar em um ambiente digital; a construção de uma
economia globalizada inclusiva; e comércio internacional e investimento para o
benefício de todos.
Além dos eventos da OCDE, Henrique Meirelles também irá participar
de encontros com investidores e instituições na capital francesa, retornando à
Brasília na sexta-feira (09/06).
O Encontro do Conselho de Ministros da OCDE ocorre anualmente e
tem como objetivo reunir os ministros da área econômica de países membros e
parceiros para debater a globalização e explorar políticas públicas que possam
torná-la mais inclusiva.
O Brasil é parceiro da Organização desde 1994 e em 2007 tornou-se
um parceiro-chave. Atualmente o país é membro associado de sete órgãos da OCDE
e participa regularmente dos trabalhos de diversos comitês. Na última
terça-feira (30) o país solicitou formalmente à OCDE o ingresso como país
membro. O processo para adesão é longo e só deve ter início após sinalização
positiva da Organização.
Gilberto Freyre em 1984 na VEJA: "sou contra qualquer excesso governamental".
O senhor também nega que seja, politicamente, um conservador?
Sou um defensor do anarquismo construtivo. Em termos ideais, sou
contra qualquer excesso governamental. Creio que os governos devam ser
reduzidos ao mínimo. Bertrand Russel, o grande anarquista inglês, dizia só
admitir a presença do governo na regulamentação do tráfego...
Brasil, um país em guerra: 59.080 homicídios em 2015! O que farão os candidatos em 2018?
O Brasil registrou, em 2015, 59.080 homicídios. Isso significa
28,9 mortes a cada 100 mil habitantes. Os números representam uma mudança de
patamar nesse indicador em relação a 2005, quando ocorreram 48.136 homicídios.
As informações estão no Atlas da Violência 2017, produzido pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP). O estudo analisa os números e as taxas de homicídio
no país entre 2005 e 2015 e detalha os dados por regiões, Unidades da Federação
e municípios com mais de 100 mil habitantes. Apenas 2% dos municípios
brasileiros (111) respondiam, em 2015, por metade dos casos de homicídio no
país, e 10% dos municípios (557) concentraram 76,5% do total de mortes.
Os estados que apresentaram crescimento superior a 100% nas taxas
de homicídio no período analisado estão localizados nas regiões Norte e
Nordeste. O destaque é o Rio Grande do Norte, com um crescimento de 232%.
Em 2005, a taxa de homicídios no estado era de 13,5 para cada 100 mil
habitantes. Em 2015, esse número passou para 44,9. Em seguida estão Sergipe
(134,7%) e Maranhão (130,5). Pernambuco e Espírito Santo, por sua vez,
reduziram a taxa de homicídios em 20% e 21,5%, respectivamente. Porém, as
reduções mais significativas ficaram em estados do Sudeste: em São Paulo, a
taxa caiu 44,3% (de 21,9 para 12,2), e, no Rio de Janeiro, 36,4% (de 48,2 para
30,6).
Houve um aumento no número de Unidades da Federação que diminuíram
a taxa de homicídios depois de 2010. Especificamente nesse período, as maiores
quedas ocorreram no Espírito Santo (27,6%), Paraná (23,4%) e Alagoas (21,8%).
No sentido contrário, houve crescimento intenso das taxas entre 2010 e 2015 nos
estados de Sergipe (77,7%), Rio Grande do Norte (75,5%), Piauí (54,0%) e
Maranhão (52,8%). A pesquisa também aponta uma difusão dos homicídios para
municípios do interior do país.
Conab: A safra de grãos 2016/2017 pode chegar ao recorde de 234,3 milhões de toneladas.
A safra de grãos 2016/2017 pode chegar ao recorde de 234,3 milhões
de toneladas, com aumento de 25,6% (47,7 milhões de toneladas) em relação à
safra passada. A nona estimativa, realizada pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), foi divulgada hoje (8), em Brasília.
Os responsáveis pela supersafra atual foram o crescimento de área e as produtividades médias, informou a Conab. A previsão é de ampliação de 3,7% na área total, podendo chegar a 60,5 milhões de hectares, incluídas as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno.
A produção da soja deve crescer 19,4% atingindo 113,9 milhões de toneladas, com ampliação de 1,9% na área plantada estimada em 33,9 milhões de hectares. No caso do milho total, a produção deve alcançar 93,8 milhões de toneladas, 41% acima da safra 2015/2016.
Os responsáveis pela supersafra atual foram o crescimento de área e as produtividades médias, informou a Conab. A previsão é de ampliação de 3,7% na área total, podendo chegar a 60,5 milhões de hectares, incluídas as culturas de segunda e terceira safras e as de inverno.
A produção da soja deve crescer 19,4% atingindo 113,9 milhões de toneladas, com ampliação de 1,9% na área plantada estimada em 33,9 milhões de hectares. No caso do milho total, a produção deve alcançar 93,8 milhões de toneladas, 41% acima da safra 2015/2016.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-06/conab-diz-que-safra-de-graos-pode-ser-recorde-com-2343-milhoes-de-toneladas
quarta-feira, 7 de junho de 2017
IGP-DI: Deflação de 0,51% em maio/2017.
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)
registrou deflação (queda de preços) de 0,51% em maio. Em abril, houve deflação
de 1,24%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-DI acumula queda de
preços de 1,63% no ano. Em 12 meses, a inflação é de 1,07%. Os números foram
anunciados hoje (7), no Rio de Janeiro, pela FGV.
A queda de preços pelo IGP-DI em maio foi provocada pelos preços
no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que acusaram
deflação de 1,10%. Em abril, a deflação havia sido de 1,96%.
Os preços no varejo, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor,
tiveram aumento de 0,52% em maio, uma taxa maior que a inflação de 0,12% em
abril. O Índice Nacional de Custo da Construção também registrou inflação em
maio: 0,63%. Em abril, tinha sido anotada deflação de 0,02%. O IGP-DI de maio
foi calculado com base em preços coletados entre os dias 1º e 31 do mês.
Edição: Kleber Sampaio
Designated Survivor: Quem será o Kirkman brasileiro em 2018?
"I see that we are strong. And, that we are proud. And, that we are once again united."
-President Kirkman
OECD: Growth in Brazil is expected to turn positive for 2017 before reaching 1.6% in 2018.
Among the major advanced economies, the
recovery will continue in the United States, which is projected to grow by 2.1%
in 2017 and 2.4% in 2018. The euro area will see steady growth at 1.8% in 2017
and 2018. In Japan, growth is projected at 1.4% in 2017 and 1% in 2018. The
35-country OECD area is projected to grow by 2.1% in both 2017 and 2018,
according to the Outlook.
In China, growth is expected to slow to 6.6% in 2017 and 6.4% in 2018, while India’s growth rates are expected to strengthen to 7.3% this year and 7.7% in 2018. Growth in Brazil is expected to turn positive for 2017 before reaching 1.6% in 2018.
In China, growth is expected to slow to 6.6% in 2017 and 6.4% in 2018, while India’s growth rates are expected to strengthen to 7.3% this year and 7.7% in 2018. Growth in Brazil is expected to turn positive for 2017 before reaching 1.6% in 2018.
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