terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Por conta da recessão Copom sinaliza corte maior na Selic em 2017.

Com a melhora nas projeções para a inflação em 2017 e 2018, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), considera que pode haver mais espaço para redução da taxa básica de juros, a Selic, do que o percebido anteriormente. A avaliação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada hoje (6), em Brasília.

Na semana passada, o comitê deu continuidade ao processo de redução da Selic. A taxa foi diminuída em 0,25 ponto percentual, caindo para 13,75% ao ano. Esse foi o segundo corte de 0,25 ponto percentual.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.

A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom reduz o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Na reunião de novembro, o comitê discutiu a possibilidade de fazer um corte maior na Selic por conta da recessão econômica, mas a decisão final foi esperar até a próxima reunião do Copom, em janeiro de 2017.

“Em particular, destacou-se que o risco papável de que não ocorra uma retomada oportuna da atividade econômica deve permitir intensificação do ritmo de flexibilização monetária”, diz o documento.
O comitê diz que os indicadores referentes a agosto deste ano mostram que a economia seguiu indicando sinais de fraqueza.

O Copom reconheceu esforços para aprovação e implementação de “ajustes necessários” na economia, notadamente as reformas fiscais.
“Os membros do comitê enfatizaram que esses esforços são fundamentais para a estabilização e o desenvolvimento da economia brasileira. O comitê deve acompanhar atentamente esses esforços, uma vez que têm reflexos importantes no processo de desinflação”, diz a ata.


Edição: Kleber Sampaio

Hamilton The Revolution - Best Nonfiction 2016 good reads.


Hamilton The Revolution by Lin-Manuel MirandaJeremy McCarter

Winner of the 2016 Pulitzer Prize for Drama and Eleven Tony Awards, including Best Musical.

Lin-Manuel Miranda's groundbreaking musical Hamilton is as revolutionary as its subject, the poor kid from the Caribbean who fought the British, defended the Constitution, and helped to found the United States. Fusing hip-hop, pop, R&B, and the best traditions of theater, this once-in-a-generation show broadens the sound of Broadway, reveals the storytelling power of rap, and claims our country's origins for a diverse new generation.

HAMILTON: THE REVOLUTION gives readers an unprecedented view of both revolutions, from the only two writers able to provide it. Miranda, along with Jeremy McCarter, a cultural critic and theater artist who was involved in the project from its earliest stages--"since before this was even a show," according to Miranda--traces its development from an improbable perfor­mance at the White House to its landmark opening night on Broadway six years later. In addition, Miranda has written more than 200 funny, revealing footnotes for his award-winning libretto, the full text of which is published here.

Their account features photos by the renowned Frank Ockenfels and veteran Broadway photographer, Joan Marcus; exclusive looks at notebooks and emails; interviews with Questlove, Stephen Sond­heim, leading political commentators, and more than 50 people involved with the production; and multiple appearances by Presi­dent Obama himself. The book does more than tell the surprising story of how a Broadway musical became a national phenomenon: It demonstrates that America has always been renewed by the brash upstarts and brilliant outsiders, the men and women who don't throw away their shot.

https://www.goodreads.com/choiceawards/best-nonfiction-books-2016 

PISA 2015: Brasil, sem educação, sem presente, sem futuro!!!


O desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da média dos alunos em países da OCDE em ciências (401 pontos, comparados à média de 493 pontos), em leitura (407 pontos, comparados à média de 493 points) e em matemática (377 pontos, comparados à média de 490 pontos). • A média do Brasil na área de ciências se manteve estável desde 2006, o último ciclo do PISA com foco em ciências (uma elevação aproximada de 10 pontos nas notas - que passaram de 390 pontos em 2006 para 401 pontos em 2015 – não representa uma mudança estatisticamente significativa). Estes resultados são semelhantes à evolução histórica observada entre os países da OCDE: um leve declínio na média de 498 pontos em 2006 para 493 pontos em 2015 também não representa uma mudança estatisticamente significativa. • A média do Brasil na área de leitura também se manteve estável desde o ano 2000. Embora tenha havido uma elevação na pontuação de 396 pontos em 2000 para 407 pontos em 2015, esta diferença não representa uma mudança estatisticamente significativa. Na área de matemática, houve um aumento significativo de 21 pontos na média dos alunos entre 2003 a 2015. Ao mesmo tempo, houve um declínio de 11 pontos se compararmos a média de 2012 à média de 2015. • O PIB per capita do Brasil (USD 15 893) corresponde a menos da metade da média do PIB per capita nos países da OCDE (USD 39 333). O gasto acumulado por aluno entre 6 e 15 anos de idade no Brasil (USD 38 190) equivale a 42% da média do gasto por aluno em países da OCDE (USD 90 294). Esta proporção correspondia a 32% em 2012. Aumentos no investimento em educação precisam agora ser convertidos em melhores resultados na aprendizagem dos alunos. Outros países, como a Colômbia, o México e o Uruguai obtiveram resultados melhores em 2015 em comparação ao Brasil muito embora tenham um custo médio por aluno inferior. O Chile, com um gasto por aluno semelhante ao do Brasil (USD 40 607), também obteve uma pontuação melhor (477 pontos) em ciências. • No Brasil, 71% dos jovens na faixa de 15 anos de idade estão matriculados na escola a partir da 7a. série, o que corresponde a um acréscimo de 15 pontos percentuais em relação a 2003, uma ampliação notável de escolarização. O fato de o Brasil ter expandido o acesso escolar a novas parcelas da população de jovens sem declínios no desempenho médio dos alunos é um desenvolvimento bastante positivo. Entre os países da OCDE, o desempenho em ciências de um aluno de nível sócio-econômico mais elevado é, em média, 38 pontos superior ao de um aluno com um nível sócioeconômico menor. No Brasil, esta diferença corresponde a 27 pontos, o que equivale a aproximadamente ao aprendizado de um ano letivo. • No Brasil, menos de 1% dos jovens do sexo masculino estão entre os alunos com rendimento mais elevado no PISA em ciências (aqueles com pontuação no nível de proficiência 5 ou superior). Entre os países da OCDE, esta proporção corresponde a 8.9% dos jovens do sexo masculino. Apenas 0.5% do grupo feminino no Brasil alcançou este mesmo nível de desempenho. Entre os países da OCDE, 6.5% das meninas se destacaram neste nível elevado de proficiência. No Brasil, entre alunos de baixo rendimento em ciências (aqueles com pontuação inferior ao nível básico de proficiência, o nível 2), uma proporção maior entre o grupo feminino espera seguir uma carreira na área de ciências. • Menos de 10% dos alunos que participaram do PISA 2015 no Brasil são imigrantes (primeira ou segunda geração). Numa comparação entre alunos de mesmo nível sócioeconômico, a média dos alunos imigrantes em ciências é 66 pontos inferior à média de alunos não-imigrantes. • O Brasil tem uma alto percentual de alunos em camadas desfavorecidas: 43% dos alunos se situam entre os 20% mais desfavorecidos na escala internacional de níveis sócioeconômicos do PISA, uma parcela muito superior à media de 12% de alunos nesta faixa entre os países da OCDE. Esta proporção, no entanto, é semelhante àquela observada na Colômbia. Apenas dois outros países latino-americanos possuem uma proporção ainda maior de alunos neste nível sócio-econômico, o México e o Peru. • Uma parcela muito reduzida de pais de alunos alcançaram o nível superior de ensino no Brasil. Menos de 15% dos adultos na faixa etária de 35 a 44 anos de idade possuem um diploma universitário, uma taxa bem menor que a média de 37% observada entre os países da OCDE. Entre os países que participaram do PISA 2015, o Brasil está entre os dois países com a menor proporção de adultos com nível superior, ficando atrás apenas da Indonésia onde menos de 9% dos adultos nesta faixa etária alcançaram este nível de escolaridade. A faixa etária entre 35 e 44 anos corresponde aproximadamente à idade dos pais de alunos que participaram do PISA 2015. • No Brasil, 36% dos jovens de 15 anos afirmam ter repetido uma série escolar ao menos uma vez, uma proporção semelhante à do Uruguai. Entre os países latino-americanos que participaram do PISA 2015, apenas a Colômbia possui uma taxa de repetência escolar (43%) superior à do Brasil. Esta prática é mais comum entre países com um baixo desempenho no PISA e está associada a níveis mais elevados de desigualdade social na escola. No Brasil, altos índices de repetência escolar estão ligados a níveis elevados de abandono da escola. Entre 2009 e 2015, houve um declínio de 6% na taxa de repetência escolar no Brasil, observado principalmente entre os alunos do ensino médio.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Chapecoense: Campeón Copa Sudamericana 2016.


Brazillionaires - The Godfathers of Modern Brazil: Alex Cuadros.


Um dos melhores livros de 2016 segundo o Financial Times, bem que poderia ser lançado no Brasil.  

Paulo Rabello de Castro: Crescer 1% em 2017 é claramente insuficiente.

Paulo Rabello de Castro, economista e presidenmte do IBGE, em excelente entrevista na Folha de S. Paulo de hoje:

risco de sairmos da recessão e ficarmos presos a uma estagnação?
Esse risco é visível a olho nu. O desafio é enorme. São dificuldades internacionais e domésticas. Portanto, minha torcida pela saída da recessão fica só no plano estatístico. Porque, se crescermos 1% em 2017, provavelmente teremos um ou dois trimestres positivos no fim do ano. Isso ensejará a saída estatística da recessão, mas não agradará, porque a resposta em termos de emprego e renda vai ser muito fraca.
Crescer 1% em 2017 é claramente insuficiente. Ficará para 2018 o hercúleo trabalho de, aí sim, demonstrar números mais parecidos com uma recuperação.

Na íntegra:


Boletim Focus: E o PIB 2016 vai desabando...

No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado revisou nova queda para o PIB de 2017, que cresceria apenas 0,80%.

Previsões de inflação e Selic também em tendência de queda!

Em síntese, para 2016

PIB: ajustou a queda de 3,49% para 3,43%;
Inflação: IPCA em leve baixa de 6,72% para 6,69%;
Dólar: manteve-se em R$ 3,35;

Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Piauí: O show de Trump - Dezembro/2016


Estatística - Charles Wheelan.


Papa Francisco e o Fórum Social Fortune-Time: "Criar um novo pacto social e modelos econômicos."

O Papa iniciou seu discurso aos presentes, partindo do tema que abordaram nestes dois dias de trabalhos: “O desafio do século XXI: criar um novo pacto social”.
Trata-se de um tema bastante oportuno, disse Francisco, que visa a necessidade urgente de modelos econômicos mais inclusivos e justos:
“O mais se requer, no momento, não é um novo acordo social abstrato, mas ideias concretas e ações eficazes em prol de todos, em resposta às prementes questões do nosso tempo”. Agradeço-lhes pelo que estão fazendo para promover a centralidade da dignidade da pessoa humana no âmbito das instituições e da economia e para atrair a atenção para a chaga dos pobres e refugiados, muitas vezes esquecidos pela sociedade”.
“Quando ignoramos o grito de tantos nossos irmãos e irmãs no mundo, afirmou o Papa , não só negamos os seus direitos e valores recebidos de Deus, mas também rejeitamos a sua sabedoria e talentos, tradições e culturas”. Esta atitude faz aumentar o sofrimento dos pobres e marginalizados e nós mesmos nos tornamos mais pobres, não só materialmente, mas moral e espiritualmente:
O nosso mundo, hoje, é marcado por grande inquietação. A desigualdade entre os povos continua a aumentar e muitas comunidades são atingidas pela guerra, pobreza ou crescente número de migrantes e refugiados. Apesar disso, estamos vivendo um momento de esperança”.
A própria presença dos empresários aqui, hoje, constatou Francisco, é sinal de esperança, ao reconhecer os problemas e agir com decisão. Esta estratégia de renovação, porém, requer uma conversão institucional e pessoal, uma mudança de coração. Tal renovação fundamental não deve se referir apenas à economia de mercado:
“Estamos falando do bem comum da humanidade, do direito de cada pessoa de participar dos recursos deste mundo e de ter a oportunidade de realizar as suas potencialidades, que se baseiam na dignidade dos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança”.
Na conclusão do seu discurso, Francisco reafirmou: “Nosso grande desafio é responder aos níveis globais de injustiça promovendo um sentido de responsabilidade local e individual, de modo que ninguém seja excluído da vida social. A renovação, a purificação e a solidez dos modelos econômicos depende da nossa conversão pessoal e generosidade com os necessitados. E o Papa terminou, dizendo:
“Encorajo-os a continuar o trabalho que vocês iniciaram neste Fórum e a buscar meios, cada vez mais criativos, para transformar as instituições e as estruturas econômicas; estejam sempre a serviço da pessoa humana, especialmente dos marginalizados e excluídos, dando-lhes voz, ouvindo as suas histórias e compreendendo as suas necessidades”.
O Santo Padre se despediu dos empresários da Time-Life prometendo-lhes suas orações “para que seus esforços possam produzir muitos frutos”. (MT)
http://www.news.va/pt/news/forum-social-fortune-time-criar-um-novo-pacto-soci

Economia do Nordeste continuou retraída pelo terceiro trimestre consecutivo neste 2016.

Os índices econômicos do Nordeste destacam o desempenho positivo do setor industrial como um início de estabilidade e uma possível retomada de crescimento no setor para a região. A informação é do Banco Central do Brasil (BC), que divulgou ontem, sexta-feira (2), em Salvador, o Boletim Regional, com dados e indicadores econômicos de cada região do país.

A produção industrial da Região Nordeste recuou 0,9% no trimestre encerrado em agosto, após a expansão de 3% no trimestre anterior, índice considerado como positivo no relatório do Banco Central e que pode resultar em possíveis repercussões positivas sobre as demais atividades econômicas do Nordeste, como a agricultura, o comércio e a construção civil, que tiveram desempenho negativo.

Na indústria relatório destacou índices negativos nas atividades de metalurgia e coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis, na Bahia, no entanto, outros dois importantes estados da região no setor industrial - Ceará e Pernambuco - cresceram no trimestre encerrado em agosto.


Apesar do bom desempenho no setor da indústria, a economia do Nordeste continuou retraída pelo terceiro trimestre consecutivo deste ano, interferindo diretamente no comércio, na agricultura e na construção civil. O comércio varejista da região obteve queda de 2,3% no trimestre encerrado em agosto, por exemplo. No mesmo período, o comércio ampliado - relacionado à demanda do consumo das famílias - obteve recuo de 2%.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

VEJA: O golpe duro. E o golpe baixo. - 7 de dezembro de 2016.


IBGE: Produção industrial cai 1,1% entre setembro e outubro/2016.

A produção industrial brasileira registrou redução de 1,1% em outubro deste ano, na comparação com setembro. A queda veio depois de uma alta de 0,5% entre agosto e setembro. Em relação a outubro de 2015, a queda chegou a 7,3%, a trigésima segunda taxa negativa neste tipo de comparação.

Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção da indústria acumula perdas de 7,7% no ano e de 8,4% em 12 meses.

Na passagem de setembro para outubro deste ano, as quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram queda, com destaque para os bens de capital, ou seja, as máquinas e equipamentos (-2,2%). Os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados para o setor produtivo, caíram 1,9%.

Entre os bens de consumo, isto é, os destinados ao consumidor final, os bens duráveis recuaram 1,2%, enquanto os semi e não duráveis caíram 0,8%.

Vinte das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção entre setembro e outubro de 2016, com destaque para os produtos alimentícios (-3,1%), os veículos automotores (-4,5%) e o setor de borracha e plástico (-4,9%).

Apenas quatro atividades industriais tiveram alta na produção: derivados de petróleo e biocombustíveis (1,9%), produtos de minerais não metálicos (1,4%), produtos do fumo (0,9%) e equipamentos de informática e eletrônicos (0,2%).

Edição: Kleber Sampaio
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-12/producao-industrial-cai-11-entre-setembro-e-outubro


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Desculpe, a Odebrecht errou.

A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial.
Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público.
O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos.
Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética.
Não admitiremos que isso se repita.
Por isso, a Odebrecht pede desculpas, inclusive por não ter tomado antes esta iniciativa.
Com a capacidade de gestão e entrega da Odebrecht, reconhecida pelos clientes, a competência e comprometimento dos nossos profissionais e a qualidade dos nossos produtos e serviços, definitivamente, não precisávamos ter cometido esses desvios.
A Odebrecht aprendeu várias lições com os seus erros. E está evoluindo.
Estamos comprometidos, por convicção, a virar essa página.
Compromisso com o futuro
O Compromisso Odebrecht para uma atuação Ética, Íntegra e Transparente já está em vigor e será praticado de forma natural, convicta, responsável e irrestrita em todas as empresas da Odebrecht, sem exceções nem flexibilizações.
Não seremos complacentes.
Este Compromisso é uma demonstração da nossa determinação de mudança:
1.  Combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas, inclusive extorsão e suborno.
2.  Dizer não, com firmeza e determinação, a oportunidades de negócio que conflitem com este Compromisso.
3.  Adotar princípios éticos, íntegros e transparentes no relacionamento com agentes públicos e privados.
4.  Jamais invocar condições culturais ou usuais do mercado como justificativa para ações indevidas.
5.  Assegurar transparência nas informações sobre a Odebrecht, que devem ser precisas, abrangentes e acessíveis e divulgadas de forma regular.
6.  Ter consciência de que desvios de conduta, sejam por ação, omissão ou complacência, agridem a sociedade, ferem as leis e destroem a imagem e a reputação de toda a Odebrecht.
7.  Garantir na Odebrecht, e em toda a cadeia de valor dos Negócios, a prática do Sistema de Conformidade, sempre atualizado com as melhores referências.
8.  Contribuir individual e coletivamente para mudanças necessárias nos mercados e nos ambientes onde possa haver indução a desvios de conduta.
9.  Incorporar nos Programas de Ação dos Integrantes avaliação de desempenho no cumprimento do Sistema de Conformidade.
10.             Ter convicção de que este Compromisso nos manterá no rumo da Sobrevivência, do Crescimento e da Perpetuidade.
A sociedade quer elevar a qualidade das relações entre o poder público e as empresas privadas.
Nós queremos participar dessa ação, junto com outros setores, e mudar as práticas até então vigentes na relação público-privada, que são de conhecimento generalizado. Apoiamos os que defendem mudanças estruturantes que levem governos e empresas a seguir, rigorosamente, padrões éticos e democráticos.
É o nosso Compromisso com o futuro.

É o caminho que escolhemos para voltar a merecer a sua confiança.

Octavio de Barros: Um exemplo de Economista. Parabéns!

Caros Clientes e Amigos,

Faz mais presença em mim o que me falta”, dizia o grande poeta pós-modernista Manoel de Barros.

Estou deixando as responsabilidades que exerci por quase 14 anos como economista-chefe e como diretor do Departamento Econômico do Bradesco. Continuarei colaborando de outras formas com a organização. A partir de janeiro, passo a assumir posição de Consultor Econômico do Banco Bradesco, assessorando a organização em diferentes áreas.

O Bradesco me proporcionou a maior experiência profissional de minha vida. Pude construir, junto com uma valorosa equipe, o maior departamento econômico do setor privado brasileiro. O DEPEC-Bradesco consolidou-se como um departamento de alta projeção e credibilidade nacional e internacional. Conseguimos construir um time coeso, unido, focado na missão definida desde a sua criação. Um time de primeira linha, que certamente continuará a ajudar os clientes e amigos dessa fantástica empresa, que será sempre para mim um exemplo de oportunidades, de ética, de seriedade e de compromisso com os clientes e com o país.

Chegou a hora das novas gerações assumirem as responsabilidades para as quais foram preparadas. Apesar de me sentir tremendamente jovem e ativo, com mais de 40 de vida profissional e acadêmica, as regras estatutárias de limite de idade se aproximaram e precisam ser cumpridas e respeitadas e a renovação de faz necessária. Fernando Honorato Barbosa, brilhante e competente economista, assumirá as responsabilidades pelo Departamento Econômico do Bradesco.

Espero que possamos ainda compartilhar, com todos vocês e por muito tempo, uma estreita cooperação, independentemente de novos desafios que eu possa assumir, como consultor, conselheiro de empresas e palestrante.

Criei o Instituto República, empresa de consultoria/think tank registrada no Brasil e na França (Institut République), cuja finalidade, a partir de janeiro, será a de promover estudos, pesquisas, debates e eventos sobre economia, política e cultura em geral. Breve darei notícias sobre esse tema.

Emocionado, agradeço à minha equipe de economistas e de apoio administrativo que, todos, muito me ajudaram em minha trajetória profissional e intelectual. Sem eles, o DEPEC não seria o que é hoje.
Agradeço, igualmente, à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração do Bradesco, pela estima que sempre demostraram por minha pessoa. Tenham certeza de que o Bradesco é um paradigma ético e modelo empresarial para todo o país.

Há um provérbio alemão que traduz o meu momento atual: “quando nos despedimos, há um olho que chora e outro que sorri”. Choro de nostalgia, por tudo que vivi e pelos amigos conquistados. Sorriso, para a possibilidade de um futuro ainda vibrante.

Abraço a todos e vamos seguir em contato.
Octavio de Barros


Taxa básica de juros (Selic) caiu para 13,75% ao ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem (30) uma nova redução dos juros básicos da economia (Selic), de 0,25% ponto percentual. A taxa, que estava em 14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime.

No mês passado, o comitê também reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em quatro anos.

De acordo com comunicado divulgado pelo BC após a reunião, “a inflação recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais difundida”.

O Copom destaca ainda, entre outros fatores, que as projeções para a inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e se encontram em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado, situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Para 2018, as projeções encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%, nos cenários de referência e mercado, respectivamente. Além disso, na visão do comitê, os passos no processo de aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento.

Principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, a taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a taxa, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.


No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 7,3%. O mercado financeiro já estima um índice menor. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, a inflação oficial fechará o ano em 6,8%.

The Economist: Why a strengthening dollar is bad for the world economy - December 3rd 2016.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Economia brasileira em novembro de 2016!

Neste 30/11/2016 a taxa básica de juros (Selic) caiu de 14% para 13,75%.

No outro lado moeda, o mercado já trabalha com uma retração maior no PIB 2016 para 3,60%.

Para 2017, a estimativa de crescimento do PIB está em ridículos 0,30%.

Que venha então 2018!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Em outubro/16 o déficit primário no acumulado de 12 meses caiu para R$ 137 bilhões.

Impulsionado pelo programa de regularização de ativos no exterior, também conhecido como repatriação, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) obteve em outubro o maior superávit primário mensal da história. No mês passado, o resultado ficou positivo em R$ 40,814 bilhões, superando o recorde de R$ 28,970 bilhões registrado em novembro de 2013.

O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. O resultado positivo de outubro reduziu para R$ 55,821 bilhões o déficit primário (resultado negativo antes do pagamento de juros) nos dez primeiros meses do ano. Mesmo com a melhoria nas contas públicas, o déficit primário continua a ser o maior registrado para o período desde o início da série histórica, em 1997. De janeiro a outubro de 2015, o déficit primário estava em R$ 32,929 bilhões.

No acumulado de 12 meses, o déficit caiu para R$ 137,633 bilhões, voltando a ficar abaixo da meta estipulada para este ano de resultado negativo de R$ 170,5 bilhões. Em agosto e setembro, o déficit acumulado em 12 meses tinha superado a meta para 2016.

De acordo com o Tesouro Nacional, o principal motivo para o superávit primário recorde em outubro foi a repatriação de recursos. Responsável pela arrecadação de R$ 46,823 bilhões de abril a outubro, o programa arrecadou R$ 45,069 bilhões apenas no mês passado. Desse total, R$ 11 bilhões de Imposto de Renda foram repartidos com estados, municípios e fundos regionais nos últimos sete meses, dos quais R$ 9,783 bilhões somente em outubro.

A conta não inclui a divisão da multa da repatriação, que será distribuída aos estados após um acordo fechado esta semana entre a União e os governadores. Em troca da adoção de um programa de ajuste fiscal nos estados e no Distrito Federal, as unidades da Federação poderão receber cerca de R$ 5 bilhões das multas. Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o repasse pode ser feito antes do fim do ano.

Mesmo com os recursos da repatriação, a arrecadação continua em queda por causa da crise econômica. De janeiro a outubro, as receitas líquidas acumulam queda de 2,1%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em relação ao mesmo período do ano passado.

Pressionadas pelos gastos obrigatórios, as despesas totais ficaram estáveis e subiram apenas 0,1% acima do IPCA nos dez primeiros meses do ano. Apenas em outubro, no entanto, os gastos caíram 15,5%, descontado o IPCA em relação a outubro do ano passado por causa do adiantamento do 13° salário a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Os gastos com a Previdência Social subiram 6,5% além da inflação nos dez primeiros meses do ano. As demais despesas obrigatórias, no entanto, caíram 2,1% descontando a inflação, enquanto os gastos com o funcionalismo público acumulam queda real (considerando o IPCA) de 2,4%. Os gastos discricionários (não obrigatórios) caíram 6,8%, descontado o IPCA. As despesas de custeio (gasto com a manutenção da máquina pública) caíram 8% de janeiro a setembro.
Os investimentos – gastos com obras públicas e compra de equipamentos – somaram R$ 41,336 bilhões no acumulado do ano, recuo de 17,4% também considerando a inflação oficial. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) totalizaram R$ 28,941 bilhões, queda de 18,8% descontada a inflação.

Os investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 5,275 bilhões, retração real de 57,5%. A queda deve-se principalmente à autorização para que a construção dos imóveis para a população de baixa renda seja financiada com recursos do FGTS, que passou a valer neste ano e diminuiu o uso de recursos do Orçamento no programa habitacional.


Edição: Amanda Cieglinski

Newsweek: Le front Trump - Europe could be next - 12/02/16.


The New Yorker: A graça do dinheiro.


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

CAGED: Em outubro/16 o mercado de trabalho perdeu 74.748 empregos.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relativo ao mês de outubro divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (24), mostram que o mercado de trabalho perdeu 74.748 empregos com carteira assinada no período, número bem inferior ao registrado no mesmo mês de 2015, quando foram registrados 169.131 vagas a menos no país. Em relação ao mês anterior houve um recuo de 0,30% no estoque de empregos formais, que alcançou 38.941.234. Esse resultado originou-se de 1.104.431 admissões e de 1.179.179 desligamentos.

No mês, o setor do Comércio apresentou saldo positivo 12.946 vagas de trabalho com carteira assinada, uma alta de 0,14% na comparação com o mês anterior. A recuperação do setor ocorreu principalmente pelo desempenho verificado nos ramos do comércio varejista (+9.578 postos) e atacadista (+2.918 postos). O setor da Indústria de Transformação, porém, apresentou redução de vagas no período analisado (-5.562 postos), mas o segmento registrou crescimento do emprego em três dos doze subsetores que o compõem: a Indústria de produtos alimentícios (+4.256 postos), da Indústria de calçados (+2.182 postos) e da Indústria mecânica (+387 postos). A Construção Civil foi outro setor que apresentou queda, com perda de 33.517 postos de trabalho, um resultado, no entanto, mais favorável que o registrado em outubro do ano passado, quando foram fechadas 49.830 vagas.


Dados regionais – A região Sul apresentou no mês saldo positivo de 3.266 vagas de trabalho, impulsionado pela geração de postos no Rio Grande do Sul, com saldo positivo de 2.386 empregos e Santa Catarina, que gerou 1.267 vagas. O emprego também cresceu nos estados de Alagoas (5.832) e Sergipe (1.932). Nos outros estados houve queda na geração de postos de trabalho, assim como nas outras regiões do país. No Sudeste, onde houve a maior queda, foram perdidos 50.274 postos no mês. 

The Economist: The burning question - November 26th 2016.


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