sexta-feira, 23 de outubro de 2009

FOTO DE UMA FAMÍLIA FELIZ

Uma típica família americana, fotografada pela minha fotógrafa predileta: ANNIE LEIBOVITZ. E um ótimo final de semana para todos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FOLHA ENTREVISTA LULA - ECONOMIA

Eu JURO que quase não acreditei na notícia, mas estava lá na manchete de capa da FOLHA DE S. PAULO de hoje: NO BRASIL, CRISTO TERIA QUE SE ALIAR A JUDAS, DIZ LULA. Realmente, a política tem a cara do nosso governo. Que coisa!!! Imaginem a cena: JESUS ALIADO A JUDAS!!! Ainda bem que JESUS não conheceu BRASÍLIA. Na capita brasileira, realmente TODAS as alianças são possíveis.
Pinçei da FOLHA, algumas questões respondidas por LULA sobre a ECONOMIA. Vamos ler com atenção o nosso Presidente. Afinal, entrevista de LULA é coisa RARA de ser ler...
FOLHA - Com o dólar no patamar de R$ 1,70 e juros ainda altos na comparação com outros países, o sr. não teme viver uma crise cambial em 2010 ou deixar uma bomba-relógio para o sucessor?
LULA - Nunca trabalhei com juros altos tendo como parâmetro outros países.
FOLHA - Mas os juros no Brasil são altos, e o sr. reclama.
LULA - Sei. Mas trabalho na comparação com o que era. Em vez de ficar achando que a calça do outro é apertada, eu vejo a minha de manhã. O Brasil tem a menor taxa de juros de muitas décadas.
FOLHA - A taxa básica não poderia estar menor?
LULA - Poderia. Mas, descontada a inflação, temos 4%, 4,5% de juro real. Há muitas décadas o Brasil não tinha esse prazer. O problema hoje é o spread bancário, que ainda está alto, e o governo tem trabalhado para reduzir.
FOLHA - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), tem uma crítica...
LULA - Deixa eu falar do câmbio. Depois respondo à crítica do Serra, que é menos importante para mim, para você e para o povo brasileiro. O câmbio sempre foi uma preocupação nossa. Se um dia você for presidente da República e sentar naquela cadeira, vai entrar na sua sala uma turma reclamando que o dólar está baixo, porque ele é exportador e está perdendo. Quando sai, entra a turma dos compradores, importadores, que acham que o dólar está maravilhoso, que é preciso manter assim. Aí entra o ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central e dizem que é maravilhoso o dólar baixo porque controla a inflação. Agora, antes que aconteça, uma superentrada de dólares no Brasil, reduzindo muito o valor do dólar em relação ao real, criando problema na balança comercial, e com algumas empresas exportadores tendo problema, nós demos um sinal com o IOF [Imposto sobre Operações Financeiros, que passou a ser cobrado no ingresso de capitais]. Demos um sinal para ver se a gente equilibra.
FOLHA - Especialistas dizem que o IOF será inócuo?
LULA - Se for inócuo, mudamos. Há uma disputa. O setor produtivo totalmente favorável, e o financeiro totalmente contrário. Isso é importante, porque significa que o governo está no caminho do meio, e aí é mais fácil a gente acertar.
FOLHA - A crítica básica do Serra é a seguinte: o Banco Central jogou fora na crise um bilhete premiado, que seria a oportunidade de baixar mais os juros sem custo. Agora, a crise acabou, a taxa está alta, pode ter que aumentar e jogou fora o bilhete premiado?
LULA - Vivi os dois lados. Quando se é oposição, você acha, pensa, acredita. Quando é governo, faz ou não faz. Toma decisão. O Serra participou de um governo oito anos. Tiveram condições de tomar decisões e não tomaram. Obviamente, qualquer um que for presidente, tem o direito de tomar a posição que bem entender. É como jogador bater pênalti. Brincando todo mundo marca gol. Na hora do pega para capar, até pessoas como o Zico e o Sócrates perderam pênalti.
FOLHA - Uma crítica de especialistas e da oposição é o aumento dos gastos públicos no segundo mandato. Além da elevação temporária de gastos na crise, há despesas permanentes que pressionarão o caixa no futuro e tornarão mais difícil baixar os juros. O sr. estaria deixando uma herança maldita.
LULA - As contas do governo nunca estiveram tão boas na história deste país. A política anticíclica na crise fez com que o governo deixasse de arrecadar uma enormidade de dinheiro. Mas é o preço que a gente tem de pagar. Compare o que colocamos de dinheiro na crise, com desoneração, com o que os países ricos tiveram de colocar. Foram trilhões de dólares colocados para ajudar o sistema financeiro, coisa que não precisamos fazer.
FOLHA - Saiu barato?
LULA - Eu acho. Em setembro, recuperamos os empregos que perdemos na crise e muito mais. Vamos chegar a um milhão de empregos no final do ano. Veja o mundo desenvolvido.
FOLHA - Qual é a sua previsão de crescimento do PIB para este ano?
LULA - Positivo, entre 1% e 1% e pouco. Se não houvesse a brecada brusca entre dezembro e janeiro, poderíamos ter crescido 2,5%, 3% com certa tranquilidade. O importante é o sinal para 2010.
FOLHA - Aquela brecada do empresariado sacrificou crescimento econômico?
LULA - O empresário brasileiro foi vítima de uma circunstância. O pânico criado no mundo fez com que todo mundo acordasse de manhã achando que ia acabar o mundo. O pânico precipitou decisões de recuo de setores empresariais. Eu chamei empresários, disse que tínhamos de aproveitar a crise, que tínhamos dinheiro no BNDES, que as empresas com dinheiro em caixa tinham de fazer investimento agora porque, quando a crise acabasse, estaríamos preparados para ocupar outro patamar no mundo. O momento não é de medo, é de investir. Eu jamais demoraria o tanto que foi demorado nos Estados Unidos para salvar a GM.

VIOLÊNCIA SEM GOVERNO - VERGONHA

Um Brasil que se diz preparado para sediar uma Copa do Mundo, uma Olimpíada e ainda quer participar do Conselho de Segurança da ONU, deve primeiro fazer seu dever de casa.
A situação carioca, que é semelhante no país em geral, é um caso de VERGONHA NACIONAL.
Novamente, direto de FORTALEZA, a crítica inteligente do jornal O POVO.

A VALORIZAÇÃO DO REAL É REAL?

Quem diria que um dia o FINANCIAL TIMES publicasse que "um Brasil bem-sucedido terá que conviver com um real forte. O imposto não altera esse fato, mas ajuda a manter a tarefa administrável."
E aí, nosso Mestre SINFRÔNIO, ajuda a entender a situação, diretamente de FORTALEZA, lá do DIÁRIO DO NORDESTE.

domingo, 18 de outubro de 2009

O ESTADO DO PARÁ NAS PÁGINAS DA REVISTA VEJA

É muito triste para um cearense, trabalhador no interior do estado do PARÁ, ler na VEJA desta semana que o presidente da siderúrgica COSIPAR, tenta há UM ANO convencer o governo do PARÁ a cumprir uma ordem de reintegração de posse emitida pela JUSTIÇA e até o momento, NADA FEITO.
Título da matéria: O PARÁ É MESMO TERRA SEM LEI.
Sinceramente, como gostaríamos de ler matérias sobre o nosso PARÁ diferentes dessas. O que devemos fazer para MUDAR com isso de vez? Como um estado tão rico possui indicadores de qualidade de vida tão ruins para à sua população?
Neste caso, acredito que temos que apelar não para o Bispo (afinal, o daqui foi transferido para a cidade do Rio de Janeiro e o sucessor ainda não chegou), mas para a VIRGEM DE NAZARÉ.
Amém.

DÓLAR E GASTOS EM 2010

Esta preocupação nacional, notadamente dos exportadores, pelo câmbio valorizado de R$ 1,70 em média, “não é necessariamente ruim”. E quem fala conhece do assunto: JIM O’NEILL, chefe de pesquisa econômica do banco de investimentos Goldman Sachs alçado à condição de popstar do mercado financeiro global pela criação do termo BRIC (grupo de potências emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Preocupação devemos ter é com os gastos “eleitorais” em 2010, não direcionados para áreas como educação e infraestrutura.

ROUBINI E A SUA VISÃO DO B R I C

Hoje na FOLHA DE S. PAULO, NOURIEL ROUBINI, pergunta: OUTRO BRIC NA PAREDE? Lembramos que o colega economista Nouriel Roubini, que passa a escrever mensalmente na Folha, é professor de economia da Universidade de Nova York e sócio da empresa de consultoria RGE Monitor. É filho de pais iranianos, nasceu na Turquia, mudou-se para Teerã na infância e se naturalizou norte-americano. Concluiu, em 1982, a graduação em economia pela universidade italiana Luigi Bocconi e, em 1988, obteve o doutorado pela Universidade Harvard. Roubini passou a ser reconhecido como um dos analistas econômicos mais importantes do mundo após prever a crise originada nos Estados Unidos. Em setembro de 2006, ele foi o primeiro a afirmar que o estouro da bolha no mercado imobiliário do país levaria os Estados Unidos a uma de suas piores crises na história. O economista defende um controle maior das instituições financeiras. Segundo ele, não se pode esperar que o mercado se regule. Roubini afirma que, se a regulação dos mercados não se intensificar, o ciclo de excessos no crédito vai recomeçar e originar novas crises.

Abaixo, na íntegra, o artigo dele na FOLHA:

A sabedoria dominante raramente sobrevive a um bom teste de desgaste, e poucos testes causaram tanto desgaste como o sofrido pela economia mundial nos últimos 24 meses. Uma temporada de saudável reavaliação parece ter começado, e está lançando nova luz sobre conceitos que prevaleciam na época do boom, como o valor dos mercados opacos, o status intocável dos consumidores norte-americanos e a sabedoria da desregulamentação. Uma das ideias dominantes na era da bolha, que escapou relativamente incólume, porém, é a suposição de que os chamados países Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) ditarão cada vez mais os rumos da economia nos próximos anos. O conceito de Brics, cunhado em um relatório do Goldman Sachs em 2003, não é de todo ruim: já que está 75% correto, apresenta resultados muito melhores do que a maioria dos prognósticos econômicos da era. No entanto, a crise econômica que começou em 2008 expôs um dos quatro países como impostor. Se compararmos diretamente as estatísticas vitais das economias dos Brics, fica dolorosamente evidente que, nas palavras de uma velha brincadeira de "Vila Sésamo", "uma dessas coisas é diferente das outras". A debilidade da economia da Rússia, e dos bancos e empresas altamente endividados do país, em particular, ainda que mascarada nos últimos anos pelos lucros extraordinários propiciados pela alta nos preços do petróleo e do gás natural, foi exposta de maneira gritante quando a economia mundial despencou. Sobrecarregada com uma infraestrutura envelhecida, a Rússia se desqualifica ainda mais devido a políticas disfuncionais e revanchistas e a uma tendência demográfica que aponta para declínio populacional quase terminal. Até mesmo com a modesta recuperação que os preços das commodities apresentaram nos últimos seis meses, o setor de energia da Rússia vem enfrentando quedas de produção nos últimos anos, em parte devido ao medo dos investidores estrangeiros quanto a uma possível expropriação. O fundo soberano de investimento da Rússia, que tem parte importante na sustentação de um modelo econômico que volta a ser cada vez mais centralizado, está esgotando seus recursos rapidamente. Caso as tendências negativas se mantenham, o fundo de reserva russo pode se exaurir. A queda russa, enquanto isso, resultou em uma espécie de brincadeira de salão entre acadêmicos, especialistas em política externa e investidores bem informados, com o objetivo de substituir o país no clube das grandes economias de mercado emergente. Diversos acrônimos foram sugeridos, do elegante Bricet, que acrescentaria a Europa Oriental e a Turquia, a Bricket, envolvendo o grupo anterior e mais a Coreia do Sul; os mais exagerados falam até mesmo em Brimc, com a adição do México à mistura. Em todas essas revisões, a Rússia sobrevive, a despeito de o seu destino econômico estar traçado. Embora a Rússia mantenha o maior arsenal mundial de armas nucleares (ainda que um tanto envelhecidas), bem como o seu assento permanente (e, portanto, poder de veto) no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, o país se encaixaria melhor em uma lista de nações doentes do que na lista dos Brics. Do ponto de vista de potencial e fundamentos econômicos puros, há argumentos muito mais fortes em favor da inclusão da Coreia do Sul, uma potência econômica sofisticada para a qual o principal risco continua a ser o regime de seu gêmeo maligno ao norte, cujo colapso poderia inundar o país de refugiados famintos. O mesmo se aplica à Turquia, que ostenta um setor bancário robusto, um mercado interno próspero, importância crescente na política do Oriente Médio e de energia, integração à Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), candidatura à União Europeia e vínculos com os Estados que lhe são aparentados etnicamente no centro da Ásia. O caso mais convincente talvez seja o da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, que conta com uma classe média em rápida expansão, política democrática relativamente estável e uma economia que se destacou na Ásia a despeito da recessão mundial. Da perspectiva dos Estados Unidos, a Indonésia representa alternativa atraente à Rússia, que até recentemente vinha disputando com a Venezuela a liderança da torcida pelo declínio norte-americano. A Indonésia, além disso, demonstrou poder de resistência não apenas econômico como nacional. A despeito de sua composição étnica diversificada e de seu território composto por uma profusão de ilhas, o país conseguiu deixar rapidamente para trás a ditadura militar e se recuperou dos inúmeros desafios e revezes sofridos, entre os quais a crise financeira asiática de 1997, o tsunami de 2004, a emergência do radicalismo islâmico e suas inquietações internas. Embora a renda per capita indonésia continue baixa, o que importa é o potencial econômico, e quanto a isso o país brilha. A Indonésia depende menos das exportações que seus pares asiáticos (e muito menos que a Rússia), e seus mercados de ativos (madeira, óleo de palma e carvão, em particular) atraíram forte investimento estrangeiro. O governo, em Jacarta, enquanto isso, tomou medidas fortes de combate à corrupção e agiu para remediar os problemas estruturais. Até mesmo as tendências demográficas favorecem a Indonésia, que com seus 230 milhões de habitantes já é o quarto mais populoso país do mundo -e "uma Alemanha" (80 milhões de habitantes) mais populoso que a Rússia. Mas as ideias da moda custam a morrer, e a Rússia agiu de maneira a cimentar o atual conceito dos Brics em forma de realidade irreversível. A ossificação dos Brics como instituição mundial deu um dramático salto em junho, quando os líderes dos quatro países se reuniram (na Rússia, é claro), para a primeira "conferência de cúpula dos Brics". O encontro resultou em uma notável tirada antiamericana, já que cada um dos membros declarou seu desejo de remover o dólar de seu papel como moeda mundial de reserva. Alguns meses antes, os quatro decidiram emitir um comunicado conjunto, antes da reunião de abril do grupo dos 20 (G20), no qual anunciavam sua determinação coletiva de mudar as regras do sistema econômico mundial. No setor privado, proliferaram os fundos de índices Bric, ainda que o Goldman Sachs tenha procurado proteção para sua aposta nos Brics por meio da formulação de um segundo conceito, o "Next 11", ou seja, os próximos 11 (N11). O grupo acrescentaria ao debate Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Coreia do Sul, Turquia e Vietnã. Somados aos quatro países dos Brics, os N11 provavelmente formam um elenco mais lógico e defensável para a "primeira divisão" das economias emergentes. A Rússia rejeita a ideia de demoção, e funcionários do governo norte-americano parecem ter decidido evitar o debate semântico sobre o tema. Ainda assim, não deveria ser surpresa que a Rússia tenha pressionado com tanto vigor pela conferência dos Brics em Ecaterimburgo e bancado a maior parte do custo. Por que correr o risco de ficar exposta cedo demais?

DÓLAR PREJUDICA RE-REELEIÇÃO 2010?

E lá vem a intervenção estatal no livre mercado. Qual será o resultado? Veremos em breve. Por que Henrique Meirelles não permanece no BACEN até o final do governo e, ao mesmo tempo, o governo busca incentivar a produtividade das empresas?
Para isso, contamos com o sensacional SINFRÔNIO, no nosso DIÁRIO DO NORDESTE de FORTALEZA.

A COMPLEXA ECONOMIA E SEUS TEXTOS.

Li a pouco em algum site que a sociedade não tem tempo para a leitura de textos extensos, que deseja ler rapidamente tudo que acontece no mundo, que formamos uma multidão de instantâneos etc. Sorry. A princípio, não é o caso deste blog. Gostamos de publicar artigos de excepcionais colegas, algumas vezes extensos, porém, necessários para a compreensão desta nossa tão complexa ECONOMIA.
E esperamos que sejam bem aproveitados pelos nossos quase dois fiéis leitores.

A ECONOMIA DE TODOS NÓS EM 2009

Direto do FINANCIAL TIMES, um interessante artigo com o título UM ANO HUMILHANTE PARA OS ECONOMISTAS BRIGUENTOS. Precisamos mesmo refletir bastante sobre isso.

Estes são tempos lúgubres para a ciência lúgubre, ou assim prosseguem as queixas. A principal acusação é de que a economia fracassou em prever a crise financeira e tem poucas ideias a respeito de como impedir uma repetição.

Na última segunda-feira (12), o Prêmio Nobel anual de Economia foi concedido pela primeira vez para uma mulher, a americana Elinor Ostrom, compartilhando a glória com o também americano Oliver Williamson (não é tecnicamente um Nobel de fato, mas não vamos entrar neste assunto) e, com ele, uma base proeminente de credibilidade a partir da qual pregar ao mundo. Dado o estado da disciplina, o Nobel realmente deveria ser concedido?
Sendo um economista, eu vou presumir que a resposta seja sim, sem sentir a necessidade de provar. Mas poderia ser de ajuda acompanhar o prêmio com um rebaixamento judicioso da certeza espúria com que os economistas fazem seus pronunciamentos.
Como é compulsório citar John Maynard Keynes pelo menos uma vez em qualquer discussão como esta, vamos logo com isso. Os economistas, disse Keynes, deveriam buscar ser considerados no mesmo patamar que dentistas - pessoas humildes realizando discretamente seu trabalho. Mas não tem sido bem assim.
Nos últimos meses, os cidadãos da econoblogosfera têm assistido com crescente divertimento, ou alarme, um bate-boca entre Paul Krugman (oficialmente conhecido como "o ganhador do Nobel, Paul Krugman"), de Princeton e do "The New York Times", e John Cochrane, da Universidade de Chicago. Cada um é um agente representativo de duas escolas. A primeira, uma abordagem mais keynesiana com uma análise macroeconômica mais abrangente, tende ao ceticismo em relação à eficiência dos mercados e está atualmente pedindo por gastos do governo para ajudar a tirar o mundo da recessão. A segunda, cujas conclusões macroeconômicas estão enraizadas mais proximamente da microeconomia, deposita uma maior confiança nos mercados e é cética em relação a uma política fiscal ativa.

Falando de modo geral, eles são conhecidos respectivamente como economistas "água salgada" e "água doce", devido à preponderância dos primeiros nas academias costeiras americanas - Harvard, Princeton, Berkeley - e os últimos nas universidades próximas dos Grandes Lagos - Chicago, Minnesota, Carnegie-Mellon.
O ataque inicial do prof. Krugman acusou a escola de Chicago de refletir "uma Era das Trevas da macroeconomia, na qual conhecimento arduamente obtido foi esquecido". O contra-ataque do prof. Cochrane comparou o prof. Krugman a um cientista que nega que o HIV causa a Aids ou que considera o aquecimento global um mito.
Curiosamente, o "ex-favorito" para o prêmio Nobel Eugene Fama, de Chicago, é um dos mais novos dentre o pessoal de água doce. Seu trabalho ajudou a popularizar a "hipótese da eficiência do mercado", que, falando de modo geral, defende que os preços dos ativos nos mercados financeiros refletem toda a informação disponível. Essa tese está sob intenso ataque em consequência da crise financeira, e um Nobel para o prof. Fama sem dúvida incitaria ainda mais a controvérsia e transformaria a disputa com o prof. Krugman em uma batalha de laureados.
A abundância de sarcasmo na economia me surpreendeu quando cheguei à matéria via o estudo de história. Os historiadores discordam, de forma frequentemente violenta, mas poucos declarariam que a abordagem de seus oponentes é incontestavelmente errada, ou buscariam se reunir em grupos de acadêmicos de mentalidade semelhante.
As comparações do prof. Cochrane do prof. Krugman a um cientista dissidente são significativas, mas enganadoras. A física e a biologia desenvolveram grandes corpos de conhecimento estabelecido que não é seriamente contestado. Ainda há, é claro, controvérsias acirradas. Mas ninguém está genuinamente tentando derrubar as leis do movimento de Newton.
A economia não tem esperança de decidir de forma definitiva grande parte da matéria, certamente não a esta altura. A matéria é confusamente complexa, assim como relativamente jovem, e grande parte dos dados é incompleto e não confiável.
Insistir que a economia é uma ciência "hard" parece alimentar a virulência do desacordo, já que os oponentes podem ser retratados não apenas como equivocados, mas como ilegítimos. Para constar, eu estou no lado água salgada no que se refere à teoria econômica e as atuais recomendações de políticas. Mas estou disposto a aceitar que possa estar errado.
Não é de desrespeito que a economia precisa: é de uma dose de humildade. E qualquer um que disser o contrário é um idiota.

OS RUMORES DA MORTE DO DÓLAR SEGUNDO MARTIN WOLF SÃO MUITO EXAGERADOS

Conforme prometido anteriormente, leiam abaixo o artigo do MARTIN WOLF “BOATOS SOBRE A MORTE DO DÓLAR”, direto do FINANCIAL TIMES.

É a temporada do pânico quanto ao dólar. E os responsáveis pela propagação do pânico são muitos: os investidores em ouro, os proponentes da linha dura fiscal e muitos outros observadores que parecem concordar em que o dólar está em seu leito de morte. Um colapso hiperinflacionário está à espera. Será que isso faz sentido? Não. Mesmo assim, o sistema monetário mundial baseado no dólar apresenta defeitos. Seria bom começar a construir arranjos alternativos. Deveríamos começar pelo que não está acontecendo. No pânico recente, as crianças correram na direção da mãe, ainda que os erros desta tenham boa parte da responsabilidade pela crise. O dólar subiu 20% entre julho de 2008 e março deste ano. Desde então, perdeu boa parte de seus ganhos. Assim, a queda do dólar é um indicador de sucesso, e não de fracasso.
Será que podemos encontrar sinais mais profundos de que o mundo está abandonando a moeda norte-americana? Um indicador muito apreciado é o preço do ouro, que registra alta de 400% desde o começo de 2000. Mas esse preço é um indicador dúbio quanto aos riscos inflacionários: seu pico anterior foi atingido em janeiro de 1980, pouco antes de a inflação ser derrotada.
O preço mais alto do ouro reflete medo, e não fatos. E esse medo não é generalizado. O governo dos EUA tem a capacidade de tomar empréstimos com prazo de 30 anos a juros de 4,2% ao ano, e com prazo de 10 anos a 3,4%. Durante a crise, as expectativas inflacionárias indicadas pela disparidade entre os rendimentos de títulos convencionais e títulos com correção monetária desabaram. Desde então, recuperaram parte do terreno perdido, o que representa mais um sinal de sucesso para a política econômica. Mas ainda assim continuam abaixo do nível anterior à crise. O perigo imediato, dada a capacidade de produção excedente existente no mundo e nos EUA, é de deflação, não de inflação.
A correção do dólar é não só natural como benéfica. Reduzirá o risco de deflação nos EUA e facilitará a correção dos "desequilíbrios" mundiais que ajudaram a causar a crise. O que poderia substituir o dólar?
A menos que, e até que, a China revogue seus controles cambiais e desenvolva mercados financeiros profundos e de grande liquidez, o que provavelmente demorará uma geração, o euro é o único concorrente sério para o dólar. No momento, 65% das reservas cambiais mundiais estão em dólares e 25% em euros. Sim, é possível que haja algum avanço da moeda europeia. Mas é provável que seja lento. A zona do euro também sofre de altos deficit fiscais e dívidas públicas. O dólar, com certeza, continuará a existir dentro de 30 anos; o destino do euro é menos seguro.
É nesse ponto que convergem as preocupações quanto à estabilidade monetária dos EUA e o papel externo do dólar. Uma recomendação comum, quanto ao primeiro fator, é tanto preservar a independência do Fed quanto garantir a solvência fiscal em longo prazo. Se crescer o medo de que qualquer uma dessas coisas, ou, pior, ambas, estejam em perigo, a preocupação pode bastar para causar uma crise. O dólar poderia despencar, e as taxas de juros de longo prazo disparariam. Em uma crise como essa, seria perfeitamente possível temer um Fed menos independente se vendo forçado a adquirir títulos de dívida pública. E isso aceleraria a fuga ao dólar.
O papel mundial do dólar não serve aos melhores interesses dos EUA.
Os argumentos em favor de um sistema diferente são muito fortes. Isso não acontece porque o papel do dólar esteja em risco, hoje, mas sim porque ele prejudica a estabilidade interna e mundial. A hora de buscar alternativas é agora.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

JOCÉLIO LEAL DIRETO DE FORTALEZA

Quando morava em Fortaleza e lia diariamente o jornal O POVO, JOCÉLIO LEAL era uma das minhas primeiras leituras. Mesmo atualmente morando no interior da selva amazônica, sempre que posso acesso a coluna do JOCÉLIO e ficamos sabendo de TUDO que acontece na ECONOMIA cearense. Com vocês, um pouco da linguagem do nosso estimado colega, na edição de hoje.

“Agora demorou, mas parece que o Brasil está começando a se tornar um País capitalista. O conceito internacional cresceu e os investimentos internacionais idem. Ao tempo em que sobe a participação de fundos estrangeiros, decola também a indústria deste setor no País. Private Equith e Venture Capital avançam e levam junto a economia brasileira ao abrir um cardápio importante para o mercado de capitais. Os Fundos de Private Equith e Venture Capital captaram de investidores institucionais (fundos de pensão, fundos soberanos de governo, instituições financeiras, seguradoras, pessoas físicas e investidores internacionais) expressivos US$ 26,6 bilhões há um ano. Do total, US$ 11 bilhões ainda disponíveis para novos investimentos. Para os anos vindouros falam em mais R$ 20 bilhões.
O cenário justifica e muito o tema da quinta edição do Encontro Regional dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais. A Apimec Nordeste retoma a agenda de 10 anos atrás, no I Seminário Capital Empreendedor do Nordeste (são bienais). Junto com o encontro, promove seminário sobre Capital Empreendedor. Hoje e amanhã no BNB do Passaré (www.apimecne.com.br). A abertura é às 9 da manhã.”

O DÓLAR É MESMO MOEDA FORTE?

Até onde irá a cotação do dólar? Amanhã, o comentário de MARTIN WOLF, direto do FINANCIAL TIMES sobre a AINDA poderosa moeda.
Pelos menos enquanto estivermos por esta TERRA, não acredito que teremos uma moeda como o US$.
China? União Européia? Brasil?
Esse pessoal ainda tem muito a fazer...

FERNANDA MONTENEGRO - 80 ANOS

Adicionar imagem
Este blog, aqui direto da selva amazônica, rende suas homenagens a nossa maior atriz, na comemoração de seus 80 anos.
PARABÉNS A EXCEPCIONAL FERNANDA MONTENEGRO.
Afinal, ECONOMIA também é CULTURA.

O BRASIL E AS PRIVATIZAÇÕES - 2010 CHEGANDO...

Para quem AINDA é contra as privatizações no governo FHC, leio na FOLHA de hoje que no caso da VALE, "o governo reinvoca um suposto interesse nacional para legitimar a tentativa de convertê-la em instrumento político. A empresa sob ataque especulativo da sanha estatizante é, porém, caso exemplar de privatização bem-sucedida.
Em 1997, quando foi privatizada, a Vale tinha cerca de 10 mil empregados; hoje conta com 60 mil - soa como mero pretexto, portanto, que o Planalto tome cerca de 4 mil demissões recentes na empresa, por conta da crise mundial, para desestabilizar sua direção. Seu valor de mercado passou de US$ 8 bilhões para US$ 125 bilhões. O lucro líquido foi multiplicado por 29.
Se há algo que o governo deveria fazer em relação à Vale é retirar, complemente, seus tentáculos da mineradora".
Por que será que o governo quer retomar a VALE para seus domínios? Alguma dúvida?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SUPERFREAKONOMICS - O RETORNO

Para quem leu FREAKONOMICS e aprendeu divertindo-se OU divertindo-se aprendeu ECONOMIA, aguardamos o retorno do SUPERFREAKONOMICS, do colega STEVEN LEVITT e do jornalista STEPHEN DUBNER, lançamento nos Estados Unidos dia 20 próximo. (Esperamos em breve por aqui, neste país abençoado por DEUS e bonito por natureza).
Para termos uma ideia do sucesso que foi o livro anterior: com vendas superiores a 4.000.000 de exemplares e tradução para mais de 35 idiomas, tornou-se o livro de ECONOMIA mais popular da história.
Esperamos que o novo livro seja tão bom ou melhor do que o primeiro e que o merecido SUCESSO continue. Afinal, ECONOMIA é tudo. Ou nada! Depende...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

IMPOSTO DE RENDA - VOCÊ JÁ RECEBEU?

Direto da bela cidade de Fortaleza, lá do nosso jornal O POVO, uma imagem que demonstra a personalidade de um governo generoso com a sua própria política e esquecido de quem efetivamente paga o pato, quero dizer, a conta.

PARA FUGIR DO DR. EINSTEIN SOMENTE LENDO ALEXANDRE SCHWARTSMAN

Sou leitor do ALEXANDRE SCHWARTSMAN tanto na Folha de S. Paulo, quando no seu blog. Economista-Chefe do Grupo Santander Brasil, doutor em Economia pela Universidade da Califórnia e ex-Diretor do Banco Central, tudo isso é importante mesmo, MAS o colega e mestre tem a facilidade e a inteligência de escrever de maneira agradável e didática, assuntos que em outras mãos teriam um resultado ácido. Para completar, o tema de hoje é aquele que estou buscando uma visão de futuro: o quase ainda todo poderoso US$. Por isso tenho o prazer de divulgar no meu blog, para os meus quase dois leitores, sua coluna de hoje.

E uma excelente leitura a todos.

Dizia EINSTEIN que a definição de insanidade consiste em fazer as mesmas coisas, do mesmo jeito, e esperar que os resultados sejam diferentes. Lembrei-me disso ao ler artigo publicado na semana passada acerca da possibilidade de o Tesouro passar a intervir no mercado cambial com o objetivo de evitar a apreciação do câmbio. Visto que a intervenção ocorreria da mesma forma que a praticada pelo Banco Central, se há quem espere um resultado distinto, o dr. Einstein não se furtaria a alguns minutos de conversa e um bela dose de haloperidol. Vamos entender o porquê.

Ao adquirir dólares, o BC deposita reais na conta do banco vendedor, que não deixa esses recursos ociosos, mas tenta emprestá-los, trocando-os por títulos públicos, levando assim à queda da taxa de juros. Entretanto, como o BC tem uma meta para a taxa Selic, fixada pelo Copom, ele está comprometido a tomar e a emprestar recursos ao mercado àquela taxa (hoje, 8,75% ao ano). Assim, caso a taxa de juros caia abaixo da meta, o banco sempre pode optar por emprestar o dinheiro ao BC a 8,75%, na prática comprando dele títulos públicos presentes em sua carteira, reduzindo assim a liquidez.

Isso ocorreria até que a taxa de juros de mercado voltasse a ficar igual à meta da Selic, ou seja, quando toda a moeda criada pela compra de dólares fosse reabsorvida pelo BC. Essa forma de intervenção, caracterizada pelo "enxugamento" da liquidez criada pela compra de moeda estrangeira, é chamada de "esterilizada", pois o BC torna os reais "estéreis" (no sentido bíblico do termo) ao trazê-los de volta para seu cofre.

Agindo dessa forma, o BC consegue comprar dólares sem pôr em risco a meta para a inflação. Não consegue, contudo, evitar a apreciação cambial. Poderia fazê-lo se optasse por não enxugar os reais emitidos para adquirir moeda estrangeira, mas, nessa hipótese, não teria como perseguir a meta de inflação.

Ou pelo menos era o que se pensava até economistas (?) pátrios descobrirem a pedra filosofal, afirmando que caso fosse o Tesouro a comprar os dólares, não haveria criação de liquidez. Assim o Banco Central poderia ainda buscar a meta de inflação e a moeda se desvalorizaria. Esse raciocínio (se é que podemos assim chamá-lo) perde de vista que o Tesouro tem que obter os recursos para comprar dólares de apenas três fontes. Ele poderia, por exemplo, sacar reais da Conta Única que mantém no BC, mas isso criaria liquidez adicional que, se não enxugada, ameaçaria a meta de inflação, replicando rigorosamente a situação acima descrita.
Alternativamente, o Tesouro emitiria títulos, receberia os reais e os usaria para comprar dólares. Bastam, porém, dois neurônios para concluir que se trata da mesma operação anterior, exceto que a venda de títulos agora precede a compra de dólares; quer dizer, em ambos os casos, faríamos a mesma coisa, do mesmo jeito. Apenas na ausência de haloperidol pode-se imaginar que isso traria algum resultado diferente do que obtemos hoje.

Resta a terceira alternativa: o aumento do superavit primário para comprar dólares. Nesse caso, não haveria criação de liquidez e as compras poderiam desvalorizar a moeda. Isso, todavia, ocorreria mesmo sem a compra de dólares, pois o superavit maior levaria à queda da taxa de juros necessária para se atingir a meta de inflação. Ou seja, se alguém quer enfraquecer o real, basta adotar política fiscal oposta à que temos posto em prática. É mais eficiente do que pôr duas instituições governamentais batendo cabeça no mercado de câmbio e, principalmente, evitaria a visita ao dr. Einstein.
Visitem e aproveitem bastante o endereço http://www.maovisivel.blogspot.com/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

AINDA SOBRE O NOBEL DE ECONOMIA 2009

Direto da Folha de S. Paulo de hoje, Toni Sciarretta explica que “No ano da crise macro, prêmio vai para o micro”. E como tínhamos postado antes da premiação, acertamos ao afirmar que o prêmio seria mais técnico do que político.

No ano da maior crise financeira desde 1929, seria esperado que o Prêmio Nobel fosse para algum trabalho que ajudasse a compreender melhor as forças de mercado que levam o mundo, de tempos em tempos, para o colapso. Em vez disso, a academia laureou pesquisas talvez menos ambiciosas, mas não menos importantes, que focam o papel de empresas e indivíduos - particular e coletivamente - na crise e seus mecanismos internos para se manterem no jogo do mercado.

Segundo analistas, o prêmio foi uma vitória do mundo real e das pessoas comuns sobre o fundamentalismo de mercado, que apregoa a busca da eficiência e a tendência de equilíbrio de preços, mas que não impede a instalação do caos.S

Discute aspectos de regulação e de autorregulação a partir dos interesses de cada agente. Mostra que, independentemente dos governos, pessoas, empresas e sociedade procuram caminhos para resolver seus problemas. E isso não significa que independem da ação dos reguladores, mas que a complementam.

No caso, a cientista política Elinor Ostrom foi a campo pesquisar como comunidades locais convivem com recursos naturais finitos, como lagos e florestas, que despertam cobiças e interesses divergentes, mas sem degradá-lo. Descobriu que, ao contrário do que prega a economia tradicional, que vê um caminho nítido para a destruição, as comunidades conseguem organizar certas regras de convivência para preservar o interesse comum. Acabam sendo mais eficientes do que se tivessem sob uma regulação forte. Oliver Williamson buscou explicação na institucionalização de regras e governança das empresas, como forma de mitigar conflitos e riscos diversos. "[O prêmio] Muda o foco para a microeconomia e sai das discussões de política econômica. Volta-se para aqueles que têm uma menor exposição, por ter menos interferência no debate da política econômica", disse Lauro Gonzalez, professor de microeconomia da FGV.

Para Alexandre Di Miceli, coordenador do Centro de Estudos em Governança Corporativa da Fipecafi, a academia procurou nos últimos anos premiar contribuições de outras áreas, como psicologia e ciências sociais, que complementem à teoria econômica clássica. "Economia não é matemática. O ser humano tem uma racionalidade limitada. Tudo isso que estamos vendo [na crise] tem a ver com conflito de interesses, tomada de decisões irracionais, vontade apenas de maximizar o bem-estar de curto prazo, e não de longo prazo. Esses trabalhos discutem isso."

O economista Paul Krugman, que levou o Nobel no ano passado, escreveu em seu blog que a premiação é um reconhecimento da importância da economia institucional moderna. "Se o objetivo é entender a criação de instituições econômicas, é crucial ficar atento que há mais variedade nas instituições, uma gama enorme de estratégias que funcionam, do que simplificar a divisão binária entre indivíduos e empresas. O prêmio é também uma lembrança feliz de que a maior parte da profissão não diz respeito só a macroguerras."

"Nós estivemos muito presos aos mercados eficientes e isso estava descarrilando nosso pensamento", escreveu Robert Shiller, professor da Universidade Yale, em blog.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

NOBEL DE ECONOMIA 2010 - USA

Para quem AINDA pensa que tudo está perdido no mundo capitalista, esta eu li a pouco no The New York Times:

Two Americans Share Nobel in Economics.

Parabéns aos laureados e que DEUS continue abençoando a América.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...