domingo, 23 de agosto de 2009

DOMINGÃO COM JORNAIS DO DIA

Este é um domingo especial. Afinal, aqui nesta parte da floresta amazônica AINDA não devastada pelo ser humano, não é todo domingo que recebo, diretamente de São Paulo, os pesos pesados FOLHA e ESTADÃO, edições completas. Agradecimento especial ao leitor deste blog e também morador destas paragens, que não esqueceu do amigo e trouxe esse presentaço. Afinal, entre ler os mesmos jornais pela internet e tê-los em mãos, existe uma diferença muito grande.
Então, como escreveu hoje o nosso incrível JOSÉ SIMÃO, meu caro leitor, você sabe a diferença entre a eleição no Brasil e no Afeganistão? É que no Afeganistão o homem-bomba explode antes...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PREVISÕES ECONÔMICAS E A TEORIA DE ROSSI

CLÓVIS ROSSI é jornalista das antigas e escreve diariamente uma coluna na Folha de S. Paulo. Lamentavelmente, em 19/08/09, escreveu algo que deve aborrecer todo economista econometrista. Economia não é uma ciência exata caro Rossi e, previsões, podem não se realizar. Afinal, você bem sabe, como na política, palavras também não se realizam quando prometidas pelo político. Então, cada coisa é uma coisa e nada de misturar alhos com bugalhos.

Previsões, o balão e a Apolo 11

SÃO PAULO - Por fim aparece um economista com coragem e sinceridade suficiente para dizer que previsões sobre desempenho econômico são tão científicas quanto jogar búzios ou ler a mão.
O economista em questão, Aquiles Mosca, estrategista de investimentos pessoais do Santander Asset Management, prefere escrever que "há uma nítida assimetria entre nossa habilidade de explicar o passado e nossa capacidade de prever o futuro" (artigo para o "Valor Econômico", ontem publicado).
Mosca vai muito além dessa frase comedida: conta que as projeções de mercado, reproduzidas no boletim "Focus" do Banco Central, erram feio sistematicamente.
Escreve Mosca: "Uma rápida olhada na diferença entre as previsões feitas 12 meses atrás e os valores efetivamente observados para essas variáveis [PIB, inflação, juros reais e nominais e câmbio] revelam erros significativos, entre 40% e 12%. Além disso, para juros nominais e reais, a média das expectativas dos especialistas foi incapaz sequer de prever a direção em que elas iriam se deslocar" (os juros caíram, em vez de subir).
Atenção, não se trata de erro por incompetência ou impossibilidade real de adivinhar o futuro, adverte o economista do Santander. Diz: "A oportunidade de ganhos está em antecipar o que os demais ainda não veem (...) e em traduzir isso em posicionamentos nos ativos certos, na "ponta" certa (comprado ou vendido) antes que os demais o façam".
Traduzindo: apostam numa direção e fazem previsões para ajudar a aposta a dar certo.
Sempre segundo Mosca: "Se a Nasa precisasse contar com a precisão das previsões do boletim "Focus", o voo da Apolo 11 provavelmente não teria alcançado a altura de um balão de festa junina".
Pois é. E nós, jornalistas, vamos continuar a dizer, acriticamente, que o balão de festa junina é uma Apolo 11?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A IMAGEM DA SEMANA CONTINUA POLÍTICA

Neste quase início de final de semana, novamente SINFRÔNIO, lá no nosso DIÁRIO DO NORDESTE, em Fortaleza-CE, traz no seu traço o que pensa a minoria da população brasileira.

PREVISÃO PIB 2009 - QUEM ACERTA?

Da coluna do JOELMIR BETING de hoje, ele recomenda: "Façam suas apostas, senhores. O resultado será conhecido no próximo dia 11 de setembro, quando o IBGE divulgar seu cálculo sobre o desempenho do PIB no segundo trimestre deste ano.
Para Guido Mantega, ministro da Fazenda, o crescimento do PIB neste segundo trimestre deve ter sido de 1,60% a 1,70% sobre o primeiro trimestre.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, espera crescimento de 2,50% a 2,80% no segundo trimestre do ano.
Para Luciano Coutinho, presidente do BNDES, o PIB vai avançar entre 3% e 4% no último trimestre deste ano - e, para isso, o banco vai ajudar, liberando entre R$ 130 bi e R$ 135 bi de janeiro a dezembro, bem mais que os R$ 92 bi de 2008.
Para a Febraban, entidade dos bancos, o PIB fecha este ano em queda de 0,10% e se recupera no próximo, crescendo 3,7%.
No Focus, relatório semanal do Banco Central reunindo opinião de analistas de uma centena de instituições financeiras, a queda vai ser maior, -0,34% este ano, e o crescimento maior no próximo, de 3,8%".
EU já apostei com o nosso Controller meses atrás e continuo afirmando que 2009 fechará entre negativo a até 0,9%. Depois veremos quem tem razão.

FRASES PARA PENSAR HOJE E SEMPRE

Direto do blog http://novoleitedepato.blogspot.com/ uma frase imperdível: "Um comunista é alguém que leu Marx e Lenin. Um anticomunista é alguém que leu Marx e Lenin e entendeu."

sábado, 15 de agosto de 2009

MULHERES APAIXONADAS? E NÃO É NOVELA.

Direto do nosso DIÁRIO DO NORDESTE, da minha FORTALEZA-CE, o traço do mestre SINFRÔNIO nestes políticos dias de mulheres não tão nobres com a ética.
E 2010 ainda nem chegou...

ROBERTO CAMPOS E O CELULAR

Para quem não agüenta a falta de educação de incertas pessoas na utilização do celular, recordo do grande colega e mestre ROBERTO CAMPOS, que comentava: “O celular faz mal para a masculinidade: é cada vez menor, anda sempre dobrado, cai a ligação várias vezes e não funciona quando entra no túnel.

LULA COMPANHEIRO E ECONOMISTA

Ali Kamel, do grupo GLOBO lança seu mais novo livro Dicionário Lula – Um Presidente Exposto por Suas Próprias Palavras (Nova Fronteira; 59,90 reais - 672 páginas). Num trabalho de pesquisa magnífico, o jornalista Ali Kamel reúne as falas do presidente. É o verbo a espelhar o homem.
Das várias frases, uma é meu destaque neste início de final de semana:
Diploma de economia é algo que Lula gostaria de ter: Lamento profundamente não ter tido um diploma universitário, lamento. Não digo isso com orgulho, não, gostaria de ter. Até gostaria de ser economista, viu, Aloizio (Mercadante, senador pelo PT de São Paulo)? Veja que coisa. Até gostaria de ser economista, não fui.
Dito isso em junho de 2006.
Lula, ainda tens tempo de estudar Economia. Em 2010...
Tenha certeza que farás uma ótima escolha.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ECONOMIA: GOVERNO E FACULDADES

Rogério Gentile, na Folha de S. Paulo, expõe um assunto que interessa a todos, principalmente na área da academia. Trata-se do “O socorro financeiro do governo Lula, via BNDES, às faculdades particulares é umas daquelas histórias típicas do "vai levando" brasileiro, em que um erro se sobrepõe a outro e um apuro privado vira uma fatura coletiva.
Não foi a crise mundial que "quebrou" as faculdades. O problema é anterior, causado pelo crescimento desenfreado do setor, inflado por quem não tinha fôlego para tanto.
Entre 2004 e 2007, a rede particular ampliou em 482,7 mil o número de vagas no vestibular, mas a quantidade de alunos ingressantes no ensino superior aumentou em apenas 167,6 mil. Assim, sem demanda, não há negócio que resista.
O pior é que o sistema engordou, sobretudo, no quarto dos fundos, com instituições de péssima qualidade e muitos cursos para carreiras já saturadas -direito, por exemplo.
Por conveniência política, o Ministério da Educação fechou os olhos para esse crescimento -mesmo sabendo que o ensino médio vinha diminuindo de tamanho (9,1 milhões de estudantes em 2004 para 8,2 milhões em 2007, em decorrência da evasão escolar e do envelhecimento da população).
Em vez de impor exigências prévias e rígidas para garantir a qualidade dos novos cursos nas universidades e tentar direcioná-los para as áreas nas quais o mercado de trabalho é carente (engenharia, física etc.), o governo priorizou as estatísticas -situação, vale ressaltar, que ocorre desde FHC.
Claro, enche o peito de qualquer político poder dizer que mais brasileiros estão na faculdade e coisa e tal. O duro é fazer isso com responsabilidade. O resultado está aí: centenas de instituições com o pires na mão e milhares de jovens iludidos, com diplomas de baixa serventia.
E a situação não deve melhorar: a tal linha de crédito de R$ 1 bilhão do BNDES praticamente não distingue o ensino sério do picareta -instituições que possuam cursos considerados ruins pelo próprio governo federal também terão direito de abocanhar uma parte".

domingo, 9 de agosto de 2009

13 DE AGOSTO - DIA DO ECONOMISTA

Aproxima-se o dia 13 de agosto, Dia do Economista e os diversos Conselhos Regionais de Economia promovem diversas atividades para comemorar esta data tão importante para a categoria. Aqui no estado do Pará, o nosso CORECON programou uma série de eventos que serão realizados neste momento em que a profissão de Economista completa 58 anos de regulamentação! PARABÉNS A TODOS OS COLEGAS.

11 de agosto 18h00 - Lançamento do livro As Amazônias do Século XXI Sergio Rivero e Frederico G. Jayme Jr. (org.) 19h00 - Painel: A atividade florestal Moderador: Edson Roffé Borges (FENECON) Painelistas: João Carlos Matos (Beraca S. Ltda) Raimunda Monteiro (IDEFLOR) Deryck Martins (AIMEX)

12 de agosto 19h00 - Painel: A atividade mineral Moderador: Kátia Esteves da Rocha (SINDECON-PA) Painelistas: Iloé de Azevedo (APGAM) André Dillon Reis (IBRAM)

13 de agosto 19h00 - Painel: A atividade agropecuária Moderador: João Tertuliano de A. Lins Neto Painelistas: Cássio Alves Pereira (SAGRI) Antônio C. de Santana (UFRA)

Entrega do Prêmio de Monografia Prof. Armando Corrêa Pinto 2009 Presidente da Mesa: Sergio Roberto Bacury de Lira

Local: Auditório da Casa do Economista R. Jerônimo Pimentel, 918 - Umarizal.

DA SÉRIE: TEXTOS INTERESSANTES - YOSHIAKI NAKANO

Mais, do melhor da Economia, para o nosso domingo, um artigo do nosso colega YOSHIAKI NAKANO, também diretor da nossa FGV, no ESTADÃO, com o sugestivo nome: CÂMBIO MATA.

"Inflação aleija, câmbio mata" - alerta de Mario Henrique Simonsen que continua válido para o grupo de países dependentes de condições internacionais para seu crescimento. São dependentes porque não conseguem traçar a própria trajetória; têm horizonte temporal curto, portanto não planejam a longo prazo, privilegiando sempre o consumo imediato em detrimento da poupança, ou seja, investimento com recursos próprios. Incorrem em déficits em transações correntes, endividamento externo e crises de balanço de pagamento, interrompendo repetidamente o seu crescimento. Com essa nova apreciação excessiva da taxa de câmbio, cabe alertar: por que mata o crescimento?
Parece fora de propósito falar em crise de balanço de endividamento externo e de balanço de pagamento quando o Brasil tem mais de US$ 200 bilhões de reserva cambial, a situação das contas externas é boa e o risco Brasil está num nível muito baixo. Mas o Brasil ainda não tem a característica fundamental de países que crescem persistentemente para alcançar os países desenvolvidos: horizonte temporal longo para tomada de decisões de política econômica. Não respeitamos ensinamentos básicos da teoria econômica: para crescer é preciso elevadas taxas de investimento e poupança.
Países que crescem persistentemente privilegiam os investimentos que ampliam a capacidade produtiva em vez do consumo imediato; as exportações diversificadas de manufaturados para construir uma estrutura produtiva moderna, enfrentando os próprios países desenvolvidos, e poder importar bens de capital para trazer o conhecimento e a fronteira tecnológica para o país sem se endividar. A taxa de câmbio mata esse processo porque é o preço-chave nessas economias.
A taxa real de câmbio define a escala de comparação entre os preços de todos os produtos nacionais em relação aos do resto do mundo. País que privilegia o consumo imediato prefere câmbio apreciado, pois os importados ficam mais baratos relativamente aos nacionais. Taxa de câmbio determina preços relativos macroeconômicos que definem a alocação de recursos ("tradables" x "non-tradables"), a distribuição de renda (lucro x salário, ou seja, poupança x consumo) e a demanda agregada (tirar proveito ou não da ampla e elástica demanda externa).
A taxa nominal de câmbio é preço de um ativo financeiro, a moeda nacional - assim é âncora nominal do sistema de preços e afeta a inflação tanto via custos como canal de transmissão da política monetária, e pode ser usado também para controlar as expectativas no mercado.
Assim, permitir a apreciação e a flutuação excessiva da taxa de câmbio é uma escolha entre consumo imediato ou crescimento; entre importar e transferir emprego para o exterior ou construir uma estrutura produtiva nacional competitiva e gerar emprego no país; entre flutuações na taxa de inflação ou estabilidade de preços; entre ganho imediato e único no salário real ou aumento contínuo nos salários acompanhado de aumento de produtividade; entre especulação, falso e momentâneo fortalecimento da moeda nacional (ancorado nos ciclos de fluxo de capitais) e instabilidade ou estabilidade no mercado financeiro e fortalecimento da moeda ancorado nos fundamentos (sistemáticos superávits transações correntes).

DA SÉRIE: TEXTOS INTERESSANTES - PEDRO MALAN

Hoje, para iniciar o nosso domingo, DIA DOS PAIS, um artigo do nosso colega PEDRO SAMPAIO MALAN no ESTADÃO:RESPOSTAS À CRISE – MAIS ALÉM DE 2010".

"Não perder a perspectiva é o que mais importa", não se cansa de repetir um personagem do belo La Colmena, do Prêmio Nobel de Literatura Camilo José Cela. A observação, aparentemente trivial, é relevante para o Brasil do momento, no qual o debate, tanto econômico quanto político, está dominado por questões conjunturais, cujo horizonte temporal se conta em meses, tendo o ano de 2010 como foco e as eleições presidenciais como referência.
Entre os economistas profissionais há uma importante discussão sobre a natureza e os determinantes da recuperação da economia brasileira ainda nesta segunda metade de 2009 e das perspectivas, que são bem melhores, para 2010. Entre os políticos, bem, esperemos que as cenas de baixaria explícita a que assistimos nos últimos dias não sejam o prenúncio do tom da campanha eleitoral que o governo, há muito, decidiu antecipar.
Mas, seja no econômico, seja no político, o desafio do crescimento sustentado - mais além de 2010 - permanecerá no centro do debate ao longo dos próximos meses. A obrigação de olhar para a frente, como resposta à crise global, a meu ver, representará um avanço em relação às três variantes ou ênfases tradicionais que até há pouco marcaram essa discussão. Primeiro, que nosso crescimento seria muito inferior à média de nossa experiência histórica pré-1980 (sobre a qual muitos ainda lançam idealizados e nostálgicos olhares). Segundo, que nosso crescimento estaria muito aquém de nossas reais possibilidades (por falta de suficiente "vontade política" para crescer mais). Terceiro, que era "inaceitável" que nosso crescimento estivesse muitíssimo abaixo do de países relevantes como China, Índia e outros asiáticos.
Anos atrás, participei de debate que tinha como pergunta básica: "O que faz um país desenvolvido?" A pergunta encerrava uma interessante dupla interpretação: poderia referir-se ao que faz um país em desenvolvimento se tornar um país desenvolvido; ou, também, indagar o que é hoje, faz hoje, como funciona hoje um país desenvolvido. Em resumo, a discussão evidenciou seis grandes temas que, em termos gerais, se aplicam a ambas as perguntas, porque englobam tanto o que precisa ser feito como o que faz economias hoje serem consideradas desenvolvidas econômica e socialmente.
Espero que o debate sobre o Brasil mais além de 2010 aprofunde pelo menos estes seis temas inter-relacionados. Primeiro: abertura para o resto do mundo nas dimensões comercial, financeira, investimento direto, ciência, tecnologia, cultura e inovação. Segundo: infraestrutura e logística em energia, transporte, telecomunicações, portos, rodovias, o que exige regulação apropriada, e investimentos públicos e privados. Terceiro: investimentos na melhoria da qualidade da educação, onde residem hoje as principais deficiências que comprometem nosso futuro.
Quarto: estabilidade macroeconômica e consolidação dos regimes monetário, cambial e, especialmente, fiscal; o que não é um fim em si mesmo, mas condição indispensável para o crescimento sustentado de longo prazo. Quinto: estímulo ao investimento privado e à melhoria do ambiente de negócios, o que exige estabilidade e previsibilidade das regras do jogo. Sexto: o reconhecimento de que o peso, a voz, o prestígio e a influência que um país possa ter na sua região e no mundo não é função apenas de sua dimensão, mas também, e crucialmente, da qualidade de seus investimentos, da eficiência de seus setores privado e público e da efetividade do funcionamento de suas instituições.
Na explicação do por que certos países deram mais certo que outros, esses seis conjuntos de fatores são essenciais. E sempre vale lembrar que dentre as "instituições" de um país está o conjunto de valores morais, posturas, atitudes e padrões de comportamento ético que definem o grau de confiança mútua sem a qual uma sociedade moderna não pode funcionar adequadamente.
A respeito desses valores compartilhados, vale reiterar o que já escrevi neste espaço, citando passagem de importante relatório elaborado por cerca de 20 economistas de renome internacional para o Banco Mundial: "As lideranças políticas de um país emitem poderosos sinais para o conjunto da sociedade sobre o que constituem padrões aceitáveis e padrões inaceitáveis de comportamento de homens públicos."
Vivemos tempos de excessiva complacência, relativismo moral e uso talvez um tanto exagerado daquilo que Guimarães Rosa imortalizou com seu oxímoro "condena de absolvido", como proposto por Riobaldo no julgamento que a jagunçagem faz de Zé Bebelo, em memorável passagem da obra-prima que é Grande Sertão: Veredas.
A questão de julgamentos, delitos e suas penas foi abordada de forma concisa por Cesare Beccaria em seu pequeno grande clássico, publicado em 1764 e que retém surpreendente atualidade: "O fim das penalidades não é atormentar e afligir um ser sensível, nem desfazer um delito já cometido... (mas) impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos e dissuadir os outros de fazer o mesmo." Beccaria nota que a "clemência... deveria ser excluída de uma legislação perfeita, em que as penas fossem menores e o método de julgamento, regular e expedito". Isso porque, nota adiante, "mostrar aos homens que os delitos podem ser perdoados e que a pena não é uma inevitável consequência é fomentar a ilusão de impunidade, é fazer crer que as condenações não perdoadas, embora pudessem sê-lo, são antes abusos de força que emanações da justiça".
Mas, apesar de tudo, olhando o Brasil econômico e político com senso de perspectiva, tanto em relação a nosso passado quanto a nosso futuro pós-Lula, é possível discernir uma pulsão entre o moderno e o anacrônico. Acho que não é de todo insensato esperar que o primeiro possa gradualmente prevalecer sobre o segundo. E isso "é o que mais importa", como diria o personagem que abre este artigo.

sábado, 8 de agosto de 2009

GUSTAVO FRANCO E MARX

GUSTAVO FRANCO, em 1997, ao ser entrevistado sobre a crítica que recebe por não conhecer nada de MARX, saiu-se com essa pérola: "Eu estudei bastante Marx quando era criança. Tanto como qualquer pessoa. Também li James Joyce, O sujeito não precisa ser um especialista em MARX para entender de ECONOMIA. Talvez pelo contrário (risos)."
O tempo passa mas a verdade continua...

O BRIC VIROU BIC?

Existe uma consultoria americana chamada EURASIA, defendendo a ideia de retirar a RÚSSIA do grupo das grandes economias emergentes denominado BRIC = BRASIL + RÚSSIA + ÍNDIA + CHINA. Afinal, neste tempo de grave crise, exceto a RUSSIA, os demais membros do BRIC estão registrando sinais de recuperação econômica.
Um dos países candidatos ao lugar da RÚSSIA é a INDONÉSIA, um dos três maiores exportadores mundiais de produtos como o carvão, gás natural, ÓLEO DE DENDÊ BRUTO e borracha.
Enquanto isso, nesta nossa floresta amazônica, a burocracia aliada a xiitas do meio ambiente dificultam uma maior produção do ÓLEO DE DENDÊ BRUTO. Coisas de BRASIL...

ECONOMIA E POLÍTICA EM COPA DO MUNDO - E NO BRASIL

Muitos colegas discordam que este blog seja contrário, desde o início da idéia, a realização no BRASIL da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Talvez eles, como a maioria da sociedade, tenham esquecido os Jogos Pan-Americanos realizado em 2007, na cidade do Rio de Janeiro...Orçado x Realizado...

Em 2007 o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e o ministro do Esporte, Orlando Silva, tinham um discurso afinado: não haveria dinheiro público na reforma ou na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. Mas a ficção sucumbiu à realidade. Em entrevista ao ESTADÃO, Ricardo Teixeira deixou claro que recursos públicos serão injetados em pelo menos oito dos 12 estádios que vão ser reformados ou construídos para o Mundial. Já a fala do Ministro "Não vai ter um centavo do orçamento do governo federal para construir ou reformar estádios de futebol para a Copa de 2014. O que existe é a hipótese de ser feito algum tipo de financiamento por empresas financeiras públicas para construção ou reforma, mas aí é operação bancária. É dinheiro que vai ser emprestado e voltará depois para os cofres públicos".

Para os meus quase dois (milhões) de fiéis e inteligentes leitores: afinal, de onde saíra esse dinheiro? Quem pagará essa conta de, até agora, orçados R$ 5 bilhões?

CAPITALISMO E SOCIALISMO - DIFERENÇA

NUNCA é demais repetir que o CAPITALISMO é um sistema econômico impelido pelo lucro e caracterizado pelo trabalho assalariado e pela propriedade privada dos meios de produção. É o CONTRÁRIO do SOCIALISMO, no qual os meios de produção e distribuição são de propriedade coletiva.
Nestes tempos de governos na América Latina com tendências populistas, essa DIFERENÇA deve ficar bem clara.

DA SÉRIE: LEITURA INEVITÁVEL - PREVISÃO 2009 E 2010

Do colega LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS em recente entrevista ao ESTADÃO, uma lição de como a nossa economia está e sua previsão para 2009 e 2010.

A economia brasileira já superou a crise? O que se pode esperar daqui para a frente? No sentido mais geral, de evolução negativa do PIB (Produto Interno Bruto), a economia superou a crise. Mas isso não significa que voltou tudo como antes no quartel de Abrantes.

Por quê?
Porque, se é verdade que o mercado interno segurou razoavelmente bem, é verdade também que as exportações de manufaturados caíram fortemente e continuam ruins. Isso significa que a indústria está melhorando, mas tem desempenho negativo, na média.
Quanto o sr. projeta de crescimento para este ano e o para 2010?
Este ano, zero. No último trimestre do ano em relação ao último trimestre de 2008, crescimento de quase 3%. Para 2010, algo entre 3,5% e 4%, que é um bom número.

ECONOMIA EM RECUPERAÇÃO? SIM OU NÃO? TALVEZ?

É muito bom ler no ESTADÃO que o fim da recessão nos Estados Unidos está próximo, nas palavras do ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan e do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, em entrevistas diferentes à rede de TV ABC.

Tempos atrás reconheço minha total confiança na argumentação econômica do Greesnpan, porém hoje, mesmo continuando otimista, não tenho mais nele a confiança que depositava. Quanto ao Geithner, ainda está sendo avaliado... Portanto, a torcida é forte pela pronta recuperação econômica mundial, mas prudência e caldo de galinha não faz mal a nenhum economista neste tempo de crise.

A IMAGEM DA SEMANA É POLÍTICA

A imagem desta semana não poderia ser diferente e devemos manter a vigilância. Para eleger um poste presidente em 2010, é possível que alguém atrapalhe a economia. A conferir.
Para certas pessoas, o fundo do poço ainda não chegou.
Direto do DIÁRIO DO NORDESTE, o Mestre SINFRÔNIO é genial.

UM ECONOMISTA NO MUNDO REAL $$$

HAL RONALD VARIAN é um dos mais conhecidos autores de livro-texto na área de economia. Economista pelo MIT, com mestrado em matemática e doutorado em economia, foi professor do MIT e das universidades de Stanford, Oxford e Michigan.
Hoje, através da EXAME, tomei conhecendo que o VARIAN está por trás do sucesso do GOOGLE. Ingressou lá como consultor e hoje trabalha integralmente, sendo um dos nomes MENOS conhecidos, porém um dos MAIS importantes da empresa. Ele conseguiu transformar TEORIA em DINHEIRO. Lembrando que o GOOGLE faturou em 2008 algo como US$ 21 bilhões.
Dele registro a frase:
"A TECNOLOGIA MUDA. AS LEIS ECONÔMICAS, NÃO."

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...