quarta-feira, 18 de março de 2020

Copom reduz a taxa Selic para 3,75% a.a.

Em sua 229ª reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 3,75% a.a.
A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
  • No cenário externo, a pandemia causada pelo novo coronavírus está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros. Nesse contexto, apesar da provisão adicional de estímulo monetário pelas principais economias, o ambiente para as economias emergentes tornou-se desafiador;
  • Dados de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom vinham em linha com o processo de recuperação gradual da economia brasileira. Entretanto, esses dados ainda não refletem os impactos da pandemia de COVID-19 na economia brasileira;
  • O Comitê avalia que diversas medidas de inflação subjacente se encontram em níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária;
  • As expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,1%, 3,65% e 3,5%, respectivamente;
  • No cenário híbrido, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante a R$4,75/US$*, as projeções do Copom situam-se em torno de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021. Esse cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 3,75% a.a. e se eleva até 5,25% a.a. em 2021; e
  • No cenário com taxa de juros constante a 4,25% a.a. e taxa de câmbio constante a R$4,75/US$*, as projeções situam-se em torno de 3,0% para 2020 e 3,6% para 2021.
O Comitê ressalta que, em seu cenário básico para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções.
Por um lado, o nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado. Esse risco se intensifica caso um agravamento da pandemia provoque aumento da incerteza e redução da demanda com maior magnitude ou duração do que o estimado.
Por outro lado, o aumento da potência da política monetária, a deterioração do cenário externo ou frustrações em relação à continuidade das reformas podem elevar os prêmios de risco e gerar uma trajetória da inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária.
Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 3,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário 2020 e, principalmente, de 2021.
O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.
O Copom enfatiza que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia. O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas têm o potencial de elevar a taxa de juros estrutural da economia. Nessa situação, relaxamentos monetários adicionais podem tornar-se contraproducentes se resultarem em aperto nas condições financeiras.
O Copom entende que a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária, e neste momento vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos.
O Banco Central do Brasil ressalta que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fábio Kanczuk, Fernanda Feitosa Nechio, João Manoel Pinho de Mello, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.

*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio R$/US$ observada nos cinco dias úteis encerrados na sexta-feira anterior à reunião do Copom.

Monica de Bolle: Como evitar a depressão econômica?

Monica de Bolle, O Estado de S. Paulo
18 de março de 2020 | 04h00

Acompanho as análises nos jornais brasileiros sobre a ruptura inédita causada pela pandemia e me causa angústia a falta de urgência. Não me refiro apenas à irresponsabilidade atroz do presidente da República, que põe em risco a vida das pessoas, mas também ao fato de que poucos no Brasil se deram conta do que é essa crise. Trata-se de uma parada súbita da economia mundial como jamais vimos. E, ao que tudo indica, não será uma parada súbita de curta duração, como a observada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, ou como aquela proveniente da crise financeira de 2008. Não se trata apenas da incerteza atrelada à epidemia, mas das medidas de saúde pública que estão sendo tomadas mundo afora. Para desacelerar a propagação do vírus, fronteiras, escolas, universidades, bares, restaurantes, escritórios estão sendo fechados. Alguns países impuseram toques de recolher. As companhias aéreas já sofrem o baque do isolamento e do distanciamento social. A economia mundial sente os primeiros efeitos da parada súbita.
A crise será de longa duração. Para desacelerar a progressão da epidemia e “achatar a curva”, como o esforço pela desaceleração ficou conhecido, as medidas inéditas estarão conosco por vários meses. Uma vez alcançado o pico da epidemia, serão mais vários meses de semiparalisia até que seja seguro começar a abandonar as medidas excepcionais de saúde pública. Será um recomeço gradual. A não ser que tenhamos rapidamente uma vacina – o que hoje não parece provável – estamos falando, possivelmente, de mais de um ano de parada quase total do mundo. Para 2020, o quadro de retração global é certo. Registraremos, pela primeira vez em muitas décadas, uma queda do PIB global. É por esse motivo que países começaram a adotar políticas extraordinárias para atenuar os efeitos da crise. Em tempos de calamidade inédita e risco de depressão, metas fiscais e a evolução da dívida tornam-se absolutamente irrelevantes. Não se compara o desajuste fiscal proveniente do que é necessário agora ao quadro de depressão que se instaurará se as medidas forem insuficientes ou se governos forem contaminados pela inação. A inação mata.
Embora o governo brasileiro esteja muito longe de reconhecer a gravidade do momento – as medidas recém-anunciadas por Paulo Guedes são insuficientes – há os que começam a pensar no que fazer. Há mais de uma semana tenho defendido o que considero necessário para enfrentar a crise de longa duração a abater em breve o Brasil, que entra nela a partir de uma situação econômica muito frágil. São elas: suplemento emergencial imediato do benefício do Bolsa Família em pelo menos 50%; a instituição de uma renda básica universal mensal no valor de R$ 500 para os 36 milhões do Cadastro Único que não recebem Bolsa Família – esses são os grupos mais vulneráveis; a abertura de R$ 50 bilhões em créditos extraordinários para a saúde, com a possibilidade de aumentar esse montante; acelerar e dar maior flexibilidade à aprovação do seguro-desemprego; disponibilizar recursos emergenciais para os setores mais afetados pela crise no valor de pelo menos R$ 30 bilhões; abertura de linhas de crédito do BNDES para micro, pequenas e médias empresas. Por fim, recomendo um programa de investimento público em infraestrutura para sustentar a economia no médio/longo prazo com a utilização de recursos do BNDES.
As medidas de caráter imediato – saúde, proteção social e setorial – somam cerca de R$ 310 bilhões ao longo de 12 meses, ou uns 4% do PIB. Isso é metade dos cerca de 8% do PIB que gastávamos com os juros altos de 14% há poucos anos. Embora seja um montante considerável, o mais arriscado nesse momento não é o que vai acontecer com o déficit ou com a razão dívida/PIB – até porque não há investidor no mundo, hoje, preocupado com a sustentabilidade das contas públicas. Para viabilizar o que proponho, precisamos da imediata flexibilização da meta fiscal e da suspensão do teto de gastos por um período de dois anos. Deixo claro que o teto é importante para sustentabilidade fiscal de longo prazo – mas, o momento é de calamidade.
É claro que, se a situação melhorar, se uma vacina for encontrada, se os cientistas encontrarem um tratamento eficaz para a síndrome respiratória aguda que se manifesta nos casos mais graves da doença, os montantes que sugiro poderão ser reduzidos. Mas, na situação em que estamos é melhor errar para mais do que para menos. Errar para menos significa pôr em risco a vida de dezenas de milhões de pessoas. Manter o pensamento encaixotado, hoje, é fatal.
* ECONOMISTA, PESQUISADORA DO PETERSON INSTITUTE FOR INTERNATIONAL ECONOMICS E PROFESSORA DA SAIS/JOHNS HOPKINS UNIVERSITY 

Dólar atinge nova máxima e fecha a R$ 5,1955 - Valor Econômico.

Coronavírus: Dicas que podem salvar a sua VIDA!

Alemanha enfrenta maior desafio desde Segunda Guerra, diz Merkel.

Valor: Após tocar R$ 5,20, dólar desacelera alta com leilões do BC.

terça-feira, 17 de março de 2020

Exame: Santander vê risco de recessão técnica no Brasil no segundo trimestre de 2020.

El País: Como é a quarentena em Nova York, a cidade que nunca dorme.

O Globo: Armínio Fraga defende gasto público.

Armínio Fraga acha que o país vai entrar em recessão, que o governo deve aumentar o gasto público porque as leis que fixam limites de gastos preveem espaço para quando há uma calamidade. “E para isso acho que não deveria haver limites.” No Banco Central, algumas formas de estimular a oferta de crédito foram anunciadas e o Ministério da Economia soltou um pacote que foi quantificado como de R$ 147 bilhões, mas na verdade pouco desse valor é dinheiro novo. No intenso dia de ontem, houve de tudo, inclusive o presidente Jair Bolsonaro voltando a escalar nos ataques ao Legislativo, numa entrevista de manhã.

CNN Brasil: A recessão global do coronavírus já começou.

https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/03/17/a-recessao-global-do-coronavirus-ja-comecou

Paul Krugman: Your money or your life?

Back in 2009 the economists Carmen Reinhart and Ken Rogoff published a very good book with a brilliant title: “This Time is Different: Eight Centuries of Financial Folly.” They were, of course, being sarcastic: During every financial bubble, as debt rises to levels that historically have portended trouble, investors eagerly assure themselves and each other that old rules no longer apply, only to suffer ruin when the usual things happen.

This time, however, really is different. Economic data are only now beginning to show what the financial markets have already priced in, a dramatic slump over the next few months. But while the slump — the coronacession? — is definitely coming, it’s going to be different from previous recessions. Among other things, while we usually measure the success of economic policy by what happens to real G.D.P. — the total value of goods and services the economy produces, adjusted for inflation — this time G.D.P. will be both a poor measure of success and a bad target for economic policy. 

To be sure, there will be many parallels with the financial crisis of 2008 and the Great Recession that followed. Now as then, financial markets are being disrupted, with crazy asset pricing driven by financial stress. Now as then, there will probably be a lot of gratuitous unemployment, as consumers curtail their purchases and workers lose their jobs — gratuitous unemployment in the sense that it could have been avoided if Congress and the Trump administration had moved quickly to provide adequate economic stimulus. (Spoiler: they won’t).

What’s different this time, however, is that some of the things we want to be doing, indeed must do if we don’t want hundreds of thousands of unnecessary deaths, will temporarily reduce G.D.P. And that’s OK.

Most obviously, we want and need sick or potentially sick workers to stay home, limiting the spread of the virus. Some of these homebound workers will be able to do their jobs remotely, but even in 2020 most jobs require physical presence. As a result, we’re going to lose the G.D.P. those workers could have produced. So be it. Production isn’t everything.

A slightly more problematic issue involves jobs lost because of the social distancing we need to slow Covid-19’s spread. People won’t and shouldn’t be going to restaurants, doing nonessential shopping, and so on; that leaves people who would normally be working at these establishments idle.

The reason this is slightly more problematic is that given time, service workers in the affected sectors could be re-employed in substitute activities: fewer servers, more people making deliveries. In fact, Amazon says it needs to hire 100,000 more workers to keep up with surging online demand. If extreme social distancing were to become the new normal, there’s no fundamental reason we couldn’t still have full employment; it would just require a different mix of jobs.

But that can’t happen overnight, and if we think the worst will pass in a few months, it actually makes sense for most workers in the afflicted sectors to stay where they are and not work for a little while. That also means less G.D.P., but again, so be it.

So what’s the role of economic policy here? Two things. First, reduce the pain. Universal sick leave at close to full pay should just be the start; we should also be doing what Denmark is doing, and subsidize firms that keep paying wages. We should also dramatically increase aid to the unemployed.

Second, we should be funneling money into the economy to sustain spending on things that shouldn’t be affected by the virus. Job losses brought on by inadequate overall demand serve no purpose.
  
None of this would or should prevent at least a few months of economic contraction. But we could do a lot to make this plague less painful economically. I wish I had any confidence that we’ll do more than a small fraction of what we should.

Fox: Stocks battle to recoup losses from steepest drop since 1987 crash.

Barry Eichengreeen hoje no Estadão: 'Gasto privado parado precisa ser substituído pelo gasto público'.

Valor Investe: Afinal, por que a bolsa cai tanto? E para onde vai o dinheiro que a derruba?

domingo, 15 de março de 2020

FED cuts rates to zero and launches massive $700 billion quantitative easing program.

CNN Brasil: O PIB fraco de 2019 deve se repetir em 2020?

https://www.cnnbrasil.com.br/business/2020/03/14/o-pib-fraco-de-2019-deve-se-repetir-em-2020

O Globo: Morre Afonso Arinos de Melo Franco.

https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/morre-afonso-arinos-filho.html

Folha: Liberalismo primitivo de Guedes não leva a crescimento, diz André Lara Resende.

Ibovespa perde R$ 500 bilhões em valor de mercado na semana.

sábado, 14 de março de 2020

UOL - Coronavírus: Dez coisas que você precisa saber para atravessar a pandemia.

O GLOBO: Domenico de Masi e o coronavírus.

El avance del coronavirus en tiempo real.

Clarín: Coronavirus - las teorías conspirativas sobre el origen de la pandemia enfrentan a China y a Estados Unidos.

FSP: Contra epidemia de coronavírus, Brasil precisa parar, afirmam especialistas.

quinta-feira, 12 de março de 2020

FT: US stocks fall 10% in worst day since 1987 crash.

Valor Investe - Pânico no mercado: o lado emocional das perdas na bolsa.

Bovespa despenca 14,78% e tem maior queda em quase 22 anos.

The Economist: The politics of pandemics.







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This week’s issue is dominated by covid-19. The pandemic, as the World Health Organisation has officially declared it, is spreading fast, with almost 45,000 cases and nearly 1,500 deaths in 112 countries outside China. Our cover leader looks at how politicians are belatedly realising that, as health systems buckle and deaths mount, they will have to weather the storm. We examine how America, despite its wealth and the excellence of its medical science, has squandered its chance to prepare for the pandemic, and how China’s president, Xi Jinping, celebrated a precipitous fall in cases with a victory lap in Wuhan, where the disease first took hold. As markets tumble we explore the parallels with the financial crisis of 2007-09, the vulnerability of credit markets to a downturn and how past pandemics have scarred economies. We stress-test Britain’s National Health Service. We analyse Iran’s failure to contain the virus. We evaluate the quarantines in Italy, South Korea and China, and their feasibility in other countries. And we devote three pages to a portrait of the virus behind it all, SARS-CoV-2, and the drugs that might one day bring it to heel.

To read these stories visit economist.com/coronavirus, which features all of our coverage of the virus and its consequences. And look out for a special edition of this newsletter on Saturday.




Zanny Minton Beddoes, Editor-In-Chief





Covid-19: Um gráfico explica a pandemia.

Saiba porque idosos estão entre os grupos mais vulneráveis ao coronavírus.

terça-feira, 10 de março de 2020

CNN Brasil: Grade de programação do canal 577.

https://tvefamosos.uol.com.br/colunas/mauricio-stycer/2020/03/10/como-a-cnn-brasil-ficara-ao-vivo-por-17h-e-30-minutos-ao-dia-veja-a-grade.htm


Veja a grade de programação da próxima segunda-feira, dia 16 e um resumo das atrações: 
6h às 7h: Agora CNN - Com Taís Lopes. Jornal com as primeiras notícias do dia e forte apelo em cobertura internacional. Contará com muito conteúdo internacional gerado pela CNN, por causa do fuso horário. 

7h às 10h: Novo Dia - Com Reinaldo Gottino e Taís Lopes. O jornal vai eleger os principais assuntos do dia para serem debatidos. Dentro do programa será exibido o quadro "O Grande Debate", com Caio Coppolla e Gabriela Prioli, sempre discutindo temas do mundo político com visões antagônicas. 

10h às 13h: Live CNN - Com Phelipe Siani e Mari Palma. É um telejornal com as notícias do momento, mas com uma linguagem mais leve, respeitando o perfil dos apresentadores e de público no horário. O programa também terá espaço para notícias de comportamento e cultura pop. 

13h às 16h: Visão CNN - Com Luciana Barreto e Cassius Zeillmann. Atualização em tempo real do que foi notícia pela manhã, análise e antecipação da agenda da tarde. 

16h às 18h30: CNN 360 - Com Reinaldo Gottino e Carol Nogueira. Noticiário quente, já com o início do balanço das principais notícias do dia. 

18h30 às 21h30: Expresso CNN - Com Monalisa Perrone e Daniela Lima. Cobertura aprofundada dos temas políticos e econômicos do dia, com destaque importante para o mundo político. 

21h30 às 23h: Jornal da CNN - Com Willian Waac Jornal vai eleger os principais temas do dia nas áreas de política, economia e internacional e buscar análise e enfoques diferenciados na cobertura. 

23h às 23h55: Realidade CNN - Apresentador ainda não definido. Faixa de documentários e formatos da CNN e da BBC. Temas variados: história, current affairs, saúde e viagens. 

23h55 à 0h: Newsroom - com Elisa Veeck. Boletins de notícias na madrugada e aos finais de semana, em horários variados. 

0h à 1h06: Amanpour - Programa diário de Christiane Amanpour será legendado e exibido no Brasil. 

1h06 às 4h06: Espresso CNN (reprise) 

4h06 às 4h16: Newsroom - com Elisa Veeck 

4h16 às 5h46: Jornal da CNN (reprise) 

5h46 às 6h: Newsroom.

Um dia para ser esquecido, mas é no caos que surgem as boas apostas.

Vaticano News: Coronavírus - fechadas a Praça e a Basílica de São Pedro.

Robert Shiller: Coronavirus is creating a ‘dangerous time’ for markets, panic is just starting.

domingo, 8 de março de 2020

Elio Gaspari divulga o novo livro de Giannoti hoje no O GLOBO.

Está nas livrarias “Heidegger / Wittgenstein: Confrontos”, do filósofo José Arthur Giannotti. Foram quatro anos de trabalho diário, das oito da manhã às quatro da tarde. Numa época de debates rasteiros, Giannotti produziu uma daquelas obras que engrandecem a condição de intelectual. Apesar da prosa elegante, é um livro de leitura tão difícil como a pronúncia dos nomes dos filósofos Martin Heidegger e Ludwig Wittgenstein. Um, alemão, nazista e reitor da universidade de Freiburg. O outro, austríaco, nascido em família de fortuna, lecionou em Cambridge.
Rindo, Giannotti estima que talvez tenha cem leitores. Ele lidou com o nazismo de Heidegger com o distanciamento de um filósofo e a combatividade de um liberal. Fruiu “sua genialidade” e arrematou: “Durante a desnazificação, teve sua atividade de professor suspensa por um breve período: eu preferiria que tivesse sido obrigado a fazer visitas periódicas a Auschwitz”.
Na Amazon
Se levarmos em conta a trajetória intelectual de José Arthur Giannotti, professor emérito da Universidade de São Paulo, e a natureza espinhosa da discussão proposta no livro, Heidegger/ Wittgenstein é uma obra combativa, a começar pelo título. De um lado do ringue, Heidegger, costumeiramente associado a uma vertente fundacionista da filosofia, na qual a pergunta pelo ser ― por seu significado, por seu fundamento ― tem papel proeminente. Do outro, Wittgenstein, para quem a pergunta pelo fundamento deve ser urgentemente substituída pelas condições em que se dá, se for o caso, a pergunta acima. Os confrontos esperados e as surpreendentes proximidades de ambos os filósofos trazem, por mérito do autor, novos problemas e desdobramentos, que giram em torno de dois polos básicos do que denominamos, por conforto, “filosofia ocidental”: lógica e ontologia. Dos muitos méritos do livro, um deles parece sobressair, talvez o mais simpático ― o convite para que participemos dessas disputas, cuja regra primeira é: não há perdedores. 

sexta-feira, 6 de março de 2020

Em dia de pânico global, Ibovespa cai mais de 4% e recua a 97 mil pontos; após BC atuar, dólar recua a R$ 4,63.

E o PIB 2020 crescerá 2,5%. Amém!

Com direito a debate sobre o conceito do PIB, o fato é que 2019 registrou crescimento de 1,1%, quando a previsão ao final de dezembro de 2018 era de 2,55%.

Como nesta sexta-feira um grande banco divulgou sua previsão para o PIB deste 2020 cravando 2,5% de crescimento da economia brasileira, resta-nos torcer para que desta vez essa estimativa seja confirmada. 

Que assim seja!!!

A conferir!!!


Estadão: Juros baixos não blindam a economia - Zeina Latif.

O momento é de apreensão por conta das incertezas decorrentes da epidemia de coronavírus. Não há, no momento, como afirmar quando será o ápice da crise, para podermos dizer que o pior já passou.
Como agravante, o timing da epidemia não é nada favorável, pois o comércio mundial está encolhendo desde o ano passado, por conta, principalmente, das políticas protecionistas dos países. O foco da crise, a China, representa hoje mais de 20% do PIB mundial, e a expectativa de uma desaceleração econômica suave caducou. Estivesse a economia mundial em melhor forma, seria mais fácil dirimir as incertezas.
Adicionalmente, os países, com poucas exceções, não contam com muitos instrumentos para mitigar o impacto da crise. Além dos juros já muito baixos, poucos têm espaço para expansão fiscal, diante dos déficits e dívidas elevados. Exageros na expansão dos gastos públicos podem até piorar o quadro econômico, ao despertar a desconfiança de credores. Além disso, não é qualquer expansão fiscal que funcionaria. O momento pede políticas sanitárias e para ampliar o acesso da população aos serviços de saúde, e não o aumento indiscriminado de gastos.
No caso dos EUA, o Fed resolveu cortar a taxa básica de juros para 1,0-1,25% em reunião extraordinária de seu comitê de política monetária, alegando a necessidade de um ação preventiva por conta da epidemia. A preocupação é bastante compreensível, mas essa decisão em um quadro de incertezas e indefinição sobre o impacto da epidemia sugere uma sensibilidade exagerada do Fed à piora no mercado financeiro.
O contágio financeiro sobre o setor produtivo, se relevante, precisa ser mitigado. As empresas poderão enfrentar problemas financeiros, em caso de uma paralisia da economia, mas está cedo para este diagnóstico. E se ocorrer, a indicação seria mais por injeção de liquidez ou relaxamento regulatório para empréstimos. Juros baixos, mesmo próximos de zero, não seriam muito eficazes para ativar o crédito nessas circunstâncias.
Finalmente, o choque do coronavírus é, por ora, um choque mais de oferta (afeta o funcionamento das empresas por falta de insumos), do que de demanda (mais localizado em atividades relacionadas ao fluxo de pessoas entre países), ainda que o este último possa aumentar. E o corte de juros se refere a um estímulo à demanda, e não à oferta.
Entendo que seria o momento de aguardar por mais informações sobre o impacto da epidemia, antes de os bancos centrais cortarem as taxas de juros. E convém guardar munição caso se confirmem as perspectivas mais pessimistas, com contágio relevante na demanda.
No Brasil, vale a mesma reflexão. Ainda não se sabe se o efeito da crise será inflacionário ou desinflacionário: se a alta do dólar e a retração da oferta de alguns bens terão maior impacto nos preços do que a queda dos preços de commodities e o recuo do consumo (menos provável) e das exportações.
O Banco Central, a julgar pelo seu comunicado de terça-feira, já tem a resposta ao afirmar: “À luz dos eventos recentes, o impacto sobre a economia brasileira proveniente da desaceleração global tende a dominar uma eventual deterioração nos preços de ativos financeiros.” Foi um sinal claro para os mercados que haverá um corte da taxa Selic na próxima reunião do Copom. Parece uma avaliação precipitada. E considerando que os juros reais estão em patamares bastante baixos, não haveria razão para tanta pressa.
Se o Banco Central estiver errado – e não saberemos isso tão rapidamente –, a consequência será uma necessária correção de rumos antes do esperado, gerando uma volatilidade indesejada nos juros.
De qualquer forma, não será a taxa de juros baixa que trará a volta do investimento produtivo – praticamente estagnado em 2019 – e protegerá o Pais do contágio. É querer demais da política monetária. O que fará diferença será o avanço das reformas. A letargia do governo e os ruídos constantes atrapalham bastante.

Valor: O PIB e a felicidade - Armando Castelar Pinheiro.

Dos textos que li sobre os protestos do final do ano passado na América Latina, um dos mais interessantes foi o de Sebastian Edwards, professor da UCLA (bit.ly/39iyhDc). Edwards tenta explicar porque no Chile, depois de o PIB per capita mais que triplicar entre 1985 e 2018, a desigualdade cair, até mais que no Brasil, entre 2000 e 2016, e o país conquistar o mais alto Índice de Desenvolvimento Humano da América Latina, o povo foi (e vai) para as ruas protestar com tanta força, a ponto de se querer trocar a Constituição atual.
A resposta para ele é que as pessoas percebem os resultados do modelo de desenvolvimento adotado pelo país de forma diferente do que mostram os indicadores econômicos. Edwards ilustra isso com a posição do Chile no Índice de Qualidade de Vida construído pela OCDE (bit.ly/2x6quu3). Dentre os 40 países para os quais há dados para 2017, o Chile está na 34ª posição, apenas uma à frente do Brasil, um país cuja renda per capita é 37% menor. No geral, há uma correlação entre renda e posição no ranking do indicador, mas essa é menos que perfeita: Austrália e Islândia, por exemplo, estão mais bem situadas do que os EUA, ainda que tenham PIB per capita mais baixo.
Dentre oito fatores que podem impactar a felicidade, segundo Layard, o aumento da renda está em 5º lugar
Dos 11 indicadores que compõem o índice, o Brasil fica na frente do Chile em cinco: meio ambiente, saúde, satisfação com a vida, comunidade (Chile é o 4º pior entre os 40) e engajamento cívico (Chile é o pior dos 40 países). O Chile, por sua vez, supera o Brasil em renda, moradia, empregos, educação, equilíbrio de vida e segurança (neste o Brasil tem a pior posição entre os 40 países).
Essa discussão acabou me levando ao recém-lançado livro do economista e professor do London School of Economics, Richard Layard, “Can We Be Happier? Evidence and Ethics” (bit.ly/39dVExE). Layard é uma espécie de guru da proposta de que o objetivo principal das políticas públicas, em especial da política econômica, não deveria ser promover o aumento do PIB, mas da felicidade.
No livro, Layard trabalha com várias pesquisas sobre o que faz as pessoas felizes e que ações as empresas, os governos e outros atores podem desenvolver nesse sentido. O contexto é o dos países ricos, de forma que não é imediato transferir suas conclusões para países como o Brasil e o Chile. Mas me chamou a atenção uma passagem em que ele observa que o populismo nos países ricos nada mais é que a manifestação de uma insatisfação antiga, mas que só agora vem à superfície, pela perda de legitimidade das elites, com a crise de 2008, e “a legitimação pelas mídias sociais da rudez”. Para mim, bate com o visto ano passado na América Latina.
Dentre oito fatores que podem impactar a felicidade das pessoas, o aumento da renda aparece em quinto lugar. Mais importante, nessa pesquisa, é, em ordem crescente, ter um parceiro, ter saúde física, ter um trabalho de boa qualidade e, principalmente, ter saúde mental. O tema da saúde mental ocupa boa parte da discussão no livro, com Layard argumentando que se dá pouca atenção a um problema que causa muito sofrimento a muita gente. O livro também aponta que estar desempregado causa infelicidade e que, mais importante do que crescer a renda, é minimizar as flutuações cíclicas, mantendo baixo o desemprego.
O livro também discute alguns resultados do Relatório Mundial da Felicidade, produzido pela ONU (worldhappiness.report/), que ordena um conjunto de 156 países pelo seu grau de felicidade, discutindo como esta evoluiu no último decênio. No relatório de 2019, o Brasil aparece na 32ª posição, seis atrás do Chile. A diferença no valor do indicador é, porém, pequena e explicada pelo diferencial de renda. Finlândia, Dinamarca, Noruega e Islândia ocupam as primeiras posições.
É desanimador examinar a evolução temporal dos componentes desse indicador no caso brasileiro. Pioramos bastante na confiança no governo nacional, na qualidade da democracia e na qualidade dos serviços entregues à população, e um pouco em termos de apoio social, liberdade para fazer escolhas e generosidade. Mas o mais assustador são os resultados para a questão de se “é possível confiar na maioria das pessoas”: apenas 7% dos brasileiros acreditam que sim, contra 12% no Chile e valores entre 40% a 60% nos países ricos e China.
No seu livro, mesmo sem explicitar isso, Layard em vários momentos defende posições que poderiam ser consideradas conflitantes com o modelo neoliberal, em função do individualismo, do egoísmo e do isolamento social que este parece trazer junto. Layard também defende um Estado mais ativo; por exemplo, no tratamento e ajuda a pessoas com problemas de saúde mental.
Edwards vai mais longe. Para ele, os protestos no Chile vão mudar dramaticamente a forma como o país funciona: “O experimento neoliberal está morto”, vaticina ele. O mais provável agora é que o Chile tente copiar o modelo dos países nórdicos, com uma sociedade mais igualitária e um papel mais ativo para o Estado, que se responsabilizaria por prover serviços em saúde e educação. Em síntese, vai focar mais na felicidade e menos no PIB.
Em um momento em que estamos buscando (necessárias) reformas de cunho liberal, esses são ensinamentos que deveriam ser levados em conta.

Manoel Pires: O tal ponto G da economia.


Do Blog do IBRE:

Paul Ham - O jovem Hitler: Os anos de formação do Führer.



quinta-feira, 5 de março de 2020

The Economist: Covid-19.







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Our cover this week looks at how governments should prepare for the spread of covid-19. The pandemic threatens an economic crisis as well as a health crisis and both will need fixing. The disease is in 85 countries and territories, up from 50 a week ago. More than 95,000 cases and 3,200 deaths have been recorded.

Yet our own analysis, based on patterns of travel to and from China, suggests that many countries which have spotted tens of cases have hundreds more circulating undetected. Iran, South Korea and Italy are exporting the virus. Now that America has begun looking, it is sure to find scores of infections—and possibly unearth a runaway epidemic. Wherever the virus takes hold, containing it and mitigating its effects will involve more than doctors and paramedics. A concerted effort is needed across the government, especially over how to protect people and companies as supply chains fracture and the worried and the ill shut themselves away.




Zanny Minton Beddoes, Editor-In-Chief










TIME: 100 women of the year.



Estagnação em 2019, vírus em 2020.

O Brasil emperrou no primeiro ano do governo Bolsonaro, com crescimento econômico de apenas 1,1%. Foi um resultado inferior ao de qualquer dos dois anos anteriores, quando o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 1,3%. Sem reconhecer o fiasco, o Ministério da Economia aponta “melhora substancial” na atividade, com o setor privado puxando a produção e o investimento. É uma estranha comemoração. Um dos motores principais do setor privado nos grandes emergentes, a indústria de transformação, cresceu 0,1%, quase nada. O investimento produtivo, de fato puxado pelas empresas privadas, avançou 2%, bem menos que no ano anterior, quando havia crescido 3,9%, quase o dobro do verificado em 2019.
Juros em queda, um dos poucos estímulos oferecidos à atividade econômica no ano passado, contribuíram para a expansão do consumo das famílias, mas tiveram pouco ou nenhum efeito no investimento em máquinas, equipamentos, construções e outros elementos do capital fixo. Esse conjunto, onde se incluem também as obras de infraestrutura, como estradas, centrais elétricas, portos e hospitais, é o parque produtivo de bens e serviços, considerado apenas em seu aspecto físico.
O total investido em 2019 ficou em 15,4% do PIB, pouco acima da proporção do ano anterior (15,2%) e abaixo da estimada para 2016 (15,5%), último ano da recessão. Investir em potencial produtivo é essencial para garantir crescimento econômico duradouro e sustentável, sem pressão inflacionária e com baixo risco de problemas nas contas externas.
O Brasil está longe disso. Neste século, a maior taxa de investimento bruto foi a de 2013, quando atingiu 20,9% do PIB. Essa proporção ainda ficou longe do nível mínimo considerado necessário a um país como o Brasil, de cerca de 24%. O baixo potencial produtivo explica as projeções modestas de crescimento econômico nos próximos anos. No mercado, essas projeções têm ficado em 2,5% ao ano, muito abaixo das possibilidades de outras economias emergentes.
O crescimento do PIB em 2019 poderia ter sido maior, segundo o Ministério da Economia, se o País tivesse ficado livre de alguns infortúnios, como a tensão comercial entre Estados Unidos e China, o baixo crescimento das trocas internacionais, a recessão argentina, intempéries no território nacional e, é claro, o desastre de Brumadinho. Mas outros países também foram afetados por vários desses problemas e ainda cresceram bem mais que o Brasil.
A indústria extrativa de fato foi prejudicada pela tragédia de Brumadinho e sua produção diminuiu 1,1%. Mas o fraco desempenho do setor de transformação é atribuível a outros fatores. A crise na Argentina, importante mercado importador de manufaturados brasileiros, é apenas um componente da explicação. A baixa demanda interna e o escasso poder de competição da maior parte da indústria são partes importantes da história. No ano passado, o governo pouco fez para atacar esses problemas. Além disso, uma atitude mais proativa neste ano parece pouco provável, por enquanto.
Um dos poucos sinais animadores, no balanço do ano passado, é o crescimento da construção. A atividade avançou 1,6%, depois de quatro anos de retração. Se a melhora persistir, o setor poderá proporcionar algum estímulo a outras áreas da indústria e também aos serviços, contribuindo para maior oferta de postos de trabalho. Em 2019, o desemprego caiu muito lentamente. No fim do ano os desocupados ainda eram 11% da força de trabalho e o subemprego era amplo, assim como a informalidade.
Para 2020 as projeções mais comuns indicam, por enquanto, crescimento na faixa de 2% a 2,2%. A epidemia de coronavírus pode justificar uma revisão para baixo. Em outros países, a preocupação tem sido acompanhada de ações para atenuar os danos econômicos do surto. Corte de juros é a medida mais evidente. Mas o governo deve examinar se há espaço para outros estímulos. É preciso evitar a tentação de usar o vírus como justificativa para mais um ano de estagnação.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Ministério da Economia: O resultado do PIB de 2019 reflete uma trajetória de recuperação da atividade econômica.

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME) publicou nesta quarta-feira (4/3) a Nota Informativa Atividade Econômica e Resultados do PIB de 2019. O texto destaca que o resultado do PIB de 2019 reflete uma trajetória de recuperação da atividade econômica. No ano passado, a economia brasileira teve acréscimo de 1,14% em relação a 2018. Do ponto de vista do crescimento interanual, houve elevação de 1,67% no quarto trimestre de 2019, em relação a igual período do ano anterior.
A nota ressalta, também, que o segundo semestre de 2019 teve crescimento anualizado de 2,3%, o melhor segundo semestre desde 2013, refletindo o aquecimento do mercado de trabalho privado e do mercado de crédito livre. Segundo a SPE/ME, houve, ainda, uma melhora substancial na composição do PIB, com aumento do crescimento do PIB privado e do investimento privado.
O estudo destaca que as medidas estruturais adotadas para corrigir a má alocação de recursos – como o novo FGTS – foram responsáveis por melhorar as expectativas dos consumidores e dos empresários. Além disso, a aprovação da Nova Previdência e a austeridade fiscal garantiram, segundo a Secretaria, uma perspectiva fiscal de controle, reduzindo os juros estruturais, o que deve ser um fator adicional para estimular a economia em 2020.

Uma reflexão sobre o PIB 2019 de 1,1% neste 04/03/2020!

Para reflexão neste dia de PIB 2019 em 1,1%, texto do Daniel Pereira Andrade, professor de Sociologia da EAESP-FGV, hoje no Estadão:



É curioso notar que os economistas liberais, que sempre louvam a responsabilidade individual no mercado, nunca se responsabilizam pelos resultados das políticas econômicas que defendem. Não se vê, da parte dos economistas ortodoxos, nenhuma autocrítica, salvo raríssimas exceções. Suas teorias sobre o funcionamento dos mercados autorregulados e eficientes nunca são questionadas. Para os neoliberais, se a economia não funciona como o previsto, não é porque seus modelos lógico-dedutivos não são capazes de explicar a realidade, mas, inversamente, é porque a realidade política e social está atrapalhando o funcionando idealmente previsto do mercado. Invertem assim a lógica científica ao atribuir ao mundo, e não às suas teorias, o problema. Mesmo não havendo evidências de que reformas trabalhistas gerem empregos ou mesmo que as evidências disponíveis mostrem que políticas de austeridade geram contração ao invés de expansão econômica, os fatos do mundo real são ignorados em nome de seus modelos matemáticos. Os economistas ortodoxos “confundem as coisas da lógica com a lógica das coisas”, já advertia Pierre Bourdieu.

PIB do Brasil cresce 1,1% em 2019.


RIO DE JANEIRO (Reuters) - O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil desacelerou no quarto trimestre na comparação com os três meses anteriores, e a atividade econômica acumulou no ano expansão de 1,1%, resultado mais fraco em três anos.

Valor: Morre o jornalista Celso Pinto.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/03/03/morre-o-jornalista-celso-pinto.ghtml

segunda-feira, 2 de março de 2020

PIB cresceu 1,1% em 2019, projetam analistas - Valor Econômico em 02/03/2020.

Quando divulgar as Contas Nacionais na quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve confirmar o esperado: que o Produto Interno Bruto (PIB) fechou 2019 com um crescimento tímido, ao redor de 1%, pelo terceiro ano consecutivo. E com uma frustrante desaceleração no quarto trimestre na comparação com o terceiro. Mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data aponta que a economia cresceu 1,1%, após expansão de 1,3% em 2017 e em 2018.
No quarto trimestre, a mediana mostra alta de 0,5% na comparação com o terceiro trimestre, quando subiu 0,6%, feito o ajuste sazonal. O intervalo das projeções vai de 0,3% a 0,7%.

Statement from Federal Reserve Chair Jerome H. Powell.

The fundamentals of the U.S. economy remain strong. However, the coronavirus poses evolving risks to economic activity. The Federal Reserve is closely monitoring developments and their implications for the economic outlook. We will use our tools and act as appropriate to support the economy.

Jack Welch, ex-presidente da GE e apontado como gestor do século, morre aos 84 anos.

https://oglobo.globo.com/economia/jack-welch-ex-presidente-da-ge-apontado-como-gestor-do-seculo-morre-aos-84-anos-24280916

Estadão: "Se o governo gastar mais, a credibilidade acaba e o PIB cai', diz Sachsida.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,se-o-governo-gastar-mais-a-credibilidade-acaba-e-o-pib-cai-diz-sachsida,70003211657

Valor Investe: O dólar vai bater R$ 5 em março?

https://valorinveste.globo.com/mercados/moedas-e-juros/noticia/2020/03/02/o-dolar-vai-bater-r-5-em-marco.ghtml

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...