Pesquisa da BrandZ avaliou a marca Google em US$ 302 bilhões, contra US$ 300 bi da Apple. Em terceiro e quarto lugares estão a Amazon com US$ 207 bi e a Microsoft em US$ 200 bi.
http://brandz.com/charting/54
quarta-feira, 30 de maio de 2018
MEC reconhece o curso de Enfermagem na Faculdade Ateneu em Fortaleza.
FACULDADE ATENEU
SOCIEDADE EDUCACIONAL EDICE PORTELA LTDA
RUA MANUEL ARRUDA, 70, UNIDADE ACADÊMICA LAGOA DE MESSEJANA, MESSEJANA, FORTALEZA/CE
Em abril/2018 dívida bruta atinge recorde de 75,9% do PIB.
A Dívida Líquida do Setor Público atingiu R$3.448,1 bilhões (51,9% do PIB) em abril, reduzindo-se de 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior, majoritariamente em função da desvalorização cambial ocorrida no mês. No primeiro quadrimestre do ano, a expansão de 0,3 p.p. na relação DLSP/PIB decorreu da incorporação de juros nominais (aumento de 1,8 p.p.), do superávit primário (redução de 0,1 p.p.), do efeito da desvalorização cambial acumulada de 5,2% (redução de 0,8 p.p.) e do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,7 p.p.).
A Dívida Bruta do Governo Geral - que compreende o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais - alcançou R$5.045,7 bilhões em abril, equivalente a 75,9% do PIB, crescendo 0,6 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em março, e 1,9 p.p em relação ao final do ano anterior.
Seminário registra a evolução do regime de metas de inflação no Brasil.
Durante o XX Seminário de Metas para a Inflação, na semana passada no Rio de Janeiro (RJ), uma sessão especial comemorou a vigésima edição do seminário e registrou a evolução do Regime de Metas para a Inflação no país e seus desafios para o futuro. Para isso, contou com a presença de ex-membros da área de Política Econômica do BC, como Sergio Werlang, Afonso Bevilaqua, Eduardo Loyo, Mario Mesquita, Carlos Hamilton Araújo e Luiz Awazu Pereira.
No início do seminário, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, destacou a mudança na direção da política econômica, a redução da inflação, a ancoragem das expectativas, a queda nas taxas de juros e a melhoria das condições no mercado de crédito.
“Após dois anos de recessão, a economia brasileira cresceu 1,0% em 2017, o dobro do que era esperado no início daquele ano. Para 2018 e 2019 os analistas de mercado trabalham com a perspectiva de crescimento de 2,5% e 3,0%, respectivamente”, disse Ilan, destacando que os últimos indicadores de atividade econômica mostram arrefecimento, num contexto de recuperação consistente, mas gradual, da economia brasileira.
A aprovação e a implementação das reformas, em especial as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira foram citadas por ele como fundamentais para a sustentabilidade desse ambiente com inflação baixa e estável. Segundo Ilan, elas são essenciais para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia.
Ingressos para a 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo - 03 a 12/08/2018.
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Alexandre Schwartsman na Folha de S. Paulo.
"... o quadro eleitoral, com raras e improváveis exceções, é o reflexo de quem reclama dos privilégios alheios, mas se mobiliza como poucos para manter cada um dos seus".
IBGE: PIB cresce 0,4% no 1º tri de 2018 frente ao 4º tri de 2017.
No 1º trimestre de 2018, o PIB cresceu 0,4%, frente ao 4º trimestre de 2017, na série com ajuste sazonal. Foi o quinto resultado positivo após oito quedas consecutivas nesta base de comparação. A Agropecuária cresceu 1,4%, enquanto Indústria e Serviços mostraram variação positiva de 0,1%.
Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,6 trilhão, sendo R$ 1,4 trilhão de Valor Adicionado (VA) e R$ 240,5 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Em relação a igual período de 2017, houve crescimento de 1,2% no primeiro trimestre do ano, o quarto resultado positivo consecutivo nesta comparação. A Agropecuária caiu 2,6%, enquanto a indústria cresceu 1,6% e Serviços, 1,5%. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação positiva de 0,9% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 2,9%.
No primeiro trimestre de 2018, o Consumo das Famílias cresceu 2,8%, o quarto trimestre seguido de avanço na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB cresceu 1,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. A taxa de investimento chegou a 16,0% do PIB, acima do observado no mesmo período de 2017 (15,5%).
A taxa de poupança foi de 16,3% no primeiro trimestre de 2018 (ante 15,8% no mesmo período de 2017).
terça-feira, 29 de maio de 2018
O Globo: É urgente restabelecer o abastecimento.
O momento da greve de caminhoneiros é de se estabelecer a máxima prioridade para a cadeia de abastecimento voltar a funcionar sem obstáculos. É a única alternativa aceitável depois que o governo concordou com todas as reivindicações do setor, incluindo de empresas que atuam nos bastidores do movimento.
Leia mais:
Começando a entender o que é anomia...
Anomia é um conceito que se refere ao estado social de ausência de regras e normas, onde os indivíduos desconsideram o controle social que rege determinada sociedade.
Assim, as ditas sociedades anômicas são consideradas anárquicas, pois as pessoas deixam de seguir as referências sociais e morais que foram outrora estabelecidas por uma ordem comum.
Do ponto de vista teológico, a anomia consiste no descumprimento dos preceitos religiosos e das chamadas “leis de Deus”.
Mas, este termo ainda pode ser empregado em diferentes áreas do conhecimento, como na medicina, por exemplo. Neste caso, anomia se traduz como a incapacidade patológica de determinada pessoa para nomear objetos, mesmo sendo capaz de reconhecê-lo.
sábado, 26 de maio de 2018
The People vs. Democracy.
The People vs. Democracy: Why Our Freedom Is in Danger & How to Save It, by Yascha Mounk (Harvard University Press) The political scientist is preoccupied with two problems: the rise of populism (what he calls “democracy without rights”) and rights without democracy. A certain U.S. president makes an appearance, but this clear and pragmatic guide is about a global problem.
How Democracies Die.
How Democracies Die, by Steven Levitsky and Daniel Ziblatt (Crown Publishing Group):
The two Harvard political scientists—as disgusted by Trump as any critic of his critics—believe the current erosion of norms actually began during the last year of the Obama presidency, when Republicans refused to confirm Merrick Garland to the Supreme Court. But while they see nothing good in the spread of authoritarianism, they also offer historical examples of people who have fought against it and won.
Qual o gênero e a idade de mestres e doutores no Brasil?
Qual o gênero e a idade de mestres e doutores no Brasil?
A resposta você encontra clicando no endereço abaixo:
Folha: Os livros mais vendidos na semana 8/4 a 14/04/2018.
MAIS VENDIDOS
Teoria e Análise
1º/3º Gestão do Amanhã,"‚Sandro Magaldi e José Salibi Neto, Gente, R$ 49
2º/1º Scrum,"‚Jeff Sutherland, ed. LeYa, R$ 34,90
3º/5º Valsa Brasileira,"‚Laura Carvalho, ed. Todavia, R$ 49,90
4º/2º Marketing 4.0,"‚Philip Kotler, Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan, ed. Sextante, R$ 49,90
5º/4º Rápido e Devagar,"‚Daniel Kahneman, Objetiva, R$ 62,90
Práticas e Pessoas
1º/1º A Sutil Arte de Ligar o F*da-se,"‚Mark Manson,Intrínseca, R$ 29,90
2º/2º Seja Foda!,"‚Caio Carneiro, Buzz, R$ 39,90
3º/3º O Poder da Ação,"‚Paulo Vieira, ed. Gente, R$ 29,90
4º/4º Os Segredos da Mente Milionária,"‚T. Harv Eker, editora Sextante, R$ 29,90
5º/5º O Poder da Autorresponsabilidade,"‚Paulo Vieira, Gente, R$ 19,90
Lista feita com amostra informada pelas livrarias Curitiba, Fnac, da Folha, Saraiva e Argumento; os preços são referências do mercado e podem variar; semana de 8/4 a 14/4; entre parênteses, a posição na semana anterior
sexta-feira, 25 de maio de 2018
Cenário externo se tornou mais desafiador, diz presidente do BC.
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse, na manhã de hoje (25), que o cenário externo ficou mais desafiador e que as reações da política monetária a choques externos não podem ser "nem oito, nem oitenta". Ilan Goldfajn fez palestra de abertura do 20º seminário anual de metas para a inflação, na sede do Banco Central no Rio de Janeiro.
"O cenário internacional tem se tornado mais desafiador e os efeitos de movimentos nas economias avançadas sobre as economias emergentes podem ser relevantes. A normalização nos níveis de taxas de juros em algumas economias maduras tem produzido ajustes em preços de ativos e volatilidade nas condições financeiras no mercado internacional", disse o presidente do BC.
quinta-feira, 24 de maio de 2018
O que diz Morgan Freeman sobre acusação de assédio sexual.
"Qualquer um que me conhece ou que trabalhou comigo sabe que não sou alguém que intencionalmente ofenderia ou deixaria alguém desconfortável de propósito. Eu peço desculpas a qualquer pessoa que se sentiu desconfortável ou desrespeitado — isso nunca foi a minha intenção".
quarta-feira, 23 de maio de 2018
A partir de julho, Fortaleza mais próxima do mundo.
O Governo do Ceará e a LATAM Airlines Brasil firmaram acordo para a criação de novos voos no Estado, em uma parceria de longo prazo que visa a fomentar o turismo local e contribuir para o desenvolvimento de diversos setores da economia cearense. O termo prevê que, a partir de julho de 2018, seja ampliado em 25% o número médio de chegadas e partidas domésticas diárias da LATAM em Fortaleza. Já no mercado internacional, o aumento será de cinco vezes, passando de 2 para 10 a quantidade semanal de chegadas e partidas internacionais da companhia em Fortaleza.
Além disso, para os próximos meses, a operadora de turismo LATAM Travel planeja ações coordenadas com o objetivo de concentrar esforços para promover a capital cearense como um dos principais destinos turísticos da operadora no Brasil, aproveitando a capilaridade da sua rede de lojas e o incremento de malha aérea previsto para a cidade. As iniciativas corroboram para o fomento de toda a cadeia turística cearense, envolvendo redes hoteleiras, aeroporto e demais parceiros locais.
terça-feira, 22 de maio de 2018
Governo edita medida para extinguir o Fundo Soberano do Brasil.
O presidente da República, Michel Temer, assinou nesta segunda-feira (21) medida provisória extinguindo o Fundo Soberano do Brasil (FSB). Parte das 15 medidas prioritárias anunciadas pelo Governo do Brasil em fevereiro, a MP será publicada na edição desta terça-feira (22) do Diário Oficial da União (DOU).
Criado em um momento de superávit nas contas, o FSB não era mais operante. A edição da medida provisória, que ainda será analisada pelo Congresso Nacional, permite que os recursos do fundo sejam usados para o pagamento da dívida pública federal. O texto também extingue o Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil (CDFSB).
Fonte: Planalto.
Governo reduz expectativa do PIB 2018 para 2,5%.
O governo federal modificou a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, para 2,5%, em 2018. A projeção está no Relatório de Despesas e Receitas do segundo bimestre (março e abril), apresentado nesta terça-feira (22). Nos dois primeiros meses do ano, a expectativa de crescimento da economia era de 3%. Com isso, o valor do PIB nominal estimado pelo governo é R$ 6,968 trilhões.
Também houve mudanças na projeção da inflação para o ano, medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Em relação ao primeiro bimestre, quando a inflação estimada pelo governo era de 3,64%, agora a expectativa é que os preços subam, na média, cerca de 3,11%.
As projeções do governo se aproximam da estimativa do mercado financeiro, anunciada no início da semana, que também ajustou expectativas para o crescimento do PIB e variação da inflação.
Ensino a distância cresce mais que presencial, mas gera desconfiança.
Apesar de crescer em ritmo mais acelerado que o ensino presencial, a educação a distância (EaD) não é a primeira opção para a maioria das pessoas que buscam uma graduação. A desconfiança é grande. Pesquisa divulgada hoje (22) pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) - que representa grande parte do ensino superior particular do país - mostra que 62% dos entrevistados acreditam que a qualidade dessa modalidade não é bem avaliada no mercado de trabalho e 56% dizem que preferem o ensino presencial.
A pesquisa mostra ainda desconforto em ter a maior parte das aulas pela internet: 62% dos estudantes e potenciais alunos dizem que acreditam que as instituições de ensino EaD não oferecem suporte para tirar dúvida na hora e 37% dizem que têm dificuldade com sistema de aula online.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
PIB do Brasil cresce 0,9% no primeiro trimestre, aponta FGV.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 0,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o PIB avançou 0,3%, de acordo com monitoramento divulgado pela Fundação Getulio Vargas nesta segunda-feira (21). Em 12 meses, o PIB acumula taxa de crescimento de 1,2%.
Na comparação com o ano passado, o destaque positivo foi a melhora das atividades de transformação (4,6%) e comércio (4,8%). “A economia continua apresentando crescimento no primeiro trimestre de 2018, invertendo a trajetória declinante observada até o quarto trimestre de 2017, de acordo com a série com ajuste sazonal", afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.
Já o consumo das famílias teve crescimento de 1,5%. O principal componente a contribuir com esse resultado foi o consumo de produtos duráveis, que cresceu 12,4%. Todos os outros itens apresentaram taxas positivas, a exceção foi o consumo de serviços, que ficou negativo (-0,7%) após cinco meses consecutivos de crescimento.
Fonte: Governo do Brasil, com informações da Fundação Getúlio Vargas.
Andrew Solomon e o seu "Lugares Distantes - Como Viajar Pode Mudar o Mundo".
Conheci Andrew Solomon através do seu especial "O DEMÔNIO DO MEIO-DIA", porém é com satisfação que lendo o atual LUGARES DISTANTES fica mais evidente a famosa frase de Agostinho de Hipona: "O mundo é um livro, e os que não viajam leem apenas uma página".
FMI no Valor Econômico.
O Valor começa a publicar em seu site os textos do blog Diálogo a Fondo, página em que autoridades e especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) discutem temas econômicos e políticos de relevância para a América Latina.
Com medidas e recuperação da economia, Brasil cria mais de 336,8 mil empregos em 2018.
Com as medidas implantadas pelo governo tirando o Brasil da recessão e permitindo a recuperação da economia, uma das consequências diretas é a volta do emprego aos brasileiros. Em abril, o País teve saldo positivo de postos de trabalho pelo quarto mês consecutivo. Em 2018, já são 336.855 empregos criados em todo o Brasil.
Redução da inflação, queda dos juros, diminuição da burocracia, a modernização trabalhista e a retomada dos investimentos públicos são alguns dos exemplos que tornam melhor o ambiente de negócios. “Isso mostra que o Brasil começa a investir e a comprar máquinas e equipamentos, o que certamente trará resultado bastante positivo no futuro”, avaliou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, ao ressaltar o crescimento da indústria de transformação, que produz maquinário para os outros setores.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicado nesta sexta-feira (18) pelo Ministério do Trabalho, 115.898 carteiras foram assinadas em abril. O resultado positivo no mês foi observado em todas as cinco regiões, com destaque para o Sudeste, onde foram registradas 78.074 vagas a mais que em março.
Neal Bascomb é economista e um ótimo escritor.
Minha indicação de leitura para este quase início de inverno é o ótimo NEAL BASCOMB, do qual li A FORTALEZA DE INVERNO e CAÇANDO EICHMANN.
Recomendo!
Focus: PIB 2018 em 2,50% e o dólar previsto de R$ 3,43.
De acordo com o Relatório Focus, divulgado há pouco pelo Banco Central, o mercado fez pequenos ajustes em suas projeções para o câmbio, inflação e PIB deste ano.
No caso das expectativas para o IPCA, a mediana avançou de 3,45% para 3,50% para este ano, e de 4,00% para 4,01% para o próximo.
No câmbio, a mediana das expectativas avançou novamente, passando de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,43 para o final de 2018 e de R$/US$ 3,40 para R$/US$ 3,45 para o fim de 2019.
Já a mediana das expectativas para o crescimento do PIB para 2018 recuou de 2,51% para 2,50%, enquanto que para o ano que vem a mediana seguiu indicando expansão de 3,0%.
Por fim, as medianas das expectativas para a taxa Selic deste ano e do próximo se mantiveram em 6,25% (não refletindo ainda a última decisão do Copom em manter a taxa inalterada) e 8,00%, respectivamente.
domingo, 20 de maio de 2018
Com alta do dólar, brasileiros devem optar por turismo interno.
A disparada do dólar pode tornar as viagens ao exterior muito mais caras. Por isso, especialistas acreditam que consumidores devem trocar viagens para Estados Unidos e Europa pelo turismo interno ou escolher países da América do Sul.
Na última sexta-feira (18), o dólar turismo chegou a R$ 3,95, com alta de 1,02%, enquanto o dólar comercial, usado no comércio exterior, fechou o dia cotado a R$ 3,74, com um aumento de 1,04% em relação ao dia anterior. A alta acumulada da semana chegou a 3,85%. O euro fechou a sexta-feira cotado a R$ 4,40, com alta de 0,9%.
O professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fábio Gallo acredita que haverá uma mudança efetiva no patamar do dólar. “O rally do dólar começou pesado. No primeiro momento, o dólar sobe bastante e depois se acomoda em um patamar mais baixo do que está hoje, mas deve ficar em algo perto de R$ 3,50. Não volta ao que era antes. Isso afeta de imediato a área de turismo, porque está muito caro”, disse.
O diretor-executivo da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional), Gervásio Tanabe, acredita que os brasileiros que planejaram a viagem com meses ou anos de antecedência devem seguir com os planos de viajar. “Nesse caso, há sim uma preocupação de quanto vai gastar em função da alta dólar porque não é só passagem e hotel. Tem o consumo, as compras. Então, ele pensa em economizar um pouco mais”, disse.
Fatores externos e internos explicam alta do dólar, dizem economistas.
O dólar encerrou a semana com aumento de 3,85%, vendido a R$ 3,74 e ultrapassando a barreira dos R$ 4 nas casas de câmbio do país. Desde o começo do ano, a moeda norte-americana acumula alta de 11,3%. Economistas ouvidos pela Agência Brasil apontam que uma combinação de fatores internacionais, relacionados aos Estados Unidos, com preocupações domésticas, principalmente o cenário eleitoral, explicam a volatilidade do dólar, com tendência de alta ainda maior nas próximas semanas.
Tempo gasto em computadores afeta bem-estar de jovens, diz pesquisa.
Ficar em frente a telas para navegar na internet, acessar redes sociais ou jogar videogame tem impacto negativo no bem-estar de adolescentes. A tese é de uma pesquisa conduzida por três acadêmicos das universidades da Georgia e de San Diego, nos Estados Unidos, publicada neste ano. Os investigadores analisaram dados de um levantamento anual feito no país com respostas de mais de 1 milhão de meninos e meninas.
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Y&R é a vencedora do melhor comercial do Brasil.
O filme de fim de ano da operadora Vivo, criado pela Y&R, que convidava as pessoas a repensarem os conceitos (e pré-conceitos) foi eleito vencedor do prêmio Melhor Comercial do Brasil, promovido pelo SBT pelo sétimo ano consecutivo.
Um júri composto por 17 profissionais do mercado publicitário participaram da eleição, realizada nesta quarta-feira, 16. A partir de um shortlist de dez campanhas, os jurados concederam a maior pontuação à campanha da Y&R, tornando-a, assim, a vencedora do ano.
O Melhor Comercial do Brasil, iniciativa promovida pela emissora para estreitar os laços com o mercado publicitário, avalia o comercial mais criativo veiculado no ano anterior, na programação nacional do SBT. Uma comissão interna da emissora faz uma avaliação prévia das campanhas e seleciona as 30 melhores, que começam a passar pela avaliação do júri. Neste ano, portanto, concorreram campanhas veiculadas em 2017.
“Esse prêmio só existe pelo engajamento dos profissionais das agências, que receberam muito bem a ideia e que fazem questão de participar, inscrevendo peças de muita qualidade”, comenta Marcelo Parada, diretor comercial do SBT.
Como prêmio, a agência e o anunciante da campanha vencedora ganham duas viagens para a edição deste ano do Cannes Lions. Confira o comercial ganhador:
BC surpreende e mantém juros em 6,5%, após 12 cortes seguidos.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (16) manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano, após 12 cortes seguidos, que começaram em 2016. A decisão foi unânime e surpreendeu analistas de mercado, que apostavam em um corte de 0,25 ponto percentual. Ainda assim, os juros continuam em seu menor nível desde que o Copom foi criado, em 1996, e a poupança continua rendendo menos.
Orçamento de R$ 85,5 bilhões do FGTS poderá beneficiar mais de 41 milhões de pessoas
Para financiamento de obras de habitação, saneamento e infraestrutura, o orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) neste ano será de R$ 85,5 bilhões. O Conselho Curador do Ministério do Trabalho definiu que, desse total, a maior parte irá para a habitação, R$ 69,47 bilhões, sendo R$ 62 bilhões voltados para a habitação popular. Cerca de 528 mil pessoas poderão contratar financiamentos de moradias caso o valor seja totalmente utilizado.
A infraestrutura urbana irá receber a segunda maior parte do orçamento, R$ 8,68 bilhões, seguida pelo saneamento básico, que vai receber R$ 6,86 bilhões até o fim do ano. De acordo com a pasta, os recursos nesses dois setores irão beneficiar 41,8 milhões de brasileiros. A previsão orçamentária para os próximos anos definiu que serão R$ 81,5 bilhões em 2019, R$ 81,5 bilhões em 2010 e R$ 81 bilhões em 2021.
Fonte: Ministério do Trabalho
Fazenda poderá rever para baixo projeção do PIB 2018.
O Ministério da Fazenda poderá rever para menos a previsão de crescimento do país neste ano, informou hoje (16) o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida. A previsão atual é de aumento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas pelo país).
A declaração foi feita a jornalistas após a divulgação, nesta manhã, do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que teve retração 0,13% de janeiro a março, comparado ao do último trimestre do ano passado.O IBC-Br foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. O indicador oficial é o PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que será divulgado no próximo dia 30.
"Não é novidade para ninguém que, nos últimos meses, alguns indicadores de atividade estão vindo um pouco mais fracos do que se esperava", disse Mansueto. "A Fazenda está revendo o modelo. Possivelmente, a gente vá ter algum resultado de qual o número da Fazenda, talvez na semana que vem, durante a revisão das metas bimestrais. Se houver um novo número", ponderou.
O secretário do Tesouro ressaltou que o mercado também revisou a meta: a projeção passou de cerca de 3,5% a 4% para 2,5% a 3%. No último boletim Focus, a estimativa do mercado foi de 2,51%.
"Vamos levar em conta que saímos de dois anos muito difíceis, dois anos seguidos de queda de PIB. No Brasil, é algo anormal o que aconteceu em 2015 e 2016. A última vez que isso aconteceu foi no inicio da década de 30", disse Mansueto.
Ele ressaltou que a arrecadação não está sendo afetada e cresce em ritmo mais acelerado que a produção do país. Com crescimento de 3,95%, a arrecadação teve o melhor resultado para março desde 2015. "O mês de abril ainda não tem número fechado, mas [a arrecadação] também foi boa, além das expectativas."
16/05/2018: Enquanto isso o dólar passa dos R$ 4,00.
Dólar turismo ultrapassa R$ 4 nas casas de câmbio, maior valor em mais de dois anos. Em São Paulo, a moeda americana era vendida nesta terça-feira a R$ 3,92 em dinheiro e R$ 4,08 no cartão pré-pago, já considerando o IOF. A cotação do dólar comercial, usado nas transações entre empresas, era de R$ 3,67. O real é a terceira moeda que mais perdeu valor frente ao dólar, entre janeiro e maio deste ano, ficando só atrás da lira turca e do peso argentino.
Fonte:LinkedIn
IBC-Br: Atividade econômica tem queda de 0,13% no primeiro trimestre.
A atividade econômica registrou queda no primeiro trimestre deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), dessazonalizado (ajustado para o período), teve retração 0,13% de janeiro a março, comparado ao último trimestre de 2017, de acordo com dados divulgados hoje (16).
Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, houve crescimento de 0,86% (sem ajuste para o período). Em 12 meses encerrados em março, o indicador apresentou crescimento de 1,05%.
Em março, comparado ao mesmo mês de 2017, houve queda de 0,66%. Na comparação com fevereiro, o índice registrou retração de 0,74%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Morre o economista e professor Fernando Cardim de Carvalho.
Possui graduação pela Universidade de São Paulo (1975), mestrado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1978) e doutorado em Economia - Rutgers, the State University of New Jersey (1986). Atualmente é Professor Emérito de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultor de várias instituições, entre as quais Banco Central do Brasil, BNDES, FINEP, Anbima, iBASE, Action Aid USA, United Nations - CEPAL, United Nations - DESA. Editor Associado do Journal of Post Keynesian Economics. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Teoria Econômica, atuando principalmente nos seguintes temas: macroeconomia, economia brasileira, política econômica, economia internacional, crescimento e desenvolvimento.
terça-feira, 15 de maio de 2018
A subida do dólar na avaliação do ministro da Fazenda Eduardo Guardia.
“No curto prazo, é um movimento internacional de fortalecimento do dólar e o Brasil não está imune a isso”, disse o ministro.
Ontem (14), o dólar comercial fechou o dia cotado R$ 3,628, uma alta de 0,73%. Esse foi o maior valor desde abril de 2016, quando a moeda chegou a valer R$ 3,693. Hoje, às 12h10, o dólar estava cotado a R$ 3,68, com alta de 1,4%.
“Vejo como uma tendência internacional de fortalecimento do dólar. Se nós olharmos para os países emergentes ou para as principais moedas, elas estão se desvalorizando vis-à-vis o dólar”, destacou o ministro.
Segundo o ministro, o governo deve manter a estratégia de ajuste fiscal para fazer frente a alta do dólar. “A melhor resposta do governo é persistir trabalhando no processo de consolidação fiscal, aumentar a produtividade, reduzir custos para tornar a economia brasileira mais eficiente. Temos um cenário de contas externas muito favorável, temos reservas internacionais, temos um pequeno déficit em transações correntes, que é amplamente financiável pelos investimentos diretos estrangeiros, a inflação está baixa, um processo de redução da taxa de juros”, disse.
A alta do dólar ocorre mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Na última sexta-feira (11), após o fechamento do mercado, o banco anunciou ajustes nos leilões de contratos de sawps cambiais, equivalentes à venda de dólares mercado futuro. O BC passou a fazer leilões com vencimento em junho e antecipou operações adicionais.
Com os ajustes, hoje (14) o BC iniciou a oferta diária de rolagem integral de 4.225 contratos, com vencimento em junho. Além disso, passou a fazer a oferta adicional de 5 mil novos contratos ao longo do mês e não apenas ao final como estava previsto.
Dólar bate novo recorde de alta e fecha em R$ 3,661.
Pelo terceiro pregão consecutivo, o dólar fechou novamente em alta hoje (15), cotado a R$ 3,661. Assim como ontem (14), a alta da moeda norte-americana bateu recorde e é a maior em dois anos. A última vez que o dólar ultrapassou esse valor foi no dia 7 de abril de 2016, quando encerrou o dia vendido a R$ 3,694.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em queda de 0,12%, a 85.130 pontos.
A alta do dólar ocorre mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado de câmbio. Na última sexta-feira (11), após o fechamento do mercado, o banco anunciou ajustes nos leilões de contratos de sawps cambiais, equivalentes à venda de dólares mercado futuro. O BC passou a fazer leilões com vencimento em junho e antecipou operações adicionais.
Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB 2018 de 2,70% para 2,51%.
O mercado financeiro reduziu novamente a estimativa para o crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, agora passou de 2,70% para 2,51%. Essa foi a segunda queda consecutiva. Para 2019, a previsão permanece em 3%.
As estimativas são do boletim Focus, publicação divulgada às segundas-feiras pelo Banco Central (BC), na internet.
Educação financeira pode reduzir endividamento excessivo, diz Goldfajn.
A melhoria dos níveis de educação financeira leva a uma demanda e uso mais responsável do crédito, com menor risco de endividamento excessivo e, portanto, uma menor inadimplência. A avaliação foi feita pelo presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, hoje (14), em Brasília, durante a abertura da 5ª Semana Nacional de Educação Financeira.
“Esses efeitos contribuem para a redução do custo do crédito”, disse Goldfajn, acrescentando que ao aumentar a propensão do cidadão a poupar, a educação financeira estimula o desenvolvimento econômico do país e para o bem-estar da população.
MEC autoriza 3 novos cursos de Medicina: Itabuna, Piracicaba e Vilhena.
Fica autorizado o curso de Medicina (código e-MEC 1399616), bacharelado, com 85 (oitenta e cinco) vagas totais anuais e prazo mínimo para integralização de 6 (seis) anos, a ser ministrado à Avenida José Soares Pinheiro, nº 3270, Bairro Nova Itabuna, no Município de Itabuna, Estado da Bahia, pela Faculdade Santo Agostinho de Itabuna (código e-MEC 22088), mantida pelo Instituto Educacional Santo Agostinho LTDA (código e-MEC 1264), com sede à Rua Osmane Barbosa, nº 937, Bairro Conjunto Residencial JK, no Município de Montes Claros/MG.
Fica autorizado o curso de Medicina (código e-MEC 1399477), bacharelado, com 75 (setenta e cinco) vagas totais anuais e prazo mínimo para integralização de 6 (seis) anos, a ser ministrado à Avenida Rio das Pedras, nº 1601, Bairro Piracicamirim, no Município de Piracicaba, Estado de São Paulo, pela Universidade Anhembi Morumbi (código e-MEC 466), mantida pela ISCP - Sociedade Educacional LTDA (código e-MEC 321), com sede à Rua Doutor Almeida Lima, nº 1124, Bairro da Mooca, no Município de São Paulo/SP.
Fica autorizado o curso de Medicina (código e-MEC 1427420), bacharelado, com 50 (cinquenta) vagas totais anuais e prazo mínimo para integralização de 6 (seis) anos, a ser ministrado à Rua Cleber Mafra de Souza, nº 8735, Residencial Orleans, no Município de Vilhena, Estado de Rondônia, pela Faculdade de Educação e Cultura de Vilhena (código e-MEC 11645), mantida pela Associação Educacional de Rondônia (código e-MEC 525), com sede à Rua dos Esportes, nº 1.038, Bairro Incra, no Município de Cacoal/RO.
https://bit.ly/2IDxClNquinta-feira, 22 de março de 2018
William Waack no Estadão: A clara encruzilhada.
Parece bem distante de nós o Brasil do comecinho de 1975, quando escrevi pela primeira vez para o Estadão. Mas é fácil voltar no tempo graças às excelentes ferramentas do Acervo do jornal. E duas manchetes de março daquele ano – quando comecei como freelancer do jornal na então Alemanha Ocidental – chamaram minha atenção: “Geisel diz que o Brasil introduziu o planejamento estatal”. E a outra: “Sarney pede estabilidade institucional”.
Quarenta e três anos depois, diante de decisivas eleições em outubro de 2018, este é o País que ainda convive com clãs políticos como o do Sarney, e carrega também a figura quase mítica da intervenção estatal na economia, simbolizada pelo general Geisel?
Experimentamos nestas mais de quatro décadas a tentativa, levada adiante por mais de uma geração, de democratizar o Brasil, torná-lo menos desigual e construir nele um Estado de bem-estar social – que quebrou. E, lá fora, no mundo que continua tão distante para nós, passamos pelo fim da ideia (o fim do fim da História) de que prevaleceria no planeta a ordem democrática liberal – que está sendo quebrada.
Fui correspondente internacional em várias fases por 21 anos na Europa e Estados Unidos e me acostumei a ter de explicar nosso país para públicos estrangeiros. Acabei sendo surpreendido, semana passada, pela pergunta aparentemente simples feita por um alto executivo de uma multinacional alemã, que veio pela primeira vez a São Paulo com a missão, atribuída pela diretoria da empresa dele, de escrever um relatório sobre megatendências nos países emergentes. “Onde o senhor acha que o Brasil estará daqui a 20 anos?”, foi a pergunta.
A ouvi-la quase engasguei com a carne da excelente churrascaria (afinal, somos uma extraordinária potência agrícola, que a gente adora demonstrar para estrangeiros). Olhando para os últimos 40 anos, também para os últimos 20, e tentando enxergar adiante, minha tentação inicial era dizer pro alemão, que acabara de chegar a São Paulo vindo de Xangai: “Seremos mais do mesmo”. Um país aquém do que poderia ser, mas com bolsões de excelência. Grande e rico em recursos, mas pequeno no cenário internacional. Democrático e seguindo mais ou menos as regras de um estado de direito, mas com instituições sempre sob ameaça. Cheio de vigor e criatividade, mas sufocado por regulação, burocracia e corrupção. Já não tão jovem.
“Depende”, acabei dizendo, “daquilo que os brasileiros decidirem no final do ano”. A encruzilhada é clara: vamos seguir a trilha rumo a um país mais aberto, mais justo, que facilita e dá mais oportunidades a qualquer um de empreender, crescer, prosperar? Ou deixaremos que o corporativismo (não só estatal), o populismo fiscal irresponsável (não importa a coloração política) continuem mandando como fizeram particularmente nos últimos anos? O eleitorado entendeu a gravidade das escolhas – e o apego a ideias erradas – que nos levaram ao desastre?
Boa parte do debate no momento está dominada pela selvageria e boçalidade que fizeram de redes sociais sobretudo o lugar da gritaria organizada. E capenga por conta da percepção de que faltam lideranças capazes de criar narrativas políticas mais abrangentes do que o debate circular dentro de tribos de já convertidos. O que torna as próximas eleições particularmente perigosas é o fato de estarem abertas e imprevisíveis.
Há, sim, transformações profundas de cultura política e mentalidades acontecendo no País, mas não há garantia de que elas progridam simplesmente pelo fato de cofres públicos vazios imporem claros limites a qualquer projeto populista. Indignação frente à corrupção também não é suficiente. Não existe inevitável em História, aprendi como repórter. Mas escolhas trazem consequências.
segunda-feira, 5 de março de 2018
Boletim Focus: PIB 2018 estimado em 2,90%.
O mercado financeiro reduziu pela quinta semana seguida a estimativa para a inflação este ano. A expectativa de bancos e outras instituições para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,73% para 3,70%, de acordo com o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC) sobre os principais indicadores econômicos.
A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação foi levemente reduzida do centro da meta (4,25%) para 4,24%.
Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,75% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
De acordo com a previsão das instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 no atual patamar e subirá ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano.
A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, subiu pela terceira vez seguida, ao passar de 2,89% para 2,90%. Para 2019, a projeção é mantida em 3% há cinco semanas consecutivas.
Affonso Celso Pastore no Estadão: A realidade e os mitos das contas externas.
Apesar das dificuldades na aprovação das reformas fiscais impopulares, como a da Previdência, o País entrou em uma recuperação cíclica que, na minha interpretação, é a consequência da execução competente da política monetária e do sucesso na aprovação de algumas reformas, como o teto de gastos e a trabalhista.
Entretanto, discordo da interpretação de que o segredo da continuidade da recuperação está nos elevados superávits comerciais, que em 2017 atingiram US$ 67 bilhões. Em parte, apenas, isto se deve a um crescimento das exportações, induzido pela aceleração do crescimento mundial e pelo bom comportamento dos preços de commodities. O grosso daquela elevação se deve ao desabamento das importações, que caíram perto de 40% entre o pico, no biênio 2013/14, e o vale, no biênio 2016/17.
Por que as importações desabaram? Há muito que venho chamando a atenção para a extrema dependência, no Brasil, dos investimentos em capital fixo com relação às importações totais, e não apenas às importações de máquinas e equipamentos. Quem tiver dúvidas é convidado a comparar as séries de importações e da formação bruta de capital fixo publicadas nas contas nacionais, e descobrirá que ambas caminham muito próximas. Com o auxílio de técnicas econométricas simples descobrirá, também, que os movimentos da formação bruta de capital fixo precedem no tempo os movimentos das importações.
A primeira conclusão é que, a menos que os efeitos ocorressem antes das causas, o desabamento das importações é uma consequência da forte queda da formação bruta de capital fixo. A segunda é que os elevados superávits comerciais são uma manifestação da doença que nos levou a uma profunda recessão, seguida de uma recuperação que é firme, mas ainda é lenta.
Quando o ciclo de reformas tiver levado à queda de riscos e à sustentação da taxa real de juros em níveis baixos, assistiremos a uma recuperação da formação bruta de capital fixo e a um aumento de importações, com menores superávits ou mesmo déficits na balança comercial, e o aumento dos déficits nas contas correntes. Porém, tal comportamento não é reflexo de uma doença, e sim uma manifestação da saúde da economia, que voltou a crescer. Ao contrário de países nos quais as poupanças domésticas excedem os investimentos, gerando superávits nas contas correntes (como na China), tornando-se exportadores de capitais, o crescimento brasileiro ocorre ao lado de déficits que o obrigam a ser um importador de capitais.
Neste ponto vale a pena uma incursão no campo do balanço de pagamentos. Contrariando um comportamento que se manteve desde o início do regime de metas de inflação até o início de 2012, nestes últimos anos o Banco Central saiu totalmente do mercado à vista de câmbio, restringindo suas intervenções apenas ao mercado futuro. Tal procedimento também interfere com a taxa cambial, mas ao sair do mercado à vista gera uma situação na qual o balanço de pagamentos tem, forçosamente, que oscilar em torno do equilíbrio.
Quem duvidar desta proposição é convidado a tomar os dados publicados pelo Banco Central e comparar duas séries: os saldos nas contas correntes e os saldos nas contas financeira e de capitais (que incluem os investimentos diretos e os investimentos em carteira). Ficará evidente que as saídas líquidas (os déficits nas contas correntes) são quase que integralmente compensados pelas entradas líquidas (os superávits nas contas financeira e de capital), com o balanço de pagamentos gravitando em torno do equilíbrio.
Se no futuro uma escalada nos investimentos em capital fixo levar a um forte aumento no déficit nas contas correntes, ocorrendo ao lado de uma baixa entrada de capitais, o real tenderá a se depreciar, ocorrendo o inverso se os ingressos de capitais superarem o déficit nas contas correntes. O argumento que nunca foi entendido pelos proponentes dos controles de capitais é que são estes ingressos que permitem financiar déficits elevados nas contas correntes, sem os quais a taxa de investimentos não poderia se elevar, acelerando o crescimento.
É pena que ideias erradas continuem sendo debatidas como se fossem verdades.
domingo, 4 de março de 2018
Lira Neto na Folha: "Masturbação intelectual?"
Só descobri que viria a ser jornalista relativamente tarde. Até por volta dos 30 anos, não tinha a mais remota ideia de que um dia abraçaria tal profissão. Antes, abandonara duas faculdades e exercera uma mixórdia de atividades, atuando como topógrafo, técnico de raio-x, balconista de loja e professor de ensino fundamental, entre outros tantos bicos e ofícios.
Quando me reinventei como profissional e pisei pela primeira vez em uma Redação de jornal, em 1990, já era trintão, embora ainda aluno do curso de comunicação social da Universidade Federal do Ceará. Enfim graduado, na qualidade de tiozão entre os formandos, trabalhei cerca de oito anos como repórter e editor. Até que, perto de completar 40 anos, por volta de 2000, dei nova guinada e decidi abandonar o jornalismo diário.
No cotidiano das Redações, havia algo a me exasperar. A ligeireza do processo de produção da notícia e a exiguidade do texto, características inerentes ao fazer jornalístico, logo me pareceram incômodas. Como antídoto a essa dupla pressão exercida pelas restrições de tempo e de espaço, resolvi me reinventar mais uma vez, dessa feita escrevendo livros.
Foi a forma que encontrei para poder me dedicar, por anos a fio, ao desenvolvimento e à investigação rigorosa de uma história, em vez de me submeter à lógica da apuração instantânea e da busca apreensiva pelo "furo". Além disso, no lugar das poucas linhas e do número contado de caracteres na hora de redigir, passei a dispor de centenas de páginas para aprofundar o resultado das longas explorações em bibliotecas e arquivos.
Assim, nos últimos 15 anos, tenho publicado uma série de livros históricos e biográficos, cujo retorno de público e de crítica me fizeram acreditar que tomei decisão razoável. A despeito disso, continuei a me identificar, essencialmente, como jornalista ou, melhor, como repórter.
Durante esse período, mantive deliberada distância da universidade, amparado na falsa convicção de que o mundo acadêmico seria, por definição, como gostamos de dizer com soberba os jornalistas, o território da mera "masturbação intelectual".
Partilhava de preconceito típico aos colegas, sentimento quase sempre decorrente da combinação entre arrogância e frivolidade. Hoje, porém, quando testemunhamos a rendição progressiva do jornalismo ao entretenimento, o esvaziamento inegável das Redações, o culto votivo às celebridades e a renúncia categórica ao pensamento complexo, essa birra, essa resistência à universidade, mostra-se cada vez mais danosa à própria imprensa.
Na época em que prevalecem as "fake news" e os vitupérios das milícias virtuais, a qualificação do debate é condição imprescindível à sobrevivência do jornalismo. Foi essa certeza que me fez, recentemente, buscar uma reaproximação efetiva com a universidade. Nesta semana, defenderei dissertação de mestrado, em comunicação e semiótica.
Já antevejo algum colega mais incorrigível lendo este texto e, entre risinhos e tapando um dos olhos com a mão, repetir a parvoíce: "Semiótica não passa de uma 'semi-ótica', ou seja, uma ótica pela metade".
Com mais de 50 anos de idade, preparo-me, em simultâneo, para um futuro doutorado. Nunca tive receio da reinvenção pessoal e profissional. O convívio acadêmico tem me feito experimentar o reencontro da busca pelo conhecimento com a alegria, a fusão da inquietação intelectual com o prazer.
Exatamente no momento em que a universidade parece ser um dos alvos prioritários da onda obscurantista que procura nos engolfar, passei a me sentir ainda mais socialmente útil. E em casa.
Este é meu último texto como colunista da Folha. Por decisão do jornal, a partir de hoje, deixo de ocupar este espaço domingueiro.
Durante dez meses, somando 22 colaborações, procurei corresponder à confiança dos editores que me cederam lugar tão nobre, garantindo-me a prerrogativa de escrever com absoluta liberdade. Aqui, em um caderno de variedades, busquei assumir perspectivas dissonantes quanto aos temas sobre os quais me pautei, lançando dúvidas, questionamentos e inquietações para além dos limites estreitos da indústria cultural, da vozearia babélica das redes sociais e das contingências epidérmicas do noticiário.
Embora por período tão abreviado de tempo, agradeço à Folha a possibilidade de fazê-lo. Até uma próxima oportunidade.
quinta-feira, 1 de março de 2018
PIB 2017 cresce 1% e fecha ano em R$ 6,6 trilhões.
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, fechou o ano de 2017 com crescimento de 1%, na comparação com 2016. Em valores correntes, o valor do PIB em 2017 atingiu R$ 6,6 trilhões.Em 2015 e em 2016, o resultado ficou negativo em 3,5%.
Os dados foram divulgados hoje (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com os resultados das contas nacionais trimestrais e o fechamento do ano.
Em 2017, contribuíram para o resultado as altas de 13% na agropecuária e de 0,3% nos serviços, além da estabilidade nas indústrias. O resultado da agropecuária foi o melhor do ano em toda a série, iniciada em 1996.
O PIB per capita subiu 0,2% em termos reais, ficando em R$ 31,587. A taxa de investimento no ano foi de 15,6% do PIB, abaixo dos 16,1% de 2016. Já a taxa de poupança aumentou, indo de 13,9% em 2016 para 14,8% em 2017.
Na série com ajuste sazonal, o resultado do último trimestre do ano foi de crescimento de 0,1%, na comparação com o terceiro trimestre. Em relação ao quarto trimestre de 2016, o crescimento foi de 2,1%.
Edição: Kleber Sampaio
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
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