quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Minha liberdade é escrever.

Quando a liberdade de expressão está em jogo, este blog permanece ao lado da LIBERDADE. 

Caro Caetano,

Nos EUA, quando eu era menino, havia uma campanha para prevenir acidentes na estrada. O slogan rezava: "Amigos não deixam amigos bêbados dirigir". Lembrei disso ao ler suas declarações e as de Paula Lavigne sobre biografias no Brasil. Fiquei tão chocado que me sinto obrigado a lhe dizer: amigo, pelo amor de Deus, não dirija.

Nós nos conhecemos há muitos anos, desde que ajudei a editar seu "Verdade Tropical" nos EUA. Depois, você foi maravilhoso quando lancei no Brasil a minha biografia de Clarice Lispector, escrevendo artigos e ajudando com o alcance que só você possui. Admiro você, de todo o meu coração.

E é como amigo e também biógrafo que te escrevo hoje. Sei que você sabe da importância de biografias para a divulgação de obras e a preservação da memória; e sei que você sabe quão onerosos são os obstáculos à difusão da cultura brasileira dentro do próprio Brasil, sem falar do exterior.

Fico constrangido em dizer que achei as declarações suas e da Paula, exigindo censura prévia de biografias, escandalosas, indignas de uma pessoa que tanto tem dado para a cultura do Brasil. Para o bem dessa mesma cultura, preciso dizer por quê.

Primeiro, achei esquisitíssimo músicos dizerem que biógrafos querem ficar com "fortunas". Caetano, como dizem no Brasil: fala sério. Ofereço o meu exemplo. A biografia de Clarice ficou nas listas de mais vendidos em todo o Brasil.

Mas, para chegar lá, o que foi preciso? Andei por cinco anos pela Ucrânia, pela Europa, pelos EUA, pesquisando nos arquivos e fazendo 257 entrevistas. Comprei centenas de livros. Visitei o Brasil 12 vezes.

Fiquei contente com as vendas, mas você acha que fiquei rico, depois de cinco anos de tais despesas? Faça o cálculo. A única coisa que ganhei foi a satisfação de ver o meu trabalho ajudar a pôr Clarice Lispector no lugar que merece.

Tive várias vantagens desde o início. Tive o apoio da família da Clarice. Publico em língua inglesa, em outro país. Tenho a sorte de ter dinheiro próprio. Imagine quantos escritores no Brasil reúnem essas condições: ninguém.

Mas a minha maior vantagem foi simplesmente ignorância.

Não fazia ideia das condições em que trabalham escritores e jornalistas brasileiros. Não sabia quanto não se pode dizer, num clima de medo que lembra a época de Machado de Assis, em que nada podia ofender a "Corte".

Aprendi, por exemplo, que era considerado "corajoso" escrever uma coisa que todo mundo no Brasil sabe há quase um século, que Mário de Andrade era gay. Aprendi que era até inusitado chamar uma cadeira de Sergio Bernardes de feia.

Aprendi o quanto ganham escritores, jornalistas e editores no Brasil, e quanto os seus empregos são inseguros, e como são amedrontados por ações jurídicas, como essas com que a Paula, tão bregamente, anda ameaçando.

É um tipo de censura que você talvez não reconheça por não ser a de sua época. Não obriga artistas a deixarem o país, não manda policiais aos teatros para bater nos atores. Mas que é censura, é. E muito mais eficaz do que a que existia na ditadura. Naquela época, as obras eram censuradas, mas existiam. Hoje, nem chegam a existir.

Você já parou para pensar em quantas biografias o Brasil não tem? Para só falarmos da área literária, as biografias de Mário de Andrade, de João Guimarães Rosa, de Cecília Meirelles, cadê? Onde é que ficou Manuel Bandeira, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre? Você nunca se perguntou por que nunca foram feitas?

Eu queria fazer. Mas não vou. Porque o clima no Brasil, financeiro e jurídico, torna esses empreendimentos quase impossíveis. Quantos escritores brasileiros estão impedidos de escrever sobre a história do seu país, justamente por atitudes como as suas?

Por isso, também, essas declarações, de que o biógrafo faz isso só por amor ao lucro, ficam tão pouco elegantes na boca de Paula Lavigne. Toda a discussão fica em torno de nossas supostas "fortunas".

Você sabe que no Brasil existem leis contra a difamação; que um biógrafo, quando cita uma obra ainda com "copyright", tem obrigação de pagar para tal uso. Não é diferente de você cantar uma música de Roberto Carlos. Essas proteções já existem, podem ser melhoradas, talvez. Mas estamos falando de uma coisa bem diferente da coisa que você está defendendo.

De qualquer forma, essas obsessões com "fortunas" alheias fazem parte do Brasil do qual eu menos gosto. Une a tradicional inveja do vizinho com a moderna ênfase em dinheiro que transformou um livro, um disco, uma pintura em "produto cultural".

Não é questão de dinheiro, Caetano. A questão é: que tipo de país você quer deixar para os seus filhos? Minha biografia foi elogiosa, porque acredito na grandeza de Clarice. Mas liberdade de expressão não existe para proteger elogios. Disso, todo mundo gosta. A diferença entre o jornalismo e a propaganda é que o jornalismo é crítico. Não existe só para difundir as opiniões dos mais poderosos. E essa liberdade ou é absoluta, ou não existe.

Imagino, e compreendo, que você pense que está defendendo o direito dos artistas à vida privada. Mas quem vai julgar quem é artista, o que é vida privada e o que é vida pública, sobre quem, e sobre o que se pode escrever e sobre quem e, sobre quem não? Você escreve em jornal, você, como o artista deve fazer, tem se metido no debate público. José Sarney, imortal da Academia Brasileira das Letras, escreve romances. Deve ser interditada também qualquer obra crítica sobre ele, sem autorização prévia?

Não pense, Caetano, que o seu passado de censurado e de exilado o proteja de você se converter em outra coisa. Lembre que o Sarney, quando foi eleito governador do Maranhão, chegou numa onda de aprovação da esquerda. Glauber Rocha, também amigo seu, foi lá filmar aquela nova aurora.

Não seja um velho coronel, Caetano. Volte para o lado do bem. Um abraçaço do seu amigo,

Benjamin Moser


Benjamin Moser é autor de "Clarice" (Cosac Naify).

Taxa Selic: 9,50% ao ano.

Brasília – Diretamente do BACEN em 09.10.2013:

Dando prosseguimento ao ajuste da taxa básica de juros, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% ao ano, sem viés.

O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano.


Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Awazu Pereira da Silva, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques.

Dendê no Pará.

O Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - Naea promove no próximo dia 21 de outubro, o Workshop “Os impactos sociais e ambientais dos investimentos em dendê no Pará”, que abordará expansão desta atividade no estado e os seus efeitos sobre povos e comunidades tradicionais. O evento, que faz parte da programação do “Ano Alemanha +Brasil 2013-2014”, ocorre no auditório do Naea de 10h às 17h e terá entrada franca.

O workshop é resultado de quatro anos de pesquisa realizada pela Drª Rosa Acevedo do Naea em parceria com a Drª  Maria Backhouse da Universidade de Berlim, sobre os impactos de programas de cultivo de dendê na região nordeste do Pará e tem como objetivo informar, trocar ideias, experiências e discutir o tema com pesquisadores, movimentos sociais, sindicatos e ONGs. Dentre assuntos a serem abordados estão o trabalho escravo, impactos socio-ecológicos, questões de terra, quilombos e agricultura familiar contratada.

Produção – Atualmente o Brasil é um dos um dos maiores produtores e consumidores de agrocombustíveis do mundo sendo 80% de sua produção oriunda do óleo de soja. Com o objetivo de diversificar esta base de matérias-primas o Governo Federal vem incentivando desde 2010 a produção de óleo de palma através do Programa federal de produção sustentável de Óleo de Palma na Amazônia Legal. No entanto, três anos após o seu lançamento, o Programa tem sido questionada por movimentos sociais, quilombolas, agricultores familiares, sindicatos e universitários quanto aos seus impactos sociais e ecológicos.

Serviço:
Workshop “Os impactos sociais e ambientais dos investimentos em dendê no Pará”
Data: 21/10/2013
Local: Auditório do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos – Naea, Universidade Federal do Pará, Av. Perimetral, Numero 1 - Guamá, Belém – PA.
Horário: 10h à 17h.

Fonte: CCDC/NAEA/UFPA

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A surpreendente aposta do BC.

Editorial de hoje do ESTADÃO avalia o recém-divulgado Relatório de Inflação.  

Baixo crescimento e inflação elevada ainda vão assombrar os brasileiros nos próximos dois anos, mas as contas públicas poderão melhorar, segundo as novas projeções do Banco Central (BC). Previsões sombrias sobre a evolução dos negócios e dos preços têm como contraponto um surpreendente otimismo em relação à política fiscal, no recém-divulgado Relatório de Inflação, um amplo panorama trimestral da economia. Nesta altura, e com base na experiência dos últimos anos, é mais fácil apostar nas estimativas mais sombrias do que nas hipóteses mais cor-de-rosa, apesar do provérbio chinês citado pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton; "Achar é a mãe de todos os erros".

Os autores do relatório reduziram de 6% para 5,8% a inflação estimada para este ano, mas aumentaram de 5,4% para 5,7% a alta de preços ao consumidor calculada para o próximo ano. Além disso, estenderam até o terceiro trimestre de 2015 a taxa de 5,5% acumulada em quatro trimestres. Na edição de junho, essa projeção valia para o período encerrado nos primeiros três meses daquele ano. Por mais dois anos, portanto, os brasileiros deverão viver com uma inflação bem acima da meta oficial, 4,5%, já muito alta pelos padrões internacionais.

No entanto, fazer a alta de preços convergir para a meta continua sendo a missão principal do BC, segundo disse na semana passada seu presidente, Alexandre Tombin. A cada nova estimativa, no entanto, essa meta parece mais distante.

Outras projeções do BC se tornaram bem menos animadoras nos últimos três meses. O crescimento do PIB estimado para este ano caiu de 2,7% para 2,5%. De acordo com os novos cálculos, essa ainda será a expansão anual acumulada até o segundo trimestre de 2014.

Se os autores do relatório estiverem certos, a recuperação prometida pelo governo e aparentemente indicada pelos números do segundo trimestre do ano ainda será muito lenta.

Os economistas do BC também indicam uma reativação da economia puxada principalmente pelo investimento em máquinas, equipamentos, construção civil e obras de infraestrutura. O consumo, no entanto, ainda continuará em alta, puxado pelo aumento de renda dos trabalhadores e pelo crédito em expansão "moderada".

O baixo ritmo de crescimento da economia continuará associado, obviamente, ao desempenho medíocre da indústria. Como a demanda dos consumidores deverá ainda aumentar, é fácil de prever novas pressões sobre a importação de bens -tanto insumos quanto produtos finais. Por enquanto, as projeções do BC para o balanço de pagamentos terminam em dezembro. Os novos números foram publicados recentemente: exportações 0,7% menores que as do ano passado, importações 7,1% maiores e superávit comercial de U5$ 2 bilhões (US$ 7 bilhões na projeção de junho e USS 19,4 bilhões contabilizados em 2012). A estimativa do déficit em transações correntes foi mantida em US$ 75 bilhões, com a cobertura parcialmente garantida pelo investimento estrangeiro direto. O resto dependerá de investimentos financeiros, mais instáveis.

De forma um tanto inesperada, o relatório combina a estimativa de inflação elevada nos próximos dois anos com a expectativa de avanço das contas públicas na direção da neutralidade. Os técnicos do BC abandonaram há alguns meses a avaliação da política fiscal com base no resultado primário convencional. Passaram a usar como referência o resultado estrutural, expurgado das variações cíclicas e das despesas e receitas extraordinárias.


Superávits primários parecidos com aqueles "gerados recentemente" manterão a dívida pública em "trajetória sustentável", segundo o relatório. Além disso, resultados mais ou menos estáveis tenderão a ser neutros em termos de impacto sobre a demanda e, portanto, sobre a inflação. Essa expectativa é baseada em cálculos, insistiu Hamilton. Ainda assim, fica difícil de entender essa possibilidade diante dos resultados deste ano - de janeiro a agosto, um superávit primário de R$ 54 bilhões, o menor desde 2010 - e a previsível gastança da fase eleitoral.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Déficit externo fragiliza o Brasil, alerta o BIS.

Editorial no ESTADÃO e a situação das nossas contas externas.   

A deterioração das contas externas de nações emergentes, como o Brasil, provocou desvalorização das moedas locais ante o dólar e levou alguns países a intervir nos mercados cambiais. A constatação é do Banco de Compensações Internacionais (BIS), em relatório distribuído no fim de semana. Além da piora generalizada dos emergentes, o Brasil é incluído entre os mais atingidos pela mudanças das condições de mercado globais.

Houve uma clara piora da situação macroeconômica dos principais mercados emergentes. Um dos pontos destacados é a redução do ritmo de crescimento da China, com efeito negativo sobre os demais países. Ocorreu um declínio na demanda esperada pelos exportadores de commodities, como o Brasil e a Rússia.

Países com altos déficits em conta corrente, como o Brasil, a Índia, a Indonésia, a África do Sul e a Turquia, enfrentaram rápida desvalorização de suas moedas. No Brasil, o déficit de US$ 9 bilhões na conta corrente do balanço de pagamentos, em julho, soma-se a pressões sobre o real devidas a incertezas políticas.

Entre 3 de maio e 5 de julho, por exemplo, o Brasil, a Índia e a Rússia depreciaram em aproximadamente 10% suas moedas, segundo o BIS. No mesmo período, o rendimento dos títulos indianos e russos subiu mais de cem pontos-base.

O BIS não distingue os problemas decorrentes de políticas econômicas duvidosas dos países emergentes de problemas em cuja origem está a perspectiva de mudança da política monetária norte-americana, um detonador de dificuldades.

Enquanto isso, o governo brasileira prefere culpar a economia global pelos problemas locais. Mas, como notou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, em entrevista ao Estado, "passamos a ter uma vulnerabilidade". Segundo Meirelles, "a competitividade externa está sendo corrigida pela taxa de câmbio".O BIS enfatiza que a mudança nas condições globais afeta os mercados de papéis, as ações e as moedas dos países emergentes, "exacerbando as vulnerabilidades causadas pela dependência em relação a capital estrangeiro volátil".


Nos últimos anos - inclusive até o primeiro trimestre -, o Brasil se beneficiou muito com o ingresso de capitais externos. A redução do crédito é ruim para o País, cujo déficit em conta corrente está projetado entre US$ 75 bilhões e US$ 80 bilhões para este ano, ante US$ 54 bilhões em 2012 - e os investimentos não bastam para a cobertura.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Previsão 2013: PIB - Selic - Câmbio - Inflação.

Neste início se semana as notícias da economia brasileira estão bem condensadas no relatório FOCUS, do BACEN, divulgado nesta data:
  • ·        A estimativa de crescimento do PIB avançou de 2,35% para 2,40% para 2013 e recuou de 2,28% para 2,22% para 2014.

 ·        A taxa Selic seguiu em 9,75% para o final de 2013 e 2014.

·        As projeções para a taxa de câmbio recuaram de R$/US$ 2,36 para R$/US$ 2,35 para o final deste ano e continuou em R$/US$ 2,40 para o final de 2014.
  • ·        As expectativas para o IPCA seguiu em 5,82% para este ano e subiu de 5,85% para 5,90% para o ano que vem.

domingo, 15 de setembro de 2013

15 de setembro de 2008: cinco anos de crise.

Leio no site do Ministério da Fazenda, matéria do BRASIL ECONÔMICO sobre o 5º aniversário da quebra do Lehman Brother.

Cinco anos se passaram após a quebra do banco Lehman Brothers, período em que os Estados Unidos superaram uma recessão histórica ao preço de níveis de dívida recordes e de uma forte intervenção do Estado na economia. “Não estamos em uma situação fantástica, mas a economia, pelo menos, se estabilizou”, disse à AFP Kenneth Rogoff, professor de Harvard e ex-economista- chefe do FMI. No dia 15 de setembro de 2008, quando o Lehman Brothers quebrou, a economia americana vinha sofrendo havia vários meses com os créditos imobiliários de alto risco, os “subprimes”.

Mas a queda do gigante bancário, ícone deWall Street durante mais de um século, desencadeou uma profunda crise financeira que se propagou para o restante do mundo. O Estado federal abriu os cofres e disponibilizou rapidamente US$ 420 bilhões para reforçar os caixas dos bancos, como o Bank of America ou o Citigroup, entre outros, assim como os de montadoras, como a General Motors e a Chrysler, grandes geradores de emprego. Mas o governo não conseguiu conter uma queda livre da economia.
Entre setembro de 2008 e setembro de 2009, a taxa de desemprego subiu de 6,1% para 9,8%. A atividade econômica desabou, em particular no último trimestre de 2008. Ao mesmo tempo, o déficit fiscal cresceu devido aos planos de resgate, passando de 3,2% para 10,1% do PIB entre 2008 e 2009.

Para acalmar os mercados, os gigantes bancários foram submetidos a um teste de resistência. Votada em 2010, a lei Dodd-Frank de regulação de Wall Street instituiu o mecanismo por norma. Embora esse projeto de 2.300 páginas para reformar Wall Street tenha sido adotado em julho de 2010 pelo Congresso, sua total entrada em vigor não foi concluída, a espera dos decretos de regulamentação.

O governo Obama teve que aprofundar a intervenção do Estado em seu primeiro ano de governo, e em fevereiro de 2009, pouco depois de assumir, lançou um plano de reativação de US$ 787 bilhões destinado a fomentar o consumo e o vital setor imobiliário. A venda de residências melhorou, mas o consumo, tradicional motor do crescimento nos Estados Unidos, perdeu força, e o patrimônio dos americanos sofreu perdas “espetaculares”.

O desemprego, a 7,3%, segue elevado, e a proporção de pessoas que deixaram de buscar trabalho está em seu índice máximo em mais de 35 anos. Em cinco anos, a dívida pública do país disparou mais de 65%, a mais de US$16 trilhões. 

sábado, 14 de setembro de 2013

Ilha do Combu.


Ben Bernanke: um gigante na Economia.


Após deixar em janeiro de 2014 o Federal Reserve, o presidente Ben Bernanke deverá retornar ao mundo acadêmico, provavelmente para a Universidade Princeton.


Suceder ao lendário Alan Greenspan a partir de 2006 foi apenas mais um desafio na carreira de Ben Bernanke. Por hora, Bernanke entra para a história como o homem que evitou a segunda Grande Depressão.    

Brasil: próximo do Haiti e longe dos Estados Unidos.

Até 1979 existiam no Brasil DOIS partidos políticos de atuação nacional. Atualmente temos TRINTA ativos e mais TRINTA E TRÊS em busca de autorização junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Interessante saber que nos Estados Unidos temos QUATRO partidos, no Canadá temos CINCO, na Finlândia temos OITO e na “pobre” Alemanha temos DOZE.

Enquanto isso, no Nepal temos TRINTA E SEIS, na Jordânia temos TRINTA E SETE e no “rico” Haiti temos QUARENTA.


Lamentavelmente, mais uma vez, estamos mais próximos do Haiti do que dos Estados Unidos. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Estados Unidos - a águia continua forte.


Com PIB Nominal de US$ 15,7 trilhões e crescimento de 2,2% em 2012, os Estados Unidos destacaram-se como a principal economia do Mundo, detendo cerca de 20% da riqueza global. O setor de serviços é o principal ramo de atividade e respondeu por 80% do PIB, seguido do industrial, com 19%, e do agrícola, com 1%.

Para reflexão neste final de semana, alguns números desta potência mundial, obtidos no Ministério das Relações Exteriores – Agosto/2013.   

PIB Nominal
US$ 15,68 trilhões
Crescimento real do PIB
2,2%
PIB Nominal "per capita"
US$ 49.922
PIB PPP
US$ 15,68 trilhões
PIB PPP "per capita"
US$ 49.922
Inflação
1,85%
Reservas internacionais
US$ 150 bilhões

Livros para gestores: de Keynes a Sun Tzu.

Recentemente li no VALOR ECONÔMICO uma excelente matéria sobre LIVROS que devem estar na biblioteca básica de gestores. E do que li, constam grandes mestres da nossa Economia. 

A presença de peso de John Maynard Keynes na biblioteca básica dos gestores também é um sintoma do interesse pelas crises. Como autor ou tema, o economista inglês aparece na lista de dois gestores, com três obras. "O mundo em que estamos vivendo hoje é muito keynesiano", afirma Luiz Carlos Mendonça de Barros, diretor-estrategista da Quest Investimentos. A crise americana, considera, se encaixa bem nesse arcabouço teórico. "Um período de boom leva a uma série de exageros dentro do próprio sistema, vinculados à ganância e à especulação, que acabam criando uma crise que interrompe esse processo de crescimento", explica Mendonça de Barros.

O sócio da Quest diz que seu otimismo quanto à recuperação da economia dos Estados Unidos está ligado ao fato de considerar que o governo do país tem seguido a cartilha keynesiana. Na lista recomendada por Mendonça de Barros, chama a atenção a indicação de "A Arte da Guerra", do chinês Sun Tzu. O livro ensina as técnicas para vencer um conflito bélico. "Porque investir ou gerir fundos é uma guerra, é bom estar esperto", brinca o economista que, em tempos de novas tecnologias, ainda é apegado ao livro de papel. Em viagens longas, entretanto, ele faz uma concessão às obras digitalizadas. "Viajar para fora e levar livro virou um negócio de velho reacionário. E isso eu não sou."


Keynes também está na lista indicada por Arminio Fraga. Não na versão macroeconomista, mas na pele de investidor. Biógrafos contam que ele fez fortuna com ações, em uma faceta menos conhecida. Sobre períodos de estresse, o fundador da Gávea indica "Manias, Panics and Crashes", de Charles Kindleberger (Manias, Pânico e Crashes, na tradução para o português). É um clássico sobre crises financeiras, diz Fraga, baseado em eventos históricos e inspirado em Hyman Minsky, economista que estudou o surgimento da instabilidade a partir da estabilidade, "visão hoje muito em voga por razões óbvias", diz Fraga.

XX Congresso Brasileiro de Economia.


No recente XX Congresso Brasileiro de Economia ocorreu a entrega do Prêmio Brasil de Economia. Na categoria livro de Economia os vencedores foram os colegas: 

1º Lugar (Prêmio de R$ 6.000,00): Reinaldo Gonçalves (CORECON-RJ) - Desenvolvimento às avessas: verdade, má-fé e ilusão no atual modelo brasileiro de desenvolvimento.

2º Lugar (Prêmio de R$ 4.000,00): Gustavo H. B. Franco (CORECON-RJ) - As leis secretas da economia.

3º Lugar (Prêmio de R$ 3.000,00): Eduardo Simões de Almeida (CORECON-SP) - Econometria Espacial Aplicada.

Previsão PIB 2013.

Após a expansão de 1,5% no PIB verificada no segundo trimestre deste 2013 em relação ao primeiro, hoje, quando o BACEN divulgou o seu Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que busca antecipar o comportamento do PIB, a queda de 0,33% em julho, na série com ajuste sazonal, demonstra, lamentavelmente, a prevista desaceleração na economia brasileira.


Isso posto, estima-se em 2,3% o PIB final para 2013, porém próximo aos 2,5% previsto pelo Ministro Guido Mantega.     

David Landes: 1924 - 2013 - Economic Historian.


David Saul Landes, 89, died on August 17, 2013 in Haverford, PA. He was the beloved husband of Sonia T. Landes, who died on April 12, 2013, after 69 years of marriage. He was the father of Jane Landes Foster, Richard Allen Landes, and Alison Landes Fiekowsky. Grandfather of eight and great-grandfather of nine.

David's family immigrated to New York from Husi, Romania in 1904. David was born April 29, 1924. David served in the Signal Corp. of the U.S. Army in World War II, becoming a Second Lieutenant with a field promotion in May 1944. He earned degrees from the City College of New York and Harvard University, and was awarded numerous honorary degrees from European universities, including Université de Lille, Eidgenössische Technische Hochschule, and most recently the Ecole des Hautes Etudes Commerciales in Paris.


In 1964 Harvard University elected him Professor of History, and he remained at Harvard University for the balance of his career, retiring in 1997, as the Coolidge Professor of History and Professor of Economics, bridging the disciplines of history and economics. David was one of the preeminent scholars of his generation and is particularly known for arguing the central role of culture in economic development. Among his distinguished works were The Wealth and Poverty of Nations, (New York : Norton 1998), Bankers and PashasThe Unbound PrometheusRevolution in Time, and Dynasties: Fortunes and Misfortunes of the Worlds Great Family Businesses

In addition, he published over fifty articles and served as editor of numerous publications. David's scholarship has been translated into over a dozen languages. In the 1970s he became an astute and avid watch collector, known to makers and devotees of watches and time keeping. He served as Chairman of American Professors for Peace in the Middle East in the 1970s. He was devoted to Judaism, the Jewish people, and the land of Israel, a legacy continued by his descendants.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O imortal Fernando Henrique Cardoso.


Leio no ESTADÃO a posse de FHC na Academia Brasileira de Letras. Eleito em junho, com 34 dos 39 votos possíveis, para o lugar de João Scantinburgo, Fernando Henrique criticou a "falta de alma democrática", o excesso de burocracia e os interesses fragmentados de sindicatos e outras instituições. "O corporativismo que renasce e passa do plano político ao social é o cupim da nossa democracia. Se somarmos impulsos populistas, temos um sistema político enfermo", discursou. Ele chamou atenção para as ondas de protesto que tomam conta do País e do mundo e para a incerteza de seus efeitos. "A agenda pública se encolhe e as ruas sequer são ouvidas (...). Ou reinventamos a democracia contemporânea ou poderá haver a manipulação por formas de autoritarismo".

sábado, 7 de setembro de 2013

7 de setembro: Independência ou Morte?





Os dois principais jornais cearenses - DIÁRIO DO NORDESTE e O POVO – novamente publicaram nesta data duas ótimas charges sobre este 7 de setembro.


Parabéns aos geniais Sinfrônio e Clayton.

Cotas na pós-graduação.

Editorial do ESTADÃO sobre cotas, sempre elas... 

Depois de implantar o sistema de cotas para negros e índios em seus cursos de graduação, as universidades públicas começam a adotar o mesmo sistema no mestrado e doutorado. É esse o caso, por exemplo, do curso de antropologia social do Museu Nacional, da UFRJ. Em 2014, ele reservará duas vagas para indígenas. Para os candidatos negros serão reservados 20% das vagas e a nota de corte será menor do que a dos demais concorrentes.

"Não é só fazer justiça social. É uma experiência importante para a área de antropologia, que se propõe a estudar o outro", afirma o professor João Pacheco, subcoordenador do programa de pós-graduação do Museu Nacional. Na Universidade de Brasília, a reserva de 20% das vagas para alunos negros no mestrado e doutorado em sociologia foi aprovada em julho, mas ainda depende do aval do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Na Universidade do Estado da Bahia, 40% das vagas dos cursos de pós-graduação são reservadas para negros e 5% para indígenas. Apesar de ser historicamente refratária ao sistema de cotas na graduação, a USP fixou um terço das vagas de seu programa de pós-graduação em Direitos Humanos para negros, indígenas e pobres.

Embora o Ministério da Educação não imponha políticas de ação afirmativa na pós-graduação, dando às instituições de ensino superior liberdade para fazer o que julgarem mais conveniente em matéria de qualificação para pesquisa científica, as universidades públicas invocam estatísticas do IBGE para justificar a adoção de políticas afirmativas na pós-graduação. Segundo o órgão, apesar de negros e pardos representarem 51% da população, só 18,8% dos brasileiros com mestrado pertencem a esse grupo étnico. Entre os doutores, a proporção é de 14,6%. "É preciso abrir mais portas da pós-graduação para excluídos. Falta um pacto nacional para resolver o problema", afirma o coordenador da ONG Educafro, frei David Santos.

Esse argumento, contudo, não procede. Como o sistema de pós-graduação stricto sensu foi adotado nas universidades com o objetivo de qualificar o corpo docente do ensino superior e expandir a pesquisa científica, para assegurar a inovação tecnológica no País, o acesso ao mestrado e doutorado está obrigatoriamente baseado no princípio da competência.

Em outras palavras, se a ênfase no mérito for abrandada ou relativizada em nome da "justiça social", a pós-graduação perderá eficiência. Os mecanismos de avaliação dos mestrados e doutorados implantados nos últimos 16 anos perderão sentido. A qualidade da pesquisa científica estará em risco. E as consequências serão sofridas por toda a sociedade - inclusive pelos segmentos mais desfavorecidos. Como o País poderá adotar novas tecnologias, modernizar o parque produtivo e conquistar mais espaço no mercado internacional - medidas fundamentais para gerar novos postos de trabalho, incorporar as novas gerações na economia formal e assegurar inclusão social - sem as pesquisas científicas e os programas de qualificação acadêmica de uma pós-graduação baseados no princípio da competência? Depois da adoção das cotas nos mestrados e doutorados, quais seriam os próximos passos? Assegurar cotas de emprego em laboratórios e salas de aula para pós-graduados sem a devida qualificação?


Com a decisão de adotar políticas de ação afirmativa na pós-graduação, as universidades públicas agitam bandeiras mais vistosas do que eficazes. Prometem fazer justiça social, "democratizando" o acesso aos mestrados e doutorados. Mas se esquecem de que os problemas de injustiça social têm origem na educação fundamental e média, e não no ensino superior. O funil do ensino não está na graduação ou na pós-graduação, mas na formação deficiente no ensino básico. Se o ensino básico proporcionasse educação de qualidade, os setores mais desfavorecidos teriam a formação técnica e o preparo intelectual necessários para ingressar por mérito próprio em qualquer curso de pós-graduação.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A espionagem entre Brasil e Estados Unidos neste 2013: segurança é tudo.



Os dois principais jornais cearenses - DIÁRIO DO NORDESTE e O POVO - publicaram nesta data duas ótimas charges sobre a atual questão envolvendo Brasil e Estados Unidos.

Parabéns aos geniais Sinfrônio e Clayton.

Delfim elogia Mantega.

Hoje, no VALOR ECONÔMICO, Delfim Netto afirma que Guido Mantega tinha razão sobre a "guerra cambial". E conclui:   

A nossa taxa de câmbio está sujeita às mesmas pressões que pesam sobre a maioria dos países emergentes, somadas aos nossos problemas internos. Em compensação dispomos: 1) de um mercado de câmbio extremamente sofisticado e bem regulado, no qual existem instrumentos de intervenção governamental (swaps) em que a operação é nominada em dólares, mas liquidada em reais. A despeito de terem custos fiscais, eles permitem a substituição do uso das reservas (que, ao contrário, reduz o custo fiscal) até que a taxa de câmbio atinja um patamar estável; e 2) de US$ 370 bilhões de reservas, o que nos dão segurança e tempo para qualquer ajuste.


O fato de o real ter sido a moeda que mais se desvalorizou recentemente é irrelevante. Ela foi, também, a que mais se valorizou artificialmente nos últimos anos, nos quais não aproveitamos os ganhos dos termos de troca para fazer reformas que devíamos. Eles foram usados, juntamente com a maior taxa de juro real do mundo, para valorizar o câmbio e controlar a inflação, o que custou a destruição do nosso sistema industrial.

Ronald Harry Coase: 1910 - 2013.


A Economia está triste com a morte do de Ronald Harry Coase com seus 102 anos de excelência acadêmica e em plena atividade intelectual. Atualmente estava trabalhando em um livro sobre o poder econômico de China e Vietnã, chamado "How China Became Capitalist."

É dele o famoso “teorema de Coase”: a preposição de que, se os agentes econômicos privados puderem negociar sem custo a alocação de recursos, poderão resolver por si sós o problema das externalidades.

Em 1991 recebeu o Nobel de Economia pela sua descoberta e clarificação da importância dos custos de transação e direitos de propriedade para a estrutura institucional e o funcionamento da economia.

domingo, 1 de setembro de 2013

Um PIB sem vitamina.

Editorial do ESTADÃO analisa o resultado do PIB brasileiro no segundo trimestre deste 2013.

O Brasil teve um segundo trimestre quase chinês, segundo a comparação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A exibição de entusiasmo foi breve, mas com alguma base aritmética. A economia chinesa cresceu entre abril e junho em ritmo equivalente a 6,9% ao ano. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentou 1,5%. Em quatro trimestres isso resultaria numa taxa acumulada de 6,1%.

Mas a semelhança termina aí. A China cresceu durante anos a taxas próximas de 10%. O impulso diminuiu nos últimos tempos, em parte porque o governo decidiu remodelar a economia e dar mais peso ao mercado interno, mas, a expansão deve continuar acima de 7% em 2013 e em 2014.

Por aqui, o panorama tem sido muitíssimo diferente. Depois de aumentar apenas 2,7% em 2011, a produção brasileira avançou 0,9% no ano passado. Para 2013, o ministro Guido Mantega se absteve de apresentar uma projeção e anunciou um 2014 "mais promissor". O paralelo com a China foi abandonado rapidamente. Mas a fala otimista foi mantida e reforçada com a apologia da política econômica.

O ministro mostrou especial entusiasmo em relação à retomada do investimento. A economia, segundo ele, está crescendo "com qualidade". O valor investido em máquinas, equipamentos, construções e obras de infraestrutura aumentou 3,6% em relação ao primeiro trimestre e foi 9% maior que o de igual período do ano passado. O total dos primeiros seis meses foi 6% superior ao do primeiro semestre de 2012 - um belo resultado -, mas o acumulado em 12 meses cresceu apenas 0,2%.

A recuperação do investimento ocorreu, portanto, sobre uma base muito baixa, até porque o valor investido no ano passado foi 4% menor que o de 2011. Além disso, mesmo com a recuperação, o País investiu no segundo trimestre apenas 18,6% do Produto Interno Bruto. Entre abril e junho do ano passado havia ficado em 17,9%. A maior taxa alcançada num segundo trimestre, nas últimas duas décadas, foi de 19,2%, em 2010. Em economias latino-americanas mais dinâmicas o valor aplicado em capital fixo (máquinas, equipamentos, etc.) tem atingido e até superado 25% do PIB (acima de 27% na Colômbia, por exemplo). Os 24% ou 25% indicados pelo governo como objetivos razoáveis para o Brasil continuam muito distantes.

Quanto a esse aspecto, só com uma dose excepcional de boa vontade se pode falar de crescimento com qualidade. Por enquanto, não há nada além de uma recuperação. Além disso, boa parte das máquinas e equipamentos comprados neste ano foi de caminhões e bens de produção destinados à agricultura. Há um vínculo claro entre esse detalhe e o desempenho do setor rural. No segundo trimestre, a produção da agropecuária cresceu 3,9% em relação ao primeiro e foi 13% superior ao de um ano antes. O resultado do primeiro semestre foi 14,7% maior que o de janeiro a junho de 2012 e a expansão acumulada em 12 meses chegou a 7,4%.

O crescimento industrial no primeiro semestre ficou em 0,8% e a produção em quatro trimestres foi apenas 0,1% maior que a do período anterior. O número do segundo trimestre, 2% maior que o de janeiro a março, pode ser uma boa notícia, mas a atividade industrial continua medíocre em 2013. Em quatro trimestres a indústria de transformação cresceu apenas 0,4%. Os dados de julho da indústria paulista, divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), indicaram um nível de atividade (INA) 1,6% mais baixo que o de junho, descontados os fatores sazonais, e 4% mais alto que o de julho do ano passado. Mas o aumento do INA em 12 meses ficou em 1,7%. O ano está comprometido, disse o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade, Paulo Francini.

Os números do segundo trimestre mostram o acerto da política econômica, segundo o ministro da Fazenda. Mas nem ele ousa projetar para 2013 um crescimento razoável para o PIB. Essa hesitação contrasta com a apologia das medidas oficiais. Fora do governo talvez seja mais fácil vê-las como são: uma política fracassada.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...