Neste mês, mantivemos inalteradas as principais projeções do nosso cenário. A recuperação iniciada no segundo trimestre vem ganhando tração. Com isso, esperamos queda do PIB de 4,5% em 2020 e alta de 3,5% em 2021. Os riscos fiscais se ampliaram, mas, por ora, decidimos manter a projeçao para a taxa de câmbio inalterada em R$/US$ 5,20. Quanto à inflação, há pressões derivadas da depreciação cambial e da alta das commodities sendo sancionadas pelo incremento de renda. Assim, elevamos a projeção para o IPCA de 2020 de 1,9% para 2,4% e mantivemos a de 2021 em 3,1%, mas reconhecemos os riscos de alta. Logo, esperamos que a Selic encerre 2021 em 3,0% mas, também neste caso, o balanço de riscos tem se deslocado para cima. A retomada em 2021 dependerá da disponibilidade de uma vacina e da combinação da geração de empregos com o fim do auxílio emergencial e o uso da poupança formada durante a pandemia. No cenário global, esperamos acomodação no quarto trimestre com a redução do efeito marginal dos estímulos econômicos e seguimos monitorando a potencial volatilidade vinda das eleições nos EUA e do aumento de casos de Covid-19 na Europa que, por ora, não se traduziu em saturação dos sistemas de saúde.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2020
domingo, 28 de junho de 2020
Cenário econômico do Bradesco para julho/20.
Neste mês, mantivemos inalteradas as principais projeções para a economia brasileira e global. A evolução da pandemia segue sendo o fator crítico para calibragem do cenário. Por ora, a desaceleração na taxa de crescimento do número de casos no mundo e no Brasil tem possibilitado uma reabertura gradual das atividades econômicas sem que haja, por ora, colapso dos sistemas de saúde, o que evita interrupção nesse processo de reabertura. Esses fatores, combinados a estímulos sem precedentes em termos fiscais e monetários, têm levado a indicadores mais favoráveis nas últimas semanas. Por isso, mantivemos nossa expectativa de queda do PIB brasileiro em 5,9% para 2020, em um cenário de inflação baixa, 1,7%, que permitirá ao Banco Central manter as taxas de juros em 2,25% por um período prolongado. Para o câmbio, mantivemos nossa expectativa de R$/US$ 5,10 para o final do ano, em vistas da melhora nas contas externas e sob a hipótese de avanço na agenda de reformas. Os principais riscos seguem sendo a ampliação do número de casos e eventual postergação de reformas fiscais e da produtividade, que colocariam em risco a sustentabilidade da dívida, o crescimento de médio prazo e a manutenção de juros baixos por um período prolongado. #CenarioEconomico
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