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sexta-feira, 2 de março de 2012

Guerra cambial.


Editorial do ESTADÃO afirma que as medidas contra a guerra cambial são insuficientes. 

O aumento da liquidez internacional, para reativar a economia de alguns países do Primeiro Mundo, está trazendo problemas para os países emergentes com a valorização das suas moedas, o que chega a ser um freio para o crescimento.

O governo brasileiro tomou algumas medidas para enfrentar essa guerra cambial, mas até agora o efeito é limitado e o preço, muito alto. A compra de dólares pelo Banco Central o obriga a compensar os gastos em reais, decorrentes da compra, com a emissão de títulos da dívida pública - operação em que o custo não é compensado com a aplicação, em títulos do governo norte-americano, das divisas adquiridas, cujo uso não pode ser especulativo.

Uma primeira medida que se justificaria no momento atual seria colocar pelo menos parte das divisas adquiridas no Fundo Soberano que foi criado no Brasil, no qual se poderia obter uma remuneração mais elevada do que a das aplicações em títulos do Tesouro norte-americano.

Tratando-se de um ativo que pertence ao País, sua utilização teria de corresponder ao menor risco possível, mas com uma remuneração que superasse o custo da emissão de títulos públicos. Atualmente, esse Fundo Soberano é administrado pela Secretaria do Tesouro, mas parece-nos que deveria haver uma modificação nessa responsabilidade, incluindo-se, além do Tesouro, representantes do Banco Central e da Bolsa de Valores.

Atualmente, as compras de divisas pelo Banco Central são destinadas ao aumento das reservas brasileiras. Ora, o efeito disso é atrair mais capital estrangeiro. Alguns economistas estão sugerindo uma quarentena de mais de seis meses para a entrada de dinheiro estrangeiro, complementar às ultimas medidas, como a criação de um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos externos com prazo de até três anos.

Achamos que caberia, também, encontrar meios para reduzir os empréstimos intercompanhias, que no ano passado representaram 18% dos Investimentos Estrangeiros Diretos no País, recursos que certamente foram aplicados em títulos de renda fixa para aproveitar a alta remuneração obtida no Brasil.

Não há dúvida de que uma redução da taxa Selic teria a vantagem de eliminar a atração que a remuneração dos títulos públicos brasileiros exerce sobre o capital especulativo estrangeiro. Seria agora, talvez, a boa hora de modificar a remuneração desses títulos, enfrentando as dificuldades de colocar papéis do governo. Isso traria sobretudo a vantagem de reduzir o déficit nominal.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A desvalorização do real e a nova política de câmbio.


Editorial do “O Estado de S. Paulo” de hoje sobre “a desvalorização do real e a nova política de câmbio”.  

Nas últimas semanas ocorreu uma modificação importante no fluxo cambial, que passou a depender muito mais do saldo comercial do que do saldo financeiro, uma vez que as entradas de recursos financeiros estão menores do que as saídas.
Com a crise que atravessam os países do Primeiro Mundo, as captações de recursos externos tornaram-se muito mais difíceis no 3.º trimestre do ano. Levando em consideração o montante das captações (emissões de bônus, empréstimos sindicalizados, pré-pagamentos das exportações e operações do Tesouro Nacional), verifica-se que, de US$ 16,3 bilhões, no 2.º trimestre, elas caíram para US$ 5,2 bilhões, no 3.º trimestre - o valor mais baixo registrado desde o 1.º trimestre de 2009.
Isso não pode ser atribuído à queda da liquidez nos Estados Unidos, pois o Fed (o banco central americano) ofereceu grande liquidez por meio da recompra dos papéis do Tesouro norte-americano.
Sem dúvida, os bancos europeus é que tiveram dificuldades para emprestar, por causa da situação apertada em que vivem, a exigir reforço de capital. O que esse forte recuo das captações parece indicar é uma aversão ao risco em relação ao Brasil, levando em conta que o endividamento do País se mostra muito elevado, na medida em que foi bastante rápido.
É importante considerar que, em termos internacionais, os empréstimos externos têm um prazo médio pequeno (menos de 7 anos) e que os investimentos estrangeiros, que continuam importantes, estão dando origem a grandes remessas de lucros e dividendos neste período em que as matrizes das empresas estrangeiras precisam de recursos vultosos.
As medidas tomadas pelo governo brasileiro afastaram as operações com títulos de renda fixa, que representavam um mecanismo regular de entrada de capitais externos.
A perspectiva de uma queda do preço das commodities - que permitiram que o Brasil aumentasse sensivelmente suas exportações - alimenta, agora, entre os bancos, certa prudência, que poderá levar o governo a rever algumas medidas adotadas na área cambial.
De fato, a desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar (além da própria valorização da moeda norte-americana) reflete mais a evolução do balanço de pagamentos do que os efeitos das medidas tomadas pelo governo.
No mercado internacional, a visão prospectiva da situação da economia brasileira é de uma taxa de crescimento menor e uma inflação mais elevada, o que alimenta a aversão ao risco.

domingo, 26 de julho de 2009

ECONOMIA - PREOCUPAÇÃO COM O DÓLAR

Direto da Folha de S. Paulo, um assunto que estou acompanhando e tentando prever hoje o seu valor em 31/12/09.
A desvalorização do dólar comercial ante o real no acumulado de 2009 é a maior da história se comparada ao mesmo período dos anos anteriores, segundo a consultoria Economática.
De acordo com a consultoria, a cotação de venda para a Ptax, a taxa média de câmbio calculada pelo Banco Central, recuou 18,52% até anteontem.
Segundo a Economática, a maior desvalorização desde então havia sido em 2003, quando, até o dia 21 de julho, a moeda havia recuado 18,23%, ou 0,19 ponto percentual a menos que neste ano.
O recuo acumulado do dólar durante o governo Lula é o maior entre as principais economias latino-americanas (México, Venezuela, Colômbia, Chile, Peru, Argentina e Brasil) para o mesmo período: 46,1%

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...