segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PIB BRASIL 1980 - 2011

Em 1980 o Brasil registrava um PIB nominal de US$ 163 bilhões e era a 12ª economia no mundo.

Para 2011 o PIB previsto será de US$ 2.193 bilhões, a 7ª economia mundial, uma variação nominal de 1.245%.

Será que a qualidade de vida da população e a distribuição da renda melhoraram na mesma proporção?

domingo, 14 de novembro de 2010

Tenente-Coronel Nascimento, o PIB e o IDH no Brasil.

Atualmente em cartaz no Brasil, com um público já próximo de quase 10 milhões de pessoas, o filme Tropa de Elite 2 já é o mais visto do ano e o segundo filme de maior público na história brasileira. E o que tem a ver o tenente-coronel Roberto Nascimento (mais uma vez um extraordinário desempenho do ator Wagner Moura), com o PIB – Produto Interno Bruto e o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil?

Tudo. No filme desenha-se um dos principais problemas brasileiros: a corrupção. Afinal, em recente estudo o Brasil ocupa o 69º lugar no ranking dos 178 países menos corruptos, empatado com a envelhecida Cuba dos irmãos Castro. O tenente-coronel Nascimento combate com firmeza e coragem a corrupção que existe no país, interligando polícia e políticos numa conexão que somente causa prejuízos ao Brasil. Não é toa que em vários locais nos quais o filme é exibido, o público ovaciona quando Nascimento espanca um político corrupto.

Com tantos problemas econômicos que perduram no Brasil – juros altos, real valorizado, contas públicas deficitárias, necessidade de manter a inflação sob controle, dentre outros - e que se não enfrentados trarão graves problemas ao governo da nova presidente Dilma Rousseff, a corrupção é uma tragédia no cotidiano brasileiro, desde os menores problemas pessoais até a sua disseminação entre os altos poderes da república.

Diante disso, valorizar a importância que atualmente o Brasil é a 8ª economia do mundo, ao lado da elite americana, chinesa, japonesa, indiana e alemã, é totalmente incoerente e infeliz quando é divulgada a lista de IDH de 169 países. O Brasil está lá na 73ª posição, muito distante de nações como a Noruega, Austrália Nova Zelândia, Estados Unidos, Irlanda e observando pelo retrovisor o Zimbábue, a República Democrática do Congo, o Níger, o Mali e a Burkina Faso.

Em mundo ainda em crise, com as grandes economias enfrentando problemas internos e até externos como a “guerra cambial”, existe a necessidade que a própria sociedade brasileira reavalie afinal qual o país que deseja ser. Acabou a era de o Brasil ser o país do futuro. Esse futuro é agora. E nada será possível quando o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos de 2010, da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura informa que a qualidade da educação no Brasil é baixa, principalmente no ensino básico. O índice de repetência no ensino fundamental brasileiro (18,7%) é o mais elevado na América Latina e fica expressivamente acima da média mundial (2,9%). O alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade do sistema educacional do Brasil, onde 13,8% dos brasileiros largam os estudos já no primeiro ano no ensino básico. A própria UNESCO avalia que o Brasil poderia se encontrar em uma situação melhor se não fosse a baixa qualidade do seu ensino.

Enquanto a explosiva mistura de corrupção e falta de educação estiver distribuída por toda a sociedade e sem um forte combate por parte de um verdadeiro e real tenente-coronel Nascimento, macroeconomicamente podemos ser até uma potência mundial, com acesso ao G-20 e até com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU – Organizações das Nações Unidas, mas seremos eternamente um país que não leva ao seu povo a qualidade de vida que existe nos países de 1º mundo.

sábado, 13 de novembro de 2010

REVISTA EXAME.

Parabéns a revista EXAME pela excelente reformulação do site http://exame.abril.com.br/, o mais completo site de negócios, economia e finanças do BRASIL. Vale a pena dar uma espiada!!! E aproveitando o post, STANLEY FISCHER, atual presidente do Banco Central de Israel e nosso velho conhecido do FMI e Banco Mundial, afirma que: "É COMPLICADO MANTER UMA ECONOMIA FORTE COM UMA MOEDA FRACA."

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O BRASIL NO MUNDO EM 2010.

Por mais que possa existir uma vontade política para a desvalorização do Real, o Brasil não é uma ilha e as grandes potências não tem por hábito curvar-se ao interesse nacional. Antes de envolver-se em contendas externas, temos diversos deveres em casa para realizar. Afinal, não é possível o BRASIL ter o 8º PIB mundial e manter a 73ª posição no ranking do IDH 2010 composto por 169 países.

Acelera Brasil neste bem próximo 2011, porém sem demagogia.

"KIWI TUU"

ALEXANDRE SCHWARTSMAN, economista-chefe do Grupo Santander Brasil, doutor em economia pela Universidade da Califórnia (Berkeley) e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, escreveu na FOLHA DE S. PAULO sobre o “Kiwi tuu”.

QE2 (PRONUNCIA-SE "kiwi tuu"), como ficou conhecido, é a nova tentativa do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de impulsionar a economia dos EUA após sinais de perda de fôlego da recuperação.

Concretamente, consiste na compra de mais US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro americano, de preferência com prazo entre cinco e seis anos, de modo a reduzir as taxas de juros dos títulos daquela maturidade.

Em condições normais não é exatamente assim que se opera a política monetária. Na prática, bancos centrais preferem agir diretamente sobre a taxa de juros -quase sempre a taxa overnight (aplicável a empréstimos de um dia)-, comprometendo-se a emprestar e a tomar emprestados recursos à taxa-meta determinada pelos seus comitês de política monetária, isto é, pela compra (ou venda) ilimitada de títulos à taxa-meta.

O Fed já reduziu a taxa de juros overnight para praticamente zero e é impossível reduzi-la ainda mais.

De fato, se um título fosse remunerado a taxas nominais negativas, seus detentores sempre poderiam trocá-los por notas de dinheiro, cujo retorno (zero) seria superior.

A ocorrência de juro zero, ainda que rara, não é inédita: aconteceu durante a Grande Depressão e, mais recentemente, tornou-se característica da longa crise japonesa. Passou a ser, desde então, objeto de estudos por parte de economistas monetários, entre eles o atual presidente do Fed, Ben Bernanke.

Em 2002, já no Fed, embora não como seu presidente, Bernanke, numa palestra famosa, sugeriu os passos que deveriam ser seguidos para contornar o problema caso viesse (como afinal veio) a se manifestar.

Dizia então que o Fed poderia estender para maturidades mais longas os mesmos procedimentos que usa para fixar a taxa de juros de um dia, isto é, se comprometer a comprar ilimitadamente títulos de, digamos, cinco anos, para fixar seu rendimento.

A bem da verdade, o Fed não foi tão longe na decisão da semana passada, anunciando, em princípio, que sua intervenção está limitada a US$ 600 bilhões até junho de 2011 (que, somados ao reinvestimento dos títulos a vencer, representam compras de aproximadamente US$ 900 bilhões).

Ainda assim, mesmo antes do anúncio da decisão, as taxas de juros dos papéis mais longos se reduziram nos últimos dois meses: houve uma queda próxima a 0,50% ao ano no caso dos títulos de cinco anos. Em outras circunstâncias isso representaria um impulso considerável à demanda interna.

No entanto, não vivemos em condições normais (fosse o caso, não estaríamos discutindo o QE2) e restam dúvidas sérias acerca da disposição de consumidores e de empresas americanos em elevar seus gastos, mesmo com taxas de juros mais baixas, isso para não mencionar a pouca disposição dos bancos (ainda fragilizados) no sentido de aumentar a disponibilidade de crédito.

Em outras palavras, há chances consideráveis de que essa estratégia não funcione, isto é, de que a trajetória da economia com o QE2 seja muito similar à que ocorreria na ausência do QE2.

Isso dito, deve ser claro que, nas atuais circunstâncias, trata-se de um risco que o Fed tem de correr.

Com efeito, o risco maior é o de pecar por omissão e permitir que a fraqueza hoje existente se transforme no temido "segundo mergulho", que poderia levar os EUA ao território deflacionário, com consequências sérias para a economia mundial. À luz disso, só a obsessão equivocada com a taxa de câmbio real-dólar (deixando de lado todas as demais moedas diante das quais o real se depreciou) poderia explicar a reação de certas autoridades.

Ignorando que o QE2 é uma tentativa de acelerar a demanda interna, tal mania os leva a interpretá-la como uma estratégia para desvalorizar o dólar (numa economia em que exportações representam meros 12% do PIB!), enquanto engolem placidamente práticas bem mais deletérias por parte de outros países.

Internet: www.maovisivel.blogspot.com

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...