O
emprego formal apresentou recuo, em maio, na trajetória de perda de postos de
trabalho que vem ocorrendo desde o início do ano passado. No mês, a retração na
geração de postos de trabalho foi de 0,18%, na comparação com o mês anterior,
com saldo negativo de 72.615 vagas. A perda, porém, foi muito menor que em maio
de 2015, quando foi registrado o fechamento de 115.559 vagas formais.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Ministério do Trabalho. O saldo de maio
foi oriundo de 1.209.991 admissões contra 1.282.606 desligamentos. No acumulado
do ano, o nível de emprego formal apresentou declínio de 1,13%, correspondendo
à perda de 448.011 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de
1.781.906 empregos, retração de 4,34%. Com o resultado, o estoque de emprego
para o mês alcançou 39.244.949 trabalhadores com carteira de trabalho assinada
no país.
Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, os dados demonstram que,
apesar das perspectivas de maiores perdas previstas nas análises econômicas, o
mercado está começando a reverter o quadro de supressão de postos formais.
“Acredito estarmos iniciando um processo de recuperação gradativa. Começamos a
reverter essa curva e, podemos, no segundo semestre, ter resultados bem
melhores”, avaliou.
Segundo o levantamento, a Agricultura gerou 43.117 postos de trabalho em maio,
comportamento mais favorável que em abril, quando foram criados 8.051 postos. O
dado ainda é superior na relação com o mesmo mês de 2015, quando foi registrada
a criação de 28.362 postos. O crescimento, segundo o Ministério do Trabalho, se
deve à sazonalidade ligada ao cultivo do café, principalmente nos estados de
Minas Gerais, responsável por 20.308 postos, e São Paulo, com saldo positivo de
4.273 vagas.
Além da Agricultura, a Administração Pública também apresentou saldo positivo,
com geração de 1.391 postos. Já o setor do Comércio teve perda de 28.885 vagas
em maio, o que representa um arrefecimento na comparação com abril, quando
foram suprimidos 30.507 postos. Também a Indústria de Transformação registrou
recuo no ritmo de queda do nível de emprego, com a perda de 21.162 postos
contra 60.989 em abril (-0,28%). No setor dos Serviços foi verificada a maior
queda no mês, de 36.960 postos.
Dados estaduais - O emprego formal apresentou resultado positivo em Minas
Gerais (9.304), Espírito Santo (1.226), Mato Grosso do Sul (562), Goiás (153) e
Acre (147). Nos demais estados houve perda de postos de trabalho. No Rio Grande
do Sul foi registrada a maior queda (-15.829), influenciado pelo fator sazonal
da Agricultura (-3.723 postos). Houve também perda de vagas em São Paulo
(-12.177 postos) e no Rio de Janeiro (-15.688).
Fonte: Ministério do Trabalho.