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domingo, 22 de março de 2020

Elio Gaspari na FSP: Ouçam Mário Henrique Simonsen!!!

O professor Mário Henrique Simonsen costumava repetir um ensinamento que pode ser útil para os mascarados de Brasília:
Formulado de maneira correta, o problema mais difícil do mundo um dia será resolvido. Formulado de maneira incorreta, o problema mais fácil do mundo jamais será resolvido”.

domingo, 8 de março de 2020

Elio Gaspari divulga o novo livro de Giannoti hoje no O GLOBO.

Está nas livrarias “Heidegger / Wittgenstein: Confrontos”, do filósofo José Arthur Giannotti. Foram quatro anos de trabalho diário, das oito da manhã às quatro da tarde. Numa época de debates rasteiros, Giannotti produziu uma daquelas obras que engrandecem a condição de intelectual. Apesar da prosa elegante, é um livro de leitura tão difícil como a pronúncia dos nomes dos filósofos Martin Heidegger e Ludwig Wittgenstein. Um, alemão, nazista e reitor da universidade de Freiburg. O outro, austríaco, nascido em família de fortuna, lecionou em Cambridge.
Rindo, Giannotti estima que talvez tenha cem leitores. Ele lidou com o nazismo de Heidegger com o distanciamento de um filósofo e a combatividade de um liberal. Fruiu “sua genialidade” e arrematou: “Durante a desnazificação, teve sua atividade de professor suspensa por um breve período: eu preferiria que tivesse sido obrigado a fazer visitas periódicas a Auschwitz”.
Na Amazon
Se levarmos em conta a trajetória intelectual de José Arthur Giannotti, professor emérito da Universidade de São Paulo, e a natureza espinhosa da discussão proposta no livro, Heidegger/ Wittgenstein é uma obra combativa, a começar pelo título. De um lado do ringue, Heidegger, costumeiramente associado a uma vertente fundacionista da filosofia, na qual a pergunta pelo ser ― por seu significado, por seu fundamento ― tem papel proeminente. Do outro, Wittgenstein, para quem a pergunta pelo fundamento deve ser urgentemente substituída pelas condições em que se dá, se for o caso, a pergunta acima. Os confrontos esperados e as surpreendentes proximidades de ambos os filósofos trazem, por mérito do autor, novos problemas e desdobramentos, que giram em torno de dois polos básicos do que denominamos, por conforto, “filosofia ocidental”: lógica e ontologia. Dos muitos méritos do livro, um deles parece sobressair, talvez o mais simpático ― o convite para que participemos dessas disputas, cuja regra primeira é: não há perdedores. 

domingo, 6 de novembro de 2016

O capitalismo brasileiro pós Dilma.

Leio no Elio Gaspari que "o governo de Michel Temer produziu três números indicativos de que algo de bom está acontecendo na economia ou, pelo menos, de que as coisas pararam de piorar.

O valor de mercado da Petrobras passou de R$ 101 bilhões para R$ 240 bilhões. O da Eletrobras foi de R$ 9 bilhões para R$ 31 bilhões e o do Banco do Brasil de R$ 41 bilhões pulou para R$ 78 bilhões".

domingo, 12 de junho de 2016

É possível localizar no Brasil de 2016 um novo Celso Furtado?

Lendo o excelente ELIO GASPARI na FOLHA DE S. PAULO, num trecho onde é citado o nome de Celso Furtado, volto a perguntar: é possível ainda existir no Brasil de hoje um nome com a honestidade de Celso Furtado, independentemente da visão econômica e política? 

Celso Furtado viveu 84 anos, foi superintendente da Sudene, ministro do Planejamento e da Cultura e nunca teve seu nome envolvido no sumiço de um só alfinete. Em 2011, o comissariado petista lançou ao mar o petroleiro que leva seu nome, e Dilma Rousseff discursou festejando a obra da Transpetro: "No Brasil, muita gente dizia que dava para crescer, mas que poucos ficariam ricos. Celso Furtado disse que crescimento era uma coisa e desenvolvimento era outra, que país só se desenvolvia se o povo crescesse junto".

Em 2015, o estaleiro de onde saiu o "Celso Furtado" fechou, desempregando 2.000 trabalhadores, mas uns poucos maganos ficaram ricos. A memória do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, mostrou a distância que há entre as teorias de Celso Furtado e a prática da criação de polos navais no Brasil. Desde 1955, os contribuintes financiaram três, e todos quebraram.

Machado contou que a construção do "Celso Furtado" atrasou e que ele embolsou um capilé para aliviar o valor da multa. Em 2011, a Transpetro contratou a construção de oito navios, metendo Sérgio Buarque de Holanda e o economista Rômulo de Almeida na fantasia. O contrato ficou em US$ 536 milhões. A lasca de Machado foi de US$ 1,5 milhão. 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Elio Gaspari: A Ditadura Acabada.


Ler "A Ditadura Acabada", o quinto volume da Coleção Ditadura, escrito pelo Elio Gaspari, é simplesmente uma aula de história do Brasil com a vantagem de um texto elegante e inteligente.

Leitura imperdível.    

domingo, 28 de abril de 2013

Brasil: ontem e hoje, nada muda OU A diferença entre Adam Smith e o Visconde de Cairu OU Capitalismo à Brasileira.


Indiferente de gostar ou não de ler o Elio Gaspari na FOLHA, a verdade é que ele tem sempre algo desconhecido a nos revelar. Abaixo um assunto relacionado a nossa turma e, retornando ao passado, pense se, no presente, o "capitalismo brasileiro" é muito diferente do padrão adotado em séculos passados... 

Adam Smith (1723-1790), o pai da economia moderna, vivia do seu trabalho como professor e diretor de uma alfândega. Quando interrompeu um curso, tentou devolver o dinheiro das aulas que não deu. Ensinou ao mundo as virtudes da "mão invisível" do mercado. Seu similar nacional, o Visconde de Cairu (1756-1835), conseguiu sua aposentadoria pública aos 50 anos e foi o primeiro professor de "ciência econômica" de Pindorama. Ganhava 400 mil réis (mais a aposentadoria), mas nunca deu uma aula. Cairu descobriu outra mão invisível, aquela que tira dinheiro de quem não o tem e o coloca no bolso de quem o tem. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

De Obama@org para Dilma@gov.


Elio Gaspari, esta semana, na FOLHA DE S. PAULO.

De Obama@org para Dilma@gov

COMPANHEIRA DILMA,

Permita-me esse tratamento, apesar de estar atravessada na minha memória aquele dia de caça aos ovos de Páscoa nos jardins da Casa Branca em que a senhora veio aqui me dar aula de economia. Resta-lhe o crédito das minhas filhas terem adorado seu palácio, que o Ronald Reagan achou parecido com sede de empresa de seguros do Texas.

Decidi escrever-lhe porque há tempo suspeito que a senhora cometeu o mesmo erro que eu. Dispondo de três nomes para o Ministério da Fazenda, nomeei os três. Pus o Timothy Geithner no Tesouro, o Paul Volcker num conselho e o Larry Summers numa assessoria. 
(Imagine o que esse gênio de Harvard mandou pedir: um carro, presença em eventos e convites para jogar golfe comigo.) Deu tudo errado. Summers e Volcker foram-se embora e, se Deus me ajudar, troco o Geithner no ano que vem.

Esses jornalistas que sabem tudo dizem que eu quase capotei na curva por causa desse erro. Não foi assim. O Geithner garantiu-me um norte: a busca obsessiva pela confiança do empresariado. Sem isso, o país teria ido à breca. Sinceramente, sua turma está espancando essa gente. Aí, como cá, o sujeito tem uma sala no palácio e pensa que manda. Eu não sei o que a senhora quer fazer com as concessionárias de energia e de portos, mas sei que conseguiram produzir uma enorme confusão.

Lá pelo final de 2009, durante a discussão da política nacional de saúde, caiu-me a ficha. Meu problema não estava na economia, mas naquilo que vocês chamam de Casa Civil. A máquina da Presidência simplesmente não funcionava. Livrei-me de dois.

Sei que a senhora não tem sorte nesse tipo de escolha. Agora sua chefe da Casa Civil é candidata ao governo de um Estado. Essa é a receita da encrenca. Os êxitos caem por gravidade no colo do presidente, mas os fracassos dão-lhe a impressão que vão para a conta dos outros. É engano, companheira. Os fracassos grudam na gente com mais força que os sucessos. Enquanto estamos no palácio, todos nos dizem que isso não acontece. 

Quando vamos para rua pedir votos, vemos o tamanho do erro.

Redesenhe seu palácio, fuja dessas salas de eventos, vá para a rua, siga seus instintos, enquadre os ministros candidatos a governos. Sua tarefa é muito mais fácil que a minha. Se aqui houvesse uma oposição como a que há aí, eu passaria metade do meu tempo jogando basquete ou paparicando a Michelle. Antes que eu me esqueça, não perca tempo com a "The Economist". Desde 1848, quando foi fundada, ela ensina ao mundo que não há salvação fora da ortodoxia liberal. Que ninguém me ouça: a Inglaterra provou esse remédio e cada dia se parece mais com a Holanda.

Finalmente, um palpite, sem qualquer vestígio de torcida: admita que seu rival em 2014 será o juiz Barbosa. Quando eu lancei minha candidatura, o Vernon Jordan, respeitado líder negro, apoiava minha rival. A certa altura trocou de posição a explicou-se: "É duro disputar 
contra um movimento".

Lula, "o cara", representou um movimento.

Michelle, Malya e Sasha mandam-lhe um abraço. Marian, minha sogra, de quem talvez a senhora se lembre, acompanha-as, mas fala todo dia nesse juiz Barbosa.

Do companheiro Barack. 

domingo, 12 de agosto de 2012

Mário Henrique Simonsen - sempre atual.


A leitura de alguns assuntos no domingo deveria ser proibida por lei. Senão vejamos: Elio Gaspari, hoje na FOLHA DE S. PAULO, comenta sobre a mãe do PAC.

A doutora Dilma faria um bem ao país se nomeasse uma Comissão da Verdade 2.0, destinada a investigar a construção de lorotas do governo.

Ela ficaria encarregada de explicar ao país como um trem-bala que foi anunciado em 2007 ao preço de US$ 9 bilhões hoje está estimado em US$ 16,5 bilhões.

Felizmente, as tentativas de atropelamento fracassaram, a ideia continua no papel e o Doutor Juquinha, primeiro tocador do projeto, passou algumas noites na cadeia.

Noutro caso, a Comissão 2.0 estudaria uma obra mais cabeluda, a da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras.

Ela foi anunciada em 2005 por US$ 2,3 bilhões e agora estima-se que custe US$ 20,1 bilhões. Deveria operar em 2010 e ficou para 2014.

Como no caso da Comissão da Verdade 1.0, a 2.0 não buscaria punições, apenas o metabolismo das mentiras que impulsionam projetos e ruínas.

Agora, meus fiéis e únicos dois (milhões de leitores), pensem um pouco no que vai acontecer ou deve estar acontecendo com relação a Copa e as Olímpiadas. Diante disso, prefiro a Lei de Simonsen: “Pague-se a comissão, desde que o intermediário esqueça o assunto”. 

domingo, 1 de abril de 2012

Desindustrialização.


Gaspari, hoje direto no grave problema brasileiro:

Um grupo industrial brasileiro precisava de uma nova unidade de produção e comparou custos. No Brasil a energia elétrica custa o triplo do que se cobra nos Estados Unidos, a matéria prima sai pelo dobro, e a mão de obra vale o mesmo.
A fábrica custará US$ 100 milhões e será construída nos Estados Unidos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os EUA iam acabar em 1861.

Raramente disponibilizo neste espaço artigos com o excelente texto do ELIO GASPARI. Isso não ocorre pela falta de assuntos comentados pelo mesmo, mas por questão de espaço e textos de colegas de economia, principal foco deste blog. Porém, hoje é impossível deixar de ler a defesa que GASPARI faz do império americano. E se utilizo o termo “império americano”, é verdadeiramente por considerar que se trata da atual maior superpotência do mundo. Após uma excelente leitura, vocês observarão que a economia americana sempre será a mais forte do mundo.

Os Estados Unidos iam acabar. Não nesta semana, mas há exatos 150 anos, depois que as tropas do Sul venceram em Manassas a primeira grande batalha da Guerra Civil. Grandes políticos ingleses, bem como "The Economist" e "The Times" (pré-Murdoch), achavam que o presidente Lincoln forçara a mão com o Sul. Quatro anos e 620 mil mortos depois, a União foi preservada e acabou-se a escravidão.

Passou pouco mais de meio século e, de novo, os Estados Unidos iam acabar. A Depressão desempregou 25% de sua mão de obra e contraiu a produção do país em 47%. A crise transformou fascismo e nazismo em poderosas utopias reacionárias. De Henry Ford a Cole Porter, muita gente se encantou com o ditador italiano Benito Mussolini. Dezesseis anos depois, as tropas americanas entraram em Roma, Berlim e Tóquio.

Em 1961, quando os soviéticos mostraram Yuri Gagarin voando em órbita sobre a Terra, voltou-se a pensar que os Estados Unidos iam se acabar. Em 1989, acabou-se o comunismo.

. A decadência americana foi decretada novamente em 1971, quando Richard Nixon desvalorizou o dólar, ou em 1975, quando suas tropas deixaram o Vietnã. O dólar continua sendo a moeda do mundo, inclusive para os vietnamitas.

A última agonia, provocada pela exigência constitucional da aprovação, pelo Congresso, do teto da dívida do país, foi uma crise séria, porém apenas uma crise parlamentar. Para o bem de todos e felicidade geral das nações, não só os Estados Unidos não se acabam, mas o que se acaba são os modelos que se opõem ao seu sistema de organização social e política.

No cenário de hoje, o ocaso americano coincidiria com a alvorada de progresso e eficácia da China. Lá, o teto da dívida jamais será um problema. Basta que o governo decida. Como lá quem decide é o governo, nos últimos cem anos o Império do Meio passou por dois períodos de fome que geraram episódios de antropofagia. Hoje a China não tem os problemas dos Estados Unidos, afinal, nem desastre de trem pode ser discutido pela população.

Guardadas as proporções, o sistema político brasileiro seria melhor que o americano, porque não haveria aqui a crise parlamentar provocada pelo teto da dívida. Se houvesse, o Brasil não teria quebrado nos anos 80 por ter tomado empréstimos dos banqueiros que ajudaram a criar a encrenca que hoje atormenta Washington.

Aquilo que parece uma crise da decadência é uma simples e saudável manifestação do regime democrático. Quando os negros americanos foram para as ruas, marchando em paz ou queimando quarteirões, também temeu-se pelo futuro do país. O que acabou foi a segregação racial.

Se hoje há uma crise nos Estados Unidos, ela não está nas bancadas republicanas ou mesmo na influência parlamentar do movimento Tea Party. Eles defendem o que julgam ser o melhor caminho para o país. A crise está em outro lugar, na negação, por um tipo de conservadorismo extremado, dos valores que fizeram da nação americana o que ela é. Quando o governo Bush sequestrou suspeitos pelo mundo afora, levando-os para centros de tortura, e viu-se obrigado a soltar alguns deles porque não eram o que se pensava, aí sim, os Estados Unidos estavam em perigo.

sábado, 27 de março de 2010

UM GENIAL MATEMÁTICO!

Sou leitor de ELIO GASPARI desde... anos. Apesar de discordar de vários textos seus, o jornalista escreve sobre quase tudo e quase todos. Li com prazer seus quatro livros sobre a ditadura e sua pesquisa realmente tornaram esses livros fonte importante para quem deseja conhecer parte de nossa história. Na FOLHA DE S. PAULO de 24/03/10, ele escreve sobre MATEMÁTICA. Como? Não tenham receio de ler, pois somente ele consegue, em poucas palavras, oferecer uma boa leitura.

Em 2008, quando Lady Gaga gravou seu primeiro álbum, já se tinham passados seis anos do dia em que Grigori Perelman resolvera a Conjectura de Poincaré, um dos maiores mistérios da matemática. Num mundo que consome celebridades, a história de Perelman merece cinco minutos de atenção.

Ele é um matemático russo, de 43 anos, já passou meses sem trocar de roupa, raramente corta as unhas, a barba ou o cabelo. Vive com a mãe em São Petersburgo, tem horror a jornalistas e viveu sete anos praticamente recluso. Nem e-mails respondia. Quando esteve nos Estados Unidos, a base de sua alimentação era pão preto e iogurte. Recusou cátedras nas universidades de Princeton, Berkeley, Stanford e no MIT. É um excêntrico, mas é um excêntrico que tem bastante a ensinar. Até que ponto vive-se melhor parecendo maluco do que deixando-se bafejar pela celebridade?

Superando ciúmes, intrigas e rivalidades, Perelman acaba de conquistar o prêmio dos "Problemas do Milênio", com direito a um cheque de US$ 1 milhão, concedido por uma fundação americana, por ter decifrado um dos sete grandes mistérios da matemática. Em 2006, ofereceram-lhe um honraria considerada equivalente a um Nobel de matemática. Recusou-a.

Para os leigos (como o signatário), a Conjectura de Poincaré é algo incompreensível. Ainda assim, pode-se perceber que Poincaré, um matemático francês que morreu em 1912, deixou para o mundo uma conjectura. Mais difícil será entender o que significa o segundo mistério: "A existência de Yang-Mills e a falha na massa".

Perelman resolveu a conjectura em 2002. Em vez de mandar seu trabalho para uma revista científica, onde um painel de estudiosos estudaria a consistência dos argumentos, simplesmente jogou os textos na internet, num arquivo público de trabalhos acadêmicos. O trabalho não dizia que a conjectura havia sido resolvida, essa tarefa cabia a quem o lesse. (Um matemático gastou três meses para entendê-lo.) A comunidade dos sábios consumiu dois anos estudando, invejando e, em alguns casos, buscando uma falha na explicação. Perda de tempo.

Quando Perelman foi convidado por Princeton, pediram-lhe um currículo. Respondeu que, se não sabiam quem ele era, não deveriam convidá-lo. Como o MIT chamou-o depois que resolveu a Conjectura de Poincaré, recusou porque deveriam tê-lo chamado antes. Num último convite podia ganhar quanto quisesse e fazer o que quisesse durante o tempo que bem entendesse. Respondeu que estava comprometido com seus alunos do ensino médio de São Petersburgo, o que nem era verdade.

Perelman ofendeu-se quando o "New York Times" disse que ele sustentava que resolvera a conjectura para ganhar US$ 1 milhão. Afinal, estudava o problema muito antes de o prêmio surgir e não sustentava coisa alguma. Decifrara a Conjectura de Poincaré, ponto.

Perelman é um matemático excêntrico e, pensando-se bem, Lady Gaga é uma roqueira quase convencional. Assim as coisas ficam fáceis e pode-se ir em paz ao próximo show. Contudo o mundo fica mais interessante quando se sabe que o negócio de Perelman é outro. Os matemáticos podem viver num mundo de liberdade e rigor absolutos. Ele escolheu uma vida de total integridade, sem concessões a coisa alguma. Ninguém manda nele, só a matemática, num diálogo que dispensa outras vozes.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...