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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Paul Krugman: A Pobreza Interna Bruta está crescendo.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/paulkrugman/2020/09/a-pobreza-interna-bruta-esta-crescendo.shtml


A conclusão é que antes de citar estatísticas econômicas você deve pensar no que elas significam para as pessoas e suas vidas. Os dados não são insignificantes: um milhão de empregos ganhos é melhor que um milhão de empregos perdidos, e um PIB em crescimento é melhor que um que encolhe. Mas com frequência há uma desconexão entre os números das manchetes e a realidade da vida americana, e isso é especialmente verdadeiro neste momento.
O fato é que esta economia simplesmente não está funcionando para muitos americanos que enfrentam tempos difíceis –que graças às decisões políticas de Trump e seus aliados só estão ficando mais difíceis.

sábado, 30 de maio de 2020

Folha: De volta à recessão.

Os impactos da pandemia já se fizeram sentir na economia brasileira no primeiro trimestre. Com o fechamento progressivo das atividades ao longo de março, a queda do Produto Interno Bruto chegou a 1,5% no período, ante os últimos três meses de 2019.

Como tem sido o padrão na maioria dos países, a maior retração (2,1%) se deu no consumo, por impossibilidade física ou pelo temor de perdas de renda e emprego.

Rara boa notícia foi a alta de 3,1% dos investimentos, que certamente pode ser atribuída ao quadro anterior a março. Do lado da produção, só a agropecuária cresceu (0,6%), impulsionada pela safra favorável. Indústria e serviços recuaram 1,4% e 1,6%, respectivamente.

Os resultados serão muito piores neste segundo trimestre. Com a parada geral a partir de abril, as estimativas são de retração próxima a 10%, similar às das recessões observadas em outros países.

A China, que passou pelo auge da pandemia em fevereiro, registrou contração de 9,8% no primeiro trimestre, por exemplo. Nações europeias tiveram números parecidos.

A grande diferenciação estará na volta à atividade. Quanto maior a eficiência no controle da pandemia de Covid-19 e no suporte dos governos a famílias e empresas, mais rápida será a retomada.

Nas últimas duas semanas se observou algum otimismo maior quanto à possibilidade de as principais economias do mundo retomarem as atividades gradualmente sem uma segunda onda de contágio.

Ainda assim, a maior parte das projeções indica que o PIB mundial não retornará ao nível pré-crise antes do final de 2021.

No Brasil, da mesma forma, espera-se melhora no segundo semestre, como indicam sondagens da confiança empresarial. Mas a expectativa é de um tombo de 5% a 7% para o ano, enquanto o desemprego poderá superar 15%.

Mais complexo é avaliar a perspectiva de longo prazo. O país foi atingido pela Covid-19 numa situação de fragilidade, mal tendo iniciado uma recuperação consistente depois da recessão de 2014-16.

Será difícil tomar impulso com finanças públicas em frangalhos e a gigantesca ociosidade no setor privado. Para piorar, há o presidente Jair Bolsonaro a acrescentar incerteza política à debilidade do PIB.

Não espanta, pois, que 68% dos brasileiros esperem um impacto econômico prolongado do coronavírus, segundo o Datafolha. A crise, até aqui, segue desgovernada.

editoriais@grupofolha.com.br

terça-feira, 12 de maio de 2020

Folha: Década que termina em 2020 terá menor expansão do PIB já medida.


1901-1910
Crescimento 51,4%
Pobre e rural, Brasil avança com exportações de café e borracha, após ajuste econômico de Campos Sales (1898-1902)

1911-1920
Crescimento 51,5%
Desempenho do país é prejudicado pela Primeira Guerra Mundial (1914-18), mas tem forte recuperação depois

1921-1930
Crescimento 55,6%
Período de grande instabilidade das taxas do PIB, com forte recessão no final devido à quebra da Bolsa da NY

1931-1940
Crescimento 53,6%
A recessão da entrada da década precipita o fim da República Velha, e a industrialização ganha impulso

1941-1950
Crescimento 77,3%
Durante a Segunda Guerra (1939-45) cresce intervenção estatal na economia, e alta do PIB se acelera

1951-1960
Crescimento 103,9%
País se urbaniza e se industrializa mais rapidamente, com subsídios e protecionismo comercial

1961-1970
Crescimento 82%
Regime militar começa em 1964 com ajustes econômicos para ajustar finanças públicas e conter inflação

1971-1980
Crescimento 128,8%
Período do "milagre econômico" de crescimento recorde, que impulsionou a inflação e a dívida externa

1981-1990
Crescimento 16,9%
Dívida externa se torna impagável, e país entra em colapso econômico na chamada "década perdida"

1991-2000
Crescimento 29,4%
Plano Real controla a inflação em 1994, mas expansão do PIB é prejudicada por juros altos e crises externas

2001-2010
Crescimento 43,6%
Bom momento da economia internacional estimula exportações e crescimento nos governos Lula (2003-2010)

2011-2020
Crescimento 1,9%
Colapso das contas públicas sob Dilma deságua na recessão de 2014-2016; coronavírus leva a recaída neste ano

domingo, 10 de maio de 2020

Folha: Samuel Pessôa e o "Cenário para 2020 e 2021".

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/samuelpessoa/2020/05/cenario-para-2020-e-2021.shtml

Para o Brasil, o FMI projeta recuo da economia de 5,3% em 2020 e recuperação medíocre de 1,3% em 2021. O crescimento de 2021 parece muito baixo, mas o número de 2020 é bem próximo do cenário do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), de recuo de 5,4%. E tudo indica que a atividade no segundo trimestre deste ano recuará 10% ante o mesmo período de 2019.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

50 dicas do que assistir no streaming para tornar a quarentena menos monótona.

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2020/04/confira-50-dicas-do-que-assistir-no-streaming-para-tornar-a-quarentena-menos-monotona.shtml

Junto com a Covid-19 e o isolamento social que ela impôs, veio também a oportunidade de conhecer novos filmes e séries, recuperar temporadas abandonadas e revisitar clássicos queridos, já que agora boa parte do tempo é dedicado às telas que nos cercam.
Graças à revolução que o streaming causou na indústria do audiovisual, hoje não faltam opções de lazer para quem não pode sair de casa. A oferta de conteúdos é gigantesca.
Pensando nisso, a Folha reuniu críticos e jornalistas das áreas de cinema e televisão para selecionar dicas do que assistir em diferentes plataformas e, assim, tornar a quarentena menos sofrida. É só apagar a luz, acomodar-se no sofá, estourar a pipoca e escapar da crise que assola o mundo.

sábado, 4 de abril de 2020

Folha: Coronavírus deve levar o Brasil à pior década econômica da história.



O período de dez anos que se encerra em 2020 poderá registrar a maior queda da renda per capita da história republicana do país, superando até mesmo a contração dos anos 1980, que ficaram cunhados como a década perdida brasileira.
Uma contração do PIB (Produto Interno Bruto) superior a 2% neste ano —que vários analistas já consideram factível— levaria o rendimento médio da população a recuar mais do que o 0,43% amargado entre 1981 e 1990, segundo cálculos de Fernando Montero, economista-chefe da corretora Tullett Prebon.
As medidas necessárias para conter a expansão da Covid-19 já têm surtido efeito, fortemente recessivo. Isso não é exclusividade do Brasil.

domingo, 22 de março de 2020

DICAS: Ilustríssima indica séries, filmes e livros para ocupar a quarentena.

Samuel Pessôa: Estamos em uma economia de guerra!

Para evitar que a mortalidade com a Covid-19 seja muito elevada, a sociedade decidiu cortar a produção. Ficaremos em casa reduzindo a velocidade de difusão do vírus para não sobrecarregar o sistema de saúde. Não temos a menor ideia de como enfrentar uma crise dessa natureza.
A perda de produto será grande. Suponha uma economia que cresça 2% ao ano. Suponha que nos próximos três meses se trabalhe metade do tempo. Se, nos três trimestres seguintes, a economia voltar ao normal e se, adicionalmente, por meio de horas extras, metade da perda do trimestre for devolvida nos trimestres seguintes, a queda da economia será de 8,5%.

Elio Gaspari na FSP: Ouçam Mário Henrique Simonsen!!!

O professor Mário Henrique Simonsen costumava repetir um ensinamento que pode ser útil para os mascarados de Brasília:
Formulado de maneira correta, o problema mais difícil do mundo um dia será resolvido. Formulado de maneira incorreta, o problema mais fácil do mundo jamais será resolvido”.

sábado, 21 de março de 2020

Folha: Solidários venceremos!

Esta geração de brasileiros começa a atravessar um período de temor e privações para o qual não foi preparada pela vivência nem pelo treino. Milhões de famílias estarão progressivamente confinadas em suas residências nas próximas semanas. A liberdade de ir e vir, de sair para trabalhar ou estudar, de encontrar os amigos e de viajar será restringida severamente.
Uma vasta parcela dos concidadãos arcará com sacrifício duplo. Sua renda, pouca, depende da circulação de pessoas e mercadorias e desabará. As reservas, se é que existem, vão se esvair depressa, e os programas tradicionais de auxílio governamental passam ao largo de tais circunstâncias.
Outro contingente de compatriotas, também desprotegido, expõe-se a risco elevado com a chegada da epidemia do novo coronavírus. Idosos e indivíduos portadores de outras enfermidades sujeitam-se a sofrimento prolongado nas emergências e ao risco maior de morte se forem infectados.
É para resguardar os mais vulneráveis —seja da violência do patógeno, seja da depauperação— que toda a sociedade agora deveria se mobilizar.
Mudar os hábitos, delegar poderes limitada e temporariamente maiores às autoridades, entregar-se a jornadas extenuantes e arriscadas como têm feito os profissionais da saúde e reduzir a atividade produtiva resultará plenamente recompensador se, ao final dessa dolorosa estrada, muitos brasileiros houverem sido poupados da morte e da miséria.
Olhar para o outro que sofre e estender a mão é exercício que há de fazer bem à comunidade. Num país em que iniquidades abismais convivem desde sempre com a indiferença —quando não cumplicidade— das elites e dos governantes, um choque como esse poderá ter consequências duradouras.
Que se elevem recursos e esforços coletivos na emancipação de dezenas de milhões hoje condenados à ignorância e à baixa renda. Que cresça a intolerância a privilégios concedidos a poucos pelo Estado.
Que se cobrem dos políticos eficiência, respeito ao conhecimento científico e responsabilidade com o bem-estar desta e das futuras gerações de brasileiros.
A epidemia acaba, mas a solidariedade não vai embora e poderá transformar o Brasil.

domingo, 1 de março de 2020

Folha: Paulo Guedes, um novo desenvolvimentista?


"O Banco Central certamente baixou os juros. Mas será que deixou de ser uma instituição a serviço de rentistas e financistas por isso? Ou baixou os juros porque a enorme recessão e a queda radical da taxa de inflação o obrigaram?"

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...