sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
IBGE: Produção industrial cai 1,1% entre setembro e outubro/2016.
A produção industrial brasileira registrou redução de 1,1% em outubro
deste ano, na comparação com setembro. A queda veio depois de uma alta de 0,5%
entre agosto e setembro. Em relação a outubro de 2015, a queda chegou a 7,3%, a
trigésima segunda taxa negativa neste tipo de comparação.
Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados hoje (2) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção da indústria
acumula perdas de 7,7% no ano e de 8,4% em 12 meses.
Na passagem de setembro para outubro deste ano, as quatro grandes
categorias econômicas da indústria tiveram queda, com destaque para os bens de
capital, ou seja, as máquinas e equipamentos (-2,2%). Os bens intermediários,
isto é, os insumos industrializados para o setor produtivo, caíram 1,9%.
Entre os bens de consumo, isto é, os destinados ao consumidor final, os
bens duráveis recuaram 1,2%, enquanto os semi e não duráveis caíram 0,8%.
Vinte das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção
entre setembro e outubro de 2016, com destaque para os produtos alimentícios
(-3,1%), os veículos automotores (-4,5%) e o setor de borracha e plástico
(-4,9%).
Apenas quatro atividades industriais tiveram alta na produção: derivados
de petróleo e biocombustíveis (1,9%), produtos de minerais não metálicos
(1,4%), produtos do fumo (0,9%) e equipamentos de informática e eletrônicos
(0,2%).
Edição: Kleber Sampaio
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2016-12/producao-industrial-cai-11-entre-setembro-e-outubro
quinta-feira, 1 de dezembro de 2016
Desculpe, a Odebrecht errou.
A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade
empresarial.
Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que
precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas
e o setor público.
O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes
com tais práticas e não as combatemos como deveríamos.
Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma
agressão a valores consagrados de honestidade e ética.
Não admitiremos que isso se repita.
Por isso, a Odebrecht pede desculpas, inclusive por não ter tomado antes
esta iniciativa.
Com a capacidade de gestão e entrega da Odebrecht, reconhecida pelos
clientes, a competência e comprometimento dos nossos profissionais e a
qualidade dos nossos produtos e serviços, definitivamente, não precisávamos ter
cometido esses desvios.
A Odebrecht aprendeu várias lições com os seus erros. E está evoluindo.
Estamos comprometidos, por convicção, a virar essa página.
Compromisso com o
futuro
O Compromisso Odebrecht para uma atuação Ética, Íntegra e Transparente já
está em vigor e será praticado de forma natural, convicta, responsável e
irrestrita em todas as empresas da Odebrecht, sem exceções nem flexibilizações.
Não seremos complacentes.
Este Compromisso é uma demonstração da nossa determinação de mudança:
1. Combater e não tolerar a
corrupção em quaisquer de suas formas, inclusive extorsão e suborno.
2. Dizer não, com firmeza e
determinação, a oportunidades de negócio que conflitem com este Compromisso.
3. Adotar princípios
éticos, íntegros e transparentes no relacionamento com agentes públicos e
privados.
4. Jamais invocar condições
culturais ou usuais do mercado como justificativa para ações indevidas.
5. Assegurar transparência
nas informações sobre a Odebrecht, que devem ser precisas, abrangentes e
acessíveis e divulgadas de forma regular.
6. Ter consciência de que
desvios de conduta, sejam por ação, omissão ou complacência, agridem a
sociedade, ferem as leis e destroem a imagem e a reputação de toda a Odebrecht.
7. Garantir na Odebrecht, e
em toda a cadeia de valor dos Negócios, a prática do Sistema de Conformidade,
sempre atualizado com as melhores referências.
8. Contribuir individual e
coletivamente para mudanças necessárias nos mercados e nos ambientes onde possa
haver indução a desvios de conduta.
9. Incorporar nos Programas
de Ação dos Integrantes avaliação de desempenho no cumprimento do Sistema de
Conformidade.
10.
Ter convicção de que este Compromisso nos manterá no rumo da
Sobrevivência, do Crescimento e da Perpetuidade.
A sociedade quer elevar a qualidade das relações entre o poder público e
as empresas privadas.
Nós queremos participar dessa ação, junto com outros setores, e mudar as
práticas até então vigentes na relação público-privada, que são de conhecimento
generalizado. Apoiamos os que defendem mudanças estruturantes que levem
governos e empresas a seguir, rigorosamente, padrões éticos e democráticos.
É o nosso Compromisso com o futuro.
É o caminho que escolhemos para voltar a merecer a sua confiança.
Octavio de Barros: Um exemplo de Economista. Parabéns!
Caros Clientes e Amigos,
“Faz mais presença em mim o que me falta”, dizia o grande poeta
pós-modernista Manoel de Barros.
Estou deixando as responsabilidades que exerci por quase 14 anos como
economista-chefe e como diretor do Departamento Econômico do Bradesco.
Continuarei colaborando de outras formas com a organização. A partir de
janeiro, passo a assumir posição de Consultor Econômico do Banco Bradesco,
assessorando a organização em diferentes áreas.
O Bradesco me proporcionou a maior experiência profissional de minha
vida. Pude construir, junto com uma valorosa equipe, o maior departamento
econômico do setor privado brasileiro. O DEPEC-Bradesco consolidou-se como um
departamento de alta projeção e credibilidade nacional e internacional.
Conseguimos construir um time coeso, unido, focado na missão definida desde a
sua criação. Um time de primeira linha, que certamente continuará a ajudar os
clientes e amigos dessa fantástica empresa, que será sempre para mim um exemplo
de oportunidades, de ética, de seriedade e de compromisso com os clientes e com
o país.
Chegou a hora das novas gerações assumirem as responsabilidades para as
quais foram preparadas. Apesar de me sentir tremendamente jovem e ativo, com
mais de 40 de vida profissional e acadêmica, as regras estatutárias de limite
de idade se aproximaram e precisam ser cumpridas e respeitadas e a renovação de
faz necessária. Fernando Honorato Barbosa, brilhante e competente economista,
assumirá as responsabilidades pelo Departamento Econômico do Bradesco.
Espero que possamos ainda compartilhar, com todos vocês e por muito
tempo, uma estreita cooperação, independentemente de novos desafios que eu
possa assumir, como consultor, conselheiro de empresas e palestrante.
Criei o Instituto República, empresa de consultoria/think tank registrada
no Brasil e na França (Institut République), cuja finalidade, a partir de
janeiro, será a de promover estudos, pesquisas, debates e eventos sobre
economia, política e cultura em geral. Breve darei notícias sobre esse tema.
Emocionado, agradeço à minha equipe de economistas e de apoio
administrativo que, todos, muito me ajudaram em minha trajetória profissional e
intelectual. Sem eles, o DEPEC não seria o que é hoje.
Agradeço, igualmente, à Diretoria Executiva e ao Conselho de
Administração do Bradesco, pela estima que sempre demostraram por minha pessoa.
Tenham certeza de que o Bradesco é um paradigma ético e modelo empresarial para
todo o país.
Há um provérbio alemão que traduz o meu momento atual: “quando nos
despedimos, há um olho que chora e outro que sorri”. Choro de nostalgia, por
tudo que vivi e pelos amigos conquistados. Sorriso, para a possibilidade de um
futuro ainda vibrante.
Octavio de Barros
Taxa básica de juros (Selic) caiu para 13,75% ao ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou ontem (30) uma nova redução dos juros básicos da economia (Selic), de 0,25%
ponto percentual. A taxa, que estava em 14% ao ano, caiu para 13,75% ao ano. A
decisão foi unânime.
No mês passado, o comitê também reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual, a primeira queda em
quatro anos.
De acordo com comunicado divulgado pelo BC após a reunião, “a inflação
recente mostrou-se mais favorável que o esperado, em parte em decorrência de
quedas de preços de alimentos, mas também com sinais de desinflação mais
difundida”.
O Copom destaca ainda, entre outros fatores, que as projeções para a
inflação de 2016, nos cenários de referência e mercado, recuaram e se encontram
em torno de 6,6%. As projeções para 2017, nos cenários de referência e mercado,
situam-se em torno de 4,4% e 4,7%, respectivamente. Para 2018, as projeções
encontram-se em torno de 3,6% e 4,6%, nos cenários de referência e mercado,
respectivamente. Além disso, na visão do comitê, os passos no processo de
aprovação das reformas fiscais têm sido positivos até o momento.
Principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação, a taxa
básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial
de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Copom aumenta a taxa, o objetivo é
conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros
mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os
juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando
mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para
alcançar o objetivo de controlar a inflação.
No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo
Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 7,3%. O
mercado financeiro já estima um índice menor. De acordo com o boletim Focus,
pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, a
inflação oficial fechará o ano em 6,8%.
quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Economia brasileira em novembro de 2016!
Neste 30/11/2016 a taxa básica de juros (Selic) caiu de 14% para 13,75%.
No outro lado moeda, o mercado já trabalha com uma retração maior no PIB 2016 para 3,60%.
Para 2017, a estimativa de crescimento do PIB está em ridículos 0,30%.
Que venha então 2018!!!
terça-feira, 29 de novembro de 2016
sábado, 26 de novembro de 2016
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Em outubro/16 o déficit primário no acumulado de 12 meses caiu para R$ 137 bilhões.
Impulsionado pelo programa de regularização de ativos no exterior, também
conhecido como repatriação, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência
Social e Banco Central) obteve em outubro o maior superávit primário mensal da
história. No mês passado, o resultado ficou positivo em R$ 40,814 bilhões,
superando o recorde de R$ 28,970 bilhões registrado em novembro de 2013.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da
dívida pública. O resultado positivo de outubro reduziu para R$ 55,821 bilhões
o déficit primário (resultado negativo antes do pagamento de juros) nos dez
primeiros meses do ano. Mesmo com a melhoria nas contas públicas, o déficit
primário continua a ser o maior registrado para o período desde o início da
série histórica, em 1997. De janeiro a outubro de 2015, o déficit primário
estava em R$ 32,929 bilhões.
No acumulado de 12 meses, o déficit caiu para R$ 137,633 bilhões,
voltando a ficar abaixo da meta estipulada para este ano de resultado negativo
de R$ 170,5 bilhões. Em agosto e setembro, o déficit acumulado em 12 meses
tinha superado a meta para 2016.
De acordo com o Tesouro Nacional, o principal motivo para o superávit
primário recorde em outubro foi a repatriação de recursos. Responsável pela
arrecadação de R$ 46,823 bilhões de abril a outubro, o programa arrecadou R$
45,069 bilhões apenas no mês passado. Desse total, R$ 11 bilhões de Imposto de
Renda foram repartidos com estados, municípios e fundos regionais nos últimos
sete meses, dos quais R$ 9,783 bilhões somente em outubro.
A conta não inclui a divisão da multa da repatriação, que será
distribuída aos estados após um acordo fechado esta
semana entre a União e os governadores. Em troca da adoção de
um programa de ajuste fiscal nos estados e no Distrito Federal, as unidades da
Federação poderão receber cerca de R$ 5 bilhões das multas. Segundo o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, o repasse pode ser feito antes do fim do ano.
Mesmo com os recursos da repatriação, a arrecadação continua em queda por
causa da crise econômica. De janeiro a outubro, as receitas líquidas acumulam
queda de 2,1%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), em relação ao mesmo período do ano passado.
Pressionadas pelos gastos obrigatórios, as despesas totais ficaram
estáveis e subiram apenas 0,1% acima do IPCA nos dez primeiros meses do ano.
Apenas em outubro, no entanto, os gastos caíram 15,5%, descontado o IPCA em
relação a outubro do ano passado por causa do adiantamento do 13° salário a
aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os gastos com a Previdência Social subiram 6,5% além da inflação nos dez
primeiros meses do ano. As demais despesas obrigatórias, no entanto, caíram
2,1% descontando a inflação, enquanto os gastos com o funcionalismo público
acumulam queda real (considerando o IPCA) de 2,4%. Os gastos discricionários
(não obrigatórios) caíram 6,8%, descontado o IPCA. As despesas de custeio
(gasto com a manutenção da máquina pública) caíram 8% de janeiro a setembro.
Os investimentos – gastos com obras públicas e compra de equipamentos –
somaram R$ 41,336 bilhões no acumulado do ano, recuo de 17,4% também
considerando a inflação oficial. Os investimentos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) totalizaram R$ 28,941 bilhões, queda de 18,8% descontada a
inflação.
Os investimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida somaram R$ 5,275
bilhões, retração real de 57,5%. A queda deve-se principalmente à autorização
para que a construção dos imóveis para a população de baixa renda seja
financiada com recursos do FGTS, que passou a valer neste ano e diminuiu o uso
de recursos do Orçamento no programa habitacional.
Edição: Amanda Cieglinski
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
CAGED: Em outubro/16 o mercado de trabalho perdeu 74.748 empregos.
Os dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relativo ao mês de outubro
divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (24), mostram que o
mercado de trabalho perdeu 74.748 empregos com carteira assinada no período,
número bem inferior ao registrado no mesmo mês de 2015, quando foram
registrados 169.131 vagas a menos no país. Em relação ao mês anterior houve um
recuo de 0,30% no estoque de empregos formais, que alcançou 38.941.234. Esse
resultado originou-se de 1.104.431 admissões e de 1.179.179 desligamentos.
No mês, o setor do Comércio apresentou saldo positivo 12.946 vagas de
trabalho com carteira assinada, uma alta de 0,14% na comparação com o mês
anterior. A recuperação do setor ocorreu principalmente pelo desempenho
verificado nos ramos do comércio varejista (+9.578 postos) e atacadista (+2.918
postos). O setor da Indústria de Transformação, porém, apresentou redução de
vagas no período analisado (-5.562 postos), mas o segmento registrou
crescimento do emprego em três dos doze subsetores que o compõem: a Indústria
de produtos alimentícios (+4.256 postos), da Indústria de calçados (+2.182
postos) e da Indústria mecânica (+387 postos). A Construção Civil foi outro
setor que apresentou queda, com perda de 33.517 postos de trabalho, um
resultado, no entanto, mais favorável que o registrado em outubro do ano passado,
quando foram fechadas 49.830 vagas.
Dados regionais – A região Sul apresentou no mês saldo positivo de 3.266
vagas de trabalho, impulsionado pela geração de postos no Rio Grande do Sul,
com saldo positivo de 2.386 empregos e Santa Catarina, que gerou 1.267 vagas. O
emprego também cresceu nos estados de Alagoas (5.832) e Sergipe (1.932). Nos
outros estados houve queda na geração de postos de trabalho, assim como nas
outras regiões do país. No Sudeste, onde houve a maior queda, foram perdidos
50.274 postos no mês.
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Brasil: colônia comercial do mundo industrializado?
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José
Augusto de Castro, abriu hoje (23), no Rio de Janeiro, o Encontro Nacional de
Comércio Exterior com a avaliação de que 2016 está sendo um ano difícil para o
setor que chegou a ser apontado como alternativa para o país com a queda da
atividade interna.
Apesar de a balança comercial já ter ultrapassado o saldo positivo de R$
40 bilhões na terceira semana de novembro, ele chama o resultado de
"superávit negativo" e explica que a cifra ocorreu pela forte queda
das importações, resultante da redução da atividade econômica.
Segundo o ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Marcos Jorge de Lima, o saldo da balança comercial em 2016 pode
chegar a R$ 46 bilhões, o que seria um recorde na balança comercial. Para
Castro, no entanto, não há o que comemorar.
"Esse número não gera nenhum emprego, gera desemprego porque caíram
as importações e caíram exportações. Ou seja, a atividade econômica diminuiu,
então, diminuiu o emprego. Se fosse batido esse recorde, seria um recorde a não
ser comemorado".
Ele defendeu a redução de custos das empresas para que as exportações não
dependam de oscilações do câmbio e destacou que as vendas de manufaturados para
o exterior têm caído nos últimos cinco anos. Para 2016, o mercado chegou a
esperar que esse movimento de queda mudasse.
"[Em 2015] havia uma expectativa positiva com os manufaturados [para
2016], que não se concretizou", explicou. "Com o câmbio a R$ 4, o
produto brasileiro seria competitivo. Mas nós estávamos fora do mercado
internacional e, para entrar no mercado, tem que desalojar alguém. Nós não
conseguimos desalojar os chineses, principalmente".
Em 2016, a expectativa da AEB apresentada por seu presidente José Augusto
de Castro é que as exportações vão cair de 2% a 3%, e, dentro delas, as de
manufaturados devem ter uma queda de 1% a 1,5%. O resultado, segundo ele, faz
com que o Brasil tenha um nível de exportação de manufaturados em 2016 menor
que o de 2006.
A queda das exportações de manufaturados levou o país a um cenário em que
esses itens correspondem a 40% das exportações, enquanto commodities preenchem
os outros 60%. "Se nada for feito vamos ter que nos contentar em ser uma
colonia comercial do mundo industrializado. Vamos exportar só commodities",
afirmou.
Castro apontou que a redução de custos, por meio de reformas como a
trabalhista, a tributária e a previdenciária, se aprovadas pelo Congresso, virá
com atraso. "Já passou o momento. Estamos totalmente atrasados",
disse ele que afirmou que elas "vão doer para todos nós" e exigirão
tempo de implementação no qual os produtores ainda precisarão contar com a
competitividade do câmbio.
Apesar de reconhecer que questões externas como possíveis medidas
protecionistas dos Estados Unidos e a saída do Reino Unido da União Europeia
poderão ter impactos negativos sobre o Brasil, o presidente da AEB destacou que
os problemas a serem resolvidos são internos e dependem apenas do país.
Transações correntes acumulam, nos últimos 12 meses, deficit de US$ 22,3 bilhões, equivalente a 1,25% do PIB.
Em outubro, as transações correntes apresentaram deficit de
US$ 3,3 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, deficit de
US$ 22,3 bilhões, equivalente a 1,25% do PIB.
Na conta financeira, as captações
líquidas superaram as concessões líquidas em US$ 3,2 bilhões, destacando-se os
ingressos líquidos de US$ 8,4 bilhões em investimentos diretos no país e a
redução de US$ 1,7 bilhão nos passivos de investimentos em carteira.
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