Moro no interior da floresta amazônica desde meados de 2005 e, com freqüência, trafego pela PA-150. É muito triste visualizar em grande parte da estrada imensas extensões de florestas devastadas para utilização como campo para o gado bovino.
Alguém deveria perceber que a devastação ambiental da floresta para “cultivo de gado” não traz nenhum retorno sustentável. Trata-se de uma situação na qual uma pessoa ou um grupo econômico compra uma extensa área em hectares de terra e deixa o gado devastando até acabar o que um dia foi floresta. A rentabilidade e o resultado financeiro ficam apenas com o “dono”, não produz riqueza para os ribeirinhos e não amplia em um metro a área devastada. Até quando?
Deixo claro que sou absolutamente contrário a manutenção de milhões de hectares em poder de alguns poucos índios, amparados por ONGs de meio mundo com objetivos políticos, mas temos que ser realistas. É possível empreendimentos agrícolas que gerem riqueza para os acionistas, funcionários e comunidade, além de, principalmente, preservarem as áreas florestais ainda existentes.
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