Reinaldo Azevedo é um crítico do governo Dilma e de tudo que ele avalia incorreto. No entanto, é dono de um estilo de texto que acorda qualquer leitor e enxerga muito bem o que virá por aí. Como economista, sinto-me na obrigação de divulgar um recente post do mesmo sobre a atual situação econômica brasileira.
Por onde começar? Todos os indicadores econômicos — todos, sem exceção —
estão piores do que esperava o mercado. Não há uma boa notícia na economia nem
para fazer remédio.
Vamos ver.
1: Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados), o país
fechou 115 mil vagas formais de trabalho em maio, o pior número desde 1992 — em
23 anos! Entre janeiro e maio, desapareceram 243.948 postos. No acumulado de 12
meses, 452 mil.
2: Dados do IBC-Br, um índice que é considerado uma prévia do PIB,
divulgados pelo Banco Central, indicam que o país registrou uma queda de 0,84%,
bem pior do que o 0,4% esperado pelo mercado. Em relação a abril do ano
passado, a atividade despencou 3,24%. Isso aponta para uma recessão acima de 2%
em 2015.
3: Bem, com a recessão em curso e os juros já na estratosfera, a inflação
poderia estar em queda, certo? Ainda não. A prévia de junho, na comparação com
maio, aponta uma alta de 0,99%. Em 12 meses, a taxa está em 8,8%.
Pode parecer impressionante, mas eles conseguiram chegar ao estado da arte
da incompetência: recessão severa, juros brutais e desemprego tendente a
cavalar.
Não pensem que isso se consegue sem determinação. Só se chega aí com
muita imodéstia.
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