Hoje em sua coluna no ESTADÃO, a competente Eliana Cantanhêde nos
recorda o Brasil de 1930/31 ao escrever sobre a situação do ministro Joaquim
Levy.
De maneira geral, os péssimos números atuais da economia
brasileira não são de responsabilidade do Levy, mas, sim, resultado da condução
política ou, provavelmente, da ausência de um gestor político capaz de
monopolizar as difíceis decisões que o Executivo deve tomar, sem preocupações
com partidos ou tutores.
Qualquer governo não tem sustentação política se a situação econômica
não oferece à sociedade bons números. E aí, também como Cantanhêde, temos que
recordar dos tempos de Getúlio Vargas.
Ao final de 1952, os “trabalhadores do Brasil” conviviam com uma
inflação de 12,7% ao ano, com viés de alta e a balança comercial amargava um déficit
de US$ 280 milhões. O “Diário de Notícias” informava que “o custo de vida
disparou no rodopio da espiral inflacionária”.
Com razão, na campanha presidencial de Bill Clinton em 1992, seu marqueteiro
produziu a hoje conhecida e verdadeira frase: “É a economia, estúpido! ”.
Por isso, é imperioso que
Dilma faça o que deve ser feito no sentido de estabelecer uma economia saudável
com a inflação em até 4,5% ao ano, contas públicas em ordem e o câmbio
flutuante. Será que isso é pedir demais?
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