quinta-feira, 25 de agosto de 2016
terça-feira, 23 de agosto de 2016
PNAD Contínua: taxa de desocupação cresce em todas as grandes regiões no 2º trimestre.
A taxa de desocupação (11,3% no Brasil) subiu em todas as grandes
regiões no 2º trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015: Norte (de
8,5% para 11,2%), Nordeste (de 10,3% para 13,2%), Sudeste (de 8,3% para 11,7%),
Sul (de 5,5% para 8,0%) e Centro-Oeste (de 7,4% para 9,7%). No 1º trimestre de
2016, as taxas haviam sido de 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no
Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3% no Sul.
Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no
2º trimestre de 2016 foram observadas no Amapá (15,8%); Bahia (15,4%) e
Pernambuco (14,0%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%),
Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).
O nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população
ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,6% para o
Brasil no 2º trimestre de 2016. As regiões Nordeste (48,6%) e Norte (54,4%)
ficaram abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de
59,1% no Sul, 59,2% no Centro-Oeste e 56,1% no Sudeste.
Mato Grosso do Sul (61,1%), Santa Catarina (59,4%), Paraná (59,2%)
e Goiás (59,2%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,9%),
Pernambuco (46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis de
ocupação mais baixos.
No 2º trimestre de 2016, os percentuais de empregados no setor
privado com carteira de trabalho nas grandes regiões foram de 85,4% no Sul,
82,7% no Sudeste, 77,5% no Centro-Oeste, 61,5% no Norte e 62,2% no Nordeste. A
média no Brasil foi de 77,3%.
Santa Catarina (89,7%), Distrito Federal (86,2%), Rio de Janeiro
(85,7%) apresentaram os maiores percentuais de empregados no setor privado com
carteira de trabalho, enquanto Maranhão (51,8%), Piauí (52,3%) e Pará (57,4%)
apresentaram os menores.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da
média do Brasil (R$1.972) nas regiões Sudeste (R$ 2.279), Centro-Oeste (R$
2.230) e Sul (R$ 2.133), enquanto Norte (R$ 1.538) e Nordeste (R$ 1.334)
ficaram abaixo da média.
O Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.679),
seguido por São Paulo (R$ 2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287). Os menores
rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 1.072), Bahia (R$ 1.285) e Ceará
(R$ 1.296).
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 174,6
bilhões de reais para o país com um todo) ficou em R$ 90,4 bilhões na região
Sudeste, R$ 29,8 bilhões no Sul, R$ 28,0 bilhões no Nordeste, R$ 16,2 bilhões
no Centro-Oeste e R$ 10,2 bilhões no Norte.
A publicação completa da PNAD Contínua, com os dados divulgados
hoje, está disponível aqui.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Boletim Focus: base 19/08/2016 e PIB em queda de 3,20% em 2016.
No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado manteve suas projeções.
Previsões de melhora do PIB e inflação em queda somente para 2017!
Em síntese:
PIB: manteve a queda de 3,20%;
Inflação: IPCA em 7,31%;
Dólar: manteve-se em R$ 3,30;
Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.
domingo, 21 de agosto de 2016
Prêmio Banco Central de Economia e Finanças 2016.
Os pesquisadores Bruno Silva Martins e Marco Antônio Cesar Bonomo são a
dupla vencedora do primeiro Prêmio Banco Central de Economia e Finanças, criado
como parte das comemorações dos 50 anos da instituição, com objetivo de estimular
a pesquisa em ciência econômica e nos temas relacionados à missão do BC, como
política monetária, estabilidade financeira e cidadania financeira. A
solenidade de premiação ocorreu em São Paulo, durante o XI Seminário sobre
Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária.
Para elaborar o trabalho “The impact of Government-driven loans in
the Monetary Tramsmission Mechanism: what can we learn from firm level data?”,
Bruno Martins e Marco Antonio Bonomo usaram dados de empréstimos ao nível da firma
da Central de Risco de Crédito do Banco Central do Brasil (SCR).
"Encontramos evidência de que a transmissão da política monetária pelo
canal do crédito é menos efetiva para empresas com maior acesso ao crédito
direcionado e/ou ao crédito concedido por bancos públicos, o que chamamos no
artigo de ‘crédito governamental’. Consequentemente, a variação da taxa Selic
necessária para atingir o mesmo efeito sobre o crescimento do crédito e do
emprego na economia seria menor caso não houvesse crédito governamental, ou se
o mesmo se comportasse de forma similar ao crédito livremente ofertado pelos
bancos privados. Adicionalmente, verificamos que o impacto de choques externos
sobre o custo dos empréstimos e sobre o crescimento do crédito e do emprego é
menor em empresas com maior acesso ao crédito governamental", explicou
Bruno Silva Martins, que trabalha no Depep, no Rio de Janeiro.
sábado, 20 de agosto de 2016
O debate KEYNES X HAYEK na análise do biógrafo Nicholas Wapshott.
Muito boa a matéria da FOLHA DE S. PAULO sobre o conhecido livro
do Nicholas Whapshott: KEYNES X HAYEK:
John Maynard Keynes (1883-1946)
Nacionalidade
Britânico
Britânico
Formação
Estudou no Colégio Eton e formou-se em economia no King's College, da universidade de Cambridge
Estudou no Colégio Eton e formou-se em economia no King's College, da universidade de Cambridge
Principal mentor
Alfred Marshall
Alfred Marshall
Carreira
Funcionário do Tesouro britânico. Participou das negociações pós-Primeira Guerra, em Versailles. Professor do King's College, Universidade de Cambridge. Diretor do Bank of England. Foi um dos principais idealizadores do acordo de Bretton Woods, pprogressista e pragmático
Funcionário do Tesouro britânico. Participou das negociações pós-Primeira Guerra, em Versailles. Professor do King's College, Universidade de Cambridge. Diretor do Bank of England. Foi um dos principais idealizadores do acordo de Bretton Woods, pprogressista e pragmático
Principais contribuições
Fator multiplicador (investimentos impulsionam novos investimentos, o que multiplica seu efeito)
Preferência pela liquidez (em momentos de insegurança, os agentes preferem ficar com o dinheiro líquido, abrindo mão de gastá-lo ou emprestá-lo)
Modelo AD-AS (curva de demanda e oferta agregadas)
Macroeconomia (a economia pode ser mais bem entendida compreendendo-se o quadro geral, olhando-se agregados da economia, como oferta, demanda e taxas de juros)
Fator multiplicador (investimentos impulsionam novos investimentos, o que multiplica seu efeito)
Preferência pela liquidez (em momentos de insegurança, os agentes preferem ficar com o dinheiro líquido, abrindo mão de gastá-lo ou emprestá-lo)
Modelo AD-AS (curva de demanda e oferta agregadas)
Macroeconomia (a economia pode ser mais bem entendida compreendendo-se o quadro geral, olhando-se agregados da economia, como oferta, demanda e taxas de juros)
Quem influenciou
John Kenneth Galbraith, Paul Samuelson, Amartya Sen, Joseph Stiglitz, Paul Krugman, Thomas Piketty
John Kenneth Galbraith, Paul Samuelson, Amartya Sen, Joseph Stiglitz, Paul Krugman, Thomas Piketty
Friedrich von Hayek (1899-1992)
Nacionalidade
Austríaco
Formação
Filosofia, psicologia e economia na Universidade de Viena, doutorados em direito e ciência política
Filosofia, psicologia e economia na Universidade de Viena, doutorados em direito e ciência política
Principal mentor
Ludwig von Mises
Ludwig von Mises
Carreira
Professor na London School of Economics (LSE), na Universidade de Chicago e na
Universidade de Freiburg. Prêmio Nobel de Economia em 1974
Principais contribuições
Ciclo de negócios (ocorre quando a taxa de juros, preço que equilibra
decisões de poupadores e investidores, se desajusta)
Conhecimento disperso (nenhum agente econômico tem todas as informações)
Livre mercado (preço formado sem intervenção é principal informação sobre
decisões dos agentes)
Microeconomia (entender a economia como um todo é impossível; é preciso
estudar a ação de indivíduos no mercado, a partir de itens como custos e valor)
Quem influenciou
Milton Friedman, Arthur Betz Laffer, Sir Karl Raimund Popper e George Stigler
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
Setor de Serviços recua 0,5% de maio para junho/2016.
Em junho de 2016, o
volume do setor de serviços caiu 0,5% em relação a maio, na série com ajuste
sazonal, após variar 0,2% em maio e -1,3% em abril. Na comparação com junho de
2015, o setor registrou queda de 3,4%, maior variação negativa para o mês de
junho da série, iniciada em janeiro de 2012. Com esses resultados, as
taxas acumuladas no primeiro semestre e nos últimos 12 meses ficaram ambas em
-4,9%.
Por atividade, em
relação a maio de 2016, observam-se crescimentos nos segmentos de serviços de
informação e comunicação (0,2%) e transportes, serviços auxiliares dos
transportes e correio (0,1%). Apresentaram quedas os segmentos de serviços
prestados às famílias (-0,5%), serviços profissionais, administrativos e
complementares (-0,4%) e outros serviços (-1,5%). O agregado especial das
atividades turísticas apresentou variação -0,6%, na comparação com o mês
imediatamente anterior.
A receita nominal em
junho apresentou variação de -0,3% em relação a maio e de 0,6%, na comparação
com junho de 2015. A taxa acumulada no ano ficou em 0,2% e, em 12 meses, 0,3%.
A publicação completa da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada pelo IBGE pode
ser acessada aqui.
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Delfim Netto: "Ad gustum".
O professor Delfim Netto, hoje na Folha de S. Paulo:
Os resultado sociais e econômicos do último quinquênio (2011-2015) revelam o desastre:
1º) um aumento do desemprego que agora atinge mais de 11 milhões de trabalhadores;
2º) uma regressão na distribuição de renda;
3º) uma estagnação do PIB total, mas uma queda de 4% no PIB per capita;
4º) uma taxa de inflação de 40%, quando a meta era de 25%;
5º) um deficit acumulado em conta corrente que somou quase US$ 400 bilhões e destruiu o setor industrial;
6) um deficit fiscal de 6% em 2014 e 10% em 2015;
7º) um aumento da relação dívida bruta/PIB de 52% para 66% e, por fim, mas não por último,
8º) a perda do "rating" soberano que havíamos obtido em 2011!
Na íntegra:
terça-feira, 2 de agosto de 2016
Agropecuária ajuda a conter perdas de vagas em junho, segundo Caged.
O emprego formal apresentou em junho recuo na trajetória de
perda de postos de trabalho, na comparação igual mês de 2015. No mês, a
retração na geração de postos de trabalho foi de 0,23%, na comparação com maio,
com saldo negativo de 91.032 vagas. A perda, entretanto, foi significativamente
menor do que a registrada em junho de 2015, quando houve o fechamento de
111.199 vagas formais.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho. O
saldo de junho foi oriundo de 1.204.763 admissões contra 1.295.795
desligamentos. No acumulado do ano, o nível de emprego formal apresentou
declínio de 1,34%, correspondendo à perda de 531.765 postos de trabalho. Nos
últimos 12 meses, o recuo foi de 1.765.024 empregos, retração de 4,31%. Com o
resultado, o estoque de emprego para o mês alcançou 39.161.285 trabalhadores
com carteira de trabalho assinada no país.
Segundo o levantamento, dois setores apresentaram saldo
positivo de geração de empregos no mês. A Agropecuária, com a criação de 38.630
postos de trabalho, crescimento que, segundo o Ministério do Trabalho,
relaciona-se a fatores sazonais ligados: ao cultivo do café, principalmente nos
estados de Minas Gerais, responsável por 12.895 postos; atividades de apoio a
agricultura em São Paulo, com saldo positivo de 7.292 vagas, e, nesse mesmo
estado, o cultivo de laranja, que gerou 5.986 postos.
Além da Agricultura, a Administração Pública também
apresentou saldo positivo, com geração de 790 postos no mês, invertendo o
resultado negativo de 704 postos verificado em junho de 2015. Já o setor de
Serviços teve perda de 42.678 vagas em junho, representando a maior queda
setorial no mês, seguido por Indústria de Transformação, que encerrou 31.102
postos no mesmo intervalo.
Dados estaduais - O emprego formal apresentou resultado
positivo em oito estados brasileiros, com destaque para Minas Gerais (4.567),
Goiás (3.369) e Mato Grosso (2.589). A maior queda no nível de emprego formal
foi registrada em São Paulo (-29.915), influenciada pela queda de postos de
trabalho na Construção Civil (-8.447) e no Comércio Varejista (-5.561). Houve
também perda de vagas no Rio de Janeiro (-15.748) e Rio Grande do Sul (-10.340).
Assessoria de Imprensa
Ministério do Trabalho
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