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domingo, 18 de outubro de 2009

ROUBINI E A SUA VISÃO DO B R I C

Hoje na FOLHA DE S. PAULO, NOURIEL ROUBINI, pergunta: OUTRO BRIC NA PAREDE? Lembramos que o colega economista Nouriel Roubini, que passa a escrever mensalmente na Folha, é professor de economia da Universidade de Nova York e sócio da empresa de consultoria RGE Monitor. É filho de pais iranianos, nasceu na Turquia, mudou-se para Teerã na infância e se naturalizou norte-americano. Concluiu, em 1982, a graduação em economia pela universidade italiana Luigi Bocconi e, em 1988, obteve o doutorado pela Universidade Harvard. Roubini passou a ser reconhecido como um dos analistas econômicos mais importantes do mundo após prever a crise originada nos Estados Unidos. Em setembro de 2006, ele foi o primeiro a afirmar que o estouro da bolha no mercado imobiliário do país levaria os Estados Unidos a uma de suas piores crises na história. O economista defende um controle maior das instituições financeiras. Segundo ele, não se pode esperar que o mercado se regule. Roubini afirma que, se a regulação dos mercados não se intensificar, o ciclo de excessos no crédito vai recomeçar e originar novas crises.

Abaixo, na íntegra, o artigo dele na FOLHA:

A sabedoria dominante raramente sobrevive a um bom teste de desgaste, e poucos testes causaram tanto desgaste como o sofrido pela economia mundial nos últimos 24 meses. Uma temporada de saudável reavaliação parece ter começado, e está lançando nova luz sobre conceitos que prevaleciam na época do boom, como o valor dos mercados opacos, o status intocável dos consumidores norte-americanos e a sabedoria da desregulamentação. Uma das ideias dominantes na era da bolha, que escapou relativamente incólume, porém, é a suposição de que os chamados países Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) ditarão cada vez mais os rumos da economia nos próximos anos. O conceito de Brics, cunhado em um relatório do Goldman Sachs em 2003, não é de todo ruim: já que está 75% correto, apresenta resultados muito melhores do que a maioria dos prognósticos econômicos da era. No entanto, a crise econômica que começou em 2008 expôs um dos quatro países como impostor. Se compararmos diretamente as estatísticas vitais das economias dos Brics, fica dolorosamente evidente que, nas palavras de uma velha brincadeira de "Vila Sésamo", "uma dessas coisas é diferente das outras". A debilidade da economia da Rússia, e dos bancos e empresas altamente endividados do país, em particular, ainda que mascarada nos últimos anos pelos lucros extraordinários propiciados pela alta nos preços do petróleo e do gás natural, foi exposta de maneira gritante quando a economia mundial despencou. Sobrecarregada com uma infraestrutura envelhecida, a Rússia se desqualifica ainda mais devido a políticas disfuncionais e revanchistas e a uma tendência demográfica que aponta para declínio populacional quase terminal. Até mesmo com a modesta recuperação que os preços das commodities apresentaram nos últimos seis meses, o setor de energia da Rússia vem enfrentando quedas de produção nos últimos anos, em parte devido ao medo dos investidores estrangeiros quanto a uma possível expropriação. O fundo soberano de investimento da Rússia, que tem parte importante na sustentação de um modelo econômico que volta a ser cada vez mais centralizado, está esgotando seus recursos rapidamente. Caso as tendências negativas se mantenham, o fundo de reserva russo pode se exaurir. A queda russa, enquanto isso, resultou em uma espécie de brincadeira de salão entre acadêmicos, especialistas em política externa e investidores bem informados, com o objetivo de substituir o país no clube das grandes economias de mercado emergente. Diversos acrônimos foram sugeridos, do elegante Bricet, que acrescentaria a Europa Oriental e a Turquia, a Bricket, envolvendo o grupo anterior e mais a Coreia do Sul; os mais exagerados falam até mesmo em Brimc, com a adição do México à mistura. Em todas essas revisões, a Rússia sobrevive, a despeito de o seu destino econômico estar traçado. Embora a Rússia mantenha o maior arsenal mundial de armas nucleares (ainda que um tanto envelhecidas), bem como o seu assento permanente (e, portanto, poder de veto) no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, o país se encaixaria melhor em uma lista de nações doentes do que na lista dos Brics. Do ponto de vista de potencial e fundamentos econômicos puros, há argumentos muito mais fortes em favor da inclusão da Coreia do Sul, uma potência econômica sofisticada para a qual o principal risco continua a ser o regime de seu gêmeo maligno ao norte, cujo colapso poderia inundar o país de refugiados famintos. O mesmo se aplica à Turquia, que ostenta um setor bancário robusto, um mercado interno próspero, importância crescente na política do Oriente Médio e de energia, integração à Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), candidatura à União Europeia e vínculos com os Estados que lhe são aparentados etnicamente no centro da Ásia. O caso mais convincente talvez seja o da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, que conta com uma classe média em rápida expansão, política democrática relativamente estável e uma economia que se destacou na Ásia a despeito da recessão mundial. Da perspectiva dos Estados Unidos, a Indonésia representa alternativa atraente à Rússia, que até recentemente vinha disputando com a Venezuela a liderança da torcida pelo declínio norte-americano. A Indonésia, além disso, demonstrou poder de resistência não apenas econômico como nacional. A despeito de sua composição étnica diversificada e de seu território composto por uma profusão de ilhas, o país conseguiu deixar rapidamente para trás a ditadura militar e se recuperou dos inúmeros desafios e revezes sofridos, entre os quais a crise financeira asiática de 1997, o tsunami de 2004, a emergência do radicalismo islâmico e suas inquietações internas. Embora a renda per capita indonésia continue baixa, o que importa é o potencial econômico, e quanto a isso o país brilha. A Indonésia depende menos das exportações que seus pares asiáticos (e muito menos que a Rússia), e seus mercados de ativos (madeira, óleo de palma e carvão, em particular) atraíram forte investimento estrangeiro. O governo, em Jacarta, enquanto isso, tomou medidas fortes de combate à corrupção e agiu para remediar os problemas estruturais. Até mesmo as tendências demográficas favorecem a Indonésia, que com seus 230 milhões de habitantes já é o quarto mais populoso país do mundo -e "uma Alemanha" (80 milhões de habitantes) mais populoso que a Rússia. Mas as ideias da moda custam a morrer, e a Rússia agiu de maneira a cimentar o atual conceito dos Brics em forma de realidade irreversível. A ossificação dos Brics como instituição mundial deu um dramático salto em junho, quando os líderes dos quatro países se reuniram (na Rússia, é claro), para a primeira "conferência de cúpula dos Brics". O encontro resultou em uma notável tirada antiamericana, já que cada um dos membros declarou seu desejo de remover o dólar de seu papel como moeda mundial de reserva. Alguns meses antes, os quatro decidiram emitir um comunicado conjunto, antes da reunião de abril do grupo dos 20 (G20), no qual anunciavam sua determinação coletiva de mudar as regras do sistema econômico mundial. No setor privado, proliferaram os fundos de índices Bric, ainda que o Goldman Sachs tenha procurado proteção para sua aposta nos Brics por meio da formulação de um segundo conceito, o "Next 11", ou seja, os próximos 11 (N11). O grupo acrescentaria ao debate Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Coreia do Sul, Turquia e Vietnã. Somados aos quatro países dos Brics, os N11 provavelmente formam um elenco mais lógico e defensável para a "primeira divisão" das economias emergentes. A Rússia rejeita a ideia de demoção, e funcionários do governo norte-americano parecem ter decidido evitar o debate semântico sobre o tema. Ainda assim, não deveria ser surpresa que a Rússia tenha pressionado com tanto vigor pela conferência dos Brics em Ecaterimburgo e bancado a maior parte do custo. Por que correr o risco de ficar exposta cedo demais?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

FINAL DE JULHO/09 - OTIMISMO NA ECONOMIA

Neste último dia de julho/2009, nada como ler uma frase do "Dr. Apocalipse", o nosso colega NOURIEL ROUBINI, publicada na EXAME - edição de 29/07/09:
"HÁ LUZ NO FIM DO TÚNEL - E NÃO É DE UM TREM VINDO NA DIREÇÃO DA ECONOMIA AMERICANA".
Apesar de nosso também sentimento otimista, muita coisa ainda pode acontecer na economia neste ano de 2009 e em 2010, antes que possamos finalmente anunciar que a crise ACABOU.

sábado, 18 de julho de 2009

ECONOMIA 2009 COM NOURIEL ROUBINI

Para o colega NOURIEL ROUBINI, um dos poucos que previu a atual crise, direto do GLOBO:

- Há luz no fim do túnel. E, pela primeira vez, não é a de um trem (na direção contrária) - disse ROUBINI em teleconferência em Nova York promovida pelo governo chileno. - O pior ficou para trás em termos de condições econômicas e financeiras.

É o que também torcemos. E que venha 2010...

sábado, 16 de maio de 2009

NOURIEL ROUBINI E A PIADA DO ANO

Uma das piadas favoritas do "Dr. Apocalipse" NOURIEL ROUBINI, 50 anos, é a seguinte:
"Encontrei certa vez, num evento internacional, uma senhora russa que me disse que ECONOMISTAS são como terapeutas sexuais: conhecem mil posições, mas nunca as praticaram. Eu respondi a ela: 'Minha senhora, eu faço ECONOMIA APLICADA'."
Não é a toa que atualmente ele passa 25 dias por mês viajando pelo mundo a convite de empresas, bancos e instituições que pagam pelo menos 75.000 dólares para ouvi-lo falar. 

sexta-feira, 1 de maio de 2009

NOURIEL ROUBINI ESTÁ NA LISTA DA TIME

Como faz anualmente, a TIME publicou nesta sua última edição, os nomes das 100 pessoas mais influentes do mundo. (Estou "invocado", mas não localizei o nome do nosso LULA...). É claro que neste 2009, ele que é realmente um dos mais influentes economistas globais não poderia deixar de constar: o Professor de Economia NOURIEL ROUBINI, (que em 2006 provocou risadas ao prever a crise financeira de 2009), com texto do Nobel PAUL KRUGMAN. 

Nouriel Roubini  By Paul Krugman

Nouriel Roubini was right. At a time when the likes of Alan Greenspan were dismissing concerns about excessive home prices and declaring that banks were stronger than ever, Roubini warned that there was a monstrous bubble in the housing market and that the bursting of that bubble would cause much of the financial system to collapse. And so it has turned out, with even the most seemingly outlandish of Roubini's predictions matched or even exceeded by reality.

How did he do it? For the first decade of his career, Roubini, 51, was a well-regarded but hardly renowned macroeconomist. When the Asian financial crisis struck in 1997, however, he created a Web page — the forerunner of his subscription service, RGE Monitor — that became the go-to place for anyone trying to keep up with the flood of news, data and economic analysis. And in the process, he became acutely aware — more, perhaps, than any other economist of our era — of the dangerous mix of folly and fragility that characterizes the modern financial system.

Does Roubini sometimes get it wrong? Of course. Everybody does. Four years ago, he was predicting an imminent end to China's willingness to accumulate trillions in sterile reserves, leading to a plunge in the dollar's value and to financing problems for the U.S. government. He was wrong about that, and no doubt he'll be wrong again.

But he's much more than a Chicken Little who finally got lucky when the sky did fall. Don't be fooled by his sometimes over-the-top writing style: his warnings are based on sophisticated modeling and careful data analysis and have often proved right — not just in general but in detail. He was predicting $2 trillion in bank losses when most people thought those losses would be a few hundred billion at most, largely because he realized early on that subprime was only the beginning. And now even the International Monetary Fund is predicting U.S.-originated losses of $3 trillion or more.

So is Roubini a Cassandra? Yes, he is. Remember, people dismissed Cassandra's dire prophecies — until they all came true.

Krugman, the winner of the 2008 Nobel Prize for Economics, teaches economics and international affairs at Princeton University;

Fast Fact: Born in Turkey, Roubini has also lived in Italy, Iran and the U.S. He speaks fluent Farsi, Hebrew, English and Italian.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...