quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Brasil: em mais de 500 anos, nada mudou?

Definitivamente, reconhecemos que o Brasil não é para principiantes, como bem lembrou o maestro Tom Jobim. Senão vejamos:
Somente numa única quarta-feira do último mês do ano, a sociedade acompanha paralelamente os seguintes assuntos, dentre os milhares que ocorrem na data:
Ministros do Supremo Tribunal Federal discutem o rito do eventual impeachment da Presidente da República;
Depois de quase uma década, o FED - Banco Central americano, eleva a taxa de juros e sinaliza aumento gradual;
A Fitch Ratings rebaixa a avaliação do Brasil citando o quadro fiscal e a incerteza política e o país perde o grau de investimento;
A meta fiscal do governo para 2016 foi reduzida para 0,5% do PIB e mesmo assim, provavelmente, não será atingida;
E o probo Joaquim Levy deve deixar o Ministério da Fazenda.
Com a economia em queda nos principais indicadores e com um cenário complicado, no momento, para 2016, quando poderemos respirar sem a ajuda de aparelhos?  
E nem vamos comentar da tragédia em Mariana, da crise na saúde e na segurança pública, no que ainda falta apurar na Operação Lava Jato etc!
Que venha então, a nova temporada de House of Cards!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Brasil: IDH 2014 0,755 - 75º do mundo!

Sem surpresa o resultado do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Brasil divulgado hoje pela Organização das Nações Unidas - ONU o IDH brasileiro passou de 0,752 em 2013 para 0,755 no ano passado. Dentre os 188 países avaliados, o Brasil ocupa a 75ª posição.
O Brasil ainda está muito distante de ser um país onde a sociedade tenha renda, saúde e educação de primeiro mundo.
E que venha 2017!

A lucidez de Armínio Fraga no meio do caos brasileiro.

Hoje assisti a entrevista de Armínio Fraga à Miriam Leitão sobre a situação econômica e política brasileira. É extraordinário o conhecimento e a visão do ex-presidente do Banco Central no período de 1999 a 2003, aliada a sua percepção do que deve ser feito para tirar o Brasil deste caos econômico e político. Na conversa, ele reconhece a competência do Joaquim Levy e sinaliza que tudo tende a piorar caso o governo não retorne as boas práticas da política econômica já praticada anteriormente.       
A entrevista completa está no GloboNews Play.


sábado, 12 de dezembro de 2015

The Voice: Celebrate Frank Sinatra's 100th birthday.

 

Em 2015, o melhor continua sendo Frank Sinatra. 

Revendo hoje uma apresentação do mesmo que foi ao ar em 13 de Novembro de 1966, cantando com Ella Fitzgerald e o único encontro filmado com Antonio Carlos Jobim, evidencio como "A VOZ" é imortal.

100 anos, um personagem inesquecível! 

   

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Moody's ameça rebaixar a nota do Brasil. E 2015 ainda nem acabou...

New York, December 09, 2015.

Moody's Investors Service has placed Brazil's Baa3 issuer and bond ratings on review for downgrade. The review for downgrade is driven by i) rapidly and materially deteriorating macroeconomic and fiscal trends and diminished likelihood of trend reversal in the next 2-3 years; and ii) worsening governability conditions and increased risk of policy paralysis. During the review, Moody's will assess the likelihood of further deterioration in the government's fiscal position against the agency's baseline assumptions supporting the current Baa3 rating, and the prospect of a faster and more significant rise in the government's debt trajectory, in the context of heightened political uncertainty, declining investor confidence and deeper than expected recession.

Time: Angela Merkel - Person of the year 2015.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Ruy Castro: A coisa pública - o belo exemplo de Dom Pedro II.

Ruy Castro e o excelente exemplo de Dom Pedro II, hoje na FSP. 
Ao contemplar de lá de cima (ou de onde quer que esteja, se estiver) o país que foi obrigado a deixar há 126 anos, D. Pedro 2º deve se perguntar como o Brasil conseguiu avacalhar até o fundamento básico da República: o conceito de "res publica", a coisa pública, que, por ser de todos, não é de ninguém. E como um país tão grande aceita se curvar à mesquinha disputa entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, ambos tentando salvar a pele pelas lambanças que fizeram com o dinheiro público.
Ele, D. Pedro, foi impecável nesse departamento. Imperou de verdade durante 48 anos, de 1841 a 1889, sem deixar que aumentassem sua dotação. Era com este dinheiro que sustentava a si próprio e à sua família, pagava os estudos no Exterior de brasileirinhos em quem acreditava (como o músico Carlos Gomes e o pintor Pedro Américo) e financiou suas duas viagens aos EUA, Europa e Oriente Médio, com comitivas de apenas quatro ou cinco pessoas –para a segunda dessas viagens, teve de tomar dinheiro emprestado.
Em vez de criar impostos, cortava despesas. Seu palácio imperial, em São Cristóvão, era o mais desmobiliado do planeta. Seus trajes oficiais, puídos de fazer dó. Ao ser deposto pelos militares e ter de ir embora em 24 horas, D. Pedro recusou o dinheiro que o governo da República lhe ofereceu para seu exílio em Paris. E ainda lhes passou uma descompostura por estarem dispondo de recursos que não lhes pertenciam, mas ao povo brasileiro.
Poucos dos sucessores republicanos de D. Pedro seguiram o seu exemplo de austeridade. Prevaleceu a ideia de que a coisa pública é para isto mesmo –para se meter a mão em benefício pessoal (Cunha) ou para falsificar contas, disfarçar a incompetência e avalizar mentiras (Dilma).

D. Pedro nasceu há 190 anos na última quarta-feira. Fará 124 de morte amanhã. 

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Antologia da Maldade: Gustavo Franco e Fabio Giambiagi.

Aproveitando os feriados deste final de ano, recomendo a leitura do ótimo "Antologia da Maldade - Um dicionário de citações, associações ilícitas e ligações perigosas", livro organizado pelos economistas Gustavo Franco e Fabio Giambiagi

Uma leitura para fazer bem a mente e a alma! 


domingo, 29 de novembro de 2015

A imagem de Dilma no La Nacion.

No LA NACION

Dilma busca opciones para evitar el derrumbe.



Gustavo Franco: a fórmula da corrupção.

O colega Gustavo Franco, extremamente cáustico hoje no ESTADÃO, definitivamente explica o que está acontecendo no Brasil. 
Num livro de 1988, o professor Robert Klitgaard, de Harvard, definiu o grande problema nacional em uma simples equação:
Corrupção = Monopólio + Arbitrariedade – Transparência.
Ou seja, quanto mais distantes do mercado estiverem as relações entre o público e o privado, quanto mais discricionárias as decisões, e quanto menor a transparência, maior será a corrupção.

sábado, 28 de novembro de 2015

Brasil: interesses conflitantes entre governo e sociedade.

Com 2015 no seu final, a presidente Dilma aproveita a necessária viagem à Paris para a 21ª Conferência do Clima (COP 21) para encontrar-se com líderes do Equador e da Bolívia.
Com a devida vênia, o país passando por uma situação econômica e política insustentável, e ainda temos tempo para conversas em Paris com relevantes países que estão aqui ao lado da nossa fronteira?!
No pior outubro da série histórica as contas do governo tiveram no mês déficit primário de R$ 12 bilhões,  já acumulando neste 2015 R$ 33 bilhões, ou seja, 0,7% do PIB. E isso é apenas um destaque econômico nesta difícil semana, sem considerar os atuais péssimos indicadores para o PIB, a inflação, o desemprego etc.

O Brasil vai caminhando em direção ao abismo e a desunião política nacional impede a adoção de medidas que recoloquem o país na apropriada rota. É muito importante que as lideranças existentes lembrem que uma democracia não se faz com uma economia em desmoronamento. Como discursou o revolucionário Saint-Just no julgamento de Luís XVI, “não se pode reinar inocentemente”. A sociedade brasileira não merece conviver com a ausência de um mínimo de organização pública.     

Adam Smith e o trabalho.

O trabalho é a única medida universal, assim com a única exata, dos valores, o único padrão que pode nos servir para comparar os valores de diferentes mercadorias em todas as épocas e em todos os lugares. 

Fonte
Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

2014: Feliz ano velho. Em 2015: que venha 2017!!!

Editorial da FOLHA DE S. PAULO: hoje, um resumo de 2014, o ano que 2015 não será. Então, que venha logo 2017. 

O ano de 2015 foi consumido tão rapidamente pela regressão econômica e pela frustração contínua de qualquer otimismo que estatísticas de 2014 parecem agora muito remotas. Os indicadores da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referentes ao ano passado, recém-divulgados, padecem desse anacronismo.

No entanto a Pnad também mostra que os rendimentos e a distribuição da renda resistiram mesmo a um ano em que o PIB per capita se retraiu. Por um lado, é um sinal de que devastações estão por vir; por outro, há indícios neste ano de que os rendimentos pessoais suportavam o impacto da maior recessão em 25 anos.

A desigualdade de rendimentos ainda baixou em 2014, desta vez um tanto mais devido a uma rara retração dos ganhos do décimo mais rico da população.

Quando se consideram os rendimentos pela ótica dos domicílios, ainda houve avanços para todos os décimos em que se convencionalmente divide a população para fins de análise mais rápida da equidade. A renda domiciliar per capita cresceu para todos.

De qualquer modo, a renda dos mais pobres foi a que cresceu mais depressa na década iniciada em 2004. Porém, no ano passado, a renda domiciliar per capita do décimo mais rico era ainda 33,4 vezes a do décimo mais pobre.

É preciso, contudo, ressaltar a que se chegou depois de uma década de progresso: entre o décimo mais pobre dos brasileiros, a renda média por cabeça, em cada casa, era ainda de R$ 155 por mês.

Um indicador preocupante de degradação social foi o aumento de 9,3% no número de trabalhadores infantis. Cerca de 554 mil crianças de 5 a 13 anos trabalhavam no ano passado para ganhar R$ 215 por mês, em média –45,6% nem renda auferiam.

Há nova e ligeira melhora quantitativa na educação, mas ainda quase 44% dos brasileiros maiores de 25 anos e 33% dos empregados não haviam completado nem ao menos o ensino fundamental.

Assustador mesmo é que, uma década depois de avanços um tanto mais rápidos, o país ainda esteja em condições tão precárias para enfrentar a maior regressão econômica desde o início dos anos 1990.

O colchão social hoje é mais alto, decerto, mas não o bastante para amortecer o golpe da recessão e do atual desgoverno.

domingo, 15 de novembro de 2015

Papa Francisco: novo beato brasileiro Francisco de Paula Victor.


Cari fratelli e sorelle,

desidero esprimere il mio dolore per gli attacchi terroristici che nella tarda serata di venerdì hanno insanguinato la Francia, causando numerose vittime. Al Presidente della Repubblica Francese e a tutti i cittadini porgo l’espressione del mio fraterno cordoglio. Sono vicino in particolare ai familiari di quanti hanno perso la vita e ai feriti.

Tanta barbarie ci lascia sgomenti e ci si chiede come possa il cuore dell’uomo ideare e realizzare eventi così orribili, che hanno sconvolto non solo la Francia ma il mondo intero. Dinanzi a tali atti, non si può non condannare l’inqualificabile affronto alla dignità della persona umana. Voglio riaffermare con vigore che la strada della violenza e dell’odio non risolve i problemi dell’umanità e che utilizzare il nome di Dio per giustificare questa strada è una bestemmia!

Vi invito ad unirvi alla mia preghiera: affidiamo alla misericordia di Dio le inermi vittime di questa tragedia. La Vergine Maria, Madre di misericordia, susciti nei cuori di tutti pensieri di saggezza e propositi di pace. A Lei chiediamo di proteggere e vegliare sulla cara Nazione francese, la prima figlia della Chiesa, sull’Europa e sul mondo intero. Tutti insieme preghiamo un po’ in silenzio e poi recitiamo l’Ave Maria.

[Ave Maria…]

Ieri, a Três Pontas, nello Stato di Minas Gerais in Brasile, è stato proclamato beato don Francisco de Paula Victor, sacerdote brasiliano di origine africana, figlio di una schiava. Parroco generoso e zelante nella catechesi e nell’amministrazione dei sacramenti, si distinse soprattutto per la sua grande umiltà. Possa la sua straordinaria testimonianza essere di modello per tanti sacerdoti, chiamati ad essere umili servitori del popolo di Dio.

Saluto tutti voi, famiglie, parrocchie, associazioni e singoli fedeli, che siete venuti dall’Italia e da tante parti del mondo. In particolare, saluto i pellegrini provenienti da Granada, Málaga, Valencia e Murcia (Spagna), San Salvador e Malta; l’associazione “Accompagnatori Santuari Mariani nel Mondo” e l’Istituto secolare “Cristo Re”.

A tutti auguro una buona domenica. E per favore, non dimenticate di pregare per me. Buon pranzo e arrivederci!

15/11/2015.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Samarco: quando a ausência do Estado é falha.

Na edição da EXAME de 11/11/2015, Ricardo Vescovi, presidente da Samarco diz que “as mudanças climáticas estão ocorrendo, só não ver que não quer. Nossa responsabilidade diante disso cresce e temos trabalhado com a ecoeficiência em mente sempre.”
A revista comenta que na Samarco 100% de sua geração térmica para o funcionamento de fornos à base de óleo fora substituído por gás natural. O investimento de R$ 38 milhões nessa conversão, gerou uma economia de R$ 80 milhões ao ano e ajudou a reduzir 10% do nível de emissões de gases de efeito estufa da empresa.
Hoje, a mineradora Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, é responsável por um desastre ambiental em Minas Gerais de impactos ainda incalculáveis.

É preocupante que isso ocorra numa empresa que, a princípio, evidencia ter responsabilidade socioambiental. E lamentável descobrir somente agora, durante as apurações, que unidades da empresa funcionavam com Licenças de Operação vencidas. 
Quando o Estado falha onde não deveria falhar! 

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...