sexta-feira, 30 de setembro de 2016

O que fazer com 12 milhões de desempregados?

A taxa de desocupação foi estimada em 11,8% no trimestre móvel encerrado em agosto de 2016. Isso representa um crescimento de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao período entre março e maio deste ano (11,2%). Na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior, junho a agosto de 2015, quando a taxa foi estimada em 8,7%, o quadro também foi de elevação (3,0 p.p.).

A população desocupada (12,0 milhões) cresceu 5,1% em relação ao trimestre de março a maio de 2016 (11,4 milhões), um aumento de 583 mil pessoas. No confronto com igual trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 36,6%, significando um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.

Já a população ocupada (90,1 milhões) caiu 0,8% frente ao trimestre de março a maio de 2016, um decréscimo de 712 mil pessoas. Em comparação com igual trimestre do ano passado, quando o total de ocupados era de 92,1 milhões de pessoas, foi registrado declínio de 2,2%, significando redução de aproximadamente 2,0 milhões de pessoas no contingente de ocupados.

O número de empregados com carteira assinada (34,2 milhões) não apresentou variação estatisticamente significativa em comparação com trimestre de março a maio de 2016. Frente ao trimestre de junho a agosto de 2015, houve queda de 3,8%, o que representou a perda de cerca de 1,4 milhão de pessoas com carteira assinada.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 2.011) registrou estabilidade frente ao trimestre de março a maio de 2016 (R$ 2.015) e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.047).

A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 177,0 bilhões de reais) não apresentou variação significativa em relação ao trimestre de março a maio de 2016, mas recuou 3,0% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.

A publicação completa da PNAD Contínua pode ser acessada aqui
http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3269

169 bilhões é o saldo devedor do governo nos últimos 12 meses!

O setor público consolidado registrou deficit primário de R$ 22,3 bilhões em agosto. O Governo Central e os governos regionais apresentaram deficits primários de R$ 22,1 bilhões e R$ 653 milhões, respectivamente, enquanto as empresas estatais registraram superavit primário de R$ 529 milhões.

No ano, o deficit primário acumulado foi de R$ 58,9 bilhões, ante deficit de R$ 1,1 bilhão no mesmo período de 2015. No acumulado em doze meses, registrou-se deficit primário de R$ 169 bilhões (2,77% do PIB), elevando-se 0,23 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Os juros nominais apropriados por competência alcançaram R$ 40,7 bilhões em agosto, praticamente no mesmo patamar observado em julho. Observou-se, por um lado, ganho de R$ 4,3 bilhões nas operações de swap cambial no mês (comparativamente a perda de R$1,8 bilhão em julho) e, em sentido contrário, elevação no volume de juros apropriados em decorrência de um maior número de dias úteis em agosto. No acumulado no ano, os juros nominais totalizaram R$ 254,6 bilhões, ante R$ 338,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais atingiram R$ 418 bilhões (6,86% do PIB), reduzindo-se 0,19 p.p. do PIB em relação ao observado em julho.

O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 62,9 bilhões em agosto. No ano, o deficit nominal totalizou R$ 313,4 bilhões, comparativamente a deficit de R$ 339,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já no acumulado em doze meses, o deficit nominal alcançou R$ 587 bilhões (9,64% do PIB), elevando-se 0,04 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em junho.

deficit nominal do mês foi financiado mediante expansões de R$ 50,6 bilhões na dívida mobiliária e de R$ 17,2 bilhões na dívida bancária líquida, compensadas, parcialmente, pela redução de R$ 4,8 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e de R$ 138 milhões no financiamento externo líquido.No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado estima inflação menor e melhora no PIB. 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

BACEN: Em 2016 queda de 3,3% no PIB e inflação de 7,3%. A conferir!!!

O cenário básico do Comitê de Política Monetária (Copom) contempla estabilização da atividade econômica no curto prazo e possível retomada gradual ao longo dos próximos trimestres, em contexto de elevado nível de ociosidade na economia. A evolução dos preços evidencia processo de desinflação em curso. Os índices de preços, embora desacelerassem no trimestre encerrado em agosto, registraram inflação acima das expectativas para o período, refletindo arrefecimento de preços em intensidade inferior ao padrão sazonal. A despeito desse comportamento recente, as perspectivas são de continuidade do processo de desinflação nos próximos trimestres. Essa expectativa é corroborada pelas projeções produzidas pelo Copom e por medidas de expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus. No entanto, a velocidade de desinflação permanece incerta. No âmbito externo, o cenário ainda apresenta interregno benigno para economias emergentes. No entanto, as incertezas sobre o crescimento da economia global e, especialmente, sobre a normalização das condições monetárias nos Estados Unidos da América (EUA) persistem. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no trimestre encerrado em agosto ficou 0,48 pontos percentuais (p.p.) acima das projeções do Copom feitas à época do Relatório de junho. Identificam-se aqui os componentes que produziram as maiores discrepâncias nesse período, e apresentam-se projeções para a inflação do IPCA para os meses de setembro, outubro e novembro, de 0,19%, 0,40% e 0,45%, respectivamente. No que se refere a projeções condicionais de inflação, de acordo com os procedimentos tradicionalmente adotados, no cenário de referência projeta-se inflação de 7,3% em 2016, de 4,4% em 2017 e de 3,8% em 2018. No cenário de mercado, as projeções apontam inflação de 7,3% em 2016, de 4,9% em 2017 e de 4,6% em 2018. A extensão das projeções até o quarto trimestre de 2018 cumpre o papel de cobrir a totalidade dos anos-calendário para os quais já há definição das metas para a inflação por parte do Conselho Monetário Nacional (CMN). Este Relatório apresenta, ainda, dois cenários adicionais que combinam hipóteses dos cenários de referência e de mercado. O boxe “Projeção para o PIB de 2017 e revisão para o de 2016” apresenta projeções para o crescimento da economia. A projeção para 2016 foi mantida em -3,3%, mas sofreu pequenas mudanças de composição. Para 2017, a projeção de crescimento atinge 1,3%. O Copom avalia que uma flexibilização das condições monetárias dependerá de fatores que permitam que os membros do Comitê tenham maior confiança no alcance das metas para a inflação. Dentre os elementos que podem permitir maior confiança no alcance das metas, o Comitê destaca os seguintes fatores domésticos: (i) que a persistência dos efeitos do choque de alimentos na inflação seja limitada; (ii) que os componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica indiquem desinflação em velocidade adequada; e (iii) que ocorra redução da incerteza sobre a aprovação e a implementação dos ajustes necessários na economia, incluindo a composição das medidas de ajuste fiscal e seus respectivos impactos sobre a inflação. Em relação ao primeiro fator, evidências recentes indicam que a queda nos preços de alimentos no atacado tem se transmitido para o varejo. Além disso, projeções para subitens de alimentos parecem mostrar maior segurança no processo de reversão do choque de preços nesse setor. De fato, uma parte da resistência recente à queda da inflação corrente parece ter sido causada por choques temporários nos preços de alimentos. O Copom se manterá atento a sinais de que essa resistência também possa advir de mecanismos inerciais. No que tange ao segundo fator, ainda há sinais inconclusivos quanto à velocidade de desinflação em direção à meta, como mostra o Boxe “Inflação no setor de serviços” deste Relatório. O Copom avaliará (i) a tendência de desinflação de diversas medidas da inflação de serviços; e (ii) os efeitos secundários que a desinflação desse grupo poderá ter sobre outros componentes do IPCA. Quanto ao terceiro fator, há sinais positivos em relação ao encaminhamento e à apreciação das reformas fiscais. Entretanto, o processo de tramitação ainda está no início e as incertezas quanto à aprovação e à implementação dos ajustes necessários permanecem. Essas reformas são relevantes para o Banco Central na medida em que têm impacto sobre o balanço de riscos e a trajetória da inflação em relação ao alcance das metas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Boletim Focus: E o PIB 2016 em queda estimada de 3,14%.

No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado estima inflação menor e melhora no PIB. 

Previsões de melhora do PIB e inflação em leve queda.

Em síntese: 

PIB: melhorou a queda de 3,15% para 3,14%;
Inflação: IPCA em leve baixa de 7,34% para 7,25%;
Dólar: leve baixa de R$ 3,30 para R$ 3,29;
Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

CAGED: 1.656.144 empregos perdidos nos últimos 12 meses!

O emprego formal apresentou em agosto um recuo na trajetória de perda de postos de trabalho. No mês, a retração na geração de postos de trabalho foi de 0,09% em comparação a julho, com saldo negativo de 33.953 vagas. A perda, entretanto, foi significativamente menor do que a registrada em agosto de 2015, quando houve o fechamento de 86.543 vagas formais.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério do Trabalho. O saldo de agosto foi oriundo de 1.253.728 admissões contra 1.287.681 desligamentos. No acumulado do ano, o nível de emprego formal apresentou declínio de 1,64%, correspondendo à perda de 651.288 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi da ordem de 1.656.144 empregos, retração de 4,07%. Com o resultado, o estoque de emprego para o mês alcançou 39.042 trabalhadores com carteira de trabalho assinada no país.

Setores - Segundo o levantamento, três setores de atividade econômica apresentaram saldo positivo de geração de empregos no mês. A Indústria de Transformação registrou a maior alta, com a criação de 6.294 vagas, invertendo a tendência registrada em agosto de 2015. Dos doze ramos que compõem a indústria de transformação, destaca-se a produção de alimentos, com geração de 8.687 vagas, e o setor de calçados, com 2.684 novas vagas no mês.

O setor do Comércio também apresentou saldo positivo, com geração de 888 postos no mês, seguido do setor de Extrativa Mineral, com um crescimento de 0,18% e a geração de 366 vagas de trabalho. Dentre os demais setores, os que registraram maiores perdas de emprego foram Construção Civil (-22.113 postos), Agricultura (-15.436 postos) e Serviços (-3.014 postos).

Dados estaduais - O emprego formal apresentou resultado positivo em 13 estados brasileiros, com destaque para Pernambuco (9.035), impulsionado pelo desempenho positivo da indústria de produtos alimentícios (7.016). O resultado é decorrente do impacto da alta do cultivo de cana de açúcar, que gerou 1.323 postos de trabalho em todo o país. Paraíba registrou a criação de 5.905 postos de trabalho, seguida de Alagoas (4.099) e Santa Catarina (3.014).

A maior queda no nível de emprego formal foi registrada no Rio de Janeiro, com o fechamento de 28.321 vagas, impactado pelo ramo Comércio e Administração de Imóveis (-8.395) e Serviços de Alojamento e Alimentação (-4.452), dados influenciados também pelo fim dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Também houve também perda de vagas em Minas Gerais (-13.121), devido o fim do ciclo de produção de café, e Espírito Santo (-4.862).


Confira mais detalhes no link http://pdet.mte.gov.br/caged.

Na Bloomberg, os 50 mais influentes do mundo. Do Brasil: Moro e Lemann!


Na Bloomberg Businessweek, os nomes das 50 pessoas mais influentes do mundo neste 2016. 

Em destaque, os brasileiros Sérgio Moro e Jorge Paulo Lemann


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

The Economist: Living in a low-rate world - Sep 24th, 2016.


Para 2016, enquanto o PIB global é estimado em 2,3% o do Brasil terá queda de 3,2%, a pior dos grandes!

No relatório divulgado pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento - UNCTAD, o Brasil terá, em 2016, a maior contração entre as grandes economias do mundo e a queda deve continuar em 2017. 

Para 2016, enquanto o PIB global é estimado em 2,3% o do Brasil terá queda de 3,2%, a pior dos grandes! 

Ainda existe alguém a culpar o cenário externo pela a nossa tragédia interna???


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

No cenário complexo da economia brasileira crescimento de 0,7% e queda de 0,5%!!! Isso pode Arnaldo?

Em agosto, o Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil, que mede a atividade econômica do país e tenta antecipar a direção da economia brasileira a curto prazo, avançou 0,7%. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e a instituição The Conference Board, que divulgaram hoje (20) o indicador, esta foi a sétima alta consecutiva, que alcançou 98,9 pontos.

O indicador permite a comparação dos ciclos econômicos do Brasil com o de outros 11 países e regiões. “A continuidade da trajetória de avanço do Iace nos últimos meses segue sendo explicada de forma majoritária pelas expectativas favoráveis”, disse o economista e coordenador do IPC Brasil da FGV/Ibre, Paulo Picchetti.

Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições econômicas atuais e a intensidade da atividade econômica, apresentou queda de 0,5% entre julho e agosto, somando 97,2 pontos.

“Os acontecimentos políticos recentes podem viabilizar escolhas que concretizem essas expectativas, que, tal como refletido pelo comportamento do Icce nesses últimos meses, ainda não afetaram o ambiente econômico atual de forma decisiva”, concluiu Picchetti.



terça-feira, 20 de setembro de 2016

A trajetória do IBC-Br evidencia que a economia brasileira continua em recessão, porém...


O IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central, divulgado ontem e relativo ao mês de julho/16 registrou queda de 0,09% na atividade econômica brasileira. No acumulado dos últimos 12 meses a retração é de 5,61%, evidenciando os desacertos da política econômica então adotada. Na imagem acima é visível a desaceleração a partir de janeiro de 2015, iniciando certa estabilidade em meados de maio deste ano. Porém, o Brasil atravessa uma das piores recessões da sua história e o retorno ao crescimento do PIB ainda demorará um pouco. Que venha 2018!!!    

UNIFOR: a melhor do Norte e Nordeste.


Pelo 5º ano consecutivo, a UNIFOR se consolida como a melhor do Norte e Nordeste entre as instituições privadas no ranking universitário da Folha de São Paulo (RUF).  

Somos também a número 1 nos quesitos:

- Ensino
- Mercado
- Inovação

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Senhor político, como, ainda em 2016, é possível admirar a Coreia do Norte?


Boletim Focus: base 17/09 e o PIB 2016 em queda estimada de 3,15%

No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado estima inflação menor e melhora no PIB. 

Previsões de melhora do PIB e inflação em queda somente para 2017!

Em síntese: 

PIB: melhorou a queda de 3,18% para 3,15%;
Inflação: IPCA em leve baixa de 7,36% para 7,34%;
Dólar: leve alta R$ 3,25 para R$ 3,30;
Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...