Leio na FOLHA, matéria da SABINE RIGHETTI, sobre a USP.
A USP teve o pior desempenho dos últimos anos na avaliação internacional
de universidades THE (Times Higher Education), que elabora o principal ranking
universitário da atualidade. Na listagem de 2016, lançada nesta quarta (30), a
instituição está entre o 251º e o 300º lugar.
A universidade esteve entre as 200 melhores do mundo em 2012 e 2013. Caiu
para o grupo 226º-250º em 2014, subiu para 201º-225º na edição seguinte e,
agora, despencou (os rankings do THE existem desde 2004, mas as edições só são
comparáveis a partir de 2012).
A melhor universidade do mundo, segundo o ranking global, é a Caltech, da
Califórnia (EUA) –instituição que tem 31 docentes com prêmios Nobel e 40 vezes
menos alunos do que a gigante paulista.
Entre as dez melhores da lista há instituições dos EUA, do Reino Unido e,
pela primeira vez, uma escola suíça: a ETH de Zurique subiu de 13º lugar para
9º neste ano.
O THE se baseia em cinco critérios: qualidade do ensino e da pesquisa,
internacionalização e impacto da universidade na indústria e no meio científico.
A Caltech recebeu 99,8% no indicador que mede o seu impacto na atividade
acadêmica mundial. Isso significa que os trabalhos publicados pelos seus
docentes são amplamente mencionados em artigos científicos em todo o mundo.
Já a USP amargou com 20,4% no mesmo indicador. Foi aqui, aliás, que a
universidade teve o seu maior tombo: na edição do ano passado, a USP chegou a
atingir 32,3%.
"É no impacto da pesquisa científica e na internacionalização que as
nossas universidades mais escorregam e que precisam melhorar", analisa
Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da Fapesp (agência que
financia pesquisa científica no Estado de São Paulo).
Na avaliação de internacionalização do THE, a quantidade de estudantes e
de docentes estrangeiros conta pontos para a universidade. Enquanto a Caltech
tem 27% dos estudantes vindos de outros países, a USP tem 4% de alunos de fora.
A universidade paulista também tem perdido pontos no indicador que avalia
o ambiente de aprendizagem. Uma das métricas é a quantidade de alunos por
docente. Na Caltech, são 6,9 alunos por professor; na USP, a taxa é de 14,6.
"A USP precisa entender onde está perdendo", diz Valdemir
Pires, professor da Unesp com doutorado em economia da educação. "Mas vale
destacar que avaliações como rankings partem de uma lógica produtivista. É isso
que queremos?"
A USP declarou que não comentaria os resultados do THE. Na edição deste
ano do ranking internacional QS –concorrente do THE– a USP perdeu a liderança
na América Latina para a UBA (Universidade de Buenos Aires), que subiu 74
posições em relação ao ano anterior.
No Brasil, a USP figura como melhor universidade no RUF (Ranking
Universitário Folha). Na quarta edição do ranking, lançada em setembro, a
universidade também liderou em 29 dos 40 cursos de graduação avaliados.
Um comentário:
Tudo graças ao Paulo Freire e as ideologias marxistas tão bem implementadas nas universidades.
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