Mostrando postagens com marcador BACEN. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BACEN. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 2 de março de 2017

Bacen: cenário para antecipação na redução da Taxa Selic, hoje em 12,25% ao ano.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pode intensificar o ritmo de cortes na taxa básica de juros (Selic). A indicação da nova estratégia consta da ata da última reunião do comitê, divulgada hoje (2).
No último dia 22, o Copom anunciou o quarto corte seguido na taxa. Por unanimidade, o comitê reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual, de 13% ao ano para 12,25% ao ano.
Com a recessão econômica e as expectativas de inflação em queda, o comitê indica que os próximos cortes podem ser maiores do que o da reunião passada de 0,75 ponto percentual. “Com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária [redução da Selic]”, diz a ata.
A projeção de inflação do Copom para 2017 caiu em relação à estimativa prevista em janeiro e ficou em torno de 4,2%, abaixo do centro da meta de 4,5%. Para o próximo ano está ao redor de 4,5%. Para instituições financeiras consultadas pelo BC, a inflação ficará em 4,36%, em 2017 e em 4,5% em 2018.
Na ata, o Copom diz também que se os cortes forem maiores, o ciclo de redução da Selic (período de cortes) pode ser menor. Ou seja, em vez de ir cortando a Selic aos poucos a cada reunião, o Copom pode fazer reduções maiores na taxa em um período menor de tempo. As reuniões do Copom ocorrem aproximadamente a cada 45 dias. A próxima reunião está marcada para os dias 11 e 12 de abril.
O Copom ressalta que a aprovação e implementação de reformas fiscais são fundamentais para a sustentabilidade da desinflação e para a redução da taxa de juros ao longo do tempo. “Por fim, os membros do Copom destacaram a importância de outras reformas e investimentos em infraestrutura que visam ao aumento de produtividade, a ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Estes esforços são fundamentais para a estabilização e retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, diz a ata.
A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo em um cenário de baixa atividade econômica. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de apenas 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2017. No ano passado, a economia registrou retração. De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a queda ficou em 4,34%. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o PIB de 2016 no próximo dia 7. O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país

A taxa básica é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda, que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

Bacen Focus: Inflação e taxa de juros em queda!


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Bacen: Redução da taxa Selic para 12, 25% a.a., sem viés.

O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 12,25% a.a., sem viés.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:
O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra alguns sinais mistos, mas compatíveis com estabilização da economia no curto prazo. A evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017;
No âmbito externo, o cenário ainda é bastante incerto. Entretanto, até o momento, a atividade econômica global mais forte e o consequente impacto positivo nos preços de commodities têm mitigado os efeitos sobre a economia brasileira de revisões de política econômica em algumas economias centrais;
O comportamento da inflação permanece favorável. O processo de desinflação é mais difundido e indica desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Houve ainda uma retomada na desinflação dos preços de alimentos, que constitui choque de oferta favorável;
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 4,4% para 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018 e horizontes mais distantes; e
No cenário de mercado, as projeções do Copom recuaram para em torno de 4,2% em 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018. Esse cenário embute hipótese de trajetória de juros que alcança 9,5% e 9% ao final de 2017 e 2018, respectivamente.

O Comitê ressalta que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções: (i) o alto grau de incerteza no cenário externo pode dificultar o processo de desinflação; (ii) o choque de oferta favorável nos preços de alimentos pode produzir efeitos secundários e, portanto, contribuir para quedas adicionais das expectativas de inflação e da inflação em outros setores da economia; e (iii) a recuperação da economia pode ser mais (ou menos) demorada e gradual do que a antecipada.

O Comitê destaca a importância da aprovação e implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira para a sustentabilidade da desinflação e para a redução de sua taxa de juros estrutural.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 12,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.

O Copom entende que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira, que continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.
O Copom ressalta que uma possível intensificação do ritmo de flexibilização monetária dependerá da estimativa da extensão do ciclo, mas, também, da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação.


Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel. 

sábado, 18 de fevereiro de 2017

BACEN: Investimento direto chegou a US$ 11 bilhões em janeiro/17.

O investimento direto no país, recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 11,528 bilhões, em janeiro deste ano, informou ontem (17) o Banco Central (BC). Esse foi o maior valor para o mês na série histórica, que tem início em 1995. Em janeiro de 2016, esses investimentos ficaram em US$ 5,455 bilhões.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, é incomum entrar esse volume de recursos no início do ano. Ele explicou que esse resultado foi influenciado por operações no setor de eletricidade. “Tivemos aquisições [de empresas no Brasil] concentradas neste mês no setor elétrico”, disse.

Maciel acrescentou que o investimento estrangeiro é a melhor forma de financiar o déficit das contas externas do país, porque os recursos se “incorporam à atividade produtiva, gerando renda, emprego, impostos e naturalmente lucros, com uma parte reinvestida no país”.

Em janeiro deste ano, as contas externas ficaram negativas em US$ 5,085 bilhões. Em janeiro de 2016, o saldo negativo das transações correntes - as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo – foi menor: US$ 4,817 bilhões.

Para Maciel, houve uma expansão “moderada” do déficit em transações correntes, em um cenário de maior dinamismo da atividade econômica em relação a 2016 e também de uma perspectiva de crescimento das exportações”.


Edição: Maria Claudia

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Bacen: prévia do PIB 2016 registra queda de 4,34%.

A atividade econômica apresentou queda de 4,34%, em 2016. É o que mostra o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje (16).

No último trimestre do ano, comparado ao mesmo período de 2015, houve retração de 3,13%.

Também houve queda na comparação entre o quarto e o terceiro trimestre de 2016: -0,36%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador oficial sobre o desempenho da economia, no entanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Edição: Denise Griesinger
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-02/atividade-economica-registra-queda-de-434-em-2016

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Bacen: Previsões 2016 e 2017.


O Brasil terá inflação e crescimento econômico ainda menores neste ano, com queda nas projeções de ambos os indicadores também para 2017, de acordo com boletim Focus divulgado hoje (26) pelo Banco Central.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), principal indicador da inflação, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), deve encerrar o ano em 6,40%, menos do que os 6,49% que haviam sido estimados há uma semana pelo Focus, e ainda dentro da meta oficial do governo, que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A queda na inflação acompanha o cenário de recessão econômica, com os economistas projetando, no penúltimo Focus do ano, uma recuo de 3,49% no PIB (Produto Interno Bruto) em 2016, numa piora ante a projeção anterior, de -3,48%.

O baixo nível da atividade econômica já havia contribuído para que o Banco Central projetasse, no relatório da inflação divulgado na semana passada, que o IPCA encerraria o ano dentro da meta.  Para 2017, os economistas preveem que a inflação será de 4,85% e que o país voltará a crescer, porém a uma taxa bastante baixa, de 0,5% do PIB.

De acordo com o Focus - registro no qual o Banco Central apura toda semana a expectativa de 100 instituições financeiras e economistas para a economia - o Comitê de Política Monetária (Copom) deve retomar a redução da taxa básica de juros, a Selic.

Na mediana das projeções, a expectativa é que a Selic encerre 2017 em 10,50%. Hoje, a taxa encontra-se em 13,25%.

Edição: Augusto Queiroz

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Bacen: estimativa de inflação de 6,5% em 2016 e 4,4% em 2017. Assim seja!!!

O Banco Central (BC) passou a projetar inflação dentro da meta este ano, com redução em 2017. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou 6,5%, no limite da meta de inflação para 2016. A informação é do Relatório de Inflação do quarto trimestre, divulgada hoje (22), pelo BC.

A nova estimativa do BC está 0,1 ponto percentual abaixo da divulgada em setembro (6,6%). A meta de inflação tem como centro 4,5% e limite superior de 6,5%, neste ano. Para o próximo ano, o teto é 6%, mas a projeção do BC indica inflação no centro da meta (4,5%). A estimativa para 2017 é 4,4%. Em 2018, a expectativa é inflação ainda mais baixa, em 3,6%.

A probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior da meta em 2016 é estimada em 45% e, em 2017, de 12%. Para 2018, a probabilidade está em torno de 4%.

Essas projeções fazem parte do cenário de referência, em que o BC supõe a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano e o câmbio em R$ 3,40.

O BC também divulga as previsões feitas com base no cenário de mercado, com estimativas de analistas econômicos para a Selic e a taxa de câmbio. Neste cenário, a inflação também ficará no teto da meta (6,5%) este ano e cairá para 4,7%, em 2017. Em 2018, a projeção é que a inflação ficará em 4,5%.


Edição: Valéria Aguiar

Bacen: PIB 2017 crescerá 0,8%. Neste 2016 queda de 3,4%.

O Banco Central (BC) reduziu a projeção para o crescimento da economia no próximo ano. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos o país, passou de 1,3% para 0,8%.

A estimativa de queda para este ano foi revisada para 3,4%, ante 3,3%, previstos em setembro. As projeções constam do Relatório de Inflação do quarto trimestre, divulgado hoje (22)  pelo BC.

Segundo o relatório, a nova projeção para 2017 é “consistente com a probabilidade maior de que a retomada da atividade econômica seja mais demorada e gradual que a antecipada previamente”.

Para 2016, a previsão para a produção agropecuária é de recuo de 5,9%, ante estimativa anterior de 2,2%. A projeção para o desempenho da indústria passou de 3,3% para 3,5% de retração. O setor de serviços deverá retrair 2,5%, ante projeção anterior de 2,7%.

A estimativa para a retração dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) piorou de 8,7% para 10,1%. A projeção para a queda dos consumos das famílias é 4,2%, ante 4,4% previstos anteriormente.

Em 2017, a produção agropecuária deverá crescer 4%, a indústria 0,6% e o setor de serviços 0,4%. A estimativa para os investimentos é de 0,5% e para o consumo das famílias, 0,4%.


Edição: Valéria Aguiar

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Bacen: E o PIB 2016 continua na estimada retração de 3,48%. Que venha então 2018!!!


No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado revisou nova queda para o PIB de 2017, que cresceria apenas 0,70%.

Previsões de inflação e Selic também em tendência de queda!

Em síntese, para 2016

PIB: manteve a queda para 3,48%;
Inflação: IPCA em leve baixa de 6,52% para 6,49%;
Dólar: leve ajuste de R$ 3,39 para R$ 3,38;
Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

PIB Ceará: queda de 2,5% no segundo trimestre de 2016.

O PIB do Ceará retraiu 2,5% no segundo trimestre de 2016, em relação ao trimestre anterior, quando havia recuado 1,1%, de acordo com dados dessazonalizados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Ressalte-se que a trajetória adversa do PIB repercutiu, fundamentalmente, o desempenho negativo da agropecuária. Refletindo, em parte, retrações no emprego e no comércio, o IBCR-CE diminuiu 0,6% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando havia registrado estabilidade, segundo dados dessazonalizados. Importante destacar que, na medida em que o indicador havia apresentado retrações importantes em trimestres anteriores, sua evolução recente representa indicativo de acomodação da atividade econômica no estado. No âmbito da demanda, as vendas do comércio varejista ampliado recuaram 1,9% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando haviam decrescido 2,7%, segundo dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Destacaram-se as reduções nas vendas de móveis e eletrodomésticos, e de veículos, motocicletas, partes e peças, evolução consistente com o reduzido dinamismo das operações de crédito superiores a R$1 mil realizadas no estado, que recuaram 0,3% no trimestre. O desempenho dos gastos com consumo é compatível com a distensão observada no mercado de trabalho do estado, que registrou, segundo o Caged/MTPS, a eliminação de 6,2 mil postos de trabalho formais no trimestre encerrado em agosto, concentrada no comércio e na indústria de transformação. O nível de emprego formal no estado, considerados dados dessazonalizados, decresceu 0,9% no período. Nesse cenário, segundo a PNADC, do IBGE, a taxa de desemprego atingiu 11,4% no segundo trimestre de 2016 (8,8% em igual período de 2015) e o rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados decresceu 2,3%. O volume de serviços não financeiros decresceu 2,6% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, segundo a PMS do IBGE, com destaque para o recuo de 14,6% no segmento de segmento serviços prestados às famílias. Nota-se certa acomodação, na margem, em setores associados à atividade da indústria, como serviços de transportes, evolução consistente com a relativa recuperação registrada na atividade industrial.

De fato, o exame dos condicionantes da oferta mostra que a produção industrial do estado repetiu, no trimestre encerrado em agosto, a expansão de 0,4% registrada no trimestre finalizado em maio, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF, do IBGE. Destacaram-se os crescimentos nas atividades produtos têxteis e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. A indústria do estado deverá ser impulsionada, nos próximos trimestres, pelo início de operação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Ressaltese que as importações realizadas pela CSP para a conclusão da montagem de suas principais plantas exerceram impacto acentuado sobre a balança comercial do estado, que registrou, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), deficit de US$2,2 bilhões nos nove primeiros meses de 2016 – o crescimento de 34,9% registrado nas importações no período, em relação a igual intervalo de 2015, refletiu, sobretudo, o aumento de 664,5% nas compras de bens de capital, destinadas principalmente ao projeto mencionado. Conforme mencionado anteriormente, o desempenho da agropecuária constitui fator preponderante para a retração do PIB cearense no decorrer do ano, destacando-se os impactos de condições climáticas adversas e de redução da agricultura irrigada voltada para a produção de frutas e de legumes. Nesse contexto, a safra de grãos do estado deverá totalizar 203,7 mil toneladas em 2016, retraindo-se 9,5% no ano, de acordo com o LSPA de setembro. A inflação ao consumidor da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), medida pelo IPCA, desacelerou, na margem, no trimestre encerrado em setembro, em ambiente de reduções nas variações dos preços nos segmentos de bens monitorados e bens não comercializáveis, com destaque para a redução do impacto da alimentação. Ressalte-se que, a exemplo do observado em nível nacional, a redução da inflação subjacente no setor serviços mostrou relativa resistência nos últimos meses. A evolução recente dos indicadores econômicos do Ceará sugere relativa acomodação da atividade no estado. Contudo, a maturação de importantes empreendimentos, com ênfase no início da atividade da CSP, e as perspectivas de reversão da crise de confiança dos agentes econômicos deverão favorecer a evolução da economia cearense nos próximos trimestres.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Bacen: IBC-Br sinaliza queda de 5,28% para o PIB 2016. Pior que em 2015...

A atividade econômica apresentou o quarto mês seguido de retração, de acordo com dados divulgados hoje (15) pelo Banco Central (BC), na internet. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) registrou queda de 0,48%, em outubro, comparado a setembro. Os dados atualizados mostram retração também em setembro (0,08%), agosto (0,81%) e julho (0,05%).
Na comparação entre outubro deste ano e outubro de 2015, houve queda de 5,28%, de acordo com os dados sem ajustes já que a comparação é entre períodos iguais.
No ano, o IBC-Br acusa queda de 4,82% e, em 12 meses encerrados em outubro, retração de 5,09%, nos dados sem ajuste.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país.

Edição: Kleber Sampaio

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Ilan Goldfajn na Febraban: Agenda BC+.

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse hoje (12) que a redução da taxa básica de juros, a Selic, deve ser feita de forma responsável.

“Todos nós queremos juros mais baixos. Esse também é o desejo do Banco Central. A questão é como chegar lá. Para isso, é importante que a redução dos juros seja feita de forma responsável, para que seja sustentável no longo prazo. Caso contrário, a trajetória terá que ser revertida lá na frente”, disse Goldfajn em discurso durante almoço de confraternização dos dirigentes de bancos, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.

Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o corte da taxa básica de juros. Nas suas duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano.

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

Goldfajn disse que o Copom se reúne de forma frequente para avaliar o desempenho corrente e prospectivo da economia e pode sempre adequar as condições da política monetária.

“Mas essa avaliação sobre a política monetária não pode ser confundida com o debate sobre os juros estruturais da economia. Os juros estruturais dependem de diversas variáveis, tais como fatores reais: produtividade, grau de incerteza, garantias, respeito a contratos etc”, disse. E acrescentou que mudanças nos juros estruturais também dependem de reformas fiscais “que coloquem em ordem as contas públicas e de medidas microeconômicas que melhorem o ambiente de negócios”.

“Por isso temos insistido na necessidade das reformas. São elas que farão cair os juros estruturais”, destacou. Os juros estruturais estão relacionados à estrutura e riscos da economia do país.

O presidente do BC também disse aos banqueiros que a política monetária não substitui as políticas do governo, mas complementa. “O crescimento de um país depende de investimento e de aumento da produtividade, que são os elementos cruciais. A redução das incertezas de todas as naturezas, inclusive aquelas provenientes de eventos não econômicos [como a crise política], também é fundamental para a volta do crescimento.”

Durante o discurso, Goldfajn anunciou uma agenda de trabalho do banco, chamada de BC+, com quatro pilares com potencial para contribuir para a recuperação econômica do país

“O primeiro pilar é o da redução sustentável e perene do custo do crédito no Brasil. Nesse aspecto, as ações objetivam reduzir a inadimplência, diminuir o custo do crédito para o tomador final, promover a simplificação do compulsório, dentre outras”, disse.

O segundo pilar, segundo o presidente do BC, é o aumento da eficiência do sistema financeiro. “Embora o nosso sistema seja notabilizado pela sua dinâmica, há espaços para aperfeiçoamentos visando tornar ainda mais eficiente a oferta de produtos e serviços financeiros a preços competitivos, com externalidades positivas para a eficiência da economia como um todo.”

O terceiro fundamento é o da cidadania financeira, com medidas que fomentem a educação financeira e fortaleçam a proteção legal e regulatória da população recentemente incluída no sistema. 

O quarto e último pilar, segundo Goldfajn, é o do aprimoramento do arcabouço legal que rege as atividades e competências do Banco Central, inclusive sua a autonomia.


Edição: Luana Lourenço

2016: E a estimativa de queda do PIB chega a 3,48%.

No Boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado revisou nova queda para o PIB de 2017, que cresceria apenas 0,70%.

Previsões de inflação e Selic também em tendência de queda!

Em síntese, para 2016

PIB: ajustou a queda de 3,43% para 3,48%;
Inflação: IPCA em leve baixa de 6,69% para 6,52%;
Dólar: elevou-se de R$ 3,35 para R$ 3,39;
Taxa básica de juros (Selic): manteve-se em 13,75%.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Por conta da recessão Copom sinaliza corte maior na Selic em 2017.

Com a melhora nas projeções para a inflação em 2017 e 2018, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), considera que pode haver mais espaço para redução da taxa básica de juros, a Selic, do que o percebido anteriormente. A avaliação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada hoje (6), em Brasília.

Na semana passada, o comitê deu continuidade ao processo de redução da Selic. A taxa foi diminuída em 0,25 ponto percentual, caindo para 13,75% ao ano. Esse foi o segundo corte de 0,25 ponto percentual.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.

A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom reduz o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Na reunião de novembro, o comitê discutiu a possibilidade de fazer um corte maior na Selic por conta da recessão econômica, mas a decisão final foi esperar até a próxima reunião do Copom, em janeiro de 2017.

“Em particular, destacou-se que o risco papável de que não ocorra uma retomada oportuna da atividade econômica deve permitir intensificação do ritmo de flexibilização monetária”, diz o documento.
O comitê diz que os indicadores referentes a agosto deste ano mostram que a economia seguiu indicando sinais de fraqueza.

O Copom reconheceu esforços para aprovação e implementação de “ajustes necessários” na economia, notadamente as reformas fiscais.
“Os membros do comitê enfatizaram que esses esforços são fundamentais para a estabilização e o desenvolvimento da economia brasileira. O comitê deve acompanhar atentamente esses esforços, uma vez que têm reflexos importantes no processo de desinflação”, diz a ata.


Edição: Kleber Sampaio

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...