O investimento direto no país, recursos que entram no Brasil e vão
para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 11,528 bilhões, em janeiro
deste ano, informou ontem (17) o Banco Central (BC). Esse foi o maior valor para
o mês na série histórica, que tem início em 1995. Em janeiro de 2016, esses
investimentos ficaram em US$ 5,455 bilhões.
Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, é
incomum entrar esse volume de recursos no início do ano. Ele explicou que esse
resultado foi influenciado por operações no setor de eletricidade. “Tivemos
aquisições [de empresas no Brasil] concentradas neste mês no setor elétrico”,
disse.
Maciel acrescentou que o investimento estrangeiro é a melhor forma
de financiar o déficit das contas externas do país, porque os recursos se
“incorporam à atividade produtiva, gerando renda, emprego, impostos e
naturalmente lucros, com uma parte reinvestida no país”.
Em janeiro deste ano, as contas externas ficaram negativas em US$
5,085 bilhões. Em janeiro de 2016, o saldo negativo das transações correntes -
as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país
com o mundo – foi menor: US$ 4,817 bilhões.
Para Maciel, houve uma expansão “moderada” do déficit em
transações correntes, em um cenário de maior dinamismo da atividade econômica
em relação a 2016 e também de uma perspectiva de crescimento das exportações”.
Edição: Maria Claudia
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