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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

2016 Prize in Economic Sciences.


2016 Prize in Economic Sciences: Oliver Hart and Bengt Holmström.


10 October 2016
The Royal Swedish Academy of Sciences has decided to award the Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2016 to
Oliver Hart
Harvard University, Cambridge, MA, USA

and
Bengt Holmström
Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, MA, USA

“for their contributions to contract theory”
Oliver Hart, born 1948 in London, UK. Ph.D. 1974 from Princeton University, NJ, USA. Andrew E. Furer Professor of Economics at Harvard University, Cambridge, MA, USA.

Bengt Holmström, born 1949 in Helsinki, Finland. Ph.D. 1978 from Stanford University, CA, USA. Paul A. Samuelson Professor of Economics, and Professor of Economics and Management at Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, MA, USA.

terça-feira, 31 de maio de 2016

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Keynes: A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda - 80 anos.


Publicado inicialmente em fevereiro de 1936, um pouco antes da XX Guerra Mundial, "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" de John Maynard Keynes completa 80 anos e continua sendo um marco na história da Economia. 

Como escreveu Keynes, "porém, cedo ou tarde, são as ideias, e não os interesses adquiridos, que representam um perigo, seja para o bem, seja para o mal."

Totalmente atual neste complicado 2016!    

domingo, 29 de novembro de 2015

Gustavo Franco: a fórmula da corrupção.

O colega Gustavo Franco, extremamente cáustico hoje no ESTADÃO, definitivamente explica o que está acontecendo no Brasil. 
Num livro de 1988, o professor Robert Klitgaard, de Harvard, definiu o grande problema nacional em uma simples equação:
Corrupção = Monopólio + Arbitrariedade – Transparência.
Ou seja, quanto mais distantes do mercado estiverem as relações entre o público e o privado, quanto mais discricionárias as decisões, e quanto menor a transparência, maior será a corrupção.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Angus Deaton - 2015's Nobel Prize for Economics.


Angus Deaton is the winner of 2015's Nobel Prize for Economics.

Angus Deaton is the winner of 2015's Nobel Prize for Economics, with the committee praising his "analysis of consumption, poverty, and welfare".

“To design economic policy that promotes welfare and reduces poverty, we must first understand individual consumption choices,” the academy wrote. “More than anyone else, Angus Deaton has enhanced this understanding. By linking detailed individual choices and aggregate outcomes, his research has helped transform the fields of microeconomics, macroeconomics, and development economics.”

During a call at the press conference, Deaton declined to comment on whether his work on gender inequality and other issues could lead to fixing those problems. But historically the recognition that the prize brings has brought economists' ideas to the fore, and allowed them to become more involved in policy making.

Deaton describes his research as focusing on “the determinants of health in rich and poor countries, as well as on the measurement of poverty in India and around the world”, on his page on the Princeton University website. He is the Dwight D. Eisenhower Professor of Economics and International Affairs at the university’s public and international affairs and economist departments.


Deaton is one of the few 2015 Nobel laureates who won’t have to share his prize with anyone. He is also the last winner to be announced — though his prize isn't strictly a Nobel but rather the "Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel".

Nobel in Economics is Given to Angus Deaton - 2015.

Angus Deaton, a renowned microeconomist, was awarded the Nobel Memorial Prize in Economic Science on Monday for his studies of consumption, poverty and welfare.

Mr. Deaton, 69, a professor at Princeton, is best known for his studies of the choices of individual consumers. “By linking detailed individual choices and aggregate outcomes, his research has helped transform the fields of microeconomics, macroeconomics, and development economics,” the Royal Swedish Academy of Sciences said in its citation.

The prize was announced in Stockholm by Goran K. Hansson, the academy’s permanent secretary.

The committee in recent years has honored a number of academics for work showing either that markets are inefficient or how to deal with that reality. Last year, the committee picked Jean Tirole, a French economist, for his work on the effective regulation of imperfect markets. In 2013, it honored Eugene F. Fama, Lars Peter Hansen and Robert J. Shiller for their research on the movements of financial markets.

The economics prize is the newest of the Nobels, established in 1968, in Alfred Nobel’s memory, to celebrate the 300th anniversary of the Sweden’s central bank, the world’s first. Mr. Deaton joins 75 laureates — includingMilton FriedmanFriedrich von Hayek and Amartya Sen — who have been honored since the prize was first awarded, in 1969. The prize is 8 million Swedish kronor (about $976,000).


More than 80 percent of the economics laureates have been American citizens. Only one woman has won: the political scientist Elinor Ostrom, in 2009.

Economic Sciences Nobel 2015: Angus Deaton.

The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2015 was awarded to Angus Deaton "for his analysis of consumption, poverty, and welfare".

Nobel de Economia 2015: previsão.

A Real Academia de Ciências Sueca vai divulgar nesta segunda-feira o vencedor do Prêmio Nobel de Economia. O frenesi em torno da revelação do vencedor (ou dos vencedores) nas semanas que antecedem o anúncio leva muitos economistas a fazer - mais por curiosidade do que por real necessidade de ofício - o que fazem a sério todos os dias: contas.

Na agência Reuters, um grupo de analistas atualiza anualmente uma lista de possíveis vencedores. O trabalho dos analistas da Reuters não chega a ser uma ciência exata: desde 1990, quando foi elaborada pela primeira vez, a lista acertou o nome de nove ganhadores.

Os analistas da Reuters levam em consideração informações que incluem citações em artigos acadêmicos e notas de rodapé dos potenciais vencedores em artigos de terceiros. Com base nesses critérios, as apostas dos analistas da agência para 2015 incluem o britânico Richard Blundell, e os americanos John List e Charles Manski.

O trabalho de Blundell, da Universidade College London (parte integrante da Universidade de Londres), é voltado a pesquisas sobre mercado de trabalho e comportamento do consumidor. List, da Universidade de Chicago, tem interesses múltiplos, entre eles a economia comportamental. Manski, por sua vez, professor da Northwestern University, tem trabalhado em pesquisas ligadas à teoria da escolha racional, que tenta determinar a lógica de decisão de um indivíduo em diferentes cenários econômicos.

O jornal americano The Wall Street Journal também tem sua lista de apostas. Ela inclui, entre outros, os americanos Paul Romer (Universidade de Nova York) e Robert Barro (Harvard), economistas dedicados a pesquisas sobre a teoria dos jogos. Esse ramo da matemática que já garantiu o Nobel de Economia em pelo menos duas oportunidades: 1994 (premiação que incluiu o americano John Nash, retratado no filme "Uma Mente Brilhante", de 2001) e na edição de 2005.


Nesta segunda-feira, às 8h (horário de Brasília), os economistas-apostadores vão testar a eficácia de suas previsões.

Fonte: Revista VEJA.  

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Capitalismo: Modo de usar - Fabio Giambiagi.


É muito bom o “Capitalismo: Modo de usar”, o novo livro do economista Fabio Giambiagi.  

Melhor ainda quando o Fernando Gabeira reconhece no prefácio que “O confronto histórico com o socialismo realmente existente já revelou a superioridade esmagadora do capitalismo”. 

E em seu blog http://blogs.oglobo.globo.com/merval-pereira/post/pelo-capitalismo.html, o acadêmico Merval Pereira escreve que o livro de Giambiagi vem em um momento histórico, do esgotamento de um ciclo econômico e político marcado pelo populismo e pela corrupção.


Uma excelente leitura nestes dias que precisamos entender aonde realmente vai parar o Brasil! 

sábado, 11 de abril de 2015

Economistas.

O Professor Delfim Netto, na FOLHA, uma aula de Economia.

Há um claro exagero na afirmação de que o desenvolvimento econômico depende basicamente da política microeconômica. Bastaria fornecer aos agentes a oportunidade de operarem livremente num ambiente de mercados bem regulados e que funcionem com estímulos adequados para que o crescimento econômico (a produtividade da mão de obra) seja maximizado.

A demonstração dessa proposição é uma joia lógica. Na prática, deixa muito a desejar pelas fantásticas condições econômicas necessárias para obtê-la. Isso para não falar das condições implícitas sobre a estrutura política e de poder de qualquer sociedade concreta.

Ainda que a "receita" genérica possa ser parcialmente aceita para uma sociedade onde a eficiência econômica seja compatível com relativa independência e razoável igualdade, não é possível dispensar a macroeconomia.

As questões da moeda (que é uma instituição social que condiciona o comportamento dos agentes), do crédito que liga o futuro opaco ao presente, da taxa de juro que é a "ponte" entre eles e do sistema financeiro podem acrescentar ainda mais instabilidade a um sistema produtivo que já tem em si um desequilíbrio permanente.

É o reconhecimento da enorme complexidade das inter-relações entre os cidadãos na sua atividade econômica que dá relevância ao economista e torna-o um cientista social "perigoso", se ele não incorporar a diversidade de pontos de vista sobre os problemas. Se é verdade, como disse John Dewey ("The Public and Its Problems", 1927), "que toda ciência do homem deve preocupar-se dos seus efeitos sociais", então nada se compara aos estragos que podem produzir as políticas econômicas inspiradas apenas no pensamento único (sempre ideológico) que dispensa a observação empírica sistemática e cuidadosa.

Um sociólogo, um antropólogo, um psicólogo ou um historiador "certos" são aplaudidos e reverenciados por seus pares. "Errados", estimulam ainda mais a pesquisa. Sempre melhoram o entendimento do mundo sem ganhos ou prejuízos de monta.

Com o economista o resultado é outro. Suas ideias (estejam certas ou erradas) acabam determinando as políticas econômica e social dos governos: beneficiam ou prejudicam desigualmente milhões de cidadãos! É por isso que é preciso alargar o estudo da economia para inseri-lo num modelo em que a eficiência econômica é submetida ao controle do continuado aumento da relativa igualdade de oportunidades.


Isso exige, como temos insistido, a integração das contribuições dos neoclássicos, dos keynesianos e dos marxistas na prática da política econômica.

sábado, 29 de novembro de 2014

Thomas Piketty em detalhes.

Leio nesta semana no portal UOL mais uma entrevista com o agora célebre THOMAS PIKETTY.
No dia em que o governo brasileiro oficializou um novo ministro da Fazenda simpático ao mercado, o economista francês Thomas Piketty, autor do best-seller "O Capital no Século 21", afirmou considerar um erro pensar que o Brasil precisa de mais mercado e menos intervenção na economia.
Piketty, que está no Brasil para promover o livro que lhe rendeu status de celebridade no debate econômico, não quis discutir especificamente a nova equipe econômica, mas afirmou que "seria um erro pensar que o Brasil fez demais na área social e para reduzir a desigualdade".
Em seu livro, o francês sustenta que a desigualdade voltou a aumentar nas últimas décadas, beneficiando herdeiros e prejudicando a ascensão social, o que colocaria em risco a democracia.
Em entrevista à Folha, Piketty, que já foi citado em discurso pela presidente Dilma Rousseff, reclamou que dados de má qualidade fazem com que a desigualdade brasileira seja subestimada, e sua redução, alardeada pelo governo, talvez exagerada.
Folha - Recentemente, Dilma disse que o Brasil vai contra a corrente internacional de alta da desigualdade que seu livro aponta. O sr. concorda?
Thomas Piketty - Políticas de educação e transferências sociais como as que foram aplicadas em certa medida no Brasil nestes dez últimos anos podem permitir ir contra a corrente de aumento da desigualdade, mas ela realmente diminuiu?
Não é tão certo, é possível que tudo tenha sido puxado para cima, inclusive os mais pobres, mas não necessariamente em maior proporção que os mais ricos.
A forma como medimos a desigualdade sem dúvida a subestima. No Brasil, ela é sem dúvida ainda mais alta do que muitas estatísticas oficiais dizem porque a maior parte delas se baseia em pesquisas familiares com autodeclaração. O problema dessas pesquisas é que temos tendência a subestimar o topo da distribuição. Infelizmente, tem sido muito difícil acessar os dados fiscais do Brasil.
Falta transparência?
Estudo recente (de pesquisadores da Universidade de Brasília) sugere que, se utilizamos dados fiscais, o nível das desigualdades no Brasil aumenta. Não sabemos muitas coisas sobre a distribuição da renda no Brasil e precisamos de mais transparência para ver melhor em que medida os diferentes grupos sociais se beneficiam do crescimento.
É evidente que todo o mundo se beneficiou do crescimento dos últimos 15 anos. Agora, em qual proporção exatamente os diferentes grupos se beneficiaram dele não sabemos muito bem. É possível que se tenha exagerado um pouco a [divulgação da] redução das desigualdades no Brasil.
Dilma também disse preferir investir em consumo e educação para lutar contra desigualdade a fazer taxação, como o sr. defende. Isso é suficiente?
Também é preciso reforma fiscal, de um imposto progressivo sobre a renda e sobre o patrimônio. Precisamos da reforma fiscal para financiar a educação. Acrescento que uma parte das desigualdades grandes do Brasil se explica pela relativamente baixa progressividade do sistema fiscal.
Como seria a reforma?
A faixa mais alta de Imposto de Renda no Brasil é de 27,5%, inferior à menor dos Estados Unidos. Creio que uma das razões pela qual há muito desigualdade no Brasil é a progressividade de IR relativamente baixa. Há também muitos impostos indiretos, que são regressivos e pesam sobre as camadas populares.
É importante também tratar de forma diferente as rendas anuais de R$ 100 mil e de R$ 1 milhão, R$ 5 milhões e R$ 10 milhões. Poderíamos ter faixas mais elevadas, de 50%, 60%.
Como na sua França natal?
Também como os EUA, o Reino Unido, a Alemanha, que têm taxas que vão até 40%, 50%. É ainda mais impressionante o imposto sobre herança, 4% [na maioria dos Estados] é realmente baixo, muito perto de zero.
É possível ter uma economia dinâmica e sistema capitalista próspero com imposto sobre herança alto. Para as novas gerações que não têm patrimônio familiar e procuram comprar apartamento em São Paulo, é muito difícil se você só tem a renda de seu trabalho. Não é normal que você ganhe R$ 100 mil por ano com seu trabalho e pague muito mais de imposto do que se você recebesse R$ 100 mil de herança de sua família.
O governo oficializou uma nova equipe econômica com um ministro da Fazenda mais ligado ao mercado e vindo de uma escola liberal. Que avaliação o sr. faz disso?
Não conheço o contexto político brasileiro, não posso me pronunciar. Quem quer que seja colocado no comando da política, qualquer que seja a orientação, os níveis de desigualdade muito altos que temos no Brasil devem ser questionados e tratados pelo governo, assim como a baixa progressividade do sistema fiscal.
Mas abordagem liberal e pró-mercado é boa ideia para enfrentar tais desafios?
Precisamos de mercado e também de poder público que tome decisões que permitam a cada um de se beneficiar da globalização e dos mercados.
Eu tento ir além dessas oposições um pouco teóricas e ideológicas. Creio que que seria um erro pensar que o Brasil fez demais na área social, que fez demais para reduzir a desigualdade, que agora é preciso mais mercado, menos intervenção, eu acho que isso seria um erro.
Apesar dos esforços que foram feitos em políticas sociais nos últimos 15 anos, o Brasil continua extraordinariamente desigual. O nível de investimento social, educacional para os desfavorecidos da população brasileira continua insuficiente.
O sr. defende que os estudos em economia levem em conta aspectos históricos, sociais, políticos e culturais. Isso é importante também para a gestão econômica do governo?
Sim, é importante para o governo também. A questão econômica é importante demais para ser deixada para economistas, que às vezes tentam fazer crer que dispõem de uma ciência realmente complicada que os outros não podem compreender e que é preciso deixá-los em paz. Isso é uma piada gigantesca.
O nome de seu livro, que remete a Karl Marx, e algumas de suas opiniões fazem que muitos o considerem anticapitalista.
O problema é que há gente que vive ainda na Guerra Fria e tem necessidade de inimigos anticapitalistas. Não sou esse inimigo. Creio no capitalismo, na propriedade privada e nas forças do mercado.
Nasci tarde demais para ter a menor tentação que seja pelo comunismo de tipo soviético. Isso não me interessa. Ao mesmo tempo, acho que temos necessidade, basta ver a crise de 2008, de instituições públicas muito fortes para regular o mercado financeiro e as desigualdades produzidas pelo capitalismo.
Sua defesa de um imposto global sobre grandes fortunas já foi feita por outros autores e nunca avançou. Não é ingênuo crer que seja realmente possível contrariar tantos interesses contrários?
Não precisamos esperar ter um governo mundial, um imposto unificado mundial para fazer progressos, se não arriscamos esperar um longo tempo. Podemos fazer progresso por etapas e a nível nacional. Há diferentes formas de imposto sobre capital e patrimônio em cada país, que podem ser melhorados de forma mais progressiva. Em seguida podemos progredir na cooperação internacional, como já tem sido feito quanto aos paraísos fiscais.
Como o sr. demonstra, a desigualdade no século 20 só caiu em um contexto de crise e reconstrução das sociedade após duas guerras mundiais. Seria mesmo possível algo tão ambicioso em tempos de paz?

As lições de história são importantes, as elites que não querem pagar mais impostos no Brasil, nos EUA e na Europa devem se lembrar que não é uma boa solução esperar a crise. Todo o mundo precisa de uma globalização que seja mais justa, que beneficie diferentes grupos sociais em proporção equilibrada. Se não, é a própria globalização que arrisca ser questionada.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Salve o Nobel.

Delfim Netto, hoje na FOLHA DE S. PAULO. 

O estudo do funcionamento econômico da sociedade pode ser convenientemente dividido em dois ramos: a macroeconomia e a microeconomia.

A macro procura entendê-lo e criar instrumentos para que seu administrador (o governo eleito periodicamente) possa produzir um bom equilíbrio interno e externo. Durante muito tempo os economistas acreditaram --e alguns ainda acreditam-- que, com uma adequada âncora cambial (o "padrão ouro"), o sistema deixado a si mesmo ("laissez faire") produziria "naturalmente" aqueles equilíbrios. A variável de ajuste "natural" era o aumento do desemprego e a redução do salário real, que se tornou politicamente inaceitável pelo avanço do sufrágio universal.

Mas o fato importante é que mesmo uma macroeconomia virtuosa não garante uma alocação eficiente dos fatores de produção disponíveis se não forem dados estímulos adequados aos agentes econômicos. Quem cuida do crescimento e sugere instituições e mecanismos que aumentam a produtividade de todo o sistema econômico é a microeconomia. Ela tem avançado dramaticamente desde a exploração do uso da teoria dos jogos, da teoria dos leilões e dos estudos sobre a formação de preços em mercados especiais, onde há necessidade de submeter à maior concorrência monopólios e oligopólios de forma a proteger os consumidores com bons serviços e "modicidade tarifária". Esta aproximação da teoria com a realidade foi, justamente, premiada com o Nobel de economia de 2014 a Jean Tirole.

O governo Dilma chegou ao diagnóstico correto em 2011 quando anunciou que a aceleração do investimento público era a boa saída para a volta ao crescimento. Foi lento, entretanto, em entender que o sucesso das concessões de infraestrutura, por serem transferências de monopólios públicos para o setor privado, envolvem contratos necessariamente "abertos" que duram de 20 a 30 anos e exigem: 1) bons projetos executivos que especifiquem claramente a qualidade dos serviços que se espera delas ao longo do tempo; 2) a construção de leilões adequados --tarefa de profissionais especializados-- para estabelecer a taxa de retorno e 3) agências reguladoras de Estado competentes e estáveis para garantir a integridade econômica e financeira dos contratos. Quando se nomeia um "companheiro de passeata" para uma agência de Estado aumenta-se o "risco" da concessão e, portanto, sua taxa de retorno.


É por isso que talvez ninguém tenha mais necessidade do que o governo brasileiro de aprender na obra fundamental do novo Nobel sobre a formação de preços em mercados especiais. A presidente Dilma precisa incorporar Tirole às suas leituras após domingo...

domingo, 14 de setembro de 2014

A Argentina usa e abusa de Keynes.

Do Project Syndicate, matéria especial sobre a Argentina. 

Em 1971, Richard Nixon, presidente republicano dos Estados Unidos, disse numa frase célebre: "Somos todos keynesianos agora". Hoje, o peronista Axel Kicillof, ministro da Economia da Argentina, ecoa este sentimento. Ele está certo?

Kicillof ganhou reconhecimento internacional como a face pública da luta argentina contra os chamados fundos abutres que querem extorquir o pagamento integral de títulos argentinos comprados por centavos de dólar. Mas, antes de entrar para o gabinete da presidente Christina Fernández de Kirchner, Kicillof era conhecido nos círculos intelectuais argentinos como o autor do livro Volver a Keynes (Voltar a Keynes).

Na semana passada, dirigindo-se a um salão dourado, lotado pela elite argentina dos negócios, Kicillof explicou as políticas do governo como uma aplicação prática das teorias keynesianas. Em um discurso de uma hora, ele ressaltou dois pontos-chave.

Primeiro, Kicillof atribuiu o rápido crescimento econômico da Argentina, nos anos entre 2001, do calote da dívida, e 2008, da crise financeira global, à uma reativação keynesiana de demanda agregada doméstica. Keynes fez uma tremenda colaboração intelectual ao mostrar que a oferta em uma economia de mercado não necessariamente cria sua própria demanda, e que déficits de demanda podem causar recessões evitáveis. Esta lógica está em curso na Argentina?

Em 2001, quando a economia argentina implodiu, os cidadãos perderam seus empregos e as empresas o acesso ao crédito, levando a demanda interna ao colapso.

Mas, quando o país abandonou a paridade cambial de um por um em relação ao dólar americano, a taxa de câmbio real sofreu uma forte desvalorização. Isto desviou a demanda por importações para os produtos internos. Em seguida, a alavancada do preço das exportações de alimentos, taxadas pesadamente na Argentina, aumentou a receita do governo,  provendo o dinheiro para financiar os gastos orçamentários inflacionados. Dado o isolamento da Argentina dos mercados financeiros mundiais, o banco central do país pôde cortar as taxas de juros internas com temor limitado de evasão de capital. O impulso fiscal e monetário sustentou uma recuperação rápida.

À primeira vista, Kicillof parece estar certo: este parece um caso exemplar da reativação keynesiana. Mas Keynes não aprovaria as políticas macroeconômicas aplicadas por Christina e por seu predecessor e marido, o falecido Néstor Kirchner.

Uma abordagem keynesiana asseguraria que a oferta não ficasse aquém da demanda. Os Kirchner fizeram com que a demanda superasse largamente a oferta. O fato de a taxa inflacionária anual da Argentina ter-se mantido em 20% ou mais, por mais de uma década, ilustra isto claramente - e isto não pode ser ocultado por taxas de serviço congeladas e manipulação constante do índice de preços ao consumidor.

O segundo ponto de Kicillof foi que as empresas e os consumidores argentinos não devem sucumbir ao pessimismo. Aludindo às teorias de Keynes sobre expectativas autossatisfatórias, ele alertou que, se as pessoas esperam que as coisas deem errado, elas vão dar.

Keynes disse mesmo - e foi uma visão muito importante - que a economia capitalista assemelha-se a um concurso de beleza, com juízes votando não na competidora mais bonita, mas na competidora que eles acreditam que os seus colegas vão achar mais bonita. Mudanças nas expectativas, portanto, podem alterar o resultado.

Mas os argentinos não são pessimistas em relação à economia porque outros argentinos são pessimistas. Eles são pessimistas porque as bases da economia são fracas - uma diferença fundamental.

Em 1991, o economista Paul Krugman, vencedor do Nobel e talvez o mais proeminente keynesiano no mundo hoje, mostrou que o fato de as expectativas serem ou não autossatisfatórias depende das condições econômicas subjacentes. Se as bases da economia são muito fracas, uma crise inevitavelmente irá acontecer mais cedo ou mais tarde. Se as bases são muito fortes, uma crise jamais acontece. E se elas são intermediárias, uma crise só acontece se - e apenas nessas condições - as pessoas esperam que ela aconteça.

Há alguns anos, a zona do euro estava nesta situação. É por isso que o apelo de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, para salvar o euro imediatamente, "custe o que custar", deteve a crise da dívida (a crise de crescimento, é claro, ainda não foi resolvida).

Mas a Argentina não é a zona do euro. Não há nada que Kicillof possa dizer hoje que tenha o mesmo efeito tranquilizador que a promessa de Draghi. Os argentinos hoje sentem-se muito como Dorothy, quando ela aterrissou em Oz pela primeira vez - não estão mais no seguro e familiar "Kansas". Mas Keynes não é o culpado. Kicillof e Kirchner, sim.

Andrés Velasco, ex-ministro das Finanças do Chile, é professor convidado na Universidade de Columbia.

domingo, 3 de agosto de 2014

What makes a good economist?

Diretamente do blog “Prosa Econômica” http://prosaeconomica.com/2014/08/03/o-que-faz-um-bom-economista/ um breve vídeo com uma ótima reflexão para os economistas de hoje e para os que pretendem seguir em tão importante área.


sábado, 7 de junho de 2014

Thomas Piketty na VEJA,

Do site da VEJA trechos da entrevista com o economista Thomas Piketty.

Desde os tempos do britânico John Maynard Keynes, um dos maiores pensadores econômicos do século XX, o trabalho de um economista não despertava debates tão acirrados quanto O Capital no Século XXI, do francês Thomas Piketty (que será lançado pela Editora Intrínseca no Brasil em novembro). O livro traz um apanhado histórico da evolução da riqueza e da desigualdade nas sociedades capitalistas e propõe remédios para os males que enxerga — como a adoção de um imposto progressivo de até 80% sobre o patrimônio dos mais ricos. Piketty rapidamente se tornou vedete de ganhadores do Nobel alinhados à esquerda, como Paul Krugman e Joseph Stiglitz, mas também viu a consistência dos dados que embasam seu livro ser duramente contestada — por exemplo, numa longa investigação do jornal britânico Financial Times. Em entrevista a VEJA concedida em seu escritório na Escola de Economia de Paris, onde leciona, Piketty defendeu sua pesquisa e procurou se dissociar de qualquer campo político. Diz ele: “Fui beneficiado por pertencer a uma geração que tem acesso mais fácil aos dados devido à tecnologia e que não é movida necessariamente pela ideologia”.

O senhor dedicou toda a sua carreira à pesquisa sobre a desigualdade. Por que o tema o atrai tanto? A divisão da riqueza sempre foi um tema central para a política e a economia. Contudo, minha motivação foi perceber que um tema tão interessante tinha tão poucos dados disponíveis para pesquisa. Pouquíssimas pessoas estudaram a desigualdade do ponto de vista histórico. O debate sempre existiu, mas sem muitos dados que o embasassem. Ninguém havia feito uma pesquisa completa nos arquivos fiscais de diferentes países para analisar a evolução da desigualdade no mundo, por exemplo. Parecia ser um trabalho histórico demais para os economistas e econômico demais para os historiadores. A originalidade da minha pesquisa está justamente em juntar essas perspectivas e contar a história desse dinheiro ao longo dos últimos séculos. Fui beneficiado por pertencer a uma geração que tem acesso mais fácil aos dados devido à tecnologia e que não é movida necessariamente pela ideologia.

No tom e nas propostas, como a de taxação da riqueza, semelhante à encampada pelo presidente francês François Hollande há algum tempo, o senhor parece bastante alinhado com o socialismo francês. Faço parte de uma geração pós-Guerra Fria. Tinha 18 anos quando o Muro de Berlim caiu. Nunca fui tentado pelo comunismo. Durante a Guerra Fria era difícil avançar no debate sobre o tema, porque havia um embate político muito forte entre os dois blocos. O recuo temporal de hoje, aliado aos dados mais acessíveis, nos permite retomar este que foi um dos grandes debates do século XIX, a saber, o debate sobre a desigualdade no capitalismo.

O senhor acredita que o capitalismo é um sistema que precisa ser superado? Eu acredito no capitalismo, no livre mercado e na propriedade privada, não apenas como origem de eficácia e crescimento, mas também como elemento de liberdade individual. Sou muito positivo quanto a isso. Mas vejo que há um risco se não mostrarmos que existem formas de repartir os ganhos da globalização de forma mais equilibrada. Para que o processo virtuoso do capitalismo continue, é preciso que todos se beneficiem. Caso contrário, surgem tentações como as que assombram a Europa de hoje. Quando não conseguimos resolver nossos problemas domésticos e sociais, procuramos um culpado, que pode ser o imigrante, a Alemanha, a China, o Brasil.

O jornal britânico Financial Times publicou uma reportagem que contradiz a base de sua pesquisa histórica, que é justamente o aumento da desigualdade desde 1970. Sua base de dados é inconsistente? De forma alguma. Serei bem claro sobre isso. Não há nenhum erro na minha pesquisa. É claro que ela pode ser melhorada. É por isso que tudo foi colocado na internet. Mas o ponto é que as pequenas correções feitas pelo Financial Times, com as quais eu não concordo, têm impacto mínimo no resultado geral. No caso dos dados sobre o aumento da desigualdade nos Estados Unidos, a pesquisa mais recente dos economistas Emmanuel Saez e Gabriel Zucman, da Universidade da Califórnia, reforça meu estudo. No caso da Grã-Bretanha, outro foco de críticas do jornal, é óbvio que pesquisas que são baseadas em declarações entregues pelos próprios contribuintes não mostram um quadro fiel sobre o aumento da renda em nenhum lugar do mundo, ao contrário do que afirma o jornal. É um fato: todos os rankings de riqueza indicam que os mais ricos estão cada vez mais ricos, e cada vez mais rápido. O que não é errado. É apenas um fato que o jornal quer ignorar. Eu acho que eles estão com medo do meu livro, mas deveriam estar com medo do aumento da desigualdade.

O senhor discorda de que o crescimento econômico, e não as medidas redistributivas criadas por lei, seja a ferramenta primordial para melhorar a vida das pessoas? De forma alguma acredito que o crescimento da riqueza seja algo inútil. Para os países emergentes, como o Brasil, o crescimento é a chave do desenvolvimento e da melhora da qualidade de vida. Ele é fundamental, mas não suficiente. É preciso refletir sobre a desigualdade. O que observamos nos países ricos é que a riqueza do topo da pirâmide, ou seja, da parcela de 1% da população, avança três vezes mais rápido que o crescimento do produto interno bruto (PIB). E isso, eventualmente, vai acontecer com os emergentes também. Até onde isso irá? Eu não sei. Não posso ter certeza das taxas de crescimento econômico dos anos que virão. Se os países ricos conseguirem crescer mais de 4% ao ano, por exemplo, a desigualdade tende a se equilibrar. Mas não há evidências de que isso deva ocorrer. Então é melhor termos outro plano caso essa taxa de crescimento não ocorra. O que eu digo no livro é que será preciso transparência sobre a renda e a riqueza dos indivíduos. Isso servirá para que possamos produzir informações sobre a evolução do nível de renda e do patrimônio e, em consequência, fortalecer nossa democracia, para que ela disponha de mais dados sobre ela mesma.

A base para sua tese sobre a desigualdade é a relação r>g , segundo a qual a renda sobre o capital (r) é sempre maior que o crescimento econômico (g). Por que, para sua tese, é tão vital relacionar essas duas variáveis, uma microeconômica e outra macro?São duas variáveis certamente de natureza distinta. Mas a comparação entre r e g é importante, porque uma diferença muito grande entre elas significa que a desigualdade inicial de riqueza tende a se ampliar a ponto de ameaçar a estabilidade em muitos países. A ideia de comparar essas duas variáveis não é novidade. Quando se abre um romance do francês Balzac, que viveu na primeira metade do século XIX, um período de crescimento nulo e retorno sobre o capital de 4% a 5% ao ano, essa preocupação está muito clara. Essa relação é, inclusive, a base da sociedade tradicional, pois permite que um grande proprietário viva da renda de seu patrimônio. Um ponto crucial do livro é mostrar que a industrialização não mudou fundamentalmente essa dinâmica. Mesmo que tenhamos passado de um mundo de crescimento zero para um mundo de crescimento positivo, a longo prazo a produtividade não se mostrou tão alta assim, foi de 1% ou 2% ao ano. Uma taxa de crescimento de 4% só é possível para países ainda em desenvolvimento. Em países que já estão na dianteira do avanço tecnológico, um crescimento de 4% ao ano parece improvável. Seria necessário um salto inaudito de produtividade. Ou talvez um choque, como uma guerra mundial que leve a um longo processo de reconstrução. Suponho que não queremos isso. Em vez de depender de um milagre de crescimento, deveríamos nos acostumar a viver com um crescimento positivo mas limitado e pensar no que mais somos capazes de fazer.

O senhor propõe uma taxação progressiva de até 80%. O Estado já não abocanha uma fatia grande demais da riqueza produzida por empresas e indivíduos? Certamente. Por isso, minha proposta para a Europa é, na verdade, reduzir os impostos para a classe média e aumentá-los para os maiores patrimônios. O problema na Europa é que a concorrência fiscal entre os países faz com que as grandes empresas paguem muito pouco imposto em comparação às pequenas e médias. Por outro lado, aumentam-se as taxas sobre os sa­lários, ou o IVA, que é o imposto sobre o consumo. Então, o problema não é aumentar os impostos, e sim reparti-los melhor. Por exemplo, o principal tri­buto sobre o patrimônio nos Estados Unidos e na Europa é o imposto proporcional sobre o valor dos imóveis. Eu não proponho aumentá-lo, mas transformá-lo num imposto progressivo sobre o patrimônio líquido. Se um indivíduo tem um apartamento que vale 300000 euros, mas foi financiado em 290000 euros, sua riqueza líquida sobre esse bem é de 10000 euros. Hoje, esse indivíduo paga o mesmo imposto que aquele que não tem financiamento, herdou seu apartamento ou tem várias casas e uma ampla carteira de investimentos. Eu proponho mudar essa lógica.

Para aumentar tributos, é preciso que a população confie no Estado como gestor. Como essa proposta se sustenta se essa confiança está cada vez menor? Tem razão. Uma das complicações nos países ricos é que, ao mesmo tempo em que há um questionamento sobre a desregulamentação, há um questionamento sobre o papel do Estado. A desconfiança é totalmente justificável. Nos países ricos hoje, quando temos 40% ou 50% do PIB em carga tributária, não dá para aumentar mais. Mas há outras formas de perseguir o mesmo objetivo. Uma delas é permitir um pouco de inflação, o que traz riscos enormes. A outra é pôr em prática o imposto progressivo sobre o patrimônio, que atinge de forma concentrada a camada mais alta da população e, ao mesmo tempo, protege a classe média.

Medidas como essa não desencorajam o empreendedorismo? Por que se arriscar em um empreendimento quando se sabe de antemão que seus frutos serão duramente taxados? Não se trata de “cortar a cabeça” dos ricos ou interditar o enriquecimento. É crucial que um país tenha empreendedores, ricos, classe média e pobres. Não há nenhum problema nisso. Mas precisamos assegurar que a riqueza dos diferentes grupos cresça num ritmo minimamente coerente. Não precisa ser exatamente o mesmo ritmo, mas, se a riqueza das classes mais altas cresce três ou quatro vezes mais que as outras, há um desequilíbrio. É preciso que as instituições democráticas e fiscais ajudem a retomar o equilíbrio desse crescimento. Mas a taxação não é a única saída. A meu ver, aliás, a educação é e continuará sendo a maior força de redução da desigualdade.

O senhor trata executivos com altos salários como vilões da desigualdade. Salários altos são pagos para atrair gente capaz e talentosa. Há algo errado com a meritocracia? As desigualdade salariais são fundadas na lógica do mérito e da produtividade. O problema é que o aumento dos salários dos grandes executivos pode ser justificado por muitos indicadores, menos pelas estatísticas de produtividade das empresas. Nos Estados Unidos, quando se comparam empresas que pagam a seus executivos 10 ou 50 milhões de salário anual com empresas que pagam muito menos, não se verifica que as empresas que pagam mais bônus cresceram mais. Então, esse discurso precisa ser visto com cautela. Mas é certo que a meritocracia é melhor que os sistemas do passado. Ela permite que as pessoas consigam construir um patrimônio sem que tenham sido beneficiadas por uma herança. O problema é que o ideal da meritocracia foi, em muitos casos, deturpado.

O Brasil dificulta o acesso a dados e ficou fora de sua pesquisa. Algo mudou depois da publicação do livro? O Brasil foi o país em que tivemos mais dificuldades, e, por enquanto, continuamos sem dados significativos. É uma pena, porque foi um dos países que mais conseguiram, nos últimos anos, conciliar crescimento e redistribuição de renda. Mas as conversas avançam. Não se pode ter medo da transparência, da democracia. Espero, em breve, ter o Brasil em nossa base de dados.


A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...