The Sveriges
Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2015 was awarded
to Angus Deaton "for his analysis of consumption, poverty, and
welfare".
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segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Nobel de Economia 2015: previsão.
A Real Academia de Ciências Sueca vai divulgar nesta segunda-feira o
vencedor do Prêmio Nobel de Economia. O frenesi em torno da revelação do
vencedor (ou dos vencedores) nas semanas que antecedem o anúncio leva muitos
economistas a fazer - mais por curiosidade do que por real necessidade de ofício
- o que fazem a sério todos os dias: contas.
Na agência Reuters, um grupo de analistas atualiza anualmente
uma lista de possíveis vencedores. O trabalho dos analistas da Reuters não
chega a ser uma ciência exata: desde 1990, quando foi elaborada pela primeira
vez, a lista acertou o nome de nove ganhadores.
Os analistas da Reuters levam em consideração informações que incluem
citações em artigos acadêmicos e notas de rodapé dos potenciais vencedores em
artigos de terceiros. Com base nesses critérios, as apostas dos analistas da
agência para 2015 incluem o britânico Richard Blundell, e os americanos John
List e Charles Manski.
O trabalho de Blundell, da Universidade College London (parte integrante
da Universidade de Londres), é voltado a pesquisas sobre mercado de trabalho e
comportamento do consumidor. List, da Universidade de Chicago, tem interesses
múltiplos, entre eles a economia comportamental. Manski, por sua vez, professor
da Northwestern University, tem trabalhado em pesquisas ligadas à teoria da escolha
racional, que tenta determinar a lógica de decisão de um indivíduo em
diferentes cenários econômicos.
O jornal americano The Wall Street Journal também tem
sua lista de apostas. Ela inclui, entre outros, os americanos Paul Romer
(Universidade de Nova York) e Robert Barro (Harvard), economistas dedicados a
pesquisas sobre a teoria dos jogos. Esse ramo da matemática que já garantiu o
Nobel de Economia em pelo menos duas oportunidades: 1994 (premiação que incluiu
o americano John Nash, retratado no filme "Uma Mente Brilhante", de
2001) e na edição de 2005.
Nesta segunda-feira, às 8h (horário de Brasília), os
economistas-apostadores vão testar a eficácia de suas previsões.
Fonte: Revista VEJA.
domingo, 24 de maio de 2015
A morte de John Nash: A Beautiful Mind.
Neste outono brasileiro um triste domingo para o mundo da Matemática e da Economia com a notícia
da morte do genial John Forbes Nash, Jr – gênio matemático, inventor da teoria
do comportamento racional e visionário da máquina pensante.
Ganhou o Nobel de Economia em 1984 e dele a jornalista e economista Sylvia Nasar
escreveu o belo “Uma mente brilhante”, livro que deu origem ao filme de mesmo
nome, estrelado por Russell Crowe.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Salve o Nobel.
Delfim Netto, hoje na FOLHA DE S. PAULO.
O estudo do funcionamento econômico da
sociedade pode ser convenientemente dividido em dois ramos: a macroeconomia e a
microeconomia.
A macro procura entendê-lo e criar instrumentos
para que seu administrador (o governo eleito periodicamente) possa produzir um
bom equilíbrio interno e externo. Durante muito tempo os economistas
acreditaram --e alguns ainda acreditam-- que, com uma adequada âncora cambial
(o "padrão ouro"), o sistema deixado a si mesmo ("laissez
faire") produziria "naturalmente" aqueles equilíbrios. A
variável de ajuste "natural" era o aumento do desemprego e a redução
do salário real, que se tornou politicamente inaceitável pelo avanço do
sufrágio universal.
Mas o fato importante é que mesmo uma
macroeconomia virtuosa não garante uma alocação eficiente dos fatores de
produção disponíveis se não forem dados estímulos adequados aos agentes
econômicos. Quem cuida do crescimento e sugere instituições e mecanismos que
aumentam a produtividade de todo o sistema econômico é a microeconomia. Ela tem
avançado dramaticamente desde a exploração do uso da teoria dos jogos, da
teoria dos leilões e dos estudos sobre a formação de preços em mercados
especiais, onde há necessidade de submeter à maior concorrência monopólios e oligopólios
de forma a proteger os consumidores com bons serviços e "modicidade
tarifária". Esta aproximação da teoria com a realidade foi, justamente,
premiada com o Nobel de economia de 2014 a Jean Tirole.
O governo Dilma chegou ao diagnóstico correto
em 2011 quando anunciou que a aceleração do investimento público era a boa
saída para a volta ao crescimento. Foi lento, entretanto, em entender que o
sucesso das concessões de infraestrutura, por serem transferências de
monopólios públicos para o setor privado, envolvem contratos necessariamente
"abertos" que duram de 20 a 30 anos e exigem: 1) bons projetos
executivos que especifiquem claramente a qualidade dos serviços que se espera
delas ao longo do tempo; 2) a construção de leilões adequados --tarefa de profissionais
especializados-- para estabelecer a taxa de retorno e 3) agências reguladoras
de Estado competentes e estáveis para garantir a integridade econômica e
financeira dos contratos. Quando se nomeia um "companheiro de
passeata" para uma agência de Estado aumenta-se o "risco" da
concessão e, portanto, sua taxa de retorno.
É por isso que talvez ninguém tenha mais
necessidade do que o governo brasileiro de aprender na obra fundamental do novo
Nobel sobre a formação de preços em mercados especiais. A presidente Dilma
precisa incorporar Tirole às suas leituras após domingo...
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Nobel Economia 2014: Jean Tirole.
The
Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2014 was
awarded to Jean Tirole "for his analysis of market power and
regulation".
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Brasileiro ganha o "Nobel" da Matemática - Uma notícia realmente extraordinária.
Leio no UOL uma excelente notícia:
O matemático brasileiro Artur Avila, 35, foi o
escolhido para receber, nesta terça-feira (12) à noite (horário de Brasília), a
Medalha Fields, popularmente conhecida como o "Nobel da matemática".
Ele será o primeiro ganhador da América latina.
A entrega do prêmio ocorrerá na a abertura do
27º Congresso Internacional de Matemáticos, em Seul, na Coreia do Sul.
Nascido no Rio de Janeiro, Avila é pesquisador
do Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) e do CNRS (Centro
Nacional de Pesquisa Científica, órgão de pesquisa do governo francês).
Considerado um dos matemáticos mais talentosos
de sua geração, o brasileiro vinha sendo citado nos últimos anos como forte
candidato ao prêmio.
"Já havia um burburinho sobre eu ganhar a
medalha", disse Avila à Folha. "Quase todo mundo que falava
comigo acabava mencionando esse assunto. Já estava ficando uma coisa até um
pouco chata."
César Camacho, diretor-geral do Impa, dá a
dimensão da conquista. "É sem dúvida o maior prêmio já recebido por um
pesquisador brasileiro."
Comparada ao Nobel, pela importância, a
Medalha Fields distingue-se por ser entregue apenas de quatro em quatro anos
para matemáticos de até 40 anos.
A cada edição, são entregues de duas a quatro
medalhas. Os vencedores recebem ainda 15 mil dólares canadenses (cerca de R$
31,3 mil) cada.
Neste ano, também receberam o prêmio o
canadense-americano de origem indiana Manjul Bhargava, o austríaco Martin
Hairer, e a iraniana Maryam Mirzakhani, a primeira mulher a receber a
distinção.
"Artur não é só um jovem brilhante, mas
também extremamente dedicado", diz Welington de Melo, pesquisador do Impa,
que orientou o doutorado de Avila.
A primeira linha de pesquisa de Avila foi na
área de sistemas dinâmicos. Esse ramo da matemática busca prever a evolução no
tempo de fenômenos naturais e humanos observados nos mais diversos ramos do
conhecimento. Hoje, suas ferramentas são usadas para descrever a evolução de
epidemias, para estudar como surgem espécies animais e mostrar a
impossibilidade de previsões do tempo para mais do que alguns dias.
Dentre esses sistemas, uma classe importante
são os sistemas dinâmicos caóticos. Na linguagem coloquial, caos está ligado a
ideia de desordem completa, mas, na matemática, trata-se de um termo geral para
processos com extrema sensibilidade às menores perturbações, em que pequenas
alterações na situação inicial provocam modificações dramáticas na evolução do
sistema.
O exemplo clássico é do bater de asas de uma
borboleta no hemisfério Sul que multiplica-se e acumula-se, influenciando a
ocorrência de uma tempestade no Japão.
Mais recentemente Avila tem trabalhado para
construir uma teoria geral dos chamados operadores de Schrödinger
quase-periódicos. Esses operadores originaram-se na física e são usados para
descrever o comportamento quântico das partículas.
Avila trabalha com matemática pura. Isso quer
dizer, que mesmo trabalhando em problemas com possíveis aplicações em outras
áreas, esse não é o seu objetivo. "Meus interesses e motivações são
puramente matemáticos. Mesmo quando trabalho com problemas originados na física,
não me importo com possíveis aplicações."
domingo, 3 de agosto de 2014
What makes a good economist?
Diretamente
do blog “Prosa Econômica” http://prosaeconomica.com/2014/08/03/o-que-faz-um-bom-economista/
um breve vídeo com uma ótima reflexão para os economistas de hoje e para os que
pretendem seguir em tão importante área.
domingo, 4 de maio de 2014
Gary Becker died.
Becker, 83, University Professor of Economics and of Sociology at the
University of Chicago, died on May 3 after a long illness. He won the Nobel
Memorial Prize in Economic Sciences in 1992 “for having extended the
domain of microeconomic analysis to a wide range of human behavior and
interaction, including non-market behavior.” - See more at:
http://news.uchicago.edu/article/2014/05/04/gary-s-becker-nobel-winning-scholar-economics-and-sociology-1930-2014#sthash.YA3VLLWM.dpuf
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Robert Shiller - Nobel de Economia: entrevista NYT/FOLHA.
Recente entrevista com o Nobel Robert Shiller, aqui publicada pela FOLHA.
Robert
Shiller, professor da Universidade Yale, foi informado na semana passada de que
receberia o Prêmio Memorial Nobel de Ciência Econômica, em companhia de Lars Peter
Hansen e Eugene Fama, da Universidade de Chicago. O comitê do Nobel descreveu
Shiller como fundador do campo das finanças comportamentais e como inovador na
incorporação da psicologia à Economia e citou suas análises pioneiras sobre
bolhas especulativas nos mercados de ações e imóveis.
Ele
também é parte do grupo de eminentes economistas que escrevem a coluna
"Economic View" para o caderno dominical de negócios do "New
York Times", tendo contribuído com 60 colunas de 2007 para cá. Como editor
da coluna, conversei com ele muitas vezes sobre seu trabalho, e na quarta-feira
passada Shiller me ligou do aeroporto, onde estava embarcando para uma palestra
no banco central holandês em Amsterdã. Eis uma versão condensada e editada de
nossa conversa.
*
P.
Bob, parabéns! Que honra.
R.
Obrigado!
P.
E agora, fico imaginando em que você estará pensando como tema para sua próxima
coluna.
R.
Ha. Bem, certamente terei algo a dizer. Não sei, por enquanto. Você sabe que
preciso escrever um discurso para a cerimônia do Nobel, e o prazo para isso é o
dia 10 de dezembro. E tenho responsabilidades letivas pesadas. A pressão será
grande!
P.
É, parece que esse negócio do Nobel é muito difícil. Ninguém ia querer um
prêmio desses.
R.
Verdade, verdade. Mas é maravilhoso. Agora estarei mais e mais envolvido com o
ensino. Vou preparar um novo curso online para a Coursera em janeiro, chamado
"Mercados Financeiros". Fui informado de que 50 mil pessoas já se
inscreveram para ele, e acho que isso é realmente importante. É uma missão para
mim. Também vou lecionar o curso de introdução à Economia para os calouros de
Yale, no semestre que vem, e terei 300 ou 400 alunos nessa classe. De alguma
forma, conversar com os estudantes jovens ajuda a nos reconduzir à realidade.
Ou pelo menos deveria.
P.
Você agora terá de resumir a sua obra e sua pesquisa de uma vida inteira em
algumas poucas sentenças. Sei que é pedir demais. Mas gostaria de tentar?
R.
Bem. Trabalho com isso há muito tempo. Você está interessado em temas? Um deles
é algo que aprendi com meu pai: o apreço pela invenção. Eu sempre quis
desenvolver novos instrumentos. O primeiro trabalho que publiquei era sobre um
"estimador" - era um procedimento estatístico, uma espécie de
invenção. Meu pai conseguiu uma patente e abriu uma empresa; não foi um
sucesso, mas talvez eu tenha algo dele em mim.
P.
Ao longo de sua carreira, você trabalhou muito com métodos de mensuração -
vasculhar dados e decidir o que pode ser mensurado, e como. Você foi um dos
criadores dos índices Case-Shiller, que medem preços de imóveis. E seu trabalho
é conhecido, entre o pessoal das finanças, pelo que eles chamam de "Razão
P/L de Shiller" - uma maneira de utilizar dados sobre preços e lucros a
fim de determinar se o mercado de ações está supervalorizado. Você colabora com
a Fundação Cowles de Pesquisa Econômica há 31 anos, e ela é uma instituição que
trabalha muito com a coleta de dados. Por que essas mensurações são importantes?
R.
Nosso fundador, Alfred Cowles, era um administrador de investimentos que se
desiludiu e se tornou cético. A administração de fundos era uma profissão que
envolvia muita falsidade - pessoas que diziam ser capazes de obter retornos
superiores à média do mercado quando na verdade não o eram. Ele suspeitava de
que seus colegas em Wall Street estivessem simplesmente mentido, que não
tivessem capacidade de prever o mercado. Queria dispor de pesquisas econômicas
verdadeiras, pesquisas genuínas. E coletava dados.
Tenho a mesma natureza cética. Quando era criança, meu professor na escola dominical se queixou aos meus pais que eu tinha uma atitude negativa. Não acreditava em nada do que aquele cara dizia.
Tenho a mesma natureza cética. Quando era criança, meu professor na escola dominical se queixou aos meus pais que eu tinha uma atitude negativa. Não acreditava em nada do que aquele cara dizia.
P.
Bem, você fez isso em companhia de muitas outras coisas - trabalhou no campo
teórico e com dados. Combinou diversos campos.
R.
Sim, parte considerável do meu melhor trabalho teórico surgiu depois de eu me
envolver com projetos de coleta de dados, porque dessa forma você se torna
consciente de outra realidade.
P.
E em companhia de Richard Thaler, da Universidade de Chicago, outro dos
colaboradores da coluna Economic View, você foi uma das pessoas que introduziu
a psicologia na teoria dos mercados. Como isso aconteceu?
R.
Bem, me casei com uma psicóloga [Virginia Shiller, psicóloga com consultório em
New Haven e instrutora clínica no Centro de Estudo da Criança em Yale], o que
certamente influenciou! Também descobri que existiam certas lacunas na teoria
do mercado eficiente, que era a ortodoxia no mundo das finanças, e elas
simplesmente não faziam qualquer sentido.
Os
economistas que desenvolveram essa teoria diziam que todas as pessoas que
participavam dos mercados estavam fazendo cálculos, cálculos sobre valor
presente dos ativos. Isso é loucura, porque você sabe que 90% da população nem
mesmo sabe que esse conceito existe. Não estão fazendo cálculo algum. E a isso
os economistas respondiam que, bem, não é que todo mundo esteja fazendo todos
os cálculos, mas o mercado está se comportando de maneira eficiente porque as
pessoas recebem conselhos de especialistas e de administradores de fundos.
Isso
também está evidentemente errado. Na realidade, algumas pessoas talvez estejam
agindo assim. Mas nem todas, ou nem mesmo uma maioria delas. A coisa se torna
ritual - temos um dado modelo em que as pessoas acreditam porque outras pessoas
acreditam nele, e assim por diante.
P.
Como a "exuberância irracional", título de um de seus livros, afeta o
mercado de ações, e como ela se enquadra à teoria do mercado eficiente?
R. Bem, a teoria do mercado eficiente é uma meia-verdade. A meia-verdade é que não
é fácil ganhar muito dinheiro muito rápido, e que você pode passar anos
perdendo dinheiro, mesmo que seja uma pessoa muito inteligente.
Onde
a teoria erra é em afirmar que você deve presumir que não há interesse em
tentar superar o mercado - ou que a política econômica deveria ser orientada
sob a suposição de que não existem bolhas de mercado.
P.
Portanto, bolhas existem.
R.
Sim, elas acontecem o tempo todo. A maior parte da ação no mercado de capitais,
em termos agregados, consiste de bolhas. Isso não se aplica a ações
individuais, mas se aplica ao mercado como um todo.
P.
Em suas colunas, você já escreveu muito sobre bolhas no mercado imobiliário -
como a que estourou alguns anos atrás e conduziu à crise financeira da qual
ainda estamos nos recuperando. Você constatou que os preços dos imóveis em
geral se movem mais devagar que os das ações. Por que isso acontece?
R.
Isso vem se provando verdade até agora, ao menos. Um motivo é que os imóveis
são no geral um mercado de amadores; não é fácil para as pessoas agir
rapidamente. Mas os profissionais estão chegando, e isso pode mudar.
P.
Eugene Fama é muitas vezes mencionado como fundador da teoria do mercado
eficiente e, como estivemos discutindo, você é um crítico dessa teoria. Não me
surpreende que Fama tenha ganho o Nobel ou que você tenha ganho o Nobel. Mas é
estranho que o tenham feito juntos.
R.
Bem, Gene e eu temos muito em comum. Mais do que você poderia imaginar. Ele
recolhe dados e os divulga, e eu os utiliza o tempo todo, e uso muitas de suas
teorias. Nem todas elas, claro. Mas ele é um ótimo sujeito. É como ter um
excelente amigo que acredita firmemente em uma religião diferente da sua. Você
pode aprender muito com ele, mesmo que não ore em sua igreja.
domingo, 27 de outubro de 2013
Nobel de Economia.
As
universidades com mais prêmios Nobel de Economia:
- Chicago: 12
- Califórnia – Berkeley: 5
- Harvard: 5
- Princeton: 5
- Columbia: 4
- MIT: 4
- Cambridge: 4
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Prêmio Nobel de Economia 2013.
The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in
Memory of Alfred Nobel 2013 was awarded jointly to Eugene F. Fama, Lars Peter
Hansen and Robert J. Shiller "for their empirical analysis of asset
prices".
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Ronald Harry Coase: 1910 - 2013.
A
Economia está triste com a morte do de Ronald Harry Coase com seus 102 anos de
excelência acadêmica e em plena atividade intelectual. Atualmente estava trabalhando em um
livro sobre o poder econômico de China e Vietnã, chamado "How China Became Capitalist."
É
dele o famoso “teorema de Coase”: a preposição de que, se os agentes econômicos
privados puderem negociar sem custo a alocação de recursos, poderão resolver
por si sós o problema das externalidades.
Em
1991 recebeu o Nobel de Economia pela sua descoberta e clarificação da
importância dos custos de transação e direitos de propriedade para a estrutura
institucional e o funcionamento da economia.
domingo, 28 de outubro de 2012
O lado pop do Nobel.
Da série: minhas leituras - 3:
"Em A RIQUEZA DAS NAÇÕES, lançado em 1776, ADAM SMITH defendeu, entre outras coisas, a livre concorrência entre os empresários como forma de garantir preços mais justos e a inovação tecnológica. Desde a publicação da obra-prima de SMITH, a população mundial saltou de 1 bilhão para 7 bilhões de habitantes, houve duas grandes guerras mundiais, o surgimento e a derrocada do comunismo e a invenção dos computadores. Com toda essa evolução, é natural esperar que o estudo da economia também esteja se redescobrindo a cada dia. O mais incrível, talvez, seja o fato de SMITH continuar tão atual. Foi ele quem mostrou a utilidade e o dinamismo da economia de mercado e por que - e, em particular, como - esse dinamismo operava. Por mais pop que seja, o Nobel continua tão ortodoxo como sempre".
Fonte: Revista EXAME.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Nobel em Economia 2012.
The Sveriges Riksbank Prize in Economic Sciences in Memory of Alfred Nobel 2012 was awarded jointly to Alvin E. Roth and Lloyd S. Shapley "for the theory of stable allocations and the practice of market design"
sábado, 22 de setembro de 2012
Nobel de Economia de 2012.
Dia 15 de outubro próximo será anunciado o Prêmio de Ciências Econômicas, mais conhecido como o Prêmio Nobel de Economia. No site da Reuters, os "favoritos" para Economia são:
Sir Anthony B. Atkinson
Research Professor, Department of Economics
Oxford University,
Oxford, England U.K.
For studies of income inequality and contributions to
welfare state and public sector economics
-and-
Angus S. Deaton
Dwight D. Eisenhower Professor of International
Affairs and Professor of Economics and International Affairs
Woodrow Wilson School
Princeton University
Princeton, New Jersey, USA
For empirical research on consumption, income and
savings, poverty and health, and well-being.
Stephen A. Ross
Franco Modigliani Professor of Financial Economics and
Professor of Finance
The MIT Sloan School of Management
Massachusetts Institute of Technology
Cambridge, Massachusetts, USA
For his arbitrage pricing theory and other fundamental
contributions to finance.
Robert J. Shiller
Arthur M. Okun Professor of Economics
Cowles Foundation for Research in Economics and
Professor of Finance
The International Center for Finance
Yale University
New Haven, Connecticut, USA
For pioneering contributions to financial market
volatility and the dynamics of asset prices.
Abaixo, relação com o nome de todos os premiados desde a criação do prêmio em 1969.
Thomas J. Sargent, Christopher A. Sims
2010
Peter A. Diamond, Dale T. Mortensen, Christopher A. Pissarides
Peter A. Diamond, Dale T. Mortensen, Christopher A. Pissarides
2009
Elinor Ostrom, Oliver E. Williamson
Elinor Ostrom, Oliver E. Williamson
2008
Paul Krugman
Paul Krugman
2007
Leonid Hurwicz, Eric S. Maskin, Roger B. Myerson
Leonid Hurwicz, Eric S. Maskin, Roger B. Myerson
2006
Edmund S. Phelps
Edmund S. Phelps
2005
Robert J. Aumann, Thomas C. Schelling
Robert J. Aumann, Thomas C. Schelling
2004
Finn E. Kydland, Edward C. Prescott
Finn E. Kydland, Edward C. Prescott
2003
Robert F. Engle III, Clive W.J. Granger
Robert F. Engle III, Clive W.J. Granger
2002
Daniel Kahneman, Vernon L. Smith
Daniel Kahneman, Vernon L. Smith
2001
George A. Akerlof, A. Michael Spence, Joseph E. Stiglitz
George A. Akerlof, A. Michael Spence, Joseph E. Stiglitz
2000
James J. Heckman, Daniel L. McFadden
James J. Heckman, Daniel L. McFadden
1999
Robert A. Mundell
Robert A. Mundell
1998
Amartya Sen
Amartya Sen
1997
Robert C. Merton, Myron S. Scholes
Robert C. Merton, Myron S. Scholes
1996
James A. Mirrlees, William Vickrey
James A. Mirrlees, William Vickrey
1995
Robert E. Lucas Jr.
Robert E. Lucas Jr.
1994
John C. Harsanyi, John F. Nash Jr., Reinhard Selten
John C. Harsanyi, John F. Nash Jr., Reinhard Selten
1993
Robert W. Fogel, Douglass C. North
Robert W. Fogel, Douglass C. North
1992
Gary S. Becker
Gary S. Becker
1991
Ronald H. Coase
Ronald H. Coase
1990
Harry M. Markowitz, Merton H. Miller, William F. Sharpe
Harry M. Markowitz, Merton H. Miller, William F. Sharpe
1989
Trygve Haavelmo
Trygve Haavelmo
1988
Maurice Allais
Maurice Allais
1987
Robert M. Solow
Robert M. Solow
1986
James M. Buchanan Jr.
James M. Buchanan Jr.
1985
Franco Modigliani
Franco Modigliani
1984
Richard Stone
Richard Stone
1983
Gerard Debreu
Gerard Debreu
1982
George J. Stigler
George J. Stigler
1981
James Tobin
James Tobin
1980
Lawrence R. Klein
Lawrence R. Klein
1979
Theodore W. Schultz, Sir Arthur Lewis
Theodore W. Schultz, Sir Arthur Lewis
1978
Herbert A. Simon
Herbert A. Simon
1977
Bertil Ohlin, James E. Meade
Bertil Ohlin, James E. Meade
1976
Milton Friedman
Milton Friedman
1975
Leonid Vitaliyevich Kantorovich, Tjalling C. Koopmans
Leonid Vitaliyevich Kantorovich, Tjalling C. Koopmans
1974
Gunnar Myrdal, Friedrich August von Hayek
Gunnar Myrdal, Friedrich August von Hayek
1973
Wassily Leontief
Wassily Leontief
1972
John R. Hicks, Kenneth J. Arrow
John R. Hicks, Kenneth J. Arrow
1971
Simon Kuznets
Simon Kuznets
1970
Paul A. Samuelson
Paul A. Samuelson
1969
Ragnar Frisch, Jan Tinbergen
Ragnar Frisch, Jan Tinbergen
sexta-feira, 2 de março de 2012
Nobel de Economia visitará o Brasil.
Leio na FOLHA DE S. PAULO que o economista
indiano e ganhador do Prêmio Nobel em 1998 Amartya Sen participará do ciclo
Fronteiras do Pensamento. Em sua palestra, no dia 23/4, às 20h30, na Sala São
Paulo (pça. Júlio Prestes, 16, centro), Sen vai abordar os caminhos
possíveis para uma sociedade mais justa. Os ingressos para o ciclo estarão
à venda a partir de 6/3, em www.ingressorapido.com.br.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Entrevista com o Nobel Michael Spence.
Na FOLHA de hoje, entrevista com Michael Spence, Nobel
de economia americano.
Para
o economista americano Michael Spence, ganhador do Nobel em 2001, o discurso de
que a China rouba empregos dos outros países não faz sentido. Para ele, a
atração de mão de obra barata não é boa estratégia econômica.
Spence
ainda afirma que o país asiático está prestes a deixar de ser a fábrica barata
do mundo. Segundo ele, a tendência é que outros emergentes, em fases anteriores
de desenvolvimento, assumam esse papel, conforme já aconteceu com outros
centros manufatureiros nas décadas passadas.
O
especialista também argumenta que os países emergentes estão mais ricos e mais
conectados uns com os outros e que tendem a se desassociar da crise na Europa.
Ele
diz que o Brasil pode sustentar seu crescimento econômico, mas deve ficar
atento à diversificação da economia.
Folha
- A crise econômica de 2008 se espalhou rapidamente em todo o mundo e terminou
de forma relativamente rápida em países como o Brasil. O sr. acha que a crise
atual será mais longa?
Michael
Spence - A crise tinha uma história de alavancagem excessiva, desequilíbrios e
problemas estruturais. A crise atual é em parte uma extensão das mesmas
questões. Se a Europa avançar, será menos grave. Haverá apenas um período longo
e difícil de ajustamento estrutural para restaurar padrões sustentáveis de
crescimento e emprego. Mas outro cenário é uma grande recessão na Europa
causada por uma incapacidade de lidar com as questões da zona do euro. Nesse
segundo cenário, a crise será dura e de longo prazo.
Qual
é o caminho para evitar esse cenário mais duro?
Não
existe maneira de certamente eliminar os riscos do cenário pessimista. Se a
Grécia eventualmente sair, criará riscos de contágio. Mas o fator principal
para controlar o risco é conduzir reformas bem-sucedidas na Itália e na
Espanha. E ter a Alemanha e o Banco Central Europeu de volta para estabilizar
bancos e dívidas dos governos, com o FMI (o que significa o resto do mundo)
apoiando. As reformas institucionais para a disciplina fiscal também têm que
prosperar. Se todas essas coisas funcionarem, o risco permanece em nível
controlável. Mas devo dizer que haverá retração econômica por um ano ou dois,
mesmo no cenário mais positivo.
O
senhor vê a possibilidade de diminuição no número de países que compõem a zona
do euro?
Definitivamente
sim. Os líderes estão tentando evitar esse desfecho, mas eu não acho que seja
sábio. Nem é bom para Grécia e provavelmente tampouco para Portugal. Uma zona
do euro menor e mais homogênea poderia ser um bom resultado. Ela poderia se
expandir depois. Mas realmente eles têm que elaborar um mecanismo de ajuste
para quando os países deixam de ser competitivos e têm problemas de
produtividade. Ninguém tem uma boa resposta para essas questões ainda.
O
senhor acha que os países emergentes vão repetir o desempenho que tiveram na
crise passada, quando mantiveram a demanda por commodities e garantiram algum
crescimento global?
Há
desaceleração nas economias emergentes, mas é relativamente leve até agora. Deve
haver uma espécie de repetição do desempenho pós-2008, desde que a Europa
avance.
Os
fatores que garantiram o crescimento de países como China, Índia e Brasil podem
ser sustentados agora? E por quanto tempo?
Indefinidamente.
São países saudáveis fiscalmente e geridos de forma eficaz do ponto de vista
macroeconômico. Eles estão mais ricos, maiores e negociam muito uns com os
outros. Estão parcialmente dissociados [da crise], embora não completamente.
Ainda dependem de uma quantidade substancial de demanda agregada dos países
avançados. O grau de dissociação irá aumentar gradualmente ao longo do tempo.
De
que maneira o grau de dissociação aumentará? E caso a Europa não avance e o
impasse político impeça a resolução dos problemas econômicos, quais seriam as
principais formas de contágio para os emergentes?
Existem
dois canais. Um é a economia real. Se a economia decresce, cai a demanda por
importações, com consequências para os emergentes. O impacto varia entre os
diferentes países porque eles sentem de modo diverso os movimentos de preço das
commodities e a demanda por serviços (no caso da Índia). O segundo canal é o
financeiro. Os mercados emergentes estão voláteis agora com a combinação de
riscos domésticos e globais. Essa volatilidade tornará empresários e
consumidores mais cautelosos, o que pode reduzir a demanda doméstica. Tendo
dito isso, o nível de dissociação continua aumentando. Só não está completo.
Há
rankings em que o Brasil aparece como a sexta maior economia do mundo. Como o
senhor analisa a trajetória de crescimento do país?
A
trajetória de crescimento do Brasil é excelente. A inclusão está aumentando e
ajudando a sustentar o crescimento e a reduzir a desigualdade de renda. É um
padrão sustentável. A gestão macroeconômica é muito boa. É preciso cuidado para
não permitir que o aumento do preço das commodities, que beneficiou o Brasil,
cause uma redução no padrão de diversificação da economia e reduza as
oportunidades de emprego. Um fundo soberano bem administrado seria uma boa
ideia, eu acho.
No
discurso do Estado da União [em que anualmente o presidente americano presta
contas ao Congresso], Barack Obama pediu a empresários para trazerem de volta
os empregos que haviam deslocado para a China. Esse tipo de apelo é eficaz?
Não
faz sentido trazer empregos de baixo valor agregado da China ou de outros
países em desenvolvimento. O que podemos fazer é competir em empregos de maior
valor agregado -mas não nos empregos muito tops, em que vamos bem de qualquer
forma. Os modelos deveriam ser mais a Alemanha, o Japão e a Coreia do Sul.
A
base para atrair empresas para a China tem sido a mão de obra barata. Essa
situação persistirá?
Isso
está prestes a mudar, tal como aconteceu na Coreia do Sul e no Japão no passado.
A China irá se mover para rendimentos mais elevados e o trabalho intensivo nas
manufaturas irá migrar para emergentes em fases anteriores de desenvolvimento.
A
migração já começou? Para onde?
Começou,
por exemplo, para o Vietnã, Bangladesh e para a Índia em alguma medida. Isso
não é novo. A Coreia costumava fabricar sapatos e vestuário nos anos 1980 e
1990 e isso migrou para Vietnã, China, Indonésia etc. Hong Kong costumava
fabricar vestuário e houve mudança para Cingapura e outros países.
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