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sábado, 3 de julho de 2010

CRESCIMENTO COM RESPONSABILIDADE.

Um artigo do Nobel Paul Krugman publicado recentemente no The New York Times traz um sério alerta para a situação atual em que diversos governos, a título de combaterem a crise econômica de 2008, estão gastando acima do que podem. Com o “A Terceira Depressão”, o autor registra que “os governos estão obcecados com a inflação, quando a verdadeira ameaça é a deflação. Além do que ao invés dos governos apertarem os cintos, para ele o problema são os gastos inadequados”.

Esse tipo de problema de déficit público, que já vem trazendo muitos sacrifícios aos governos da União Européia, notadamente Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Hungria, Holanda, também vem preocupando o mainstream econômico brasileiro. E não é por acaso ou devido à escolha de um novo presidente da república nos próximos meses. Na realidade, o que já vem acontecendo na Europa, será o nosso breve futuro, evidentemente caso o governo brasileiro continue a gastar mais do que arrecada.

Nesse viés populista que o governo brasileiro realiza visando beneficiar parte da população sem renda, a conta será cobrada rapidamente, pois “Não existe almoço grátis”, como Friedman deve ter falado. Os últimos dados registram que enquanto as receitas governamentais aumentam na faixa de 18% ao ano, os gastos passam dos 20%. Como será coberto este rombo, sem, por exemplo, um aumento na carga tributária do brasileiro, hoje por volta de 36% do PIB, certamente a mais elevada dos países em desenvolvimento?

Segundo a Consultoria Tendências, a dívida do setor público que era por volta de 52% do PIB em 2000, atingirá o valor de R$ 2,2 trilhões até o final deste ano, correspondente a 64% do PIB. Apesar de ter sido sancionada no ano 2000, época do governo de Fernando Henrique Cardoso, uma Lei de Responsabilidade Fiscal que tem o objetivo básico de controlar os gastos dos gestores públicos, no atual governo, principalmente com o pretexto que os gastos são necessários para enfrentar a crise de 2008 como acontece em diversos países, o descontrole das contas públicas coloca em risco a estabilidade macroeconômica alcançada e prejudicará o vencedor das eleições de outubro próximo.

Delfim Netto, um dos mais competentes economistas brasileiros, em recente artigo publicado na Folha de S. Paulo, cita que “a nossa situação ainda está sob controle, mas é cada vez mais evidente que lentamente se acumulam compromissos de despesas permanentes cujo pagamento depende do crescimento permanente da receita, o que não pode ser garantido. Trata-se de uma imprudência que põe em risco a própria estabilidade econômica.” Isso é bastante preocupante, até porque o experiente colega é um dos mais próximos consultores do governo.

Diante disso ou o governo aperta o cinto conforme recomenda Krugman, cortando gastos onde são absolutamente desnecessários, adiando projetos para tempos melhores ou congelando os salários em áreas onde os sindicatos são aliados do governo, ou a situação levará o país a uma crise econômica, onde novamente não teremos um crescimento sustentável do PIB, mas apenas mais um vôo de galinha.

CRESCIMENTO COM RESPONSABILIDADE.

Um artigo do Nobel Paul Krugman publicado recentemente no The New York Times traz um sério alerta para a situação atual em que diversos governos, a título de combaterem a crise econômica de 2008, estão gastando acima do que podem. Com o “A Terceira Depressão”, o autor registra que “os governos estão obcecados com a inflação, quando a verdadeira ameaça é a deflação. Além do que ao invés dos governos apertarem os cintos, para ele o problema são os gastos inadequados”.

Esse tipo de problema de déficit público, que já vem trazendo muitos sacrifícios aos governos da União Européia, notadamente Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Hungria, Holanda, também vem preocupando o mainstream econômico brasileiro. E não é por acaso ou devido à escolha de um novo presidente da república nos próximos meses. Na realidade, o que já vem acontecendo na Europa, será o nosso breve futuro, evidentemente caso o governo brasileiro continue a gastar mais do que arrecada.

Nesse viés populista que o governo brasileiro realiza visando beneficiar parte da população sem renda, a conta será cobrada rapidamente, pois “Não existe almoço grátis”, como Friedman deve ter falado. Os últimos dados registram que enquanto as receitas governamentais aumentam na faixa de 18% ao ano, os gastos passam dos 20%. Como será coberto este rombo, sem, por exemplo, um aumento na carga tributária do brasileiro, hoje por volta de 36% do PIB, certamente a mais elevada dos países em desenvolvimento?

Segundo a Consultoria Tendências, a dívida do setor público que era por volta de 52% do PIB em 2000, atingirá o valor de R$ 2,2 trilhões até o final deste ano, correspondente a 64% do PIB. Apesar de ter sido sancionada no ano 2000, época do governo de Fernando Henrique Cardoso, uma Lei de Responsabilidade Fiscal que tem o objetivo básico de controlar os gastos dos gestores públicos, no atual governo, principalmente com o pretexto que os gastos são necessários para enfrentar a crise de 2008 como acontece em diversos países, o descontrole das contas públicas coloca em risco a estabilidade macroeconômica alcançada e prejudicará o vencedor das eleições de outubro próximo.

Delfim Netto, um dos mais competentes economistas brasileiros, em recente artigo publicado na Folha de S. Paulo, cita que “a nossa situação ainda está sob controle, mas é cada vez mais evidente que lentamente se acumulam compromissos de despesas permanentes cujo pagamento depende do crescimento permanente da receita, o que não pode ser garantido. Trata-se de uma imprudência que põe em risco a própria estabilidade econômica.” Isso é bastante preocupante, até porque o experiente colega é um dos mais próximos consultores do governo.

Diante disso ou o governo aperta o cinto conforme recomenda Krugman, cortando gastos onde são absolutamente desnecessários, adiando projetos para tempos melhores ou congelando os salários em áreas onde os sindicatos são aliados do governo, ou a situação levará o país a uma crise econômica, onde novamente não teremos um crescimento sustentável do PIB, mas apenas mais um vôo de galinha.

sábado, 26 de junho de 2010

DÁ PARA CONFIAR NA CHINA?

O Nobel PAUL KRUGMAN, publicado nesta data na FOLHA DE S. PAULO, avisa que com a flexibilização do Yuan, A CHINA ESTÁ SÓ ENROLANDO O RESTO DO MUNDO.

No último fim de semana, a China anunciou uma mudança em sua política monetária, uma medida visando claramente evitar a pressão dos Estados Unidos e de outros países no encontro de cúpula do G20 neste fim de semana. Infelizmente, a nova política não trata da questão real, que é o fato da China estar promovendo suas exportações em detrimento do restante do mundo.

Na verdade, longe de representar um passo na direção certa, o anúncio chinês foi um exercício de má fé –uma tentativa de explorar o comedimento americano. Para manter a temperatura retórica baixa, o governo Obama tem usado linguagem diplomática em seus esforços para persuadir o governo chinês a por um fim ao seu mau comportamento. Agora os chineses responderam fazendo uso da mesma forma de linguagem americana para evitar lidar com a essência das queixas americanas. Resumindo, eles estão jogando.

Para entender o que está acontecendo, nós precisamos voltar aos elementos básicos da situação.

A política cambial da China não é nem complicada e nem sem precedente, exceto em sua escala. É um exemplo clássico de um governo desvalorizando artificialmente sua moeda frente às moedas estrangeiras, vendendo sua própria moeda e comprando moeda estrangeira. Esta política é especialmente eficaz no caso da China, porque há restrições legais à entrada e saída de fundos do país, permitindo que a intervenção do governo domine o mercado de moeda.

E a prova de que a China está de fato mantendo o valor de sua moeda, o yuan, artificialmente baixo é precisamente o fato do banco central estar acumulando tantos dólares, euros e outros ativos estrangeiros –no valor de mais de US$ 2 trilhões até o momento. Há todo tipo de cálculos visando mostrar que o yuan não está realmente desvalorizado, ou pelo menos não tanto. Mas se o yuan não está profundamente desvalorizado, por que a China precisa comprar cerca de US$ 1 bilhão por dia de moeda estrangeira para impedi-lo de valorizar?

O efeito dessa desvalorização da moeda é duplo: ele torna os produtos chineses artificialmente baratos para os estrangeiros, enquanto torna os produtos estrangeiros artificialmente caros para os chineses. Isto é, é como se a China estivesse simultaneamente subsidiando suas exportações e impondo sobretaxas protetoras aos importados.

Essa política é muito danosa em um momento em que a economia mundial permanece profundamente deprimida. Em tempos normais, seria possível que as compras pelos chineses de títulos americanos, apesar de distorcerem o comércio, ao menos nos forneciam um crédito barato –e era possível argumentar que não era culpa da China nós termos utilizado esse crédito para inflar uma vasta e destrutiva bolha imobiliária. Mas no momento nós estamos repletos de crédito barato; o que falta é demanda suficiente dos bens e serviços capazes de gerar os empregos que precisamos. E a China, ao manter um superávit comercial artificial, está agravando esse problema.

A propósito, isso não significa que a China ganha com sua política monetária. O yuan desvalorizado é bom para empresas exportadoras politicamente influentes. Mas essas empresas acumulam dinheiro em vez de repassarem os benefícios para seus funcionários, daí a recente onda de greves. Enquanto isso, o yuan fraco cria pressões inflacionárias e desvia uma parte imensa da renda nacional da China para a compra de ativos estrangeiros com uma taxa de rendimento muito baixa.

Então, onde o anúncio de política da semana passada se encaixa nisso tudo? Bem, a China permitiu a valorização do yuan –mas apenas um pouco. Até quinta-feira, a moeda estava aproximadamente apenas meio ponto percentual mais alta do que o nível anterior ao anúncio. E todos os indícios são de que observar a futura movimentação do yuan será como assistir pintura secar: as autoridades chinesas ainda estão fazendo declarações negando que um aumento de sua moeda fará algo para reduzir os desequilíbrios comerciais, e os preços no mercado futuro, no qual os corretores negociam os valores das moedas em vários pontos no futuro, sugerem um aumento de apenas aproximadamente 2% no yuan no final deste ano. Isso é basicamente uma piada.

O que os chineses fizeram, eles alegam, foi aumentar a “flexibilidade” de sua taxa de câmbio: ela está se deslocando mais diariamente do que no passado, às vezes para cima, às vezes para baixo.

É claro, os autores de políticas chineses sabem muito bem que apesar das autoridades americanas terem de fato pedido por uma maior flexibilidade cambial, isso foi apenas um eufemismo diplomático para o que os Estados Unidos, e o mundo, desejam (e têm o direito de exigir): um yuan muito mais forte. Permitir que a moeda valorize ou desvalorize ligeiramente não faz nenhuma diferença para os fundamentos.

E o que acontecerá a seguir? O governo da China está claramente tentando nos enrolar, adiando uma ação até que algo –é difícil dizer o quê– aconteça.

Isso não é aceitável. A China precisa parar de nos enganar e promover uma mudança real. E caso ela se recuse, então é hora de falarmos sobre sanções comerciais.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

AMÉRICA: FINALMENTE, UMA LUZ!

After more than two years in which over 8 million jobs were lost, the country’s nonfarm payrolls surged in March. Employers added 162,000 jobs last month, and employment numbers in the previous two months were revised upward. Nationwide, the unemployment rate held steady at 9.7 percent. To many ordinary, out-of-work Americans, the recovery may finally start to feel real.

Speaking in Charlotte, N.C., President Obama called Friday’s report “the best news we’ve seen on the job front in more than two years.”

domingo, 28 de março de 2010

CHINA COMPRA UNIDADE DA FORD!

Para quem pensa que desconheço o poder $$$ da CHINA, está lá no The New York Times de hoje que “Ford Motor reached an agreement on Sunday to sell its Volvo subsidiary to a Chinese conglomerate, in the clearest confirmation yet of China’s global ambitions in the auto industry. Zhejiang Geely Holding Group, based in Hangzhou, agreed to pay $1.8 billion for Volvo, with $1.6 billion in cash and the rest in a note payable to Ford. The sale of one of Europe’s most storied brands shows how China has emerged not just as the world’s largest auto market in the past year, but also as a country determined to capture market share around the globe. Zhejiang Geely said it planned to retain production of Volvo cars in Sweden, but it is expected to build another assembly plant for them in China, most likely near Beijing or Shanghai. Ford already builds small numbers of Volvos for the Chinese market at an assembly plant in Chongqing. Most of the vehicles output at that factory are Fords and Mazdas for sale in China.”

De qualquer maneira continuo acreditando que a vermelha CHINA já é praticante de uma espécie de “capitalismo vermelho” que substituiu o "velho socialismo", mas que sem liberdade, nunca será uma DEMOCRACIA.

segunda-feira, 8 de março de 2010

ESQUERDISMO DE PROFESSORES?

Está matéria saiu na FOLHA DE S. PAULO de hoje, mas foi publicada originalmente no The New York Times. Apesar de tratar do assunto na visão americana, acredito que a sua leitura também contempla a nossa realidade, além de ser uma pesquisa com o rigor da econometria, o que não se tinha tentado antes. Com vocês, ESTUDO DESVENDA “ESQUERDISMO” DE PROFESSORES.

Já se tentou justificar de diversas maneiras o viés de esquerda dos professores universitários dos EUA, com explicações que vão desde viés, puro e simples, a QIs mais altos. Uma nova pesquisa sugere que os críticos talvez tenham formulado a pergunta errada. Em vez de indagar o porquê de a maioria dos professores universitários ser de esquerda, deveriam perguntar por que tantos esquerdistas querem ser professores universitários. Dois sociólogos acham que podem ter encontrado a resposta: os papéis, ou profissões, de cada pessoa seriam escolhidos por ela segundo sua personalidade ou preferências. Basta pensar na imagem clássica de um professor de letras, filosofia ou ciências sociais, campos em que a assimetria é mais forte: casaco de tweed, ar de nerd, ateu - e de esquerda. Mesmo que isso seja um estereótipo antiquado, ele influi nas ideias que os jovens têm sobre escolha profissional. Empregos ou profissões podem ser enquadrados em estereótipos diferentes, disseram Neil Gross e Ethan Foss, os autores do estudo. Eles citaram, por exemplo, a proporção baixa de enfermeiros, comparados às enfermeiras. A razão principal da disparidade é que a maioria das pessoas vê a enfermagem como profissão feminina, disse Gross. A enfermagem sofre o efeito do que os sociólogos chamam de "estereotipagem de gênero". Para Gross, "professores universitários e vários outros profissionais são alvos de estereotipagem política". Jornalismo, artes, carreiras da área social e terapia são dominados por pessoas de viés esquerdista; policiamento, agricultura, odontologia, medicina e carreiras militares atraem mais conservadores nos EUA. "Esse tipo de reputação afeta as aspirações profissionais das pessoas", acrescentou o sociólogo. A profissão acadêmica "ganhou uma reputação tão forte de viés esquerdista e secularismo que, nos últimos 35 anos, poucos estudantes que são conservadores políticos ou religiosos, mas muitos que são seculares e de esquerda, desenvolveram a aspiração de se tornarem professores universitários", escrevem os dois autores. Essa máxima se aplica especialmente ao campo deles, a sociologia, que acabou associada "ao estudo da raça, classe social e desigualdade de gêneros - um conjunto de preocupações que é importante especialmente para as pessoas de esquerda". O que distingue a pesquisa de Gross e Fosse de muito do burburinho que cerca esse tema é a metodologia. Enquanto a maioria dos argumentos apresentados até hoje se baseou sobretudo em relatos pessoais, esse é um dos únicos estudos a utilizar dados da Pesquisa Social Geral de opiniões e comportamentos sociais e a comparar os professores ao resto da população americana. Gross e Fosse vincularam esses resultados empíricos à questão mais ampla do porquê de algumas ocupações -assim como alguns grupos étnicos ou algumas religiões- se caracterizarem por um viés político evidente. Usando uma técnica econométrica, eles testaram quais das teorias mencionadas com frequência eram substanciadas por provas, e quais não eram. Descobriu-se que a discriminação intencional, uma das acusações mais frequentes feitas por conservadores, não exerce um papel significativo. Claro que a estereotipagem não é a única causa do viés esquerdista. As características que definem a orientação política de cada um também estão presentes. Quase a metade da assimetria política presente no mundo acadêmico pode ser atribuída a quatro características compartilhadas pelos esquerdistas em geral, e pelos professores universitários em particular: alto grau de instrução; posição religiosa não conservadora, tolerância declarada por ideias controversas e disparidade entre grau de instrução e renda. A tendência das pessoas que estão em qualquer instituição ou organização de tentarem enquadrar-se nela também reforça a assimetria política. Em uma coletânea de ensaios publicada pelo grupo conservador American Enterprise Institute, o economista Daniel B. Klein, da Universidade George Mason, e a socióloga sueca Charlotta Stern argumentam que, quando se trata de contratar profissionais, "a maioria das pessoas tende a preferir a candidatos semelhantes a elas em matéria de crenças, valores e engajamentos". Para Gross, acusações sobre viés e lavagem cerebral de estudantes são contraproducentes. "O irônico é que, quanto mais conservadores se queixam do esquerdismo da academia, é mais provável que a academia continue a representar um reduto do pensamento de esquerda."

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...