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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Capitalismo.

Leio hoje na FOLHA artigo do Professor Delfim Netto elogiando a mais nova sensação do mundo econômico nos últimos dias: o livro do Thomas Piketty. 

A Folha prestou mais um grande serviço traduzindo e publicando na semana passada (26/4) longa e excelente resenha assinada por um competente provocador, o economista Paul Krugman, de um livro destinado a ser um clássico. Trata-se de "Le Capital au XXIe Siècle" (o capital no século 21), de Thomas Piketty, agora traduzido para o inglês. Krugman acredita que ele vai mudar duas coisas: como pensamos a sociedade e como fazemos teoria econômica.

Piketty está nos EUA, numa espécie de "road show" de seu livro, em que expõe a indecente e quase inacreditável concentração da renda e da riqueza do 1% (e do 0,1%) dos americanos mais ricos. Num auditório lotado, foi sabatinado e aplaudido por dois Prêmios Nobel: Joseph Stiglitz e o próprio Krugman. Como de costume, a esquerda apressada viu nisso o espectro de Marx, e a direita retardada, apenas o resultado do mérito!

Os números de Piketty sugerem que o "capitalismo competitivo" está dando lugar a um "capitalismo patrimonialista". É importante insistir que ele rejeita toda grande história com suas leis determinísticas. A concentração da renda é, basicamente, resultado de decisões do sistema político. Em palavras que não são de Piketty, o processo civilizatório depende de um jogo paciente e dialético entre duas instituições fundamentais: a urna (em que cada cidadão tem apenas o seu voto) e o mercado (no qual cada cidadão tem votos proporcionais à sua riqueza), que exige que elas sejam independentes entre si, o que não é um problema trivial. Se o mercado se apropria da urna, o processo civilizatório entra em estagnação ou em regressão. Se a urna se apropria do mercado, temos o populismo, que termina no autoritarismo.

Nos EUA, Piketty afirmou: "Acredito na propriedade privada, mas o capitalismo e o mercado devem ser escravos da democracia, e não o oposto". Ao contrário do que pensam alguns economistas, o amadurecimento do capitalismo não leva, necessariamente, à maior igualdade ou à maior liberdade de iniciativa, duas componentes essenciais do processo civilizatório.

Não é trivial porque o controle político tem, por natureza, de procurar sua perpetuação e reprodução. Estamos diante de um problema que só pode ser resolvido por uma profunda reforma institucional. Por exemplo, o Senado, que é mais facilmente capturado pelo "mercado", deve ter apenas o poder revisor para equilibrar a Federação. O senador não deve ter iniciativa legislativa e, muito menos, suplente. E o deputado deve ser escolhido por uma forma de eleição distrital, para que o custo de campanha seja muito menor e visível aos eleitores.


Esperemos que alguma editora enfrente a tarefa de traduzir e publicar o livro de Piketty.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Qual é o seu FOCO?


Recomendo a todos o excelente FOCO – A atenção e seu papel fundamental para o sucesso, do Daniel Goleman, o famoso autor de Inteligência emocional. São apenas 294 páginas de uma ótima leitura, que faz o leitor realmente sentir-se envolvido durante todo o texto. Já tinha lido na Veja, Exame e Você S/A boas resenhas sobre o livro, o que apenas confirmei após a leitura.       

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Minha liberdade é escrever.

Quando a liberdade de expressão está em jogo, este blog permanece ao lado da LIBERDADE. 

Caro Caetano,

Nos EUA, quando eu era menino, havia uma campanha para prevenir acidentes na estrada. O slogan rezava: "Amigos não deixam amigos bêbados dirigir". Lembrei disso ao ler suas declarações e as de Paula Lavigne sobre biografias no Brasil. Fiquei tão chocado que me sinto obrigado a lhe dizer: amigo, pelo amor de Deus, não dirija.

Nós nos conhecemos há muitos anos, desde que ajudei a editar seu "Verdade Tropical" nos EUA. Depois, você foi maravilhoso quando lancei no Brasil a minha biografia de Clarice Lispector, escrevendo artigos e ajudando com o alcance que só você possui. Admiro você, de todo o meu coração.

E é como amigo e também biógrafo que te escrevo hoje. Sei que você sabe da importância de biografias para a divulgação de obras e a preservação da memória; e sei que você sabe quão onerosos são os obstáculos à difusão da cultura brasileira dentro do próprio Brasil, sem falar do exterior.

Fico constrangido em dizer que achei as declarações suas e da Paula, exigindo censura prévia de biografias, escandalosas, indignas de uma pessoa que tanto tem dado para a cultura do Brasil. Para o bem dessa mesma cultura, preciso dizer por quê.

Primeiro, achei esquisitíssimo músicos dizerem que biógrafos querem ficar com "fortunas". Caetano, como dizem no Brasil: fala sério. Ofereço o meu exemplo. A biografia de Clarice ficou nas listas de mais vendidos em todo o Brasil.

Mas, para chegar lá, o que foi preciso? Andei por cinco anos pela Ucrânia, pela Europa, pelos EUA, pesquisando nos arquivos e fazendo 257 entrevistas. Comprei centenas de livros. Visitei o Brasil 12 vezes.

Fiquei contente com as vendas, mas você acha que fiquei rico, depois de cinco anos de tais despesas? Faça o cálculo. A única coisa que ganhei foi a satisfação de ver o meu trabalho ajudar a pôr Clarice Lispector no lugar que merece.

Tive várias vantagens desde o início. Tive o apoio da família da Clarice. Publico em língua inglesa, em outro país. Tenho a sorte de ter dinheiro próprio. Imagine quantos escritores no Brasil reúnem essas condições: ninguém.

Mas a minha maior vantagem foi simplesmente ignorância.

Não fazia ideia das condições em que trabalham escritores e jornalistas brasileiros. Não sabia quanto não se pode dizer, num clima de medo que lembra a época de Machado de Assis, em que nada podia ofender a "Corte".

Aprendi, por exemplo, que era considerado "corajoso" escrever uma coisa que todo mundo no Brasil sabe há quase um século, que Mário de Andrade era gay. Aprendi que era até inusitado chamar uma cadeira de Sergio Bernardes de feia.

Aprendi o quanto ganham escritores, jornalistas e editores no Brasil, e quanto os seus empregos são inseguros, e como são amedrontados por ações jurídicas, como essas com que a Paula, tão bregamente, anda ameaçando.

É um tipo de censura que você talvez não reconheça por não ser a de sua época. Não obriga artistas a deixarem o país, não manda policiais aos teatros para bater nos atores. Mas que é censura, é. E muito mais eficaz do que a que existia na ditadura. Naquela época, as obras eram censuradas, mas existiam. Hoje, nem chegam a existir.

Você já parou para pensar em quantas biografias o Brasil não tem? Para só falarmos da área literária, as biografias de Mário de Andrade, de João Guimarães Rosa, de Cecília Meirelles, cadê? Onde é que ficou Manuel Bandeira, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre? Você nunca se perguntou por que nunca foram feitas?

Eu queria fazer. Mas não vou. Porque o clima no Brasil, financeiro e jurídico, torna esses empreendimentos quase impossíveis. Quantos escritores brasileiros estão impedidos de escrever sobre a história do seu país, justamente por atitudes como as suas?

Por isso, também, essas declarações, de que o biógrafo faz isso só por amor ao lucro, ficam tão pouco elegantes na boca de Paula Lavigne. Toda a discussão fica em torno de nossas supostas "fortunas".

Você sabe que no Brasil existem leis contra a difamação; que um biógrafo, quando cita uma obra ainda com "copyright", tem obrigação de pagar para tal uso. Não é diferente de você cantar uma música de Roberto Carlos. Essas proteções já existem, podem ser melhoradas, talvez. Mas estamos falando de uma coisa bem diferente da coisa que você está defendendo.

De qualquer forma, essas obsessões com "fortunas" alheias fazem parte do Brasil do qual eu menos gosto. Une a tradicional inveja do vizinho com a moderna ênfase em dinheiro que transformou um livro, um disco, uma pintura em "produto cultural".

Não é questão de dinheiro, Caetano. A questão é: que tipo de país você quer deixar para os seus filhos? Minha biografia foi elogiosa, porque acredito na grandeza de Clarice. Mas liberdade de expressão não existe para proteger elogios. Disso, todo mundo gosta. A diferença entre o jornalismo e a propaganda é que o jornalismo é crítico. Não existe só para difundir as opiniões dos mais poderosos. E essa liberdade ou é absoluta, ou não existe.

Imagino, e compreendo, que você pense que está defendendo o direito dos artistas à vida privada. Mas quem vai julgar quem é artista, o que é vida privada e o que é vida pública, sobre quem, e sobre o que se pode escrever e sobre quem e, sobre quem não? Você escreve em jornal, você, como o artista deve fazer, tem se metido no debate público. José Sarney, imortal da Academia Brasileira das Letras, escreve romances. Deve ser interditada também qualquer obra crítica sobre ele, sem autorização prévia?

Não pense, Caetano, que o seu passado de censurado e de exilado o proteja de você se converter em outra coisa. Lembre que o Sarney, quando foi eleito governador do Maranhão, chegou numa onda de aprovação da esquerda. Glauber Rocha, também amigo seu, foi lá filmar aquela nova aurora.

Não seja um velho coronel, Caetano. Volte para o lado do bem. Um abraçaço do seu amigo,

Benjamin Moser


Benjamin Moser é autor de "Clarice" (Cosac Naify).

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Livros para gestores: de Keynes a Sun Tzu.

Recentemente li no VALOR ECONÔMICO uma excelente matéria sobre LIVROS que devem estar na biblioteca básica de gestores. E do que li, constam grandes mestres da nossa Economia. 

A presença de peso de John Maynard Keynes na biblioteca básica dos gestores também é um sintoma do interesse pelas crises. Como autor ou tema, o economista inglês aparece na lista de dois gestores, com três obras. "O mundo em que estamos vivendo hoje é muito keynesiano", afirma Luiz Carlos Mendonça de Barros, diretor-estrategista da Quest Investimentos. A crise americana, considera, se encaixa bem nesse arcabouço teórico. "Um período de boom leva a uma série de exageros dentro do próprio sistema, vinculados à ganância e à especulação, que acabam criando uma crise que interrompe esse processo de crescimento", explica Mendonça de Barros.

O sócio da Quest diz que seu otimismo quanto à recuperação da economia dos Estados Unidos está ligado ao fato de considerar que o governo do país tem seguido a cartilha keynesiana. Na lista recomendada por Mendonça de Barros, chama a atenção a indicação de "A Arte da Guerra", do chinês Sun Tzu. O livro ensina as técnicas para vencer um conflito bélico. "Porque investir ou gerir fundos é uma guerra, é bom estar esperto", brinca o economista que, em tempos de novas tecnologias, ainda é apegado ao livro de papel. Em viagens longas, entretanto, ele faz uma concessão às obras digitalizadas. "Viajar para fora e levar livro virou um negócio de velho reacionário. E isso eu não sou."


Keynes também está na lista indicada por Arminio Fraga. Não na versão macroeconomista, mas na pele de investidor. Biógrafos contam que ele fez fortuna com ações, em uma faceta menos conhecida. Sobre períodos de estresse, o fundador da Gávea indica "Manias, Panics and Crashes", de Charles Kindleberger (Manias, Pânico e Crashes, na tradução para o português). É um clássico sobre crises financeiras, diz Fraga, baseado em eventos históricos e inspirado em Hyman Minsky, economista que estudou o surgimento da instabilidade a partir da estabilidade, "visão hoje muito em voga por razões óbvias", diz Fraga.

XX Congresso Brasileiro de Economia.


No recente XX Congresso Brasileiro de Economia ocorreu a entrega do Prêmio Brasil de Economia. Na categoria livro de Economia os vencedores foram os colegas: 

1º Lugar (Prêmio de R$ 6.000,00): Reinaldo Gonçalves (CORECON-RJ) - Desenvolvimento às avessas: verdade, má-fé e ilusão no atual modelo brasileiro de desenvolvimento.

2º Lugar (Prêmio de R$ 4.000,00): Gustavo H. B. Franco (CORECON-RJ) - As leis secretas da economia.

3º Lugar (Prêmio de R$ 3.000,00): Eduardo Simões de Almeida (CORECON-SP) - Econometria Espacial Aplicada.

David Landes: 1924 - 2013 - Economic Historian.


David Saul Landes, 89, died on August 17, 2013 in Haverford, PA. He was the beloved husband of Sonia T. Landes, who died on April 12, 2013, after 69 years of marriage. He was the father of Jane Landes Foster, Richard Allen Landes, and Alison Landes Fiekowsky. Grandfather of eight and great-grandfather of nine.

David's family immigrated to New York from Husi, Romania in 1904. David was born April 29, 1924. David served in the Signal Corp. of the U.S. Army in World War II, becoming a Second Lieutenant with a field promotion in May 1944. He earned degrees from the City College of New York and Harvard University, and was awarded numerous honorary degrees from European universities, including Université de Lille, Eidgenössische Technische Hochschule, and most recently the Ecole des Hautes Etudes Commerciales in Paris.


In 1964 Harvard University elected him Professor of History, and he remained at Harvard University for the balance of his career, retiring in 1997, as the Coolidge Professor of History and Professor of Economics, bridging the disciplines of history and economics. David was one of the preeminent scholars of his generation and is particularly known for arguing the central role of culture in economic development. Among his distinguished works were The Wealth and Poverty of Nations, (New York : Norton 1998), Bankers and PashasThe Unbound PrometheusRevolution in Time, and Dynasties: Fortunes and Misfortunes of the Worlds Great Family Businesses

In addition, he published over fifty articles and served as editor of numerous publications. David's scholarship has been translated into over a dozen languages. In the 1970s he became an astute and avid watch collector, known to makers and devotees of watches and time keeping. He served as Chairman of American Professors for Peace in the Middle East in the 1970s. He was devoted to Judaism, the Jewish people, and the land of Israel, a legacy continued by his descendants.

domingo, 18 de agosto de 2013

Lira Neto faz a união de Fernando Henrique e Lula.

No segundo volume da excelente trilogia sobre Getúlio Vargas, Lira Neto simplesmente consegue obter o consenso de FHC e Lula para o seu livro.

Fernando Henrique Cardoso:Li quase de um fôlego só o primeiro volume do livro de Lira Neto sobre Getúlio.”

Luiz Inácio Lula da Silva: “Poucas vezes vi alguém descrever tão bem a história de Getúlio Vargas e do povo gaúcho como o Lira Neto na primeira parte da sua trilogia.”


sábado, 29 de junho de 2013

O sinal e o ruído - por que tantas previsões falham e outras não.


Neste final de semana minha agenda é com o livro do Nate Silver “O Sinal e o Ruído - Por que Tantas Previsões Falham e Outras não.” Conforme li na EXAME trata-se de um dos melhores livros de economia lançado nos Estados Unidos em 2012 e agora aqui no Brasil. Recomendo a todos os colegas economistas que também utilizam a estatística em seus trabalhos.    

Cita a EXAME que “o tema do livro ganha peso quando se lembra das previsões de Nate Silver, estatístico do New York Times, para as eleições norte-americanas. “Não é um livro só de economia, e sim um livro sobre a ciência e arte de fazer previsões”, segundo Tony Volpon, chefe de pesquisa para mercados emergentes do Nomura.


Silver investiga como se pode distinguir sinais verdadeiros em um universo de dados confusos. Para Silver, o excesso de confiança é, geralmente, o motivo da ruína de muitas previsões – e elas poderiam melhorar com um aperfeiçoamento da incerteza.”

domingo, 28 de abril de 2013

Feira do Livro em Belém.

Para quem está em Belém e gosta de uma ótima leitura a dica é passar na Feira Pan-Amazônica do Livro, em cartaz de 26/04 a 06/05/2013. Bom domingo e ótimas leituras! 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O aprendizado capitalista em 2013.


Para quem ainda tem dúvidas e críticas, Joseph Alois Schumpeter escreveu que “o processo capitalista, não por coincidência, mas em virtude de seu mecanismo, eleva progressivamente o padrão de vida das massas”. Segundo Sylvia Nasar no seu detalhado livro “A imaginação econômica”, Schumpeter é aquele intelectual que, em meados de 1907, passava parte da manhã na Escola de Economia de Londres e parte no Museu Britânico, “onde fazia questão de trabalhar sentado à mesma mesa em que o gordo e malvestido Marx escrevera O Capital”.  

Quanta lucidez tinha Schumpeter. Para ele, “os governos que quisessem ver seus cidadãos prosperarem deveriam desistir de ambições territoriais e se concentrar em promover um clima favorável aos negócios – sólidos direitos de propriedade, preços estáveis, livre-comércio, impostos moderados e regulação consistente, em benefício dos empreendedores locais”.

Afinal, não é exatamente por isso que ainda estamos discutindo neste 2013?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Business Best Sellers.


Neste Carnaval, observando na página seis do caderno “Sunday Business” do “The New York Times” de 03 de fevereiro passado, dos 15 atuais melhores livros de negócios disponíveis na América, estão na nossa estante os títulos abaixo:

  • FREAKONOMICS de Steve Levitt e Stephen Dubner;
  • STEVE JOBS do Walter Isaacson;
  • RÁPIDO E DEVAGAR do Daniel Kahneman;
  • FORA DE SÉRIE do Malcolm Gladwell;
  • O PONTO DA VIRADA, também do Malcolm Gladwell.


Realmente, isso é que é globalização! 

sábado, 3 de novembro de 2012

China: sem mudança, será sempre a União Soviética.


É comum ouvir que o século XXI pertence a China. Sempre discordo que a China seja a potência que ultrapassará os Estados Unidos e dominará o mundo.

Ainda que eu não tenha concluído a leitura do “Por que as nações fracassam – As origens do poder, da prosperidade e da pobreza”, os autores Daron Acemoglu e James Robinson já deixam claro que “a China sob o domínio do Partido Comunista é mais um exemplo de sociedade que cresce sob a tutela de instituições extrativistas, e é improvável, do mesmo modo, que venha a gerar crescimento sustentável – a menos que sofra uma transformação política fundamental, rumos a instituições inclusivas de fato”.

Isso posto, recordo da extinta União Soviética e de quantos, por exemplo, que afirmaram que a própria renda soviética ultrapassaria a americana em meados de 1984. E olha que o nosso grande mestre, o Nobel Paul Samuelson, defendia repetidamente a “iminente preponderância econômica da União Soviética”. Em 2012, quem ainda lembra que existiu uma União Soviética?

Portanto, colegas que estão desesperados estudando mandarim, peço continuarem com o seu inglês fluente, pois ele será utilizado ainda durante muitos e muitos anos. Exceto, claro, quando os chineses tiverem eleições livres para Presidente, o que acredito isso não acontecerá tão cedo.  

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O novo livro do Rodrigo Constantino.


Nas melhores livrarias, o novo livro do colega economista e blogueiro Rodrigo Constantino, sempre no ótimo http://rodrigoconstantino.blogspot.com.br/.

Segue a resenha publicada na “Livraria da FOLHA”. O livro, com 400 páginas, foi publicado pela Editora LEYA. 

Em Privatize Já, o economista Rodrigo Constantino procura desmistificar o termo "privatização", expondo as vantagens de um processo como este quando é bem feito.

Para o autor, está provado que o modelo de empresas estatais no Brasil não funciona. Hoje, são as menos lucrativas e as que mais empregam. Ainda assim, boa parte da população treme ao ouvir o palavrão ""privatizado"". Mas se o serviço público não funciona, por que a privatização se tornou essa heresia? De acordo com Constantino, por pura falta de informação.

O economista destaca o caso das empresas brasileiras de telefonia, que há alguns anos eram as detentoras das linhas e licenças. Quando um cidadão queria uma linha telefônica devia preencher um pedido, enfrentar uma fila, passar por um sorteio e, mesmo assim, só podia adquirir um número depois de meses, ou anos. Hoje, após as privatizações, o consumidor pode ter quantas linhas quiser, brigar por taxas mais baixas e optar pelas opções pré-pagas. A quantidade e a qualidade dos serviços aumentaram exponencialmente.

Tomando por base a lei do livre comércio, Constantino afirma que a concorrência entre empresas privadas costuma ser garantia de bons serviços, e um passo extremamente importante na direção de mais progresso, prosperidade e liberdade.

domingo, 28 de outubro de 2012

29 de outubro - Dia Nacional do Livro.


Você sabe por que comemoramos o dia Nacional do Livro no dia 29 de outubro? Por que foi nesse dia, em 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional e esta data escolhida para o DIA NACIONAL DO LIVRO. 
 
O Brasil passou a editar livros a partir de 1808 quando D.João VI fundou a Imprensa Régia e o primeiro livro editado foi "MARÍLIA DE DIRCEU", de Tomás Antônio Gonzaga. 

Fonte: Instituto Pró-Livro. 

Leia sempre. Ler é cultura. 

Da série: minhas leituras - 2.

Esta vai para os Professores Alexandre Schwartsman e Carlos Pio: "As pessoas deveriam sustentar-se graças a seus esforços e àquilo que ganham [...] e depender o menos possível do Estado."

"Ela acreditava que, em contraste com o Estado socialista, o Estado do bem-estar social era perfeitamente compatível com o livre mercado e a democracia. Apresentava o Estado do bem-estar social como o próximo estágio da evolução natural do Estado Liberal".

Trata-se do pensamento da aqui desconhecida Beatrice Ellen Potter, esposa de Sydney Webb, que juntos criaram o conceito de "Estado do bem-estar social" e do "think tank". Em almoço em Oxford, conheceu Alfred Marshall.

Fonte: A imaginação econômica: gênios que criaram a economia moderna e mudaram a história - Sylvia Nasar. 

Da série: minhas leituras - 1.

"Muitos acreditam também que a América Latina jamais enriquecerá devido ao caráter intrinsecamente libertino e carente de seu povo, que além disso sofre do mal da cultura 'ibérica', a tendência a deixar tudo para mañana". 

Fonte: Por que as nações fracassam: as origens do poder, da prosperidade e da pobreza - Daron Acemoglu & James Robinson. .   

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Bienal do Livro de São Paulo 2012.


Para quem está em São Paulo ou viajando para lá, a dica desta semana é a imperdível 22ª edição da Bienal do Livro de São Paulo, que começou dia 09 e vai até o dia 19.08.2012. Trata-se de uma das maiores feiras de livros do mundo e local para encontro com o melhor da literatura nacional e internacional. Corra ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, localizado na avenida Olavo Fontoura nº 1.209, com bastante tempo para visitar todos os estandes e conhecer os últimos lançamentos do mercado.  

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Keynes e Krugman: tudo a ver.

O mais recente livro do Paul Krugman, "Um basta à depressão econômica!", é um excelente manual sobre o que os governos ao redor do mundo devem fazer nesta época de recessão econômica. Com apenas 238 páginas, o texto escrito por um Nobel de Economia é, por incrível que pareça, uma aula de economia com sabor de quero mais. Além do que, vai levando o leitor, indiferente de ser a favor ou contra a intervenção estatal na economia, a buscar alternativas para a recuperação da economia mundial. 

Isso posto, estranho o lançamento não constar no site da http://www.ppge.ufrgs.br/akb/default.asp - Associação Keynesiana Brasileira. Penso que, neste momento, as diversas correntes econômicas deveriam reunir as melhores ideias visando melhorar o atual cenário econômico, incluindo nisso um verdadeiro debate entre nós.           

Economia com Samuelson e Nordhaus - 19ª edição.


Sempre que posso procuro acompanhar os lançamentos na área de Economia. Como aqui no Pará a logística é complexa, normalmente os lançamentos demoram a chegar. Porém, hoje, para minha surpresa neste início do final de semana, localizei na Saraiva a 19º edição do clássico ECONOMIA do Paul Samuelson e do William Nordhaus, sem que tivesse lido qualquer notícia sobre esse lançamento que ocorreu em 11.06.2012. 

Uma excelente notícia e uma boa indicação de leitura ou releitura de peso, nestes tempos nos quais em diversos governos pelo mundo, existe uma disparada de gasto público. Inclusive para melhor entender se o recomendável hoje é a mão pesada do estado ou a mão invisível do mercado. A reavaliar com atenção.

A propósito, Samuelson foi o principal seguidor de Keynes nos Estados Unidos e atualmente não sai da cabeça do Obama e, por que não, da presidente Dilma.  

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...