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sábado, 21 de novembro de 2009

O FILME DO ANO JÁ ESTÁ ESCOLHIDO?

E já que postei sobre o filme LULA, O FILHO DO BRASIL, vamos melhorar o nosso sábado com essa beleza de charge, diretamente de FORTALEZA, do nosso DIÁRIO DO NORDESTE, feita por Mestre SINFRÔNIO.

LULA, O FILHO DO BRASIL?

A princípio, e por uma questão de princípio, não estou comprando ingresso para assistir, logo que possível, ao filme LULA, O FILHO DO BRASIL. Cearense, lá do interior de IBIAPINA, posso afirmar que conheço razoavelmente o que aconteceu com a trajetória de LULA. E sempre prefiro DRAMA, a uma estória romanceada.

sábado, 31 de outubro de 2009

BRASIL: UM PAÍS AINDA A ESPERA DO FUTURO? ATÉ QUANDO?

Por essa o nosso Lula não esperava. O Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman afirmou que o Brasil teve um desempenho "formidável" durante a crise global, mas que o país continua a ser mais uma "esperança" do que uma certeza de crescimento.

"Todos conhecem a piada de que o Brasil é o país do futuro e sempre será. Ainda não vemos no Brasil o tipo de crescimento que encontramos na Ásia. Então, eu acredito que segue sendo uma esperança, e não uma perspectiva certa".

Não é por nada não, mas nem sempre 80% estão certos. Por vezes, UM homem derrota UM exército. Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil: Roma já viu esse filme...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FOLHA ENTREVISTA LULA - ECONOMIA

Eu JURO que quase não acreditei na notícia, mas estava lá na manchete de capa da FOLHA DE S. PAULO de hoje: NO BRASIL, CRISTO TERIA QUE SE ALIAR A JUDAS, DIZ LULA. Realmente, a política tem a cara do nosso governo. Que coisa!!! Imaginem a cena: JESUS ALIADO A JUDAS!!! Ainda bem que JESUS não conheceu BRASÍLIA. Na capita brasileira, realmente TODAS as alianças são possíveis.
Pinçei da FOLHA, algumas questões respondidas por LULA sobre a ECONOMIA. Vamos ler com atenção o nosso Presidente. Afinal, entrevista de LULA é coisa RARA de ser ler...
FOLHA - Com o dólar no patamar de R$ 1,70 e juros ainda altos na comparação com outros países, o sr. não teme viver uma crise cambial em 2010 ou deixar uma bomba-relógio para o sucessor?
LULA - Nunca trabalhei com juros altos tendo como parâmetro outros países.
FOLHA - Mas os juros no Brasil são altos, e o sr. reclama.
LULA - Sei. Mas trabalho na comparação com o que era. Em vez de ficar achando que a calça do outro é apertada, eu vejo a minha de manhã. O Brasil tem a menor taxa de juros de muitas décadas.
FOLHA - A taxa básica não poderia estar menor?
LULA - Poderia. Mas, descontada a inflação, temos 4%, 4,5% de juro real. Há muitas décadas o Brasil não tinha esse prazer. O problema hoje é o spread bancário, que ainda está alto, e o governo tem trabalhado para reduzir.
FOLHA - O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), tem uma crítica...
LULA - Deixa eu falar do câmbio. Depois respondo à crítica do Serra, que é menos importante para mim, para você e para o povo brasileiro. O câmbio sempre foi uma preocupação nossa. Se um dia você for presidente da República e sentar naquela cadeira, vai entrar na sua sala uma turma reclamando que o dólar está baixo, porque ele é exportador e está perdendo. Quando sai, entra a turma dos compradores, importadores, que acham que o dólar está maravilhoso, que é preciso manter assim. Aí entra o ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central e dizem que é maravilhoso o dólar baixo porque controla a inflação. Agora, antes que aconteça, uma superentrada de dólares no Brasil, reduzindo muito o valor do dólar em relação ao real, criando problema na balança comercial, e com algumas empresas exportadores tendo problema, nós demos um sinal com o IOF [Imposto sobre Operações Financeiros, que passou a ser cobrado no ingresso de capitais]. Demos um sinal para ver se a gente equilibra.
FOLHA - Especialistas dizem que o IOF será inócuo?
LULA - Se for inócuo, mudamos. Há uma disputa. O setor produtivo totalmente favorável, e o financeiro totalmente contrário. Isso é importante, porque significa que o governo está no caminho do meio, e aí é mais fácil a gente acertar.
FOLHA - A crítica básica do Serra é a seguinte: o Banco Central jogou fora na crise um bilhete premiado, que seria a oportunidade de baixar mais os juros sem custo. Agora, a crise acabou, a taxa está alta, pode ter que aumentar e jogou fora o bilhete premiado?
LULA - Vivi os dois lados. Quando se é oposição, você acha, pensa, acredita. Quando é governo, faz ou não faz. Toma decisão. O Serra participou de um governo oito anos. Tiveram condições de tomar decisões e não tomaram. Obviamente, qualquer um que for presidente, tem o direito de tomar a posição que bem entender. É como jogador bater pênalti. Brincando todo mundo marca gol. Na hora do pega para capar, até pessoas como o Zico e o Sócrates perderam pênalti.
FOLHA - Uma crítica de especialistas e da oposição é o aumento dos gastos públicos no segundo mandato. Além da elevação temporária de gastos na crise, há despesas permanentes que pressionarão o caixa no futuro e tornarão mais difícil baixar os juros. O sr. estaria deixando uma herança maldita.
LULA - As contas do governo nunca estiveram tão boas na história deste país. A política anticíclica na crise fez com que o governo deixasse de arrecadar uma enormidade de dinheiro. Mas é o preço que a gente tem de pagar. Compare o que colocamos de dinheiro na crise, com desoneração, com o que os países ricos tiveram de colocar. Foram trilhões de dólares colocados para ajudar o sistema financeiro, coisa que não precisamos fazer.
FOLHA - Saiu barato?
LULA - Eu acho. Em setembro, recuperamos os empregos que perdemos na crise e muito mais. Vamos chegar a um milhão de empregos no final do ano. Veja o mundo desenvolvido.
FOLHA - Qual é a sua previsão de crescimento do PIB para este ano?
LULA - Positivo, entre 1% e 1% e pouco. Se não houvesse a brecada brusca entre dezembro e janeiro, poderíamos ter crescido 2,5%, 3% com certa tranquilidade. O importante é o sinal para 2010.
FOLHA - Aquela brecada do empresariado sacrificou crescimento econômico?
LULA - O empresário brasileiro foi vítima de uma circunstância. O pânico criado no mundo fez com que todo mundo acordasse de manhã achando que ia acabar o mundo. O pânico precipitou decisões de recuo de setores empresariais. Eu chamei empresários, disse que tínhamos de aproveitar a crise, que tínhamos dinheiro no BNDES, que as empresas com dinheiro em caixa tinham de fazer investimento agora porque, quando a crise acabasse, estaríamos preparados para ocupar outro patamar no mundo. O momento não é de medo, é de investir. Eu jamais demoraria o tanto que foi demorado nos Estados Unidos para salvar a GM.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

IMPOSTO DE RENDA - VOCÊ JÁ RECEBEU?

Direto da bela cidade de Fortaleza, lá do nosso jornal O POVO, uma imagem que demonstra a personalidade de um governo generoso com a sua própria política e esquecido de quem efetivamente paga o pato, quero dizer, a conta.

domingo, 27 de setembro de 2009

O DEUS ESTADO : UM RETORNO AO PASSADO?

Direto do ESTADÃO, seu editorial de hoje – cujo título é um excepcional “O DEUS ESTADO”, é a leitura de um passado que não deu certo. Será que, mesmo assim, retornará em 2010 essa ideia? Meu DEUS? Será que no BRASIl não aprendemos nem com os erros passados?

Por esperteza político-eleitoral, ideologia ou ambos — o mais provável —, há uma febre de “estadolatria” em Brasília. Talvez porque tenha funcionado no segundo turno de 2006 o estratagema de tachar tucanos de “privatistas”, a defesa do Estado passou a aparecer com mais frequência em discursos do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff.

Explora-se com alguma competência a idéia tosca, ainda existente na população, de que o “Estado é do povo”, assim como suas empresas. Confunde-se o “estatal” com o “coletivo”, como se não existisse a expropriação privada do bem público pelo patrimonialismo, exercido de maneiras mais sutis ou escancaradas, como nas mordomias do Executivo e o nepotismo no Legislativo e Judiciário.

Com responsabilidade de governante, é verdade que Lula não tem brincado em serviço: embora não deva discordar que os opositores do novo modelo de exploração do pré-sal, de figurino estatizante, sejam adjetivados de “entreguistas”, apressou-se a permitir que a participação de investidores estrangeiros dobre no capital do Banco do Brasil, pois se trata da única forma de abrir espaços para ampliar a capitalização do BB.

Em recente entrevista à “Folha de S.Paulo”, a ministra Dilma tratou de criticar a idéia do “Estado mínimo”, pressupondo que haja alguém, no mundo de hoje, que ainda defenda um modelo de laissez-faire com tinturas do século XIX. A preocupação que se tem é com o “Estado máximo”, com o qual autoridades de primeiro escalão do governo parecem sonhar.

Em outra entrevista, esta de Lula ao jornal “Valor”, o presidente anunciou o envio ao Congresso da “Consolidação das Leis Sociais” — não bastasse o engessamento do mercado de trabalho, em prejuízo dos trabalhadores, causado por uma outra “consolidação”, a CLT getulista.

Mais uma vez: pode ser tática eleitoral — para atiçar a oposição a se colocar contra o “povo” — e também ideologia. Trata-se de outro princípio da “estadolatria”, pelo qual toda “bondade” precisa ser transformada em lei, para que o Estado imponha seu cumprimento. Uma ilusão, como demonstra a CLT, principal causa de a metade dos trabalhadores sobreviver na informalidade.

Mas não é só discursos. Há efetivos avanços do Estado sobre espaços da sociedade. Um exemplo é a tentativa da Anvisa de proibir e regular anúncios de alimentos e remédios, embora a própria Advocacia Geral da União diga ser esta função exclusiva do Congresso. Está claro que os estatistas querem tutelar uma sociedade que consideram imatura e despreparada para cuidar da própria sobrevivência.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A THE ECONOMIST DESTA SEMANA

Na The Economist desta semana, novamente o BRASIL é notícia, digo, o governo Lula e o PT. Se na semana passada o texto era sobre a política externa, nesta é sobre o PT e sua força em tentar manter Lula no poder. E já cita o "problema" Dilma x Lina e o quase doutorado da candidata do coração de Lula. É isso aí. Gostaríamos de ler outro tipo de reportagem, mas este é o nosso BRAZIL. Rezemos por ele.

sábado, 15 de agosto de 2009

LULA COMPANHEIRO E ECONOMISTA

Ali Kamel, do grupo GLOBO lança seu mais novo livro Dicionário Lula – Um Presidente Exposto por Suas Próprias Palavras (Nova Fronteira; 59,90 reais - 672 páginas). Num trabalho de pesquisa magnífico, o jornalista Ali Kamel reúne as falas do presidente. É o verbo a espelhar o homem.
Das várias frases, uma é meu destaque neste início de final de semana:
Diploma de economia é algo que Lula gostaria de ter: Lamento profundamente não ter tido um diploma universitário, lamento. Não digo isso com orgulho, não, gostaria de ter. Até gostaria de ser economista, viu, Aloizio (Mercadante, senador pelo PT de São Paulo)? Veja que coisa. Até gostaria de ser economista, não fui.
Dito isso em junho de 2006.
Lula, ainda tens tempo de estudar Economia. Em 2010...
Tenha certeza que farás uma ótima escolha.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

ECONOMIA E ELEIÇÃO = MISTURA AZEDA

Como postamos anteriormente, misturar economia com eleição não resulta no melhor para o país. É possível com isso eleger o(a) candidato(a) A ou B, mas nossas contas públicas e o resultado delas na economia provocam consequências que o político, neste momento, não está nem aí. Deixo com vocês um editorial do O GLOBO sobre o PAC. Leitura imperdível e didática. Como a matemática desmascara a face de certos políticos...
Como o Palácio deu a partida na campanha eleitoral de 2010 há muito tempo e, a cada dia, se envolve mais no projeto Dilma-2010, qualquer pronunciamento de autoridade do primeiro escalão, qualquer movimento mais ostensivo de estatais aparelhadas, em linha com o pensamento único do Planalto, pode ter relação com as urnas do ano que vem.
O exemplo mais recente é o anúncio do presidente Lula, primeiro e mais dedicado cabo eleitoral da ministra, que, em fevereiro do ano que vem, lançará o PAC 2, "para quem vier depois de mim não começar do zero".

É evidente o teor eleitoreiro do anúncio, pois sequer o PAC 1 consegue deslanchar. Grande feito seria desatolar os projetos do Plano de Aceleração do Crescimento formalmente em vigor.

Os números: em 2007, dos R$ 16 bilhões reservados (empenhados) para o PAC, apenas R$ 4,5 bilhões, ou menos de 30%, foram efetivamente gastos; em 2008, o índice subiu para 60%; este ano, no entanto, o quadro voltou a piorar: até 21 de maio, passado quase meio ano, só foram empenhados 37,6% da dotação de R$ 20,5 bilhões, e pagos somente R$ 3,7 bilhões Mesmo assim, R$ 3 bilhões provieram do orçamento do ano anterior.

Embora nos palanques da campanha precoce de Dilma - mal disfarçados em inaugurações e visitas a canteiros de obras - uma das palavras de ordem mais propaladas seja "investimento", isto é o que menos há no governo Lula.

Aos números: em 2002, final da Era FH - quando se instalou a tendência de crescimento dos gastos à frente do investimentos e do PIB -, os investimentos públicos foram de 2,1% do PIB, pouco menos que no início do primeiro governo tucano.

Em 2003, ano inaugural da Era Lula, caíram para 1,5%, embora deva ser reconhecido que se tratou de um período de ajuste, por causa da crise deflagrada em 2002 pelo "risco Lula" . A economia se recuperou, mas não os investimentos, apesar de todo o discurso. Eles continuam a patinar na faixa do 1% do PIB.

As estatísticas do PAC explicam parte do cenário anêmico nos investimentos. O resto da explicação fica por conta da gastança no custeio da máquina e com o funcionalismo.

Tudo fica evidente nas contas públicas do primeiro semestre: o superávit primário desabou para 1,28% do PIB (foi 4,4% no ano de 2008), basicamente porque, ao lado da queda na arrecadação, as despesas correntes (pessoal e custeio) aumentaram 2,7% do PIB, enquanto os investimentos, o melhor meio para ser usado em políticas anticíclicas, cresceram apenas 0,1% do Produto.

Os números são frios e indesmentíveis. Já em discurso político de palanque, vale tudo.

INVESTIMENTO VERSUS ASSISTENCIALISMO

Enquanto países como a CHINA investem em sua infraestrutura, o BRASIL reajusta em 9,68% o valor do benefício do programa Bolsa Família, o que impactará o orçamento 2009 em R$ 406 milhões. O Bolsa Família atende cerca de 11 milhões de famílias e seu orçamento já atinge quase R$ 12 bilhões.
Tenham absoluta certeza meus caros dois (milhões) de (e)leitores: NÃO é com esse exclusivo tipo de "ajuda" que o BRASIL será uma grande potência econômica. Pensar somente em 2010 sem pensar nas contas públicas resultará em graves prejuízos ao país.

terça-feira, 2 de junho de 2009

É TENTAÇÃO POLÍTICA COM IMITAÇÃO

Não creio que o Nosso Guia tenha realmente o perfil que ele está vendo no espelho. Tentadoras são as propostas para um terceiro mandato, beneficiado ele por uma forte popularidade, mas, mesmo sendo no Brasil, ainda temos pessoas que confiam num Estado Democrático de Direito.
Mais uma do nosso colega cearense Sinfrônio, no Diário do Nordeste. 

domingo, 12 de abril de 2009

KEYNES HOJE: NOSSO ESTADO GASTA BEM?

  1. Foi Richard Kahn, um aluno de John Maynard Keynes, que fez a pergunta que fazemos ainda hoje: É possível eliminar o desemprego mediante uma política de obras públicas? Brilhantemente, Keynes aproveitou a idéia criando o “multiplicador do investimento ou dos gastos.” Os argumentos de Keynes influenciaram e influenciam toda uma geração de economistas, passando o pleno emprego a ser um dos objetivos da macroeconomia.
  2. Recordo desse fato, lendo a Folha de hoje, quando diz que “entre 2006 e 2008, governadores e prefeitos ampliaram gastos com o funcionalismo público a taxas superiores à inflação. Enquanto a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação, ficou em 10,6%, as despesas com funcionários do Executivo aumentaram 25,2% nos Estados e 26% nas prefeituras das capitais. O quadro é percebido nas administrações de governadores e prefeitos que fazem lobby por pacotes de socorro federal e incluem partidos como DEM e PSDB, que atacam a expansão da folha de pagamentos do governo Lula, de 26,2% nos dois anos. As justificativas ficam por conta da recomposição de salários defasados, da ampliação de serviços de saúde, educação e segurança e da valorização dos recursos humanos."
  3. É o que eu sempre penso: o Estado não é o melhor administrador de recursos que conhecemos. Será que não passou da hora do Estado gastar menos com uma turma que já ganha bem acima da média nacional e investir mais, de verdade, por exemplo, no próprio PAC?

domingo, 5 de abril de 2009

LULA NO G-20 FOI UM SUCESSO MUNDIAL

Direto do excelente colega blogueiro e cartunista André Mangabeira http://blogdomangabeira.zip.net/, realmente a reunião do G-20 foi um SUCESSO para ELLE. 
Que esse SUCESSO também seja completo na condução da crise aqui mesmo neste BRASIL.

sábado, 4 de abril de 2009

O QUE MUDA COM A SAÍDA DE MEIRELLES DO BACEN?

Uma nota triste que li nesta semana foi a de Suely Caldas, também da Folha, republicada pelo colega blogueiro Reinaldo Azevedo: A saída de Meirelles do Banco Central.
Meirelles escolheu o pior e mais impróprio momento para revelar-se: a inflação disparando, juros futuros em alta, superávit externo em queda e o ministro Guido Mantega impondo a criação de um fundo soberano. Por ter explicitado várias vezes resistência à idéia desse fundo - pelo menos enquanto o Brasil não começar a reduzir sua enorme dívida -, o presidente do BC passou para o mercado uma mensagem ruim, uma espécie de rendição nos embates com o Ministério da Fazenda, nada bom para o futuro da economia. Afinal, se o BC é o principal fiador de uma política econômica que reduziu a inflação e os juros e expandiu a produção e o emprego, uma escolha errada de substituto pode pôr em risco esse êxito. Seria um petista? Alguém sem nenhuma familiaridade e experiência no trato com o mercado? Abriu-se uma estrada longa para especulações. 
Nota deste blog: Por mais que critiquem Meirelles e os juros altos do BACEN, nestes seis e muitos anos de Lula, a situação está satisfatória graças ao trabalho dele e de sua equipe. Lamentavelmente, mais uma vez a ambição política supera um sério trabalho econômico.      

O DÓLAR AINDA É MOEDA FORTE?

Clóvis Rossi é um dos jornalistas mais respeitados no meio e em seu texto de 27/03/09 na Folha de S. Paulo, traz mais uma preocupação para os tempos atuais. Para os meus quase dois leitores, o título do texto é bastante sugestivo "Aquelas notas verdes". E como gostamos dela...

LONDRES - Editorial desta Folha demonstrava faz pouco a fortaleza do dólar, apesar de toda a crise, apesar de todo o colossal déficit externo norte-americano. Um número bastava: o mundo comprou no ano passado US$ 815 bilhões em títulos norte-americanos. Significa, grosso modo, transferir para os EUA três quartas partes de tudo o que o Brasil produz por ano de bens e serviços. Mas as coisas começam a ficar esquisitas. Primeiro foi o premiê chinês, Wen Jiabao, a desconfiar publicamente da solvência dos EUA. Depois foi outro líder chinês, o presidente de seu Banco Central, a sugerir a troca do dólar pelos Direitos Especiais de Saque (moeda contábil do FMI) como moeda de reserva do planeta.  Ontem, foi a vez de Andrei Denisov, vice-ministro russo de Exteriores, a endossar a proposta chinesa. Denisov foi além: propôs uma conferência internacional para estudar a adoção da nova moeda, o que, de quebra, já mina a cúpula do G20 marcada para dia 2 em Londres. A cúpula destina-se a tentar estabilizar a economia, numa ponta, e a reformular a arquitetura financeira global, na outra. Se um dos participantes de certo peso já pensa em nova conferência em torno do mesmo assunto, para que servirá então a de Londres?  Observe-se que os dois países que lançaram a proposta sobre o dólar são Brics (Brasil, Rússia, Índia e China, supostas futuras potências mundiais). Como têm atuado coordenadamente no âmbito do G20, o Brasil será fatalmente chamado a manifestar-se, ainda mais que é um dos maiores detentores de papéis norte-americanos. É possível que o tema morra por aí. Mas, se os planos Obama/Geithner não conseguirem endireitar a coisa, prepare-se para um choque sobre aquelas notinhas verdes que parecem (ou pareciam) as únicas coisas no planeta em que se podia confiar para sempre

Em tempo: Atualizando a nota acima, o presidente Lula já propôs ao seu colega chinês Hu Jintao a utilização de suas respectivas moedas, real e yuan no comércio.(Não acredito na "quebra" do dólar, apesar do estado atual da economia norte-americana). A confirmar. 

quinta-feira, 2 de abril de 2009

DO INTERIOR DO BRASIL AO MUNDO

Como cearense, lá mesmo do interior do quente Ceará , agora morando também num interior, só que bem na quente selva amazônica, indiferente as divergências que mantenho com o partido do Presidente Lula, fico feliz em ver como existe NO BRASIL a possibilidade real de uma pessoa ser destinada a NADA e, de repente, está LÁ, no CENTRO dos maiores do MUNDO. Nessa, valeu LULA. E, não esqueçendo de pedir para que GOD SAVE THE QUEEN.
No entanto, sei que apesar dos inúmeros sorrisos na foto, o jogo é pesado e sem amizades. Afinal, cada qual quer manter seu poder e nada de liberar $$$ para o colega.

domingo, 22 de março de 2009

LULA NA NEWSWEEK - EDIÇÃO DE 30/03/2009

Lula, nosso Presidente, mais uma vez está nas páginas e também na capa da última edição da revista NEWSWEEK. Entrevistado pelo famoso jornalista Fareed Zakaria, "Lula quer lutar” é título da entrevista. Segundo o jornalista, depois de ser uma marca da esquerda brasileira, “Lula enveredou para o liberalismo de livre mercado e ajudou a transformar seu país no maior sucesso econômico da América Latina”. Na entrevista, Lula fala sobre o encontro com Obama e sobre as perspectivas da economia brasileira, mas também é questionado sobre seu posicionamento em relação à “democracia”(?) venezuelana. (Nota deste blogueiro: Faltou mencionar o agradecimento de Lula à herança maldita de FHC...)

Lula Wants to Fight Invigorated by the crisis, Brazil's president says he's praying for Obama. From the magazine issue dated Mar 30, 2009

Once a leftist firebrand, brazil's president Luiz Inácio Lula da Silva turned to free-market liberalism and helped make his country Latin America's biggest economic success. Earlier this month he became the first Latin leader to visit President Barack Obama at the White House, and in April he'll head to London for the G20 summit on the global financial crisis. He met with NEWSWEEK's Fareed Zakaria in New York. Excerpts:

Zakaria:Your meeting with President Obama went longer than expected. What did you talk about?

Da Silva: We talked a lot about the economic crisis. We also decided to create a working group between the U.S. and Brazil to participate in the G20 summit meeting. I told Obama that I'm praying more for him than I pray for myself, because he has much more delicate problems than I. He left a huge impression on me, and he has everything it takes to build a new image for the U.S. with relation to the rest of the world.

You got on pretty well with President Bush. How are they different?

Look, I did have a good relationship with President Bush, it's true. But there are political problems, cultural problems, energy-grid problems, and I hope that President Obama will be the next step forward. I believe that Obama doesn't have to be so concerned with the Iraq War. This will permit him to explore the possibility of building peace policies where there is no war, which is Latin America and Africa.

You are probably the most popular leader in the world, with an 80 percent approval rating. Why?

Brazil is a country that has rich people, as you have in New York City. But we also have poor people, like in Bangladesh. So we tried to prove it was possible to develop economic growth while simultaneously improving income distribution. In six years we have lifted 20 million people out of poverty and into the middle class, brought electricity into 10 million households and increased the minimum wage every year. All without hurting anyone, without insulting anyone, without picking fights. The poor person in Brazil is now less poor. And this is everything we want.

There are people who credit high oil, gas and agriculture prices. Can you manage with prices going down rather than up?

The recent discovery of oil is very important, because part of the oil we find will help resolve the problem of poverty and the problem of education. Brazil does not want to become an exporter of crude oil. We want to be a country that exports oil byproducts—more gasoline, high-quality oil. The investments were calculated at the price of $35 per barrel. Now, at $40, we still have enough margin.

Critics say that during this period of high commodity prices, you did not position Brazil to move economically up to the next level.

This doesn't make sense. When I became president of Brazil, the public debt was 55 percent of GDP. Today it is 35 percent. Inflation was 12 percent, and today it's 4.5 percent. We have economic stability. Our exports have quadrupled. The fact is that the growth of the Brazilian economy is the highest it has been in 30 years.

Will Brazil's economy grow this year?

I'm convinced we'll reach the end of the year with a positive growth rate. But we did not foresee that the crisis would have either the size or the depth that it has today in the U.S. Now we need new political decisions that depend on the rich countries' governments. How are we going to reestablish credit, reestablish the American consumer and the European consumer? Now we have to prove we are worthy. I was even getting a little bit disappointed in political life. I've already had my sixth year of my term, and you start getting tired. But this crisis is almost like something—a provocative thing for us, to wake us up. It's giving me enthusiasm. I want to fight. The more crises, the more investment you have to make. So we're investing today in what we never invested in for the last 30 years, in railroads, highways, waterways, dams, bridges, airports, ports, housing projects, basic sanitation. We have to be bold, because in Brazil we have many things to do that in other countries were already done many years ago.

Last December you had a meeting of the 33 countries of the Americas except the United States. Why?

It seemed that the United States was pointedly excluded.We have never had such a meeting among only the Latin American and Caribbean countries. So it was necessary to have this meeting without super economic powers, a meeting of countries that face the same problems.

You've said you hope this crisis will change the politics of the world, to give countries like Brazil and India and China a greater say. What specifically—what power do you want that you don't have now for Brazil?

We want to have much more influence in world politics. For example, we want that the multilateral financial institutions not be open only to the Americans and Europeans—institutions like the IMF and World Bank. We want more continents to participate in the Security Council. Brazil should have a seat, and the African continent should have one or two.

You are regarded as a great symbol of democracy in the Americas. And yet some people say you have been quiet as Hugo Chávez has destroyed democracy in Venezuela. Why not speak out?

If Brazil wants a greater role in the world, wouldn't that be one part, to stand for certain values?Well, maybe we cannot agree with Venezuelan democracy, but no one can say that there is no democracy in Venezuela. He has been through five, six elections. I've only had two.

He has gangs out on the street. This is not real democracy.

Look, we have to respect the local cultures, the political traditions of each country. Given that I have 84 percent support in the public-opinion polls, I could propose an amendment to the Constitution for a third term. I don't believe in that. But Chávez wanted to stay … I believe that changing the president is important for the strengthening of democracy itself. URL: http://www.newsweek.com/id/190352

LULA - CRISE ECONÔMICA X POPULARIDADE GOVERNAMENTAL

Como postamos semana passada, não foi novidade a queda na taxa de popularidade do Presidente Lula. Apesar da mesma ainda demostrar números robustos da avaliação positiva do governo (65% pelo DATAFOLHA e 64% pela CNI/IBOPE), não combina sociedade desempregada e empresas falidas com um governo com índices nas alturas. Mesmo a custa de cestas básicas... Aguardaremos os próximos números dessas pesquisas, sabendo que desde já o Planalto buscará meios de reverter o quadro, principalmente com o pensamento focado em 2010. Luz amarela nas lâmpadas do governo e preocupação econômica para a sociedade.

quinta-feira, 19 de março de 2009

POLÍTICA + OU x ECONOMIA EM 2009

Estou curioso para conhecer os novos números das próximas pesquisas de popularidade do Presidente Lula. Hábil político, Lula tem conseguido afastar de si as complexas conexões e situações políticas de seus aliados, bem como, mesmo com a crise aqui em nosso Brasil, consegue posar de estadista com tipo de solução mágica para o povo entenda que aqui, graças a Ele, o problema inexiste.

Como brasileiro, é claro que torço para que o país consiga atravessar 2009 com resultados positivos. Porém, o otimismo governamental de um PIB elevado ao final do ano, parece que aos poucos está se moldando à realidade mundial. Meu otimismo, no momento, está que se chegarmos a ZERO% ao final de 2009, já ganhamos o jogo.

Até que ponto os efeitos da crise prejudicaram a popularidade presidencial em período quase pré-eleitoral é um desafio para nossos estudos diários, aliada a nossa preocupação de Lula deixar um país quebrado a um sucessor que seja seu adversário político.

terça-feira, 10 de março de 2009

LULA NO FINANCIAL TIMES - CAPITALISMO

É claro que não poderia deixar de postar o artigo do nosso Presidente Lula, publicado no Financial Times. Divergências a parte, tenho sempre o hábito de ler os dois lados da moeda. E penso que não pode ser diferente, até para poder conhecer o outro lado.

The future of human beings is what matters By Luiz Inácio Lula da Silva Published: March 9 2009 19:52

For me, capitalism has never been an abstract concept. It is a real, concrete part of everyday life. When I was a boy, my family left the rural misery of Brazil’s north-east and set off for São Paulo. My mother, an extraordinary woman of great courage, uprooted herself and her children and moved to the industrial centre of Brazil in search of a better life. My childhood was no different from that of many boys from poor families: informal jobs; very little formal education. My only diploma was as a machine lathe operator, from a course at the National Service for Industry.

I began to experience the reality of factory life, which awoke in me my vocation as a union leader. I became a member of the Metalworkers’ Union of São Bernardo, in the outskirts of São Paulo. I became the union’s president and, as such, led the strikes of 1978-1980 that changed the face of the Brazilian labour movement and played a big role in returning democracy to the country, then under military dictatorship.

The impact of the union movement on Brazilian society led us to create the Workers’ party, which brought together urban and rural workers, intellectuals and militants from civil society. Brazilian capitalism, at that time, was not only a matter of low salaries, insalubrious working conditions and repression of the union movement. It was also expressed in economic policy and in the whole set of the government’s public policies, as well as in the restrictions it placed on civil liberties. Together with millions of other workers, I discovered it was not enough merely to demand better salaries and working conditions. It was fundamental that we should fight for citizenship and for a profound reorganisation of economic and social life.

I fought and lost four elections before being elected president of the republic in 2002. In opposition, I came to know my country intimately. In discussions with intellectuals I thrashed out the alternatives for our society, living out on the periphery of the world a drama of stagnation and profound social inequality. But my greatest understanding of Brazil came from direct contact with its people through the “caravans of citizenship” that took me across tens of thousands of kilometres.

When I arrived in the presidency, I found myself faced not only by serious structural problems but, above all, by an inheritance of ingrained inequalities. Most of our governors, even those that enacted reforms in the past, had governed for the few. They concerned themselves with a Brazil in which only a third of the population mattered.

The situation I inherited was one not only of material difficulties but also of deep-rooted prejudices that threatened to paralyse our government and lead us into stagnation. We could not grow, it was said, without threatening economic stability – much less grow and distribute wealth. We would have to choose between the internal market and the external. Either we accepted the unforgiving imperatives of the globalised economy or we would be condemned to fatal isolation.

Over the past six years, we have destroyed those myths. We have grown and enjoyed economic stability. Our growth has been accompanied by the inclusion of tens of millions of Brazilian people in the consumer market. We have distributed wealth to more than 40m who lived below the poverty line. We have ensured that the national minimum wage has risen always above the rate of inflation. We have democratised access to credit. We have created more than 10m jobs. We have pushed forward with land reform. The expansion of our domestic market has not happened at the expense of exports – they have tripled in six years. We have attracted enormous volumes of foreign investment with no loss of sovereignty.

All this has enabled us to accumulate $207bn (€164bn, £150bn) in foreign reserves and thereby protect ourselves from the worst effects of a financial crisis that, born at the centre of capitalism, threatens the entire structure of the global economy.

Nobody dares to predict today what will be the future of capitalism.

As the governor of a great economy described as “emerging”, what I can say is what sort of society I hope will emerge from this crisis. It will reward production and not speculation. The function of the financial sector will be to stimulate productive activity – and it will be the object of rigorous controls, both national and international, by means of serious and representative organisations. International trade will be free of the protectionism that shows dangerous signs of intensifying. The reformed multilateral organisations will operate programmes to support poor and emerging economies with the aim of reducing the imbalances that scar the world today. There will be a new and democratic system of global governance. New energy policies, reform of systems of production and of patterns of consumption will ensure the survival of a planet threatened today by global warming.

But, above all, I hope for a world free of the economic dogmas that invaded the thinking of many and were presented as absolute truths. Anti-cyclical policies must not be adopted only when a crisis is under way. Applied in advance – as they have been in Brazil – they can be the guarantors of a more just and democratic society.

As I said at the outset, I do not give much importance to abstract concepts.

I am not worried about the name to be given to the economic and social order that will come after the crisis, so long as its central concern is with human beings.

The writer is president of Brazil.

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