Mais previsões para 2012: agora de quatro conceituados economistas que enviaram as mesmas para a EXAME.com. Last but not least, previsões devem sempre serem consideradas.
Os maias, alguns místicos e
até Hollywood, todos já anunciaram que 2012 deve ser um ano apocalíptico. Por
mais cético que se possa ser, olhar para a situação econômica da Europa, por
exemplo, chega mesmo a levantar leves suspeitas. Mas quando se fala em Brasil,
grandes economistas apostam que o próximo ano não chega a ter ares de “fim de
mundo”.
Um time de especialistas formado por
Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda e sócio da consultoria Tendências;
José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do
Ministério da Fazenda e sócio da MB Associados; Octávio de Barros, economista-chefe
do Bradesco; e Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú-Unibanco, enviaram a
EXAME.com suas projeções para os principais indicadores econômicos em 2012.
Em 2011 a economia brasileira caminhou
por um caminho mais complicado do que no ano anterior e deve crescer menos que
3% - bem abaixo dos 7,5% em 2010. Esta queda em grande parte foi causada pelos
impactos da piora nas condições da economia mundial.
Além disso, o ciclo de aperto monetário
iniciado pelo governo no começo do ano ajudou a desacelerar a economia.
Entretanto, a previsão é que o crescimento do país seja maior em 2012, ganhando
ainda mais força em 2013.
PIB
O crescimento da economia em 2012 deve
ficar acima dos 3%. A maior projeção é de Octávio de Barros, do banco Bradesco,
3,7%. Já Maílson da Nóbrega estima o menor crescimento, de 3,2%
Economista PIB
Octávio de Barros 3,7%
J.R. Mendonça de Barros 3,5%
Ilan Goldfajn 3,5%
Maílson da Nóbrega 3,2%
Todos os economistas ouvidos por
EXAME.com fizeram projeções para inflação acima do centro da meta, que é de
4,5%. Entretanto, nenhum deles acredita que o IPCA, índice oficial de inflação
calculado pelo governo, vá passar do teto da meta, que é de 6,5%.
Economista IPCA
Octávio de Barros 5,3%
J.R. Mendonça de Barros 5,5%
Ilan Goldfajn 5,20%
Maílson da Nóbrega 5,40%
Taxa Selic
Em 2011 o comportamento da Selic teve
duas fases distintas. Até agosto, o governo mantinha um ciclo de alta que fez a
taxa básica pular de 10,75% ao ano em janeiro para 12,50% em julho.
Em agosto, porém, sob o argumento de
piora na economia global, o Banco Central não só interrompeu o ciclo de alta,
como também começou a cortar os juros. A taxa fechou o ano em 11%. No fim de
2012, o esperado é que a Selic esteja por volta dos 9% ao ano.
Economista Selic
Octávio de Barros 9,5%
J.R. Mendonça de Barros 9%
Ilan Goldfajn 9%
Maílson da Nóbrega 9,5%
O último boletim Focus publicado pelo
Banco Central, na segunda-feira, trazia a projeção dos analistas para o câmbio
entre real e dólar no fim de 2011 em R$ 1,80. Já para 2012, a menor projeção,
de Maílson da Nóbrega, é de R$ 1,65. A maior é de R$ 1,80, feita por J.R.
Mendonça de Barros.
Economista Câmbio
Octávio de Barros R$1,7
J.R. Mendonça de Barros R$1,8
Ilan Goldfajn R$1,75
Maílson da Nóbrega R$1,65
Balança comercial
Ilan Goldfajn, do Itau-Unibanco, projeta
um saldo positivo de 15 bilhões de dólares para a balança comercial brasileira
em 2012. A projeção de Maílson da Nóbrega é bem superior: 28 bilhões.
Economista Balança Comercial
Octávio de Barros US$ 23 bilhões
J.R. Mendonça de Barros --
Ilan Goldfajn US$ 15 bilhões
Maílson da Nóbrega US$ 28 bilhões