segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Oscars 2015: the full list of winners.

Best supporting actor

WINNER: JK Simmons for Whiplash
Robert Duvall for The Judge
Ethan Hawke for Boyhood
Edward Norton for Birdman
Mark Ruffalo for Foxcatcher

Achievement in costume design

WINNER: The Grand Budapest Hotel – Milena Canonero
Inherent Vice – Mark Bridges
Into the Woods – Colleen Atwood
Maleficent – Anna B Sheppard
Mr Turner – Jacqueline Durran

Achievement in makeup and hairstyling

WINNER: The Grand Budapest Hotel – Frances Hannon, Mark CoulierFoxcatcher – Bill Corso, Dennis Liddiard
Guardians of the Galaxy – Elizabeth Yianni-Georgiou, David White

Best foreign-language film

WINNER: Ida – Paweł Pawlikowski
Tangerines – Zaza Urushadze
Leviathan – Andrey Zvyagintsev
Wild Tales – Damián Szifrón
Timbuktu – Abderrahmane Sissako

Best live-action short film

WINNER: The Phone Call – Mat Kirkby, James Lucas
Aya – Oded Binnun, Mihal Brezis
Boogaloo and Graham – Michael Lennox, Ronan Blaney
Butter Lamp – Wei Hu, Julien Féret
Parvaneh – Talkhon Hamzavi, Stefan Eichenberger

Best documentary short subject

WINNER: Crisis Hotline: Veterans Press 1 – Ellen Goosenberg Kent, Dana Perry
Joanna – Aneta Kopacz
Our Curse – Tomasz Sliwinski, Maciej Slesicki
The Reaper – Gabriel Serra
White Earth – Christian Jensen

Achievement in sound mixing

WINNER: Whiplash – Craig Mann, Ben Wilkins, Thomas Curley
American Sniper – John T Reitz, Gregg Rudloff, Walt Martin
Birdman – Jon Taylor, Frank A. Montaño, Thomas Varga
Interstellar – Gary Rizzo, Gregg Landaker, Mark Weingarten
Unbroken – Jon Taylor, Frank A. Montaño, David Lee

Achievement in sound editing

WINNER: American Sniper – Alan Robert Murray, Bub Asman
Birdman – Aaron Glascock, Martín Hernández
The Hobbit: The Battle of the Five Armies – Brent Burge, Jason Canovas
Interstellar – Richard King
Unbroken – Becky Sullivan, Andrew DeCristofaro

Best supporting actress


Winner for Best Supporting Actress  ...Patricia Arquette!
 Patricia Arquette wins best supporting actress. Photograph: ROBYN BECK/AFP/Getty Images

WINNER: Patricia Arquette for Boyhood
Laura Dern for Wild
Keira Knightley for The Imitation Game
Emma Stone for Birdman
Meryl Streep for Into the Woods

Achievement in visual effects


Best animated short film
WINNER: Interstellar – Paul J Franklin, Andrew Lockley, Ian Hunter, Scott R Fisher
Captain America: The Winter Soldier – Dan Deleeuw, Russell Earl, Bryan Grill, Daniel Sudick
Dawn of the Planet of the Apes – Joe Letteri, Dan Lemmon, Daniel Barrett, Erik Winquist
Guardians of the Galaxy – Stephane Ceretti, Nicolas Aithadi, Jonathan Fawkner, Paul Corbould
X-Men: Days of Future Past – Richard Stammers, Lou Pecora, Tim Crosbie, Cameron Waldbauer
WINNER: Feast – Patrick Osborne, Kristina ReedThe Bigger Picture – Daisy Jacobs, Chris Hees
The Dam Keeper – Robert Kondo, Daisuke “Dice” Tsutsumi
Me and My Moulton – Torill Kove
A Single Life – Joris Oprins

Best animated feature film

WINNER: Big Hero 6The Boxtrolls
How to Train Your Dragon 2
Song of the Sea
The Tale of the Princess Kaguya

Best production design

WINNER: The Grand Budapest Hotel: Adam Stockhausen, Anna Pinnock
The Imitation Game: Maria Djurkovic, Tatiana Macdonald
Interstellar: Nathan Crowley, Gary Fettis
Into the Woods: Dennis Gassner, Anna Pinnock
Mr Turner: Suzie Davies, Charlotte Watts

Achievement in cinematography

WINNER: Birdman: Emmanuel Lubezki
The Grand Budapest Hotel: Robert D Yeoman
Ida: Lukasz Zal, Ryszard Lenczewski
Mr Turner: Dick Pope
Unbroken: Roger Deakins

Achievement in film editing

WINNER: Whiplash – Tom Cross
Boyhood – Sandra Adair
The Imitation Game – William Goldenberg
The Grand Budapest Hotel – Barney Pilling
American Sniper – Joel Cox, Gary Roach

Best documentary feature


Laura Poitras, second left, accepts her award for Citizenfour.
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 Laura Poitras, second left, accepts her award for Citizenfour. Photograph: Kevin Winter/Getty Images

WINNER: Citizenfour – Laura Poitras, Mathilde Bonnefoy, Dirk Wilutzky
Finding Vivian Maier – John Maloof, Charlie Siskel
Last Days in Vietnam – Rory Kennedy, Keven McAlester
The Salt of the Earth – Wim Wenders, Juliano Ribeiro Salgado, David Rosier
Virunga – Orlando von Einsiedel, Joanna Natasegara

Best original song

WINNER: Glory from Selma – Lonnie Lynn (Common), John Stephens (John Legend)
The Lego Movie – Shawn Patterson (Everything Is Awesome)
Beyond the Lights – Diane Warren (Grateful)
Glen Campbell: I’ll Be Me – Glen Campbell, Julian Raymond (I’m Not Gonna Miss You)
Begin Again – Gregg Alexander, Danielle Brisebois (Lost Stars)

Best original score

WINNER: Alexandre Desplat – The Grand Budapest Hotel
Alexandre Desplat – The Imitation Game
Hans Zimmer – Interstellar
Jóhann Jóhannsson– The Theory of Everything
Gary Yershon – Mr Turner

Original screenplay

WINNER: Alejandro González Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo – Birdman
Richard Linklater – Boyhood
E Max Frye, Dan Futterman – Foxcatcher
Wes Anderson, Hugo Guinness – The Grand Budapest Hotel
Dan Gilroy – Nightcrawler

Adapted screenplay

WINNER: Graham Moore – The Imitation Game
Jason Hall – American Sniper
Paul Thomas Anderson – Inherent Vice
Anthony McCarten – The Theory of Everything
Damien Chazelle – Whiplash

Best director

WINNER: Alejandro González Iñárritu for Birdman
Richard Linklater for Boyhood
Bennett Miller for Foxcatcher
Wes Anderson for The Grand Budapest Hotel
Morten Tyldum for The Imitation Game

Best actor


Eddie Redmayne
 Eddie Redmayne with his best actor Oscar Photograph: Chris Pizzello/Invision

WINNER: Eddie Redmayne for The Theory of Everything
Steve Carell for Foxcatcher
Benedict Cumberbatch for The Imitation Game
Bradley Cooper for American Sniper
Michael Keaton for Birdman

Best actress

WINNER: Julianne Moore for Still Alice
Marion Cotillard for Two Days, One Night
Felicity Jones for The Theory of Everything
Rosamund Pike for Gone Girl
Reese Witherspoon for Wild

Best picture

WINNER: Birdman
American Sniper
Boyhood
The Imitation Game
The Grand Budapest Hotel
Selma
The Theory of Everything
Whiplash

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O Fim do Poder - Moisés Naím em exemplo real.


Para quem busca manter o poder a qualquer custo, lendo recentemente “O Fim do Poder”, o último livro do Moisés Naím lançado no Brasil, ele cita que as estatísticas e estudos mostram claramente que os executivos têm cada vez menor estabilidade em seus cargos.

E isso fica muito claro com a saída do Don Thompson,  CEO do McDonald’s: a decisão foi anunciada depois de a empresa divulgar uma queda de 2,4% na receita em 2014.


Enquanto isso no Brasil...

The Economist - 29/01/2015


domingo, 18 de janeiro de 2015

Delfim Netto: O perigo.

Recentemente li na FOLHA um novo artigo do mestre Delfim Netto. 

Depois de um extraordinário e justificado entusiasmo nacional por termos reencontrado o caminho da construção de uma sociedade "civilizada": 1) com o "milagre" da Constituição de 1988; 2) com o movimento de reequilíbrio geral iniciado, mas nunca terminado, pelo Plano Real de 1994/95 e, afinal 3) com a aceleração da inclusão social a partir de 2003 apoiada por um fantástico e passageiro donativo externo, terminamos 2010 com brilhante superação da maior crise econômica e social que o mundo conheceu depois da Segunda Guerra Mundial.

Com essa história, Dilma Rousseff elegeu-se com relativa facilidade. Os estresses internos estavam escondidos pela velocidade do crescimento e a condição externa estava mudando, o que exigiu um forte ajuste em 2011. O seu primeiro mandato foi testemunha do primeiro grito de desconforto da sociedade brasileira nos últimos 30 anos, e a sua reeleição marcada por um embate político de rara agressividade.

Nossa situação econômica é certamente delicada, mas claramente superável. O fenômeno mais grave que estamos vivendo, entretanto, é a generalização da recusa à política que está se apropriando de boa parte da juventude brasileira.

Sem perceber, ela tem sido vítima da mais incompetente história "engajada" ensinada há décadas nas escolas de todo nível (da base às universidades), sob os auspícios do MEC e de sindicatos de funcionários públicos que se acreditam "professores".

Com raras exceções, não aprenderam nada, nem da história pátria, nem da universal. Continuam comparando o socialismo "ideal" com o capitalismo "real", esquecendo o socialismo "real". Continuam ensinando que a "verdadeira" democracia é o sistema em que a "maioria" decide que a "minoria" não tem outro direito que não o de obedecer-lhes. É a matriz do pensamento autoritário que infecciona a sociedade e que sempre terminará numa "verdadeira" democracia de direita que dura 20 anos, ou numa "verdadeira" democracia de esquerda, em geral mais competente, que costuma durar pelo menos 70...

Quando a maioria da sociedade empodera pelo sufrágio universal um governo para atender a todas as suas vontades, o mais provável é que (inclusive a minoria que se negou a fazê-lo) vai entregar-lhe tudo, a começar por sua liberdade. Disso já sabiam os "founding fathers" da nação americana que construíram, na sua Constituição os mais altos obstáculos ao autoritarismo, sob o controle de um Supremo Tribunal, cuja função básica é garantir os inalienáveis direitos das minorias.


Os fatos dão razão à História: quem a ignora --que é o caso das nossas "direita" boçalizada e "esquerda" imbecilizada-- está mesmo destinado a repeti-la.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Daria para voltar a crescer ainda em 2015, mas...

Carlos Pio foi na Universidade de Brasília meu professor e orientador, além de ser um brilhante intelectual. Após longos meses retorna ao Brasil agora em pleno Dilma II. Recentemente publicou no Correio Braziliense a sua visão da atual situação econômica e política brasileira. Crítico severo da então política econômica de Dilma I, mantém um otimismo que esperamos ser realizado a partir de 2015. 

O PT ganhou a eleição presidencial, mas um economista ortodoxo vai mandar na economia. Essa parece ser a conclusão após a nomeação de Joaquim Levy para a Fazenda. Ph.D. em economia por Chicago, a mais ortodoxa escola do planeta, Levy trabalhou para o FMI, para FHC e, sob o comando de Palocci, para Lula. 

Espera-se dele que reverta o arremedo de política macroeconômica legado por Guido Mantega. Solução de mediocridade para o "escândalo do caseiro", que derrubara Palocci, Mantega foi ficando no cargo porque interessou tanto a Lula - que usava seu nome para amainar o esquerdismo anacrônico do PT - quanto a Dilma, que com ele na cadeira de ministro tocava, no grito, uma política econômica dita desenvolvimentista. 

Diga-se de passagem que, no Brasil, desenvolvimentismo sempre significou a submissão completa dos cidadãos mais pobres aos caprichos da ineficiente indústria paulista. Dilma, Mantega, Belchior e Pimentel montaram o pior time econômico de que se tem notícia desde a redemocratização e propagaram uma visão de mundo campineira, contra a qual, bem ou mal, se remava desde a abertura comercial de 1990. Escolhidos a dedo, nenhum dos assessores de primeiro ou segundo escalão tinha currículo acadêmico ou experiência profissional capaz de fazer sombra às parcas credenciais da presidente. 

A cabeça de Mantega foi pedida por todos os que viam nele um medíocre fanfarrão. No entanto, além de aplacar a fome de poder da governanta, sua permanência por longos 9 anos servia para sinalizar ao mercado que Dilma só faz o que quer. Tanto foi assim que, na sequência ao anúncio de Joaquim Levy para comandar a Fazenda, Gilberto Carvalho proclamou: "Quem governa é a presidenta (sic!), não é o ministro. Ministro não tem autonomia para fazer uma política própria, ele faz uma política dirigida pela presidenta, discutida com a presidenta e, ao fim, resolvida pela presidenta (sic! sic! sic!)". 

A obviedade da advertência não é senão a tentativa da cúpula do PT de se mostrar altiva e soberana na hora em que, literalmente, entrega as chaves do cofre ao velho adversário. Mesmo que todos saibamos que Dilma se sujeitou à necessidade de dar qualidade à política econômica, não podemos entender no gesto da presidente o abandono nem do estilo gerentona nem do ranço estatista e dirigista que ela própria imprimiu ao seu primeiro mandato. Dilma se considera uma "economista com perfil tecnocrático" - e não importa que não disponha de diploma ou realizações para darem respaldo à fantasia. 

Mas nem tudo está perdido. Pela primeira vez desde que Henrique Meirelles deixou o Banco Central em 2009, a economia será governada por alguém que, gozando de impecável reputação profissional, não se sujeitará a interferências políticas infundadas, mesmo quando provenientes da mais alta autoridade da República. Ungido ao topo da administração exclusivamente pela reputação como gestor competente e de ideias sensatas, Levy não afagará nem acomodará as diatribes da presidente. 

Seu foco deverá ser nos resultados que pretende impingir às estatísticas econômicas nuas e cruas: inflação declinante e crescimento ascendente; superavit primário crescente; queda nas taxas de risco país e de juros futuros; manutenção do grau de investimento; restabelecimento do equilíbrio nas transações correntes; retomada do investimento privado e da confiança do consumidor. 

O que se espera do ministro é apenas que seja capaz de desbastar o matagal de medidas inconsequentes implementadas por Mantega desde que passou a dividir a gestão da economia com a presidente. O que vai determinar se esses objetivos serão ou não obtidos é a capacidade de Levy para manter Dilma longe da economia. 

Infelizmente, de Levy não se espera que promova uma guinada de 180º na estratégia econômica do país, algo essencial para inaugurar uma rota de crescimento vigoroso e sustentável que poderia ter início já em 2015. Afinal, isso requereria diversas reformas que Dilma e o PT jamais avalizariam. 

Cabe destacar: ambiciosa abertura comercial, gradual e unilateral; transformação do Mercosul em mera área de livre comércio; desmonte imediato do balcão de concessão de privilégios em que se transformou o BNDES e sua transformação num financiador da produtividade do trabalhador; desregulamentação da economia, especialmente a simplificação tributária e o fim das isenções concedidas a setores específicos; gradual eliminação de toda e qualquer restrição à compra, venda, depósito bancário e poupança em moeda estrangeira

Sem reformas desse calibre, as empresas e os trabalhadores brasileiros seguirão ineficientes e pouco integrados à economia global. E seguiremos crescendo menos do que quase todo o mundo. 


CARLOS PIO - Professor de Economia Política Internacional da Universidade de Brasília-UnB http://carlospio.wordpress.com

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Brasil: cenário econômico para 2014/2015.

O cenário macroeconômico brasileiro para encerrar o ano de 2014 sinaliza um ambiente de crescimento tendendo a zero e com a inflação acima da meta.

Enquanto os Estados Unidos estimam para 2014 um PIB de 2,3% e a Zona do Euro média de 1,4%, para o Brasil, com muito otimismo, projetamos algo em torno de 0,3%. Destaque-se que a inflação americana e na Zona do Euro é bem menor que a brasileira, estimada em 6,5%.

Em dezembro ocorreu a última reunião do Copom que, na ocasião, elevou a Taxa Selic para 11,75%. Pelos comentários das autoridades monetárias, é provável que o aumento na taxa de juros perdure pelo menos para o primeiro trimestre de 2015. Lembrando que a Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLT, também em dezembro subiu de 5,0% para 5,5%.

Quanto à balança comercial, desde setembro/2001 não se verificava um resultado tão ruim para um ano, o que faz com que 2014 se encerre com um déficit comercial de US$ 4,7 bilhões, algo como 0,2% do PIB.

E a máquina estatal continua sua disparada de gastos, donde de um superávit de R$ 80,9 bilhões em 2013, até novembro 2014 já alcançava um déficit primário de R$ 19,6 bilhões.

Com os Estados Unidos em expectativa para um breve aumento da taxa de juros, no Brasil o dólar continuará sua trajetória de elevação, tendo fechado o mercado em 30/12/2014 no valor de R$/US$ 2,80.

Esperamos que a nova equipe econômica liderada pelo Ministro Joaquim Levy consiga manter em Brasília força política suficiente que resulte em 2015 em indicadores realmente compatíveis para um Brasil em crescimento e desenvolvimento.               

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Antonio Delfim Netto: um economista notável.

Um momento inesquecível na vida deste economista cearense, que compartilho com os meus ainda, espero, dois (milhões de) leitores deste blog.

Um café na companhia do brilhante mestre Antonio Delfim Netto, que em 1959 defendeu sua tese justamente com o título "O problema do café no Brasil".

Ter o prazer de conversar com uma mente realmente privilegiada e de uma polidez somente encontrada em raras pessoas, não tem preço. 




   

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

CAEN/UFC: Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais 2014.

A Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará, CAEN/UFC, foi novamente agraciada com o Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais. 

Em sua oitava edição, no ano de 2012, o aluno Wandermon Silva, do Mestrado Profissional em Finanças e Seguros, orientado pelo Professor Paulo Matos havia ganho na categoria de Mestrado.

Agora, em 2014, o aluno Glaylson Sampaio, também do Mestrado Profissional em Finanças e Seguros, sob a orientação do Prof. Paulo Matos, ganha na mesma categoria o 10º Prêmio ANBIMA de Mercado de Capitais, com o trabalho intitulado: Modelagem do Comportamento Forward-looking dos índices setoriais no Brasil.

Os demais trabalhos vencedores são da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV) e do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).

Atenciosamente, 
Coordenação do CAEN/UFC


domingo, 7 de dezembro de 2014

Vitória amarga.

Fernando Henrique Cardoso, hoje em seu artigo dominical.  

Raras vezes houve vitória eleitoral tão pouco festejada. Nem mesmo o partido da vencedora, tonitruante e dado a autocelebrações, vibrou o suficiente para despertar o país da letargia.

Os mais espertos talvez tenham percebido que seus quadros minguaram, com graves perdas de entusiasmo e adesão na juventude e certo rancor em setores do empresariado mais moderno.

A reeleita possivelmente saboreie o êxito com certo amargor. É indiscutível a legalidade da vitória, mas discutível sua legitimidade. O que foi dito durante a campanha eleitoral não se compaginava com a realidade.

Só mesmo seu ministro da Fazenda, que coabita com o novo ministro designado, pôde dizer de cara lavada que a economia saíra da estagnação e que os males que a assolam vêm da crise mundial.

Recentemente, fazendo coro a esta euforia de encomenda, diante de dados que mostram um “crescimento” de 0,1% do PIB no trimestre passado, houve a repetição da bobagem: finalmente a economia teria saído da “recessão técnica”, de dois ou mais trimestres seguidos.

Palavras, palavras, palavras, que não enganam sequer aos que as estão pronunciando.

Na formação do novo gabinete, a presidenta começou a atuar (escrevo antes que a tarefa esteja completa) no sentido de desdizer o que pregara na campanha. Buscou um tripé “de direita” para o comando da economia.

Na verdade, o adjetivo é despiciendo: a calamidade das contas públicas levou-a a escolher quem se imagina possa repô-las em ordem, pois sem isso não existe direita nem esquerda, mas o caos.

Menos justificável, senão pela angústia dos apoios perdidos, é a composição anunciada do resto do Ministério de cunho mais conservador/clientelístico. Esperemos.

A presidenta, com esta reviravolta, deve sentir certa constrangedora falta de legitimidade. Foi a partir da ação dela na Casa Civil, e daí por diante, que se implantou a “nova matriz econômica”: mais gastança governamental e mais crédito público, à custa do Tesouro.

Foi isso que não deu certo, e serviu de alavanca para outros equívocos que levaram o governo do PT a perder a confiança de metade do país. Sem falar da quebra moral.

Metade, sim, mas que metade? É só ver os dados eleitorais com maior minúcia, município por município: a oposição ganhou, em geral, nas áreas mais dinâmicas do país, inclusive nas capitais onde há sociedade civil mais ativa, maior escolaridade, capacidade empreendedora mais autônoma e menos amarras aos governos.

O lulopetismo, nascido no coração da classe trabalhadora do ABC, recuou para as áreas do país onde a ação do governo supre a ausência de uma sociedade civil ativa e de setores produtivos mais independentes de decisões governamentais.

É falaciosa a afirmação de que houve vitória da oposição em áreas geográficas tomadas isoladamente: Sudeste rico em contraposição ao Nordeste pobre, idem quanto ao Sul ou quanto ao Centro-Oeste em relação ao Norte. Ou de ricos contra pobres, à moda lulista.

Por certo, como há maior concentração da pobreza nas áreas mais dependentes do assistencialismo governamental, houve, de fato, uma distinção na qual as faixas de renda pesam. Mas os sete milhões de dianteira que Aécio levou sobre Dilma em São Paulo terão sido “dos ricos”? Absurdo.

Nas áreas menos dependentes do governo, ricos e pobres tenderam a votar contra o lulopetismo; nas demais, a favor de Dilma, ou melhor, do governo.

A votação na oposição no Acre, em Rondônia, em Roraima ou nas capitais do Norte e Nordeste se explica melhor pelo dinamismo do agronegócio e pelos serviços que ele gera, e, no caso das capitais, pela maior autonomia de decisão das pessoas.

Este o xis da questão. Eleito com apoio dos mais dependentes (não só dos mais pobres, mas também dos dependentes “da máquina pública” e das empresas a ela associadas), o “novo” governo precisa fazer uma política econômica que atenda aos setores mais dinâmicos do país.

Vem daí certa tristeza na vitória: a tarefa a ser cumprida seria mais bem realizada com a esperança, o ânimo e o compromisso de campanha dos que não venceram.

Cabe agora aos vitoriosos vestir a camisa de seus opositores (como Lula já fez em 2003), continuar maldizendo-nos e fazendo malfeito o que nós faríamos de corpo e alma, portanto, melhor. Atenção: a economia não é tudo. Menos ainda um ajuste fiscal.

O êxito de uma política econômica depende, como é óbvio, da política. Economia é política. Política exige convicção, capacidade de comunicar-se, mensagem e desempenho.

No Plano Real, coube-me ser o arauto, falar com a sociedade, ir ao Congresso, convencer o próprio governo. O presidente Itamar Franco teve a sabedoria de indicar o embaixador Ricupero para me suceder, que fez o mesmo papel.

E agora, quem desempenhará a função de governar numa democracia, isto é, obter o apoio, o consentimento, a adesão dos demais atores políticos? Do Congresso, das empresas, dos sindicatos, das igrejas, da mídia, numa palavra, da sociedade.

A presidenta Dilma, mulher sincera, ciosa de suas opiniões, terá condições para se transmutar em andorinha da mensagem execrada por ela e sua grei? A nova equipe econômica terá esse perfil ou se isolará no tecnicismo?

O “petrolão” será uma ventania ou um tufão a derrubar as muralhas do governo e da “base aliada”? E a oposição se oporá de verdade, ou embarcará no tecnicismo e na boa vontade à espera de que o “mercado”, sobretudo o financeiro, acalme-se e que tudo volte à moda antiga? O mesmo se diga de cada setor da sociedade.

É mais fácil rearranjar a economia do que acertar a política. Que fazer com essa quantidade de partidos e ministérios, interligados mais por interesses, muitos dos quais escusos?


Sem liderança, nada a fazer. Com miopia eleitoreira, menos ainda. Tomara não sejam os juízes os únicos a purgar nossos males, como ocorreu na Itália, até porque no exemplo citado o resultado posterior, a eleição de um demagogo como Berlusconi, não foi promissor.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Economia brasileira: adeus 2015. Feliz 2016!

Nestes dias já tão próximos de 2015 e da nova posse em Brasília da presidente Dilma Rousseff, nossas orações e pensamentos estão direcionadas para que a nova equipe de governo consiga para este segundo mandato, o que não se conseguiu durante o período de 2011 a 2014.

Em que pese o esforço do governo na inclusão social das classes menos favorecidas, lamentavelmente os números econômicos não brilharam tanto nestes últimos anos. A relevância da taxa de desemprego em sucessivas quedas, estimando-se 5,1% para este ano, não condiz com um cenário macroeconômico de pífio crescimento e desenvolvimento.

A mediocridade do resultado do PIB esperado para 2014, algo em torno de zero, é frustrante para uma nação com mais de duzentos milhões de habitantes. Enquanto isso, a inflação registra a sua deletéria presença diariamente e a meta de 4,5% ao ano é algo que a equipe econômica efetivamente não conseguiu atingir, mesmo com o forçoso represamento de preços e tarifas.

O Banco Central ainda tenta manter a taxa de câmbio sob controle, porém estudos demonstram a real possibilidade de em 2015 a cotação R$/US$ atingir rapidamente os R$ 3,00.

Neste final de ano, para tentar sinalizar uma política monetária ortodoxa e demonstrar uma independência que efetivamente ainda não possui, o Banco Central eleva mais uma vez a taxa Selic de 11,25% para 11,75% ao ano. Para quem iniciou o governo com 10,75% de taxa Selic, a presidente não deve ter ficado muito feliz.

Enquanto o saldo da balança comercial para o final de 2014 chega a quase zero, o saldo em contas correntes estoura em quase US$ 80 bilhões.

E um governo que promoveu gastos e mais gastos em um ano de eleições presidenciais, não poderia realmente fechar bem suas contas contábeis, mesmo mantendo uma contabilidade para lá de criativa. E esquecendo que ainda possa existir algum superávit primário em 2014, o que nos restará será mais um aumento da dívida pública líquida (% PIB) para cerca de 35,5%.


Diante de tantos indicadores negativos, que os votos de um feliz 2015 já sejam acrescidos de um pedido para que 2016 não demore muito.

Best books of 2014 - The Economist.

Economics and business: 
Capital in the Twenty-First Century. By Thomas Piketty. Belknap Press; 696 pages; $39.95 and £29.95. Buy from Amazon.com<http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/067443000X/theeconomists-20>; Amazon.co.uk<http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/067443000X/economistshop-21>
An unlikely bestseller by a French economist, who, by looking at historical changes in the concentration of income and wealth, shows that the importance of wealth in modern economies is approaching levels unseen since before 1914.

The Forgotten Depression, 1921: The Crash that Cured Itself. By James Grant. Simon & Schuster; 254 pages; $28. Buy from Amazon.com<http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/1451686455/theeconomists-20>; Amazon.co.uk<http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/1451686455/economistshop-21>
A study of the searing 1920s by the founder of a well-regarded financial newsletter. It sheds light on a nasty, but largely ignored, episode and demonstrates that a laissez-faire approach can cure slumps better than the government activism of the 1930s-or indeed 2008.

Brazil: The Troubled Rise of a Global Power. By Michael Reid. Yale University Press; 334 pages; $32.50 and £20. Buy from Amazon.com<http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0300165609/theeconomists-20>; Amazon.co.uk<http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/0300165609/economistshop-21>

Our former Americas editor, now the Bello columnist, analyses the troubled rise of a global power and looks at the challenges that lie ahead.

The status of economists: The power of self-belief.

"IF ECONOMISTS could manage to get themselves thought of as humble, competent people, on a level with dentists, that would be splendid!" said John Maynard Keynes, a British economist. Despite their collective failure to predict the financial crisis, let alone follow Keynes's injunction, economists are still very influential. They write newspaper columns, advise politicians and offer expensive consulting services to business-folk far more than other academics. A new paper* tries to explain why.
One reason, say the authors, is that economists have come to believe that they are superior. A survey in 1985 found that just 9% of graduate students in economics at Harvard strongly believed that economics was "the most scientific of the social sciences". But as economics became ever more mathematical, its practitioners grew in self-confidence. By 2003 54% of the graduate economists studying at Harvard strongly agreed with the statement. A glance at a popular blog for doctoral students in economics, econjobrumors.com, gives a taste of the contempt in which its users hold other disciplines. Sociologists "play around with big important ideas without too much effort or rigour," one econo-nerd asserts.
The authors point out that economists demonstrate their self-belief in subtler ways too. Articles in the American Economic Review cite the top 25 political-science journals one-fifth as often as the articles in the American Political Science Review cite the top 25 economics journals. Another study found that American economics professors were less likely than their peers in other subjects to agree with the notion that "interdisciplinary knowledge is better than knowledge obtained by a single discipline."
The odd thing, the authors argue, is that we believe in economists almost as much as they believe in themselves. Journalists and politicians seek strong arguments and clear answers. Most academics are reticent types: historians, for instance, question whether you can learn anything from history. "For a moderate fee," jokes Deirdre McCloskey, an economic historian, "an economist will tell you with all the confidence of a witch doctor that interest rates will rise 56 basis points next month or that dropping agricultural subsidies will increase Swiss national income by 14.8%."

* "The superiority of economists<http://pubman.mpdl.mpg.de/pubman/faces/viewItemOverviewPage.jsp?itemId=escidoc:2071743:2>", by M. Fourcade, E. Ollion and Y. Algan, MaxPo Discussion Paper 14/3.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...