Leio na FOLHA de S. PAULO, matéria sobre a equipe econômica que colabora com a candidata Marina Silva.
André Lara Resende e Eduardo Giannetti da Fonseca são as estrelas
principais, mas a equipe que assessora Marina Silva na área econômica reúne
pelo menos outros três profissionais respeitados no meio, embora pouco
conhecidos fora da academia.
Os professores Alexandre Rands, da Universidade Federal de
Pernambuco, Marco Bonomo, do Insper, e Tiago Cavalcanti, da Universidade de
Cambridge, estão na linha de frente da campanha.
Os três contribuíram com a elaboração do programa do PSB antes da
morte do ex-governador Eduardo Campos. Mais recentemente, foram convocados a
participar ativamente da campanha.
A ascensão de Marina nas pesquisas de intenção de voto tem
provocado forte assédio de empresários e investidores interessados em conhecer
melhor as propostas da candidata para a economia.
A equipe, enxuta, se desdobra para dar conta dos convites para
palestras e encontros com o setor privado.
Um desses eventos, organizado pelo Bank of America/Merrill Lynch na
última segunda-feira (8) em São Paulo, foi pensado originalmente para cerca de
cem convidados e acabou com uma plateia de quase 500 pessoas.
O número de representantes de Marina aumentou de forma proporcional
ao interesse. Inicialmente, falariam apenas Walter Feldman e Bazileu Margarido,
coordenadores da campanha de Marina.
A dupla acabou sendo reforçada por quase todo o núcleo da campanha,
incluindo o candidato a vice da chapa, Beto Albuquerque, Lara Resende, os
irmãos Alexandre e Maurício Rands e o biólogo João Paulo Capobianco.
Bonomo, que até agora vinha atuando apenas na concepção do
programa, foi recrutado na semana passada para também representar Marina em
eventos públicos.
Acadêmico respeitado --está entre os 20 economistas brasileiros com
maior número de artigos em publicações acadêmicas--, Bonomo não está acostumado
com os holofotes do debate público.
Ele conta ter conhecido Marina em 2010 e diz que logo se
identificou com suas ideias. Mas chegou à campanha pelas mãos de Tiago
Cavalcanti e Alexandre Rands, economistas que eram próximos de Eduardo Campos.
Bonomo foi um dos autores das propostas do programa relacionadas ao
mercado de crédito. É defensor da redução do papel dos bancos públicos, que,
segundo ele, deveriam atuar com foco em nichos específicos, como pequenas
empresas e inovação.
"Mas tudo isso deve ser feito com muito cuidado,
vagarosamente", disse Bonomo.
Cavalcanti também é crítico do protagonismo assumido pelos bancos
públicos na oferta de crédito subsidiado. Seu estudo mais recente afirma que a
política de subsídios não tem efeito positivo significativo para a produção e
não ajuda os salários.
Assim como Rands, os dois economistas são defensores da importância
da avaliação permanente dos resultados de políticas públicas. "Não quero
discutir o tamanho do Estado, mas podemos discutir a sua eficiência",
afirmou Cavalcanti.
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