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quinta-feira, 29 de março de 2012

IC-PMN - Insper


O Índice de Confiança do Empresário de Pequenos e Médios Negócios no Brasil (IC-PMN) referente ao segundo trimestre de 2012 atingiu 75 pontos. Divulgado pelo Insper Instituto de Ensino e Pesquisa e Santander, ele indica o nível de otimismo do empresariado brasileiro. O índice teve aumento de 2,4% em relação ao primeiro trimestre deste ano quando alcançou 73,3 pontos. Este resultado é o maior valor alcançado pelo índice para um segundo trimestre de um ano, desde seu lançamento em novembro de 2008.

A confiança na economia apresentou a maior alta percentual (3,7%) passando de 71,6 pontos no primeiro trimestre do ano para 74,3 pontos no segundo trimestre de 2012. As perspectivas de melhora do ramo de atividade e do faturamento também apresentaram crescimentos com relação ao trimestre passado, respectivamente, de 3,6% e 3,7%. A única exceção foram as contratações de empregados que permaneceram estáveis.

Entre os ramos de atividade, a confiança do setor de serviços apresentou a maior alta (2,8%), subindo de 73,5 pontos no primeiro trimestre do ano para 75,6 pontos no segundo. A confiança do comércio passou de 73,1 pontos no primeiro trimestre de 2012 para 74,6 no segundo trimestre e a confiança da indústria variou de 73,4 pontos para 75,3 no mesmo período.

“Essa foi a primeira pesquisa realizada após a implementação do novo regime de tributação do Super Simples. Acreditamos que o novo regime possa ter efeito positivo no otimismo do pequeno e médio empresário e que isso já tenha impactado os resultados”, diz Cesar Fischer, superintendente do segmento de Pequenas e Médias do Santander Brasil.

Os resultados do IC-PMN indicam um aumento generalizado da confiança por região geográfica. A região Centro-Oeste apresentou a maior alta da confiança passando de 72,6 pontos no primeiro trimestre de 2012 para 76,4 pontos no segundo trimestre do ano, um aumento de 5,3%. Já a região Nordeste apresentou o menor crescimento da confiança passando de 73,5 pontos no primeiro trimestre para 74,8 pontos no segundo trimestre deste ano. A região Norte com um aumento de 4,1% na confiança continua sendo a mais otimista, alcançando 79,5 pontos, o maior valor atingido por alguma região desde o início do cálculo do índice. Já a confiança da região Sudeste atingiu 74,4 pontos, um aumento de 1,8% com relação ao trimestre anterior, fazendo desta a região menos otimista.


Metodologia

Com coleta e divulgação trimestral, o IC-PMN varia em uma escala de 100 pontos, sendo 100 o nível máximo de confiança. Os dados foram coletados entre os dias 1 a 5 de Março de 2012, contando com a participação de 1.200 empresários de todo o Brasil e dos setores de indústria, comércio e serviços.


Nacional         1º Tri/11   2º Tri/11    1º Tri/12     2º Tri/12
                                     
Economia            71,4        71,2            71,6            74,3
Ramo                   76,5        76,4            75,5           78,2
Faturamento        78,0        78,2            76,8           79,6
Lucro                    76,6       77,0            76,4            77,7
Empregados         70,7       69,3            68,2            68,1
Investimento         74,0       73,0            70,9            72,0


Atividade          1º Tri/11     2º Tri/11    1º Tri/12   2º Tri/12

Comércio                74,6          74,4             73,1          74,6
Indústria                  74,6          74,4             73,4          75,3
Serviços                  74,4          73,6             73,5          75,6


Região                1º Tri/11      2º Tri/11     1º Tri/12   2º Tri/12

Centro-Oeste            72,3          75,3             72,6          76,4
Nordeste                   74,1          72,8             73,5          74,8
Norte                         76,7          76,4             76,4          79,5
Sudeste                     75,3          74,2             73,1          74,4
Sul                             74,1          74,1             72,3          74,7
Fonte: Insper e Santander

segunda-feira, 19 de março de 2012

Insper - evento em 22.03.2012.


O Insper – Instituição de Ensino e Pesquisa sem fins lucrativos – promove no dia 22 de março, em seu campus, Seminário “Fundraising – Melhores Práticas”. O objetivo desse seminário gratuito é o de disseminar para diferentes Institutos, Fundações e ONGs Brasileiras as melhores práticas de Governança e perenidade, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade, por meio do fortalecimento dessas Instituições de cunho social.

Como Keynote speaker, o Insper receberá o especialista em captação de recursos, Howard Stevenson, para debater as melhores práticas nesta área. Professor da Harvard Bussiness Administration e membro do Conselho Deliberativo do Insper, ele traz ao Brasil os conceitos de seu mais novo livro – “Getting to Giving: Fundraising the Entrepreneurial Way”.
Participantes:

Claudio Lottenberg – Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein e Professor Titular do curso de Ciências Políticas do MBA em Saúde do Insper. Foi membro do Conselho Nacional de Assistência Social e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; ex Secretário Municipal de Saúde do município de São Paulo. Conselheiro da Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, no triênio 2007-2010 e Membro do Board do Pan-American Ophtalmological Foundation.

Alvaro de Sousa – Presidente do Conselho da GOL - Linhas Aéreas Inteligentes e do Conselho Diretor do WWF - Worldwide Wildlife Fund no Brasil. É também Conselheiro das seguintes empresas e entidades: WWF International Board of Trustees, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Duratex S/A, CSU-CardSystem e Santos Futebol Clube, além de Coordenador do Comitê de Auditoria e Conselho Fiscal da AMBEV. É também Diretor da AdS – Gestão, Consultoria e Investimentos Ltda.

Marcelo Barbosa - Sócio fundador do Escritório, Conselheiro da Fundação Estudar e Diretor Estatutário do Insper. É bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Master of Laws pela Columbia University School of Law.

Mediador:

Claudio Haddad - Presidente do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa (entidade sem fins lucrativos). Membro do Conselho de Administração da BM&FBovespa, da Ideal Invest S.A., do Instituto Unibanco e do Hospital Israelita Albert Einstein. Presidente do Conselho do Brazil Harvard Office, do David Rockfeller Center for Latin American Studies. Sócio e Diretor Superintendente do Banco Garantia (83-98). Diretor do Banco Central do Brasil (80-82).


Fundraising – Melhores Práticas
Data: 22/03/2012 (quinta-feira)
Horário: das 9h00 às 12h00
Local: Auditório Steffi e Max Perlman - Campus Insper 
Rua Quatá, 300 - Vila Olímpia - São Paulo/SP
Estacionamento: Rua Uberabinha, s/nº


PROGRAMAÇÃO

         9h00 – 9h30
Welcome Coffee
        9h30 - 11h00
Palestra: Getting to Giving: Fundraising the Entrepreneurial Way  (Howard Stevensen)
      11h00 - 12h00
Mesa redonda: Captando recursos para uma ONG Internacional (Alvaro de Sousa); Hospital Albert Einstein um case de sucesso (Claudio Lottemberg); Formação e Administração de Endowment (Marcelo Barbosa)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

IC-PMN: 1º TRI 2012.


Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) tem ligeira queda para 73,3 pontos na perspectiva para 1º TRI 2012. Indicador encontra estabilidade e mostra cautela do empresário.

São Paulo, 14 de dezembro de 2011 – O Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) apresentou ligeira queda em relação ao último levantamento, realizado em setembro. O indicador com os resultados para o primeiro trimestre de 2012 registrou 73,3 pontos, em uma escala de 0 e 100,  ante 73,7 pontos, apurados no último levantamento, em setembro. Realizado em parceria entre Insper e Santander, o IC-PMN tem periodicidade trimestral e aponta as perspectivas do setor. 

Quando analisadas as expectativas de acordo com as diferentes questões que compõem o índice, é possível identificar que os empresários permanecem otimistas em relação aos negócios. Houve um aumento nas perspectivas de lucro das empresas, de 76,2 para 76,4 pontos, e na disposição dos empresários de pequenos e médios negócios em investir, de 70,5 para 70,9 pontos. Também é positiva a leitura sobre as perspectivas de contratação, que historicamente têm registrado queda e, no levantamento para o primeiro trimestre, ficou praticamente estável aos 68,2 pontos (68,3 em setembro). Apenas as previsões de faturamento tiveram retração de 78,4 para 76,8 pontos.

“É natural o desaquecimento das vendas no início do ano, provocando esta redução na previsão de faturamento dos empresários de pequeno e médio negócios no período”, avalia o professor do Insper José Luiz Rossi Junior.

Entre os diferentes ramos de atividade, identifica-se retração no otimismo do setor serviços (74,9 para 73,5 pontos), enquanto indústria e comércio permaneceram praticamente estáveis. Na avaliação por estado, a principal queda foi observada no Centro-Oeste, onde o IC-PMN passou de 77,3 para 72,6 pontos. Também caiu a confiança dos empresários das regiões Sul e Nordeste, sendo registradas altas apenas as regiões Sudeste e Norte, esta última, a mais otimista, com 76,4 pontos.

O estudo para o IC-PMN envolve 1,2 mil empresas das cinco regiões do país. Foram ouvidos empresários de três ramos de atividade (comércio, serviços e indústria) e que faturam até R$ 30 milhões/ano.

                                 4ºTRI 2011    1º TRI 2012
IC-PMN NACIONAL      73,7   73,3
Economia                           72,3   71,6
Ramo                                  76,7   75,5
Faturamento                       78,4   76,8
Lucro                                  76,2   76,4
Empregados                       68,3   68,2
Investimento                      70,5   70,9

IC-PMN POR REGIÃO 4º TRI/11     1º TRI 2012
Centro-Oeste                             77,3   72,6
Nordeste                                    74,4   73,5
Norte                                         76,0   76,4
Sudeste                                      72,9   73,1
Sul                                              73,1   72,3

IC-PMN POR SETOR  4º TRI/11     1º TRI 2012
Comércio                                  73,2   73,1
Indústria                                    73,5   73,4
Serviços                                    74,9   73,5

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

No Brasil, o problema dos altos juros é o 'spread' bancário.


MARCELO L. MOURA, professor associado do Insper, escreveu este artigo especialmente para a FOLHA DE S. PAULO de hoje.

O Brasil é um país no mínimo curioso. Países como os EUA e a Alemanha entrariam em colapso se tivessem as taxas reais de juros brasileiras para crédito pessoal ou para capital de giro.

No entanto, essa resiliência verde-amarela não deve ser motivo de orgulho, muito pelo contrário. Juros altos minam nossa capacidade de investir e de criar um mercado consumidor forte e pujante, resultando em taxas de crescimento relativamente baixas para um país emergente.

A taxa básica de juros no Brasil, a Selic, não é a origem do problema, mas sim o que se cobra acima desta para emprestar, o "spread".

A atuação do Banco Central nos últimos anos resolveu um problema crônico de inflação que durou várias décadas. Baixar a Selic artificialmente será ineficaz e irá trazer de volta um velho e perigoso inimigo, que é a inflação.

Por que o "spread" é tão alto? Um estudo recente do Banco Central indicou que apenas dois fatores explicam 85% do "spread": margem de lucro dos bancos (55%) e inadimplência (30%).

A inadimplência é alta por dois motivos. Primeiro, nossa legislação protege pouco aquele que empresta. Prova disso é que o crédito que mais cresce é o de financiamento de veículos e o consignado, que têm, respectivamente, o automóvel e o salário como colaterais.

Segundo, seleção adversa: com taxas de juros tão altas, somente aqueles com recursos limitados e com poucas alternativas se dispõem a tomar empréstimo.

Com relação à margem de lucro, primeiramente uma ressalva. Qualquer empresa em uma economia de mercado sempre tentará obter o máximo lucro. O que impede o abuso é a competição.

O setor de telefonia no Brasil é exemplar. Se o consumidor tem a portabilidade da linha e a facilidade de trocar de empresa telefônica, os preços caem e a qualidade melhora. Ao contrário, notem a dificuldade que um cliente tem de trocar de banco.

Resolver o problema passa por incentivo e punição aos bancos: proteger seus direitos de cobrar, mas punir suas ineficiências e sua relutância em competir no mercado.

Para os clientes dos bancos, a regulação deve promover portabilidade da conta-corrente e facilidade em escolher outro banco melhor e mais barato

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

IC-PMN volta a subir, depois de três quedas consecutivas


O Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), que reflete as perspectivas dos empresários do setor, voltou a subir no levantamento para o quarto trimestre deste ano, após três quedas consecutivas. O indicador registrou 73,7 pontos, em uma escala de 0 a 100, ante 72,3 pontos apurados na pesquisa para o terceiro trimestre. No entanto, o resultado não supera o alcançado no 4º trimestre de 2010, quando o IC-PMN teve sua maior pontuação, aos 75,5 pontos. Com periodicidade trimestral, o estudo é realizado em parceria entre Insper e Santander e está em sua 12ª edição.

Entre as questões que compõem o IC-PMN, foi registrado crescimento na confiança em relação ao desempenho da economia (72,3 pontos contra 70,5 no terceiro trimestre), expectativas de faturamento (78,4 contra 76,5) e de lucro dos empresários (76,2 contra 74,5). Já as previsões de investimento e de contratações tiveram pouca alteração em relação à última pesquisa.

 “É importante destacar que a interrupção de três quedas consecutivas do IC-PMN sinaliza uma estabilização do nível de confiança do setor, além de retratar o efeito sazonal do último trimestre, afetado essencialmente pelo aquecimento das vendas de Natal. Não podemos falar em recuperação do otimismo antes de avaliar os próximos trimestres”, aponta o professor do Insper José Luiz Rossi Junior. 

“ O  índice demonstra que os empresários estão confiantes no desempenho da economia brasileira no 4º Trimestre e esse otimismo  se  reflete numa evolução positiva, principalmente para os setores de Comércio e Serviços. O setor de Serviços tem um destaque especial, porque o índice de confiança está praticamente igual ao do 4º Trimestre do ano passado, quando a economia brasileira teve um grande desenvolvimento",  diz  César Fischer, Superintendente do Santander Pequenas e Médias Empresas.

Na segmentação por ramo da economia, o Comércio mostrou o crescimento mais significativo em relação ao último levantamento, de 71,3 para 73,2 pontos e o setor de serviços está quase tão confiante quanto no 4º trimestre de 2010 (74,9 e 75,1 respectivamente).

Todas as regiões, com exceção da Norte, apresentaram aumento de confiança em relação ao trimestre anterior. A região Centro-Oeste se destaca em otimismo, seguida pela região norte, mesmo com a queda em relação ao último levantamento.

O estudo para o IC-PMN envolve 1,2 mil empresas das cinco regiões do país. Foram ouvidos empresários de três ramos de atividade (comércio, serviços e indústria) e que faturam até R$ 30 milhões/ano.




3TRI 2011
4TRI 2011
IC-PMN NACIONAL
72,3
73,7
Economia
70,5
72,3
Ramo
75,4
76,7
Faturamento
76,5
78,4
Lucro
74,5
76,2
Empregados
67,1
68,3
Investimento
70,0
70,5

IC-PMN POR REGIÃO
3º Tri/11
4º Tri/11
Centro-Oeste
73,1
77,3
Nordeste
72,2
74,4
Norte
76,8
76,0
Sudeste
72,0
72,9
Sul
71,8
73,1

IC-PMN POR SETOR
3º Tri/11
4º Tri/11
Comércio
71,3
73,2
Indústria
73,5
73,5
Serviços
73,4
74,9

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Empreender na Internet: desafios e oportunidades do e-commerce


Insper e Santander realizam, na quinta-feira, dia 29 de setembro, o debate “Empreender na Internet: desafios e oportunidades do e-commerce” no auditório da Torre Santander, na Vila Olímpia. Voltado para executivos, empresários e acadêmicos, o evento tratará das principais aplicações das ferramentas da web aos negócios, especialmente pequenas e médias empresas brasileiras.

A mesa redonda contará com a participação de Gustavo Mota, CEO da We Do Logos, maior site de criação de logos da América Latina; Marcelo Castro, membro do Conselho da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e membro do projeto Copa 2014; e Marcos Wettreich, CEO da Greenvana, maior e-commerce de consumo sustentável do país e criador do IBest, Mantel e Neoris.

Na ocasião, será divulgado o Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), Elaborado a cada três meses, o indicador tem o objetivo de aprofundar o conhecimento das expectativas do segmento de pequenas e médias em todas as regiões do Brasil.

O evento é gratuito e tem vagas limitadas, sendo necessário se inscrever pelo http://www.insper.edu.br/institucional/empreender-na-internet-desafios-e-oportunidades-do-e-commerce.

Empreender na Internet: desafios e oportunidades do e-commerce
Data: 29 de setembro
Horário: das 19h30 às 21h50
Local: Torre Santander – Auditório
Av. Presidente Juscelino Kubitscheck, 2.235 – Vila Olímpia

Programação
19h30 – 20h – Welcome coffee
20h – 20h10 – Abertura.
Cesar Fisher (Superintendente de pequenas e médias empresas).
20h10 – 20h20 – Divulgação IC-PMN – Setembro 2001.
Prof. José Luiz Rossi Junior (Professor Pesquisador Insper – Centro de Pesquisas em Estratégia).
20h20 – 21h30 – Mesa redonda.
Gustavo Mota (CEO We DO Logos, maior site de criação de logotipos da América Latina).
Marcelo Castro (Membro do conselho da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas – CNDL – e membro do projeto Copa 2014).
Marcos Wettreich (CEO Greenvana, maior e-commerce de consumo sustentável do país e fundador do IBest, Mantel e Neoris).
Mediador: Daniel Fernandes (Editor do Estadão Pequenas e Médias Empresas).
21h30 – 21h50 – Perguntas

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O 1º Fórum Insper de Políticas Públicas


O 1º Fórum Insper de Políticas Públicas, que acontecerá no campus da instituição no dia 05.09, irá reunir pesquisadores renomados da América Latina e Estados Unidos para debater uma série de temas organizados em três eixos centrais – criminalidade, educação e política monetária e fiscal.  Realizado pelo Centro de Políticas Públicas (CPP) da instituição, o Fórum contará com a presença do Prof. Ernesto Schargrodsky, reitor da Universidad Torcuato di Tella, Argentina, na abertura do primeiro painel. 

O pesquisador irá proferir a palestra Crime na América Latina: Grande Problema, Pouco Conhecimento, Políticas Pobres? Em seguida, cederá espaço para mesa-redonda de aprofundamento do tema mediada pelos pesquisadores Leandro Piquet Carneiro (Professor do Instituto de Relações Internacionais - USP), Denis Mizne (Diretor da Fundação Lemann e fundador do Instituto Sou da Paz) e Regina Madalozzo (Professora do Insper).

No segundo painel, o Prof. Flavio Cunha, da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, abordará o tema Informação e Desenvolvimento do Capital Humano.  Flavio é PhD pela Universidade de Chicago e foi orientado por James Heckman (Prêmio Nobel de Economia, em 2000), com quem realizou e continua realizando uma série de pesquisas que tratam da importância de políticas públicas direcionadas à primeira infância para o pleno desenvolvimento humano.

O pesquisador irá proferir palestra sobre essas políticas e, em seguida, cederá espaço para mesa-redonda mediada pelos pesquisadores José Francisco Soares (Membro do Conselho de Governança do Movimento Todos pela Educação), Fernando Veloso (Instituto Brasileiro de Economia – FGV/Rio) e Naercio Menezes Filho (Professor do Insper).

Já no terceiro painel, Eric Leeper, da Universidade de Indiana, Estados Unidos, irá  explorar o tema Ajuste Fiscal e Inflação e, em seguida, cederá espaço para mesa-redonda de aprofundamento da questão mediada por Samuel Pessoa (Pesquisador Associado da FGV-Rio e Sócio da Tendências Consultoria Integradas), Marcos Lisboa (Vice-Presidente do Itaú Unibanco) e Marcelo Moura (Professor do Insper).

Ex-membro do Federal Reserve - Fed (Banco Central dos EUA) e assessor  do Sveriges Riksbank (Banco Central da Suécia), Leeper é Professor de Economia da Universidade de Indiana, Professor Visitante da Universidade Monash, Pesquisador Associado do National Bureau of Economic Research (NBER) e editor das revistas European Economic Review e Berkeley Journal of Macroeconomics. Entrevistas e resumo dos seus artigos estão disponíveis em http://php.indiana.edu/~eleeper/#Interviews).    

A plateia poderá participar com perguntas durante toda a programação. O Fórum de Políticas Públicas é uma atividade gratuita do Insper aberta a todos os interessados.

Data: 05.09 (segunda-feira)
Horário: 9h às 16h15
Local: Campus Vila Olímpia – Rua Quatá, 300, São Paulo-SP.
Outras informações: http://blog.insper.edu.br/cpp/

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Salários Aumentam com queda de Rotatividade.

Postamos abaixo artigo do Professor Naercio Menezes Filho, Doutor em economia pela Universidade de Londres, Professor Titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor associado da FEA-USP. O artigo do professor de Economia, Naércio Menezes Filho e também coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, traz dados de como estão os aumentos salariais no mercado de trabalho do país. E explica com números o motivo dos aumentos de salários e de emprego serem diferentes de região para região e estarem relacionados, também com a área profissional.

O mercado de trabalho brasileiro tem tido um comportamento bastante favorável nos últimos anos. A taxa de desemprego vem declinando acentuadamente, a proporção de trabalhadores com carteira assinada tem aumentado e o salário real crescido. Esses indicadores refletem um mercado de trabalho aquecido, especialmente nas principais regiões metropolitanas do país. Em que medida a maior demanda por trabalho tem aumentado a troca de empregos no mercado de trabalho? Será que todos os trabalhadores tem se beneficiado da mesma forma?

O mercado não está aquecido na mesma intensidade para todos os trabalhadores. Embora a taxa média de desemprego nas principais regiões metropolitanas tenha declinado de 11,8% em Maio de 2002 para de 6,3% em Maio de 2011, ela é bem mais baixa nos dois extremos da distribuição educacional. Entre as pessoas com menos de 4 anos de estudos, a taxa de desemprego é de 3,6% e entre os que concluíram algum curso de pós-graduação é de apenas 1,7%. Porém, entre os que têm ensino médio a taxa de desemprego atual é de 8,4%. Esse fenômeno é conhecido como a polarização do mercado de trabalho. A demanda tem aumentado muito mais por pessoas com qualificação muito baixa (empregadas domésticas, seguranças e trabalhadores na construção civil) e pelos muito qualificados (gerentes e diretores de empresas), passando ao largo do grande contingente de jovens recém saídos do ensino médio.

Quando o desemprego diminui muito, começa a haver uma disputa entre as empresas pelos profissionais que já estão no mercado de trabalho. Isto pode resultar em aumento de salários ou troca de empregos buscando salários maiores. O salário entre os trabalhadores com menos de 4 anos de estudo dobrou (em termos nominais) nos últimos 9 anos e o mesmo ocorreu entre aqueles com pós-graduação. Estamos tendo que importar empregadas domésticas e diretores de empresa do exterior.

Por outro lado, a rotatividade entre empregos tem diminuído. Os dados do IBGE mostram que a porcentagem de empregados que estão há mais de 2 anos no mesmo emprego passou de 64% em Maio de 2002 para 67% em Maio de 2011. Essa taxa de permanência no emprego tem aumentado tanto entre os menos qualificados como entre os mais qualificados, passando de cerca de 65% para 75% nos dois casos. Assim, o aumento de demanda nos dois extremos da distribuição tem se traduzido em aumento de salários, única forma que a empresas possuem para manter seus melhores trabalhadores.

NÃO É O QUANTO SE PAGA, É COMO SE PAGA !

JAIRO SADDI, Pós-Doutor pela Universidade de Oxford, Doutor em Direito Econômico (USP) e Professor de Direito do Insper (ex-Ibmec São Paulo) nos envia artigo para publicação. Nele aborda como as empresas estão pagando os seus executivos ou funcionários, muitas vezes só favorecendo um lado, o do acionista ou do dono da empresa. Com isso, o professor Jairo Saddi descreve com uma reflexão crítica como está esse cenário atualmente.

Todos os anos o debate se repete: Quais empresas deram maior remuneração aos seus executivos? No fundo, a discussão é sobre o que é remuneração excessiva e o que é o bom e correto pacote de incentivos para obter o melhor desempenho da equipe gestora. Entre nós, a Instrução CVM n. 480 (em vigor desde 1º jan. 2010), contestada, inclusive judicialmente, veio impor a obrigatoriedade de as companhias abertas revelarem a remuneração das diretorias e dos conselhos de administração.

Mas a visão de montante numérico é equivocada. Pensar apenas no valor quantitativo é uma forma de convidar outros atores, estranhos ao processo de propriedade privada, a discutir um assunto que só interessa ao acionista, que, em última instância, é quem paga a conta. O que deveria ser melhor discutido com os acionistas é como se paga essa conta, ou seja, quais são os critérios de remuneração vis-à-vis os resultados obtidos; se a política de remuneração é condizente com o desempenho esperado e, por fim, se a gestão aumenta o valor da empresa para o acionista.

Há inúmeros estudos explicando a relação entre incentivos financeiros aos executivos e o desempenho das companhias, mas está claro que criar um esquema operacional de bônus contribui para aumentar a remuneração do acionista. Isso é verdade desde que exista um contrato claro entre o que se paga e como se paga. E é fundamental que esse contrato seja preciso e objetivo em métrica e em resultados. Opções de ações, pacotes e salários adicionais são detalhes de um quadro maior e mais importante do velho e bom capitalismo: gerou valor ao acionista, ganhou!

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...