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quinta-feira, 7 de março de 2013

Qual o papel do governo na economia?


Ronald Reagan em 1981: “O governo não é a solução para os nossos problemas. O governo é o problema”.

Bill Clinton em 1996: “Vamos enfrentar esses desafios não com um governo grande. A era do governo grande acabou”.

Barack Obama em 2013: “Esta noite, eu declaro que, na nação mais rica do mundo, ninguém que trabalha em horário integral deve viver abaixo da linha da pobreza.”   

O Nobel Michael Spence:Um Estado pode se tornar grande demais ou pequeno demais. Entre esses extremos, há um Estado que pode ser coerente em manter a eficiência do mercado e também ser provedor de níveis adequados de seguro social, redistribuição de renda, segurança e serviços públicos.”

O Nobel Edward C. Prescott: “A função do Estado em qualquer país deve ser apenas promover a segurança pública e o respeito aos contratos. É o Estado garantidor do cumprimento dos contratos que permite a criação de um ambiente propício a novos negócios que gerarão benefícios sociais.”

O Nobel Edmund Phelps: “Não há evidência de que países com setores públicos vultosos sejam bons para ajudar na geração de crescimento econômico. Se você exclui a Suécia, a Finlândia e a Noruega, a magia de um Estado grande praticamente desaparece.”   

Li na EXAME as frases acima e Barack Obama lembrou-me da política econômica e social de um certo país e de seu entendimento sobre o papel do governo na economia de uma maneira bastante diferente dos demais. Afinal, Obama está contra o mercado?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Por que incentivar o setor automotivo?



Ainda é assim no Brasil: leio na FOLHA que o presidente da montadora chinesa JAC no Brasil, Sérgio Habib, afirmou que sem incentivo como a redução do IPI, o setor automotivo não vai crescer em 2012, ou só vai crescer de 2% a 3%.

Minha racionalidade não acredita que isso seja verdade. Não seria o caso desse "poderoso" setor investir mais em tecnologia e inovação?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um novo paradigma para a dinâmica capitalista.


Paulo R. Haddad, Professor do IBMEC MG escreveu hoje no ESTADÃO.

A crise econômica e financeira iniciada em 2008 vem se aprofundando em escala global e não há no horizonte de curto prazo indicativos de que ela possa ser superada sem que o capitalismo venha a encontrar os caminhos de um novo paradigma para sua dinâmica de desenvolvimento sustentável.
Em contextos como este, o capitalismo não tende a sucumbir. Ao contrário, concentra suas energias político-institucionais e se reestrutura. Dada a experiência histórica de evolução do capitalismo, este novo paradigma pode estar associado, em princípio, à concepção e à implementação de uma nova onda de inovações.
Desde o século 18, as ondas de inovações de natureza schumpeteriana (novos processos, novos produtos, novos mercados, novas formas de organização produtiva) são o motor das grandes transformações estruturais do capitalismo. Essas ondas, que vão desde a introdução da energia a vapor nos sistemas produtivos até as redes digitais nas últimas décadas do século 20, trouxeram grande prosperidade para muitas nações, que se tornaram as mais desenvolvidas no cenário internacional.
Que sinais dispomos, atualmente, sobre qual seria a eventual onda de inovações que poderiam retirar as economias desenvolvidas e emergentes do imbróglio recessivo ou potencialmente depressivo em que se atolaram e gerar novos ciclos de expansão?
Essa é uma questão que mal começa a ser discutida pelos diferentes analistas da atual crise, uma vez que o seu pensamento se encontra contaminado e restringido por controvérsias sobre qual seria o modelo macroeconômico de curto prazo mais apropriado para iluminar as políticas econômicas a serem manipuladas para a superação da crise. Sem deixar de considerar que a consistência macroeconômica de curto prazo é vital para a estabilidade das economias de mercado, essa consistência é tão somente uma precondição para a dinâmica capitalista de longo prazo.
Uma observação preliminar se refere às cinco ondas de inovações que se desdobraram historicamente de 1785 até o fim do século 20. Todas resultaram em aumentos significativos na produtividade da mão de obra e multiplicaram o rendimento do trabalho por algumas centenas de vezes em relação aos valores que prevaleciam até a Primeira Revolução Industrial.
A sexta onda de inovações, que já tem avançado lenta e exponencialmente ao longo das três últimas décadas, deverá estar centrada num aumento radical na produtividade dos recursos naturais visando a ampliar a capacidade de suporte do planeta para acomodar a intensificação dos níveis de produção e de consumo de milhões e milhões de habitantes que estão se incorporando às economias de mercado.
Essa incorporação se dá pela via dos incessantes ganhos de produtividade resultantes de inovações científicas e tecnológicas; da irreversível entrada da China na lógica da economia capitalista; da melhoria da distribuição de renda e da riqueza em muitos países emergentes; etc. Somam-se, a tudo isso, os impactos destrutivos que as mudanças climáticas têm provocado sobre os ecossistemas mundiais, como os colapsos e desastres ecológicos que vêm crescendo em número e intensidade.
A sexta onda de inovações (biomimética, nanotecnologia verde, ecologia industrial, sistema de design integrado, etc.) deverá gerar uma nova dinâmica da economia de mercado, que vem sendo denominada capitalismo natural. Do ponto de vista histórico, a nova configuração do capitalismo pressupõe que se está criando uma nova revolução industrial que trará grandes benefícios para a sociedade: a diminuição da exaustão dos recursos naturais numa ponta da cadeia de valor; a diminuição dos níveis de poluição na outra ponta; e a formação de uma base para ampliar o emprego de qualidade em escala mundial.
Do ponto de vista da organização dos sistemas de mercado, este novo estilo do capitalismo propõe, também, um novo modelo industrial em que nem todos os produtos sejam apenas manufaturados e vendidos, mas que surja uma economia de serviços em que os consumidores adquirem serviços de bens duráveis por meio de aluguel e arrendamento. Desta forma, a indústria será responsabilizada pelo ciclo completo de materiais; deve lidar com os resíduos e os problemas resultantes de danos ambientais (toxicidade, segurança, etc.); deve recuperar os produtos e tratá-los como ativos; etc., o que termina por aumentar a produtividade dos materiais e da energia.
Finalmente, observa-se não mais um conflito entre mercados livres e desregulamentados, de um lado, e sistemas de planejamento de médio e de longo prazos, de outro, mas a sua integração e complementação nos processos de decisão públicos e privados.
O poder público poderá alterar por meio de mecanismos de intervenção indireta (política fiscal e financeira, regulamentações, etc.) os custos e os preços relativos que se formam nos mercados e, assim, estimular ou desestimular indicativamente a produção e o consumo dos bens e serviços, de acordo com sua contribuição positiva ou negativa para o processo de desenvolvimento sustentável

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Salários Aumentam com queda de Rotatividade.

Postamos abaixo artigo do Professor Naercio Menezes Filho, Doutor em economia pela Universidade de Londres, Professor Titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor associado da FEA-USP. O artigo do professor de Economia, Naércio Menezes Filho e também coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, traz dados de como estão os aumentos salariais no mercado de trabalho do país. E explica com números o motivo dos aumentos de salários e de emprego serem diferentes de região para região e estarem relacionados, também com a área profissional.

O mercado de trabalho brasileiro tem tido um comportamento bastante favorável nos últimos anos. A taxa de desemprego vem declinando acentuadamente, a proporção de trabalhadores com carteira assinada tem aumentado e o salário real crescido. Esses indicadores refletem um mercado de trabalho aquecido, especialmente nas principais regiões metropolitanas do país. Em que medida a maior demanda por trabalho tem aumentado a troca de empregos no mercado de trabalho? Será que todos os trabalhadores tem se beneficiado da mesma forma?

O mercado não está aquecido na mesma intensidade para todos os trabalhadores. Embora a taxa média de desemprego nas principais regiões metropolitanas tenha declinado de 11,8% em Maio de 2002 para de 6,3% em Maio de 2011, ela é bem mais baixa nos dois extremos da distribuição educacional. Entre as pessoas com menos de 4 anos de estudos, a taxa de desemprego é de 3,6% e entre os que concluíram algum curso de pós-graduação é de apenas 1,7%. Porém, entre os que têm ensino médio a taxa de desemprego atual é de 8,4%. Esse fenômeno é conhecido como a polarização do mercado de trabalho. A demanda tem aumentado muito mais por pessoas com qualificação muito baixa (empregadas domésticas, seguranças e trabalhadores na construção civil) e pelos muito qualificados (gerentes e diretores de empresas), passando ao largo do grande contingente de jovens recém saídos do ensino médio.

Quando o desemprego diminui muito, começa a haver uma disputa entre as empresas pelos profissionais que já estão no mercado de trabalho. Isto pode resultar em aumento de salários ou troca de empregos buscando salários maiores. O salário entre os trabalhadores com menos de 4 anos de estudo dobrou (em termos nominais) nos últimos 9 anos e o mesmo ocorreu entre aqueles com pós-graduação. Estamos tendo que importar empregadas domésticas e diretores de empresa do exterior.

Por outro lado, a rotatividade entre empregos tem diminuído. Os dados do IBGE mostram que a porcentagem de empregados que estão há mais de 2 anos no mesmo emprego passou de 64% em Maio de 2002 para 67% em Maio de 2011. Essa taxa de permanência no emprego tem aumentado tanto entre os menos qualificados como entre os mais qualificados, passando de cerca de 65% para 75% nos dois casos. Assim, o aumento de demanda nos dois extremos da distribuição tem se traduzido em aumento de salários, única forma que a empresas possuem para manter seus melhores trabalhadores.

NÃO É O QUANTO SE PAGA, É COMO SE PAGA !

JAIRO SADDI, Pós-Doutor pela Universidade de Oxford, Doutor em Direito Econômico (USP) e Professor de Direito do Insper (ex-Ibmec São Paulo) nos envia artigo para publicação. Nele aborda como as empresas estão pagando os seus executivos ou funcionários, muitas vezes só favorecendo um lado, o do acionista ou do dono da empresa. Com isso, o professor Jairo Saddi descreve com uma reflexão crítica como está esse cenário atualmente.

Todos os anos o debate se repete: Quais empresas deram maior remuneração aos seus executivos? No fundo, a discussão é sobre o que é remuneração excessiva e o que é o bom e correto pacote de incentivos para obter o melhor desempenho da equipe gestora. Entre nós, a Instrução CVM n. 480 (em vigor desde 1º jan. 2010), contestada, inclusive judicialmente, veio impor a obrigatoriedade de as companhias abertas revelarem a remuneração das diretorias e dos conselhos de administração.

Mas a visão de montante numérico é equivocada. Pensar apenas no valor quantitativo é uma forma de convidar outros atores, estranhos ao processo de propriedade privada, a discutir um assunto que só interessa ao acionista, que, em última instância, é quem paga a conta. O que deveria ser melhor discutido com os acionistas é como se paga essa conta, ou seja, quais são os critérios de remuneração vis-à-vis os resultados obtidos; se a política de remuneração é condizente com o desempenho esperado e, por fim, se a gestão aumenta o valor da empresa para o acionista.

Há inúmeros estudos explicando a relação entre incentivos financeiros aos executivos e o desempenho das companhias, mas está claro que criar um esquema operacional de bônus contribui para aumentar a remuneração do acionista. Isso é verdade desde que exista um contrato claro entre o que se paga e como se paga. E é fundamental que esse contrato seja preciso e objetivo em métrica e em resultados. Opções de ações, pacotes e salários adicionais são detalhes de um quadro maior e mais importante do velho e bom capitalismo: gerou valor ao acionista, ganhou!

Know before you owe.

Roberto Luis Troster, é doutor em economia pela USP, foi economista-chefe da Febraban e da ABBC e professor da PUC-SP, USP e Mackenzie. Escreveu hoje no VALOR ECONÔMICO sobre uma melhor análise do mercado consumidor americano quanto do brasileiro, buscando maior proteção ao consumidor financeiro.

Nos EUA, autarquia dará proteção ao consumidor de produtos financeiros.

"Saber antes de dever" é uma tradução livre do lema do Consumer Financial Protection Bureau, (CFPB) uma agência de proteção ao consumidor financeiro que começa a funcionar hoje, 21 de julho de 2011, nos Estados Unidos. Sua criação foi catalisada pela crise bancária de 2008 e objetiva assegurar uma oferta de crédito mais conscenciosa e competitiva no mercado americano.Entendeu-se que uma das causas dos problemas lá foi a concessão de empréstimos predatórios. Por um lado, deterioraram a qualidade de todos os títulos e derivativos que os usavam como lastro no sistema financeiro - uma construção com alicerces frágeis rui; e, por outro, o impacto na economia, especialmente nas famílias que tiveram seus imóveis retomados, foi desastroso.

O novo órgão vai centralizar as atividades que estavam dispersas em outras organizações. Será uma autarquia independente com poderes para regulamentar e punir, incluindo multar e anular contratos, e terá como foco principal informações em boas práticas a todas as partes envolvidas. Sua agenda é ambiciosa: eficiência na concessão de financiamentos, concorrência do sistema, transparência e proteção ao consumidor de produtos financeiros. Com uma ação mais focada, evitar-se-ão parte considerável de estragos onde poucos agentes inescrupulosos deterioram a qualidade das carteiras e a imagem do sistema.

Trabalhará para reduzir os custos de observância (compliance) e de operação no sistema financeiro, garantindo uma operação mais enxuta. Um objetivo é eliminar as regulamentações obsoletas e inúteis e simplificar as desnecessariamente redundantes e complexas. Uma ação parecida ao que outras agências fazem com vigilância sanitária, medicamentos e educação.

Outro foco é o fortalecimento de bancos pequenos e médios. Seu número tem declinado nos últimos anos, em parte por conta de uma estrutura que exige deles uma legião de advogados, contadores e consultores para operar e de outras dificuldades comparativamente maiores. O que se busca é mais competitividade no setor, em que instituições menores operem em igualdade de condições com as grandes em nichos específicos, oferecendo mais alternativas aos consumidores.

A questão a ser analisada, neste artigo, é se é oportuno a criação de uma instituição em moldes parecidos no Brasil, uma Associação de Proteção ao Consumidor Financeiro (APCF). Obviamente, aqui não houve uma crise como os Estados Unidos, todavia há paralelos entre os dois países que merecem uma análise. Há alguns sinais de alerta, como as estatísticas da Fecomércio sobre o endividamento das famílias ou a reportagem do "Financial Times" sobre uma possível bolha de crédito no Brasil. Ter problemas não convêm.

Alguns dos sintomas brasileiros chamam a atenção. Apenas em 2011, os atrasos superiores a quinze dias aumentaram 1,7% alcançando 12,7% mais que o dobro da inadimplência média em outros países - R$ 1,00 em cada R$ 8,00 em dívida bancária de pessoas físicas está em atraso; valores que não podem ser explicados apenas por falta de educação financeira ou o desemprego que está num patamar histórico baixo. É inconcebível o nível de morosidade considerando o quadro macroeconômico de bonança que se está vivendo.

Empresas também têm dificuldades. Os índices de descumprimentos de contratos estão altos e a maior causa de mortalidade de empresas é a financeira. Parte é explicada por aumentos intempestivos de taxas ou de reduções abruptas de limites e outras distorções; o restante pode ser atribuído ao custo do crédito, o segundo mais alto do mundo, inferior apenas ao do Zimbabwe.

Há algumas taxas exageradas, como o cheque especial com uma média de 185,4% ao ano e algumas faturas de cartão de crédito com juros superiores a 400% ao ano. Desde dezembro de 2002, quando as margens (spreads) estavam altas em razão da crise, até as últimas informações disponíveis, a conta garantida, o crédito pessoal sem o consignado, e o cheque especial subiram, esta último 31,7%.

Aqui a defesa do consumidor financeiro está dispersa entre os Procons, da ouvidoria dos próprios bancos e do Banco Central do Brasil - vale destacar que sua missão é "assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente", portanto não incluí explicitamente a proteção ao tomador de crédito. O sistema ampara quem faz investimentos com certificação obrigatória, entretanto, o tomador não tem algo parecido, ainda. Poder-se-ia concentrar tudo num único órgão com vantagens a serem ponderadas.

Há também espaço para aprimoramentos nas condições concorrenciais do mercado financeiro. Os números mostram que as cinco maiores instituições têm 65% do patrimônio líquido e 75% do lucro do sistema, enquanto que as mil e oitocentas restantes têm 35% do patrimônio e 25% do lucro apenas. As medidas macroprudenciais recentes afetaram mais as pequenas que as grandes, prejudicando a competitividade.

Nos últimos anos observou-se um crescimento do crédito elevado mas um desenvolvimento baixo. O acesso ao sistema financeiro é amplo, entretanto seu uso está bem aquém do potencial. Falta bom senso em algumas práticas. Comparações internacionais mostram uma relação crédito/PIB acanhada e que a proteção ao consumidor financeiro pode e deve ser aperfeiçoada.

A hora é boa para mudanças. O debate está na ordem do dia: a regulamentação do cadastro positivo está sendo elaborada e ajustes do Código de Defesa do Consumidor, CDC, estão sendo propostos. Há espaços para aprimoramentos e para avançar ainda mais com a criação de uma autarquia aqui, nos moldes da americana, uma APCF. Dessa forma obter-se-á um equilíbrio mais saudável entre as partes e a diminuição das distorções. Propiciaria uma oferta de crédito mais sólida e com isso, mais inclusão, lucros mais sólidos e legítimos de todos os bancos e um crescimento com menos sobressaltos para o país.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O poder do iPhone!

Para quem acreditava ou acredita no poder de venda do iPad, leia abaixa a notícia da FOLHA sobre os ultimos resultados da APPLE. Realmente, hoje, na minha opinião, não existe aparelho que supere o iPhone.
Sob impacto de vendas acima do esperado do iPhone, a Apple registrou lucro de US$ 5,99 bilhões (R$ 9,6 bilhões) no primeiro trimestre, crescimento de 95% em comparação ao mesmo período de 2010. O resultado ficou acima do esperado pelo mercado. O faturamento aumentou 83%, para US$ 24,7 bilhões. No trimestre, foram 18,7 milhões de iPhones vendidos -mais do que o dobro do mesmo período de 2010.
Para isso, contribuiu a decisão da empresa de oferecer nos EUA o produto aos clientes da operadora Verizon. Antes, a AT&T detinha a exclusividade na comercialização do smartphone.
Por outro lado, o desempenho do iPad ficou aquém do esperado, com 4,7 milhões de unidades vendidas -esperava-se que 6 milhões tivessem sido comercializados no período. Segundo analistas, esse resultado deveu-se aos problemas enfrentados pela Apple para atender a demanda pelo tablet e a consequente falta de produto nas lojas.
A Apple também apresentou resultados expressivos em uma indústria afetada pela queda de suprimentos. Devido ao terremoto e ao tsunami no Japão, a produção de insumos para computadores foi prejudicada em todo o mundo.Mesmo assim, as vendas do MacBook, o notebook da Apple, cresceram 53%, para 2,8 milhões. O desktop Mac, por sua vez, perdeu 12% de vendas, para 1 milhão.
O diretor financeiro da Apple, Peter Oppenheimer, disse que está "extremamente" satisfeito com os resultados, que foram recordes para o segundo trimestre do ano fiscal da empresa, que teve seu início em setembro de 2010.Ele ainda disse que a companhia está fazendo progressos na produção de iPads e expandindo o número de países nos quais o produto é comercializado.
O iPad 2 foi lançado em março nos Estados Unidos e em outros 25 países. Na semana que vem, chegará a mais 13 -não foi informado se o Brasil está na lista. Neste mês, a Foxconn, fornecedora da Apple, anunciou que fabricará o aparelho no país a partir de novembro.
O mercado também recebeu bem os novos números. As ações da companhia subiram 2,4% no "after market" (negociação de papéis feita após o pregão regular).
Com cerca de US$ 315 bilhões de valor de mercado no dia 20, a Apple é atualmente a segunda maior empresa do mundo, perdendo apenas para a petrolífera Exxon Mobil, que tem aproximadamente US$ 424 bilhões nesse indicador na mesma data.

sábado, 8 de agosto de 2009

O BRIC VIROU BIC?

Existe uma consultoria americana chamada EURASIA, defendendo a ideia de retirar a RÚSSIA do grupo das grandes economias emergentes denominado BRIC = BRASIL + RÚSSIA + ÍNDIA + CHINA. Afinal, neste tempo de grave crise, exceto a RUSSIA, os demais membros do BRIC estão registrando sinais de recuperação econômica.
Um dos países candidatos ao lugar da RÚSSIA é a INDONÉSIA, um dos três maiores exportadores mundiais de produtos como o carvão, gás natural, ÓLEO DE DENDÊ BRUTO e borracha.
Enquanto isso, nesta nossa floresta amazônica, a burocracia aliada a xiitas do meio ambiente dificultam uma maior produção do ÓLEO DE DENDÊ BRUTO. Coisas de BRASIL...

domingo, 11 de janeiro de 2009

A CRISE E O VERDADEIRO CAPITALISMO

Para quem ainda acha que a CULPA da atual crise econômica é exclusivamente do CAPITALISMO, recomendo um artigo do Professor Bruce Scott, da Escola de Administração da Universidade de Harvard, que li na VEJA da edição de 31/12/2008. Abaixo um breve trecho do excelente artigo "Capitalismo não existe sem governo."

"O capitalismo não pode ser culpado pelo que aconteceu. A culpa deve ser atribuída aos ideólogos que o entenderam mal, acreditando que o equilíbrio do mercado equivale ao interesse público, por definição. Na verdade, ele equivale ao interesse dos banqueiros e especuladores que, nas palavras de Martin Wolf, colunista do Financial Times, conseguiram 'privatizar os lucros e socializar os prejuízos' e com isso ajudaram a desacreditar o capitalismo no mundo todo."

Ele recomenda como uma definição precisa do que é CAPITALISMO, a que o Professor Thomas McCraw escreveu no livro Creating Modern Capitalism: "Em seus elementos mínimos, uma sociedade capitalista é organizada em torno de uma economia de mercado que enfatiza a propriedade privada, a oportunidade empresarial, a inovação tecnológica, a inviolabilidade dos contratos, o pagamento de salários em dinheiro e a disponibilidade de créditos."

domingo, 4 de janeiro de 2009

AS IDÉIAS DE ROBERTO CAMPOS EM 2009

Neste 2009 em que tantos tentam ressuscitar John Maynard Keynes e afirmar que acabou o livre mercado, o liberalismo e o neoliberalismo, eu também busco no além-mundo, as palavras de um grande Economista e formador do pensamento econômico liberal no Brasil: ROBERTO CAMPOS. Falhas existem e precisam de correções, mas a solução não é necessariamente e obrigatoriamente o Estado.

"Sou chamado a responder rotineiramente a duas perguntas. A primeira é 'haverá saída para o Brasil?'. A segunda é 'que fazer?'. Respondo àquela dizendo que há três saídas: o aeroporto do Galeão, o de Cumbica e o liberalismo. A resposta à segunda pergunta é aprendermos de recentes experiências alheias."

"O mercado é apenas o lugar em que as pessoas transacionam livremente entre si. Só isso. Mas não é pouco, porque no seu espaço a interação competitiva entre os agentes econômicos equivale a um plebiscito ininterrupto, que não só permite fazer uma apuração, a todos os momentos revista, das preferências dos indivíduos, como lhes dá uma medição quantitativa, tornando possível, por conseguinte, o cálculo racional."

"A melhor maneira de promover a eficiência no uso de recursos é a concorrência interna e externa. Donde ser a oposição à abertura econômica e à globalização - em nome do combate ao neoliberalismo - uma secreção de cabeças suicidas. Ou talvez, o perfume de flores assassinas que mesmerizam mosquitos ideológicos."

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

ENTENDENDO O CAPITALISMO

Diogo Costa no http://www.ordemlivre.org/node/447 fecha de maneira espetacular este ano de 2008. E que venha 2009, pois com, ou, preferencialmente, SEM CRISE, o livre mercado continua livre e democrático. A aula abaixo merece a nossa leitura e o agradecimento ao seu autor. Este blog, cujo próprio título já vem com o CAPITALISMO em seu cerne, não poderia deixar de divulgar O QUE O CAPITALISMO NÃO É.

Foi Karl Marx quem cunhou o depreciativo termo "capitalista" para identificar um sistema econômico que havia recebido de Adam Smith uma expressão mais descritiva e bonita: "sistema de liberdade natural". A origem negativa do termo é um dos motivos pelos quais a discussão sobre o capitalismo necessita de um esclarecimento. Seja para atacá-lo ou defendê-lo, é importante entendermos primeiro o que o capitalismo não significa.

O capitalismo não é exclusivamente "capitalista". A acumulação de capital é um fato existente em qualquer sociedade, independentemente de sua estrutura política e econômica. Max Weber já dizia em A ética protestante e o espírito do capitalismo que "a ganância pelo ouro é tão antiga quanto a história do homem". E que onde o capitalismo era mais atrasado encontrava-se "o reino universal da absoluta falta de escrúpulos na busca dos próprios interesses por meio do enriquecimento". No entanto, as pessoas ainda encaram o capitalismo como um ordenamento moral, um modo de vida em que a acumulação de riqueza é o bem superior. Mas a defesa do capitalismo não significa a defesa de um homo economicus cuja única preocupação na vida é ganhar dinheiro. Há muitas coisas mais importantes do que a acumulação de capital, como a família, a religião, a arte e a cultura. E isso realça a importância da economia de mercado. É verdade que no livre mercado há mais oportunidade para aquele que pretende enriquecer, mas nele o filósofo também tem mais oportunidade de aprender e o artista tem mais oportunidade de se expressar. E é por meio do livre mercado que o filantropo, a pessoa que deseja ajudar o próximo, dispõe de mais recursos para fazer assistência social, e, através do sistema de preços livres, pode utilizar seus recursos de forma mais eficiente.

O capitalismo não é a burocracia internacional. As pessoas de esquerda costumam identificar pelo termo "neoliberal", tanto as reformas modernizadoras que diminuem a participação do Estado na economia, quanto as organizações inter-governamentais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. Como neoliberalismo e capitalismo são termos intercambiáveis no discurso vulgar, o FMI e o Banco Mundial aparecem como braços operadores do capitalismo internacional. Essa confusão também costuma ser feita por pessoas de direita que, definindo-se por sua oposição sem reservas à esquerda, acabam defendendo instituições burocráticas como se fossem partes integrantes do sistema capitalista. Nesse caso, a esquerda tem razão em denunciar a arrogância de agências internacionais, que nada mais são do que uma forma de planejamento central de larga escala. Enquanto o liberal entende que a prosperidade depende da utilização do conhecimento e dos incentivos dispersos na sociedade, os burocratas internacionais acreditam que podem comandar o desenvolvimento econômico na Zâmbia ou em Guiné-Bissau de seus escritórios em Washington e Nova York. O resultado não tem sido animador. O jornalista Andrew Mwenda, de Uganda, continua sem resposta para sua pergunta sobre exemplos históricos de países que tenham realmente prosperado graças à ajuda externa. De 1975 a 2000, o continente africano recebeu em auxílio externo uma média de 24 dólares per capita por ano. Entretanto, o PIB africano per capita diminuiu a uma taxa média anual de 0,59%. Durante o mesmo período, o PIB per capita do sul asiático cresceu a uma média de 2,94%, apesar de ter recebido em auxílio externo uma média de apenas 5 dólares per capita a cada ano. Políticas de abertura de mercado têm um efeito mais positivo do que o planejamento internacional financiado por impostos. Na verdade, em vez de criar economias de mercado ativas e autônomas, as políticas do Banco Mundial diminuem a dependência dos governos por sua própria população, já que a receita não vem dos tributos extraídos do desenvolvimento econômico doméstico, mas das negociações com outros burocratas. O poder da população é transferido para essas organizações, criando uma cultura de dependência em que a miséria local apenas aumenta o poder de barganha dos governos que recebem auxílio externo. O resultado é a perpetuação da miséria.

O capitalismo não é a política norte-americana. Apesar de os Estados Unidos historicamente terem tido um de seus pilares no livre mercado, grandes contribuições para a compreensão do capitalismo foram feitas em outros paises. Sem contar que, ultimamente, o governo americano tem feito um ótimo trabalho de difamação do nome do livre mercado. O crescimento nos gastos da atual administração superam a de qualquer outro presidente desde o democrata Lyndon Johnson, criador do programa assistencialista da Great Society. George W. Bush foi o primeiro presidente americano a assinar um orçamento de mais de 2 trilhões de dólares. E também foi o primeiro presidente americano a assinar um orçamento de mais de 3 trilhões de dólares. Um aumento que inclui gastos significativos na previdência social e saúde pública, além dos gastos bélicos. As recentes aventuras no Oriente Médio também não podem ser consideradas políticas pró-capitalistas. A própria guerra e a permanência no Iraque são um experimento socialista de escala internacional, que já custou mais de 1 trilhão de dólares e cerca de 30 mil vidas. Liberais defensores do capitalismo não acreditam que nações são violentamente construídas por meio da política, mas que se desenvolvem espontânea e pacificamente. É o socialismo que defende a prosperidade planejada. E o que o governo americano tem feito no Iraque é um planejamento de longo alcance.

O capitalismo não é a defesa irrestrita das grandes corporações. Os defensores do livre mercado entendem que os negócios podem tanto servir quanto prejudicar a população em geral. Em um sistema intervencionista, toda empresa que quer aumentar o seu lucro tem duas opções: investir em produtividade, para competir pelos consumidores, ou investir em lobby, para competir pelos favores políticos. A competição para servir à sociedade é capitalismo, a competição para servir ao governo é mercantilismo. São os mercantilistas que defendem legislações protecionistas de corporações contra a competição estrangeira e doméstica. Os liberais defendem um mercado aberto, em que a manutenção de um negócio depende do oferecimento de serviços e produtos que satisfaçam ao consumidor.

O capitalismo não é a perpetuação das elites. São os oponentes do capitalismo que, ao defender maior concentração de poder nas mãos de políticos e burocratas, constroem um sistema corrupto e estático, no qual há pouco espaço para a mobilidade social e pouca oportunidade para o desenvolvimento da criatividade humana. Há doses de capitalismo em diferentes sociedades do mundo, mas não há uma sociedade onde a economia seja puramente livre, e nem o Brasil está entre as economias mais livres do mundo. Na verdade, de acordo com o ranking de liberdade econômica publicado anualmente pelo Fraser Institute, do Canadá, o Brasil encontra-se no 101º lugar entre 168 países examinados, empatado com Paquistão, Etiópia, Bangladesh e Haiti. No Brasil, há excesso de burocracia para a entrada e a permanência no mercado, uma legislação trabalhista rígida, que empurra os trabalhadores para a informalidade e uma legislação tributária que já foi considerada pelo Fórum Econômico Mundial como a mais complexa de todo o mundo. Os oponentes do livre mercado insistem no controle governamental da economia para resolver os problemas que foram criados pelo próprio governo. Defender o livre mercado é defender a estrutura de um sistema econômico dinâmico em que se estimula a produção de riquezas e se permite a mobilidade social.

O capitalismo não é a defesa do tratamento desigual das pessoas. Há diversas formas de tornar as pessoas mais iguais. Os igualitários normalmente não pretendem torná-las mais iguais em conhecimento ou em beleza, mas em recursos, pelo menos em alguns recursos que consideram fundamentais. É bem verdade que o livre mercado não se baseia na igualdade de recursos. Mas isso não significa um tratamento desigual das pessoas. A igualdade liberal, da qual floresce o capitalismo, é a igualdade de direitos, a igualdade perante a lei. Isso significa que as questões de justiça e o uso da sua liberdade no mercado não dependem de quem você é, mas do que você faz. O capitalismo é um sistema econômico de cooperação mútua, apoiado em uma estrutura de direitos na qual prevalece a igualdade jurídica entre as pessoas. As pessoas no livre mercado não são iguais em "distribuição de renda", mas são iguais em liberdade.

Por fim, capitalismo não é socialismo. O capitalismo não é uma imposição do governo, nem o mercado é uma ideologia em que a teoria necessariamente precede a prática. O capitalismo é simplesmente o que ocorre quando as pessoas têm liberdade para fazer trocas, apoiadas em direitos de propriedade bem definidos. É o socialismo que necessita da mobilização social para alcançar um objetivo comum entre todas as pessoas. O socialismo precisa da pregação e da concentração de poder na autoridade manipuladora. O socialismo é a politização da vida econômica, é um discurso interminável do Fidel Castro, é a transformação de tudo o que é belo e espontâneo no dirigismo rígido da política. O livre mercado é apenas o conjunto de ações de agentes humanos livres sobre a alocação de recursos escassos. Se os propósitos desses agentes são morais, a ordem gerada será igualmente moral. E é quando nós conseguimos sinceramente compreender e avaliar o capitalismo que passamos a ter o discernimento para defendê-lo ou atacá-lo.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PÂNICOS INFUNDADOS E DESASTRES INESPERADOS

Nesta época de final de ano e com o pessimismo geral sobre 2009 abatendo muita gente boa, vale a pena ler o artigo abaixo, escrito por MICHAEL SKAPINKER, colunista do "Financial Times". É por ler artigos com a mensagem abaixo que continuo otimista com relação a 2009. Eu, Nosso Guia e mais alguns poucos colegas.

Meus caros quase dois leitores: reflitam e leiam nas entrelinhas que podemos ter um 2009 diferente do que estão falando. Estou lendo "A lógica do Cisne Negro" de Nassim Nicholas Taleb, decano de Ciências da Incerteza na Universidade de Massachusetts. O artigo do Skapinker é o meu Cisne Negro.

Em abril de 1961 o filósofo Bertrand Russell declarou, em uma reunião da Campanha pelo Desarmamento Nuclear, que, se as grandes potências não alterassem suas políticas, seria "improvável ao mais alto grau que qualquer de nós aqui presentes continue vivo dentro de 10 anos".

As bombas nucleares ainda podem ser detonadas ao longo dos próximos 10 anos, ou talvez até no ano que vem. Alguns dos países que dispõem desse tipo de arma, ou parecem determinados a adquiri-la, são mais assustadores do que aqueles que as tinham em seus arsenais naquela época. Mas, 47 anos depois da previsão apocalíptica de Russell, continuamos aqui.

Vocês se lembram do vírus do milênio? A suposição era de que ele viesse a paralisar o mundo, porque os computadores seriam incapazes de enfrentar a mudança de 99 para 00 em seus calendários internos.

Qual foi a origem daquilo tudo? O vírus do milênio foi um perigo genuíno que governos e empresas evitaram porque agiram com decisão? Ou vivemos um momento de histeria empresarial e pessoal maciça?

Suspeito que a resposta correta seja essencialmente a última. Pode ser que, dentro de uma geração, o aquecimento global venha a ser considerado mais ou menos à mesma luz. Também pode ser que não. Nem tudo sobre o que entramos em pânico é infundado.

Mas é surpreendente como o desastre que acaba nos atingindo é exatamente aquele pelo qual não esperávamos.

Havia gente preocupada com os créditos hipotecários de risco (subprime), com a securitização e com a complexidade financeira, dada a possibilidade de que tudo isso terminasse em desastre, mas suas preocupações foram desconsideradas.

Quando o desastre nos atinge, muitas vezes surge a revelação de que alguém o havia previsto. Mas muitas vezes as previsões sombrias não se confirmam, e as vozes solitárias são desdenhadas e esquecidas.

E por que não somos muito bons em prever o futuro? Para começar, porque o mundo é complicado demais para que possamos considerar todas as eventualidades. Em segundo lugar, porque tendemos a reproduzir o comportamento daqueles que nos cercam. Dissidentes têm poucos amigos.

Terceiro, porque, em nossa incerteza, tendemos a confiar naqueles que acreditamos saber melhor. Hoje, tendem a ser economistas, intelectuais e celebridades. Se todas essas pessoas inteligentes acreditam em alguma coisa, quem somos nós para contradizê-las?

Quarto, gostamos de histórias.

Adotamos narrativas que explicam o mundo e nos apegamos a elas mesmo quando os fatos sugerem que podem estar erradas. Apenas quando estamos encarando o colapso começamos a duvidar do que dizem.

A história do capitalismo acabou em frangalhos este ano. Ocorre que, desta vez não há algo de melhor à espera do outro lado.

O próximo capítulo será fascinante. As taxas de juros dos Estados Unidos caindo a zero, ou bem perto disso. Boa parte do sistema bancário estatizado. Um presidente carismático na Casa Branca.

O que acontece a seguir? Não sei.

Vocês, tampouco. Por mais desesperados que estejamos para descobrir, devemos ser maduros o bastante para admitir que não existe quem possa nos contar. Isso torna a vida mais difícil, mas o que seria de nós, de outra forma? A curiosidade quanto ao que acontece a seguir é parte essencial da alegria e da angústia de ser humano.

domingo, 30 de novembro de 2008

LIVRE MERCADO - CAPITALISMO

Em 2003 os Professores da Universidade de Chicago Raghuram G. Rajam e Luigi Zingales publicaram nos Estados Unidos o livro “Saving Capitalism from the Capitalists”, lançado no Brasil em 2004, com o título "Salvando o Capitalismo dos Capitalistas". Na época, comprei o livro em Fortaleza e fiquei deveras interessado no tema devido na própria capa constar que os autores acreditam no poder do livre mercado para criar mais riqueza e ampliar oportunidades. (O que continua sendo verdadeiro).

Na introdução tem uma frase que sintetiza o pensamento de muita gente boa: “O CAPITALISMO, OU, MAIS EXATAMENTE, O SISTEMA DE LIVRE MERCADO, É A FORMA MAIS EFICAZ DE ORGANIZAR A PRODUÇÃO E A DISTRIBUIÇÃO QUE OS SERES HUMANOS ENCONTRARAM.” Gostaria muito de discutir o outro lado desse pensamento com quem acredita de maneira diferente, uma vez que, mesmo hoje, continuo acreditando e defendendo essa idéia.

Em 2008, final de ano, diante de uma crise que até o Nobel Paul Krugman já chama de “economia da depressão”, como teria sido importante que o texto do livro tivesse sido debatido entre quem faz e acontece na economia financeira e na real. Com clareza econômica acredito que teria sido possível evitar a atual situação, pois bolhas e mais bolhas tiveram como mecanismos de origens não obrigatoriamente o “livre mercado” como muitos hoje criticam, mas uma falha política.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...