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sábado, 8 de abril de 2017

Folha de S. Paulo: Os livros mais vendidos na semana.

MAIS VENDIDOS

TEORIA E ANÁLISE
1º (1º) Rápido e Devagar - Daniel Kahneman (Objetiva) - R$ 54,90
2º (5º) A Verdade É Teimosa - Miriam Leitão (Intrínseca) - R$ 49,90
3º (2º) Anatomia de um Desastre - Claudia Safatle, João Borges, Ribamar Oliveira (Portfolio-Penguin) - R$ 44,90
4º (3º) Organizações Exponenciais - vários autores (HSM) - R$ 54,90
5º (4º) Fundamentos de Economia - Marco Antonio S. Vasconcellos (Saraiva) - R$ 85

Práticas e pessoas
1º (1º) O Poder da Ação - Paulo Vieira (Gente) R$ 29,90
2º (2º) Por que Fazemos o que Fazemos? - Mario Sergio Cotella (Planeta) R$ 31,90
3º (5º) Gente que Convence - Eduardo Ferraz (Planeta Estratégia) - R$ 34,90
4º (4º) O Poder do Hábito - Charles Duhigg (Objetiva) - R$ 49,90
5º (-) Os Segredos da Mente Milionária - T. Harv Eker (Sextante) R$ 29,90 


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Fortaleza: XII Bienal Internacional do Livro do Ceará - 14 a 23 de abril de 2017.


XII Bienal Internacional do Livro do Ceará 
Quando: de 14 a 23 de abril
Onde: Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999 - Edson Queiroz)
Acesso gratuito.
Durante dez dias, a Bienal Internacional do Livro do Ceará irá movimentar Fortaleza. Na manhã desta quarta-feira, 5, foi divulgada toda a programação, em coletiva realizada no Centro Dragão do Mar.  O evento terá início na próxima semana e irá ocorrer de 14 a 23 deste mês de abril.
O calendário traz nomes como o do escritor angolano radicado em Portugal Valter Hugo Mãe, que já provoca frisson no público desde as prévias divulgadas da agenda. Outros confirmados são Luiz Ruffato, Marina Colasanti, Isabel Lustosa, Eliane Brum, Daniel Galera, Lira Neto, Frei Betto, Daniel Galera, Joca Terron e Ignácio Loyola Brandão. No total, serão 168 escritores participando da programação, além de 300 convidados, 350 editoras e 110 estandes. 
Um dos estandes será a Casa Vida&Arte, que terá livros da editoras Demócrito Rocha e Dummar, além de um estúdio móvel da Rádio O POVO/CBN. Na programação do espaço, haverá conversas com escritores convidados e eventos voltados para os público de pequenos leitores, como oficinas de desenho e contação de historias. 
Com curadoria de Lira Neto, Cleudene Aragão e Kelsen Bravo, o tema do evento será "Cada pessoa, um livro; o mundo, a biblioteca". A abertura, no dia 14, terá homenagem ao repentista Geraldo Amâncio e ao cordelista Leandro Gomes de Barros (in memoriam), além do espetáculo Religare da companhia cearense de dança Edisca. 

Dentro do projeto Diálogos, que será uma das janelas do evento, estarão mesas com escritores em todos os dias do evento. Entre as mesas, estão bate-papos entre Valter Hugo Mãe e Cleudene Aragão (dia 15); Affonso Romano de Sant´anna e Marina Colasanti (dia 16) e entre Daniel Galera e Joca Terron (dia 23). 

sábado, 11 de março de 2017

Folha de S. Paulo: Livros mais vendidos na semana.


TEORIA E ANÁLISE
1º (2º) Rápido e Devagar - Daniel Kahneman (Objetiva) - R$ 54,90
2º (1º) A Verdade É Teimosa - Miriam Leitão (Intrínseca) - R$ 49,90
3º (3º) Fundamentos de Economia - Marco Antonio S. Vasconcellos (Saraiva) - R$ 85
4º (-) História do Futuro - Miriam Leitão (Intrínseca) - R$ 49,90
5º (5º) Organizações Exponenciais - vários autores (HSM) - R$ 54,90

PRÁTICAS E PESSOAS
1º (1º) Por que Fazemos o que Fazemos? - Mario Sergio Cotella (Planeta) R$ 31,90
1º (4º) Novos Caminhos, Novas Escolhas - Abilio Diniz (Objetiva) R$ 34,90
3º (2º) O Poder do Hábito - Charles Duhigg (Objetiva) R$ 49,90
4º (3º) O Poder da Ação - Paulo Vieira (Gente) R$ 29,90
5º (-) Pense Simples - Gustavo Caetano (Gente) - R$ 29,90


Lista feita com amostra informada pelas livrarias Saraiva, Curitiba, Martins Fontes, Fnac, Livraria da Vila, Livraria Cultura e Argumento; os preços são referência do mercado e podem variar; semana entre 26/2 e 4/3; entre parênteses, a posição na semana anterior.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Livraria Saraiva: os mais vendidos em 2016.

Edições de obras nacionais mais vendidas na SARAIVA em 2016:

1. Como eu era antes de você [Editora Intrínseca] - Jojo Moyes

2. Depois de você [Editora Intrínseca] - Jojo Moyes

3. Ruah - Quebrando os paradigmas de que gordura é saúde e magreza é doença[Editora Globo] - Padre Marcelo Rossi

4. Harry Potter e a criança amaldiçoada - parte I e II [Editora Rocco] - J. K. Rowling

5. Diário de Larissa Manoela [Harpercollins Brasil] - Larissa Manoela

6. Authenticgames - Vivendo uma ida autêntica [Editora Alto Astral] - Authenticgames

7. Ansiedade - Como enfrentar o mal do século - A síndrome do pensamento acelerado [Editora Saraiva] - Augusto Cury

8. O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares - capa do filme [LeYa Brasil] - Ramsom Riggs

9. Segredos da Bel para meninas [Editora Gente] - Bel

10. O Pequeno Príncipe - Pocket - 51ª Ed. 2015 [Ediouro] - Antoine de Saint-Exupéry

Títulos digitais mais vendidos no ano na rede:

1. Como eu era antes de você [Editora Intrínseca] - Jojo Moyes

2. Depois de você [Editora Intrínseca] - Jojo Moyes

3. A última carta de amor [Editora Intrínseca] - Jojo Moyes

4. Uma noite perfeita [Editora Novo Conceito] - Bella Andre

5. Todo seu [Companhia das Letras] - Sylvia Day

6. O poder do hábito[Companhia das Letras] - Charles Duhigg

7. 50 coisas que você pode fazer para controlar a ansiedade - coleção Bem-estar [Larousse do Brasil] - Wendy Green

8. Por que gritamos golpe? [Autêntica Editora] - Ciro Gomes

9. Romance com o Duque [Autêntica Editora] - Tessa Dare

10. A Garota no Trem [Editora Record] - Paula Hawkins


terça-feira, 25 de outubro de 2016

58º Prêmio Jabuti 2016: categoria Economia e afins.

Na categoria Economia, Administração, Negócios, Turismo, Hotelaria e Lazer, os selecionados 2016: 

Título: Agronegócios: Gestão, Inovação e Sustentabilidade – Autor: Luís Fernando Soares Zuin e Timóteo Ramos Queiroz – Editora:Editora Saraiva

Título: Curso de Finanças Públicas: Uma Abordagem Contemporânea – Autor: Edilberto Carlos Pontes Lima – Editora: Atlas

Título: De Dentro para Fora – Como uma Geração de Ativistas está Injetando Propósito nos Negócios e Reinventando o Capitalismo –Autor: Alexandre Teixeira – Editora: Arquipélago Editorial

Título: Devagar e Simples – Autor: André Lara Resende – Editora: Companhia das Letras

Título: Futuros do Bioetanol – Autor: Sergio Salles Filho – Editora: Editora Elsevier

Título: Moeda e Crise Econômica Global – Autor: Luiz Afonso Simoens da Silva – Editora: Editora Unesp

Título: Negociações Coletivas no Brasil: 50 Anos de Aprendizado – Autor: Wilson Aparecido Costa de Amorim – Editora: Gen – Atlas

Título: Política de Salário Mínimo para 2015-2018: Avaliações de Impacto Econômico e Social – Autor: Nelson Barbosa Filho, Samuel Pessôa e Rodrigo Leandro de Moura – Editora: Editora Elsevier

Título: Propriedade Intelectual e Inovações na Agricultura – Autor: Antônio Márcio Buainain, Maria Beatriz Machado Bonacelli e Cássia Isabel Costa Mendes – Editora: Ideia D


Título: Saúde e Cidadania a Tecnologia a Serviço do Paciente e Não ao Contrário – Autor: Claudio Lottenberg – Editora: Editora Atheneu

domingo, 12 de junho de 2016

Thomas Elliot Skidmore: 1932 - 2016.


Um triste dia com o morte de Thomas Elliot Skidmore, um dos maiores brasilianistas, autor de diversos livros sobre o Brasil e intelectual referência para quem gosta de ler sobre a história brasileira. "Uma história do Brasil" é um dos meus favoritos.   

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

“Pela democracia, contra a corrupção”


Lendo Lira Neto na ótima biografia de Getúlio Vargas, um trecho cita que “a cada dia pipocavam escândalos, uns maiores, outros menores, nos mais diversos setores da administração pública – fato que levou Carlos Lacerda a cunhar a expressão ‘“mar de lama””.
Isso ocorreu em meados de 1952 e 1953, com a economia em pífio desempenho.  
Estamos em 2015 e parece que voltamos à “Além do Tempo”?!
Que Brasil!?!?!?    

sábado, 4 de abril de 2015

O economista de Dilma Rousseff: Thomas Piketty.


Thomas Piketty continua na lista dos livros mais vendidos no Brasil, agora com dois livros.

Além do já mundialmente famoso “O Capital no Século XXI”, na lista temos o seu “A Economia da Desigualdade”.


Segundo o site http://glamurama.uol.com.br/sabe-qual-foi-o-livro-que-dilma-devorou-durante-sua-campanha/, "O Capital no Século XXI" foi o livro de cabeceira da presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral de 2014, tendo a presidente lido em inglês, em apenas um final de semana. 

Em pesquisa por este blog se Joaquim Levy também já devorou o seu Piketty. 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Best books of 2014 - The Economist.

Economics and business: 
Capital in the Twenty-First Century. By Thomas Piketty. Belknap Press; 696 pages; $39.95 and £29.95. Buy from Amazon.com<http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/067443000X/theeconomists-20>; Amazon.co.uk<http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/067443000X/economistshop-21>
An unlikely bestseller by a French economist, who, by looking at historical changes in the concentration of income and wealth, shows that the importance of wealth in modern economies is approaching levels unseen since before 1914.

The Forgotten Depression, 1921: The Crash that Cured Itself. By James Grant. Simon & Schuster; 254 pages; $28. Buy from Amazon.com<http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/1451686455/theeconomists-20>; Amazon.co.uk<http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/1451686455/economistshop-21>
A study of the searing 1920s by the founder of a well-regarded financial newsletter. It sheds light on a nasty, but largely ignored, episode and demonstrates that a laissez-faire approach can cure slumps better than the government activism of the 1930s-or indeed 2008.

Brazil: The Troubled Rise of a Global Power. By Michael Reid. Yale University Press; 334 pages; $32.50 and £20. Buy from Amazon.com<http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0300165609/theeconomists-20>; Amazon.co.uk<http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/ASIN/0300165609/economistshop-21>

Our former Americas editor, now the Bello columnist, analyses the troubled rise of a global power and looks at the challenges that lie ahead.

domingo, 23 de novembro de 2014

Thomas Piketty - O Capital no Século 21.

O prêmio Business Book of the Year, do Financial Times e McKinsey, deste ano foi para o épico "O Capital no Século 21" (Ed. Intrínseca), do economista francês Thomas Piketty, que analisa as raízes e consequências da desigualdade e os meios para enfrentar a questão. Segundo Lionel Barber, editor do FT e presidente do júri, a decisão foi tomada após um "vigoroso debate" sobre a "incrivelmente forte" lista de seis finalistas.

Pelo primeiro lugar, Piketty receberá um prêmio de 30 mil libras, enquanto cada um dos demais autores dos livros finalistas vão receber um prêmio de 10 mil  libras.

Os demais finalistas são: "Hack Attack", de  Nick Davies, sobre o escândalo de escuta telefônica que envolveu o império de mídia de Rupert Murdoch; "The Second Machine Age", de Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee, sobre a promessa da revolução digital; "Creativity, Inc.", do cofundador da Pixar Ed Catmull, com Amy Wallace, sobre como Catmull administrou a "criatividade inteligente" do estúdio de animação; "House of Debt", análise de Atif Mian e Amir Sufi de como evitar futuras recessões; e "Dragnet Nation", de Julia Angwin, uma investigação do crescimento da "vigilância da economia".

sábado, 1 de novembro de 2014

Thomas Piketty: O Capital no século XXI.

Finalmente, a edição brasileira com a tradução da competente colega Monica Baumgarten de Bolle, do mais recente fenômeno editorial no mundo da economia: Thomas Piketty e O Capital no século XXI.    



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Prêmio Jabuti 2014.

Romance
1º) "Reprodução" (Companhia das Letras), de Bernardo Carvalho;
2º) "A Maçã Envenenada" (Companhia das Letras), de Michel Laub;
3º) "Opisanie Swiata" (Cosac Naify), de Veronica Stigger


Contos e crônicas
1º) "Amálgama" (Nova Fronteira), de Rubem Fonseca;
2º) "Você Verá" (Record), de Luiz Vilela;
3º) "Nu, de Botas" (Companhia das Letras), de Antonio Prata, e "Um Solitário à Espreita (Companhia das Letras), de Milton Hatoum


Poesia
1º) "Bernini" (Demônio Negro), de Horácio Costa;
2º) "Jardim das Delícias" (Kelps), de Marcus Vinicius Quiroga; e
3º) "Ximerix" (Cosac Naify), de Zuca Sardan


Juvenil
1º) "Fragosas Brenhas do Mataréu" (Ática), Ricardo Azevedo;
2º) "As Gêmeas da Família" (Globo), Stella Maris Rezende;
3º) "Uma Escuridão Bonita" (Pallas), de Ondjaki


Infantil
1º) "Breve História de um Pequeno Amor" (FTD), de Marina Colasanti;
2º) Da Guerra dos Mares e das Areias" (Quatro Cantos), de Pedro Veludo; e
3º) "Poema que Escolhi para Crianças" (Moderna), de Ruth Rocha


Biografia
1º) "Getúlio (1930-1045)" (Companhia das Letras), de Lira Neto;
2º) "Wilson Baptista: O Samba Foi Sua Glória" (Casa da Palavra), de Rodrigo Alzuguir;
3º) "O Castelo de Papel" (Rocco), de Mary del Priore


Reportagem
1º) "1889" (Globo), de Laurentino Gomes;
2º) "Holocausto Brasileiro" (Geração Editorial), de Daniela Arbex;
3º) Um Gosto Amargo de Bala" (Civilização Brasileira), de Vera Gertel


Comunicação
1º) "Mídia e Política na América Latina" (Civilização Brasileira), de Carolina Matos;
2º) "Comunicação Ubíqua" (Paulus), de Lucia Santaella;
3º) "O Rosto e a Máquina" (Paulus), de Ciro Marcondes Filho


Tradução
1º) "A Anatomia da Melancolia" (UFPR), de Guilherme Gontijo Flores;
2º) "Antologia da Poesia Clássica Chinesa" (Unesp), de Ricardo Primo Portugal;
3º) "O Capital: Crítica da Economia Política, Livro 1" (Boitempo), de Rubens Enderle


Tradução do inglês
1º) "Vênus e Adônis" (Leya), de Alípio Correia de Franca Neto;
2º) "Contos da Cantuária" (Companhia das Letras), de José Francisco Botelho;
3º) "Ao Farol" (L&PM), de Denise Bottmann


Capa
1º) "A São Paulo de German Lorca" (Imesp), por Edson Lemos; "Graffiti Fine Art" (Sesi), por Raquel Matsushita; "Murphy" (Cosac Naify), por Paulo André Chagas



Ilustração
1º) "Brasil" (Empresa das Artes), por Meire de Oliveira;
2º) "Storyinhas" (Companhia das Letras), por Laerte; 

"Decameron" (Cosac Naify), por Alex Cerveny

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A Ordem do Progresso: o livro.

Uma excelente opção para quem gosta de Economia. 
A edição atualizada do célebre “A Ordem do Progresso – Dois séculos de política econômica no Brasil”.

Recomendado com louvor. 


domingo, 31 de agosto de 2014

A ordem do progresso - Dois séculos de política econômica no Brasil.

Por R$ 99,90 a a Elsevier lança edição atualizada do ótimo "A ordem do progresso".

A primeira edição de A ordem do progresso foi publicada há quase um quarto de século, em comemoração ao centenário da República. Muitas crises tiveram de ser enfrentadas. Com a vitória da oposição, a transição em 2002-2003 revelou-se menos problemática do que se temia, com o Partido dos Trabalhadores abandonando às pressas os seus excessos mais impetuosos como o repúdio das dívidas interna e externa. Parecia que se assistia ao fim de ideias equivocadas em matéria de política econômica. Na esteira do mensalão, em 2004-05, o compromisso petista com políticas macroeconômicas prudentes começou a arrefecer. De fato, a partir de 2010, acumularam-se indícios claros de reversão das políticas que haviam sido estabelecidas na década de 1990 quanto à abertura comercial e ao papel do Estado na economia. Até mesmo o compromisso com a estabilização passou a ser relativizado. Esta nova edição pode ser vista como comemoração antecipada dos dois séculos do Brasil independente e contém artigos de Marcelo de Paiva Abreu, Dionísio Dias Carneiro, Gustavo Franco, Winston Fritsch, Luiz Aranha Correa do Lago, Eduardo Modiano, Luiz Orenstein, Demósthenes Madureira de Pinho Neto, André Lara Resende, Antonio Claudio Sochaczewski e Sérgio Besserman Vianna.

A Segunda Guerra Mundial: os 2.174 dias que mudaram o mundo.



terça-feira, 13 de maio de 2014

Thomas Piketty: Um admirador crítico do capitalismo

Direto do The New York Times, leio na Folha mais uma matéria sobre o Thomas Piketty e o seu livro, atual sucesso mundial.

PARIS - Quando o Muro de Berlim caiu, em 1989, Thomas Piketty tinha 18 anos, o que o poupou do debate intelectual sobre as virtudes e os vícios do comunismo, que durou décadas na França.

Segundo ele, mais reveladora foi a viagem que fez com um amigo à Romênia no início dos anos 1990, após a queda da União Soviética.

"Quando vi aquelas lojas vazias, aquelas pessoas fazendo fila inutilmente na rua, ficou claro que nós precisamos de propriedade privada e instituições de mercado, não só por uma questão de eficiência econômica, mas também pela liberdade individual."

Mas o desencanto com o comunismo não significa que Piketty deu as costas para o legado intelectual de Karl Marx.

Como o alemão, ele é um crítico ferrenho das desigualdades econômicas e sociais produzidas pelo capitalismo desenfreado -as quais, para ele, se agravarão. "Sou de uma geração que jamais teve atração pelo Partido Comunista. De certa maneira, isso facilita retomar com frescor essas grandes questões sobre capitalismo e desigualdade."

Em seu novo livro de 700 páginas, "Capital in the Twenty-First Century" [O Capital no Século 21], Piketty, 42, desmonta teses sobre a benevolência do capitalismo e prevê desigualdade crescente em países industrializados, com impacto sobre valores democráticos como justiça e equidade.

O livro, que está na lista dos mais vendidos do "New York Times", pretende ser um retorno ao tipo de história econômica e economia política escrito no passado por Marx e Adam Smith.

A obra se empenha em compreender sociedades ocidentais e as regras econômicas que as sustentam. E em seu decorrer, ao desmascarar a ideia de que "a riqueza ergue todos os barcos", Piketty desafia governos democráticos a lidarem com o abismo crescente entre ricos e pobres.

Piketty cresceu em um lar impregnado de política. Seus pais, esquerdistas, participaram das manifestações em 1968 que sacudiram a França tradicional.

Mais relevantes e importantes, disse ele, são as "experiências fundamentais" de sua geração: o colapso do comunismo, a degradação do Leste Europeu e a Guerra do Golfo. Tais eventos o incitaram a tentar entender um mundo no qual ideias econômicas tinham consequências tão nefastas.

Piketty entrou na elitista École Normale Supérieure aos 18 anos. Sua dissertação de doutorado sobre a teoria da redistribuição da riqueza, concluída quando ele tinha 22 anos, ganhou prêmios.

Então ele se mudou para os Estados Unidos, para lecionar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), mas se decepcionou com o estudo de economia americano e voltou para a França.

"Percebi rapidamente que havia pouco empenho para coletar dados históricos sobre renda e riqueza, então comecei a fazê-lo".

Com a ajuda dos potentes computadores atuais, suas conclusões se baseiam em séculos de estatísticas sobre o acúmulo de riqueza e o crescimento econômico em países industriais desenvolvidos.

Elas também são enunciadas de maneira simples: a taxa de crescimento da renda do capital é várias vezes maior que o ritmo do crescimento econômico.

Isso significa que uma parcela comparativamente decrescente vá para a renda ganha com salários, os quais raramente aumentam mais rápido que a atividade econômica.

A desigualdade aumenta quando a população e a economia crescem lentamente.

A desigualdade em si é aceitável, diz ele, à medida que incita a iniciativa individual e a geração de riqueza que, com a ajuda da taxação progressiva e outras medidas, ajuda a melhorar a situação de todos na sociedade.

"Não vejo problema na desigualdade, desde que ela seja de interesse comum", afirmou.

Porém, Piketty diz que a desigualdade extrema "ameaça nossas instituições democráticas". A democracia não significa apenas cada cidadão um voto, mas a promessa de oportunidades iguais.

A última parte do livro apresenta as ideias de Piketty sobre políticas públicas. Ele defende uma taxação global progressiva sobre a riqueza real (menos dívida), com os resultados decorrentes não entregues a governos ineficientes, mas redistribuídos para os que têm menos capital.


O livro tem despertado críticas, especialmente às prescrições políticas de Piketty, consideradas ingênuas. Ele recebe bem as críticas. "Certamente estou aguardando ansiosamente os debates."

domingo, 4 de maio de 2014

Thomas Piketty e Elio Gaspari - O capital no século 21.

Leio hoje na FOLHA o comentário de Elio Gaspari sobre o livro "Capital" do Thomas Piketty, atual destaque no mundo da Economia.

Amanhã o Metropolitan Museum de Nova York abre a escadaria para o baile anual do seu instituto de moda. A entrada custa US$ 25 mil, e o freguês terá passado pela seleção de Anna Wintour, a bruxa do filme "O Diabo Veste Prada", diretora da revista "Vogue", czarina da moda e princesa do mundo das celebridades. O "Met Gala" é o tapete vermelho mais bonito, rico e exclusivo do mundo. Quem não tiver a graça de pisá-lo poderá ir para um bar discutir o livro "Capital", do professor francês Thomas Piketty. Por caminhos diferentes, estará no mesmo mundo.

Piketty escreve com a elegância com que a atriz Gwyneth Paltrow se veste. Montado num banco de dados rico como a vitrine da joalheria Cartier, o professor é claro: o mundo entrou num período de concentração da renda. As pessoas e os países ricos ficarão mais ricos. Para as nações emergentes, inclusive o Brasil, fica a suspeita que crescerão a taxas menores. 

Nos Estados Unidos, essa época de ostentação da riqueza é comparada à "Gilded Age", que foi do fim do século 19 ao início do 20. A expressão designava uma abastança exuberante, porém superficial. Piketty não a usa, fala mais na "Belle Époque" francesa. A diferença está no fato de que uma teve o escritor Marcel Proust, e a outra, bilionários vulgares, cuja ideia de refinamento levava-os a copiar castelos e casar as filhas com nobres europeus quase sempre falidos, jamais monógamos, talvez heterossexuais. (Só na cesta dos duques, compraram 22.)

Durante a festa do século 19 também pontificava um jornalista. Ele organizava o baile anual de Caroline Astor e dizia que a elite de Nova York tinha 400 pessoas, o número de convidados que cabiam no salão da milionária. Na lista de La Wintour, entram 700 convidados. Ela é uma jornalista cuja determinação, instinto estético e visão comercial deveriam ser matéria de estudo para quem entra nesse ramo da profissão. (O teste de que uma pessoa é desprovida do sentimento da inveja está em admirá-la.) Wintour perfilhou o instituto de moda do Metropolitan, para quem vai o dinheiro dos ingressos. A partir de amanhã a nova ala de roupas do museu levará seu nome. Será inaugurada por Michelle Obama.

O baile de Piketty tem a harmonia de uma valsa. No início do século 20 os 1% que estavam no andar de cima ficavam com 20% da renda dos Estados Unidos e da Inglaterra. Até 1980 essa riqueza encolheu à metade, mas, a partir daí, voltou a crescer e retornou ao ponto inicial. A queda deveu-se a políticas sociais? Não, foram as duas guerras. Os bilionários de hoje seriam diferentes, afinal, Bill Gates fez a Microsoft. Tudo bem, mas a francesa Liliane Bethencourt (L'Oreal) tem US$ 25 bilhões e nunca trabalhou na vida. Herdou. Entre 1990 e 2010 as fortunas de ambos cresceram 13% ao ano, apesar de Bill Gates já ter parado de trabalhar.

O "Capital" é um monumento de pesquisa e elegância. Piketty trabalhou com acervos estatísticos jamais estudados, e reconhece que isso só foi possível porque apareceu o computador. Obsessivo, mergulhou até nas listas de bilionários das revistas de negócios, mesmo ressalvando que têm pouco valor científico. (Os brasileiros que compraram ações de Eike Batista sabem que é isso mesmo.) Se os números dos bilionários da "Forbes" merecem pouca fé, as carteiras de investimentos das universidades americanas merecem toda. Os patrimônios mobiliários daquelas que têm fundos com mais de um bilhão de dólares cresceram 8,8% ao ano entre 1980 e 2010. Já as pobrezinhas, com menos de 100 milhões, ficaram com 6,1% ao ano. Harvard, com US$ 30 bilhões, teve rendimentos de 10,1% anuais. (As reservas da Universidade de São Paulo encolheram.)


Quando Caroline Astor dava seu baile, o andar de cima sustentava que assim era a vida e o de baixo lotava as ruas para ver a passagem dos magnatas. A partir de amanhã o mundo poderá ver na rede imagens do baile de Anna Wintour. Retratará uma época. O "Capital no Século 21" também está na rede, em inglês, por enquanto. Sai por US$ 21,99.

A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...