sexta-feira, 27 de maio de 2016

Dr. Dr. h.c. Fernando Henrique Cardoso: Harvard University.



His Excellency Fernando Henrique Cardoso

Doctor of Laws

Fernando Henrique Cardoso served as president of the Federative Republic of Brazil from 1995 to 2003. He is a sociologist and the author of several books on social change and development in Brazil and Latin America.
Cardoso holds a degree in sociology from the University of Sao Paulo, where he later taught from 1952 to 1964. After the country’s 1964 coup d’etat, he was persecuted for his efforts to improve public education and modernize the university. He continued his academic career in exile, living in Chile and France before returning to Brazil in 1968. Before becoming president, he held several other positions in the Brazilian government, serving as a state senator, minister of foreign affairs, and minister of finance.
Cardoso has taught at universities in Chile, England, France, and the U.S., and he founded the Centro Brasileiro de Analise e Planejamento, which became an important center for research on Brazilian politics and culture. He is past president of the International Sociological Association and holds honorary degrees from more than 20 universities.

Barack Obama em Hiroshima faz história neste 27 de maio de 2016.

"Há 71 anos a morte caiu do céu e o mundo mudou.”


quinta-feira, 26 de maio de 2016

quarta-feira, 25 de maio de 2016

CAGED abril/2016: 1.825.609 novos desempregados nos últimos 12 meses.

1.Segundo os dados do CAGED, em abril de 2016, foram eliminados 62.844 empregos celetistas, equivalente à retração de 0,16% no estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.

2. Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, no acumulado do ano, os dados mostram um decréscimo de 378.481 empregos (-0,95%). 

3. Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses verificou-se a redução de 1.825.609 postos de trabalho, equivalente à variação negativa de 4,44 % no contingente de empregados celetistas do país. 

Brasil: um teto ao gasto público ou não teremos futuro?

De 1997 a 2015, o gasto primário do Governo Federal se deslocou de 14% para 19% do PIB, portanto se observou crescimento anual médio da ordem de 0,3 p.p. do PIB no período e de 5,8% ao ano acima da inflação. 
No período 2008/2015, enquanto a receita total anual cresceu 12,1%, em termos reais, a despesa total cresceu 47,7%.
Em resumo, as despesas do setor público se encontram em trajetória insustentável. 
Por essa razão, o Governo Federal irá apresentar ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limitará o crescimento da despesa primária total. 
Para tanto, irá propor um limite para o crescimento da despesa primária total do Governo Central, equivalente à inflação do ano anterior, isto é, um crescimento de zero acima da inflação. 
A aplicação mínima de recursos em educação e saúde terá como base o valor mínimo obrigatório observado em 2016, que será anualmente aumentado segundo o mesmo mecanismo (inflação do ano anterior). 
Além de limitar o crescimento das despesas públicas, essa estratégia: (1) aumenta a previsibilidade da política macroeconômica, fortalecendo a confiança; (2) elimina o crescimento real do gasto público, portanto, em situações de emergência permitirá ao Estado alterar sua composição; e (3) reduz o risco-país e, assim, abre espaço para redução estrutural das taxas de juros. 
Limite constitucional: Uma vez que o Congresso Nacional aprove a PEC, a aplicação mínima constitucional em educação e saúde passa a ser a calculada segundo a regra constante da PEC. 
Prazo de vigência: Terá vigência permanente, e não temporária. 
Estouro do Teto: Caso a norma constitucional seja desrespeitada, o agente público que deu causa à infração responderá conforme previsão legal. Cabe notar ainda que qualquer lei aprovada em desconformidade com norma constitucional pode ser vetada ou declarada inconstitucional.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Henrique Meirelles: medidas de política econômica para o Brasil de hoje.

As medidas de política econômica que o governo anunciará nesta terça-feira (24/05) serão focadas no controle das despesas primárias e financeiras, na eliminação de ineficiências do gasto público e na busca pela melhoria do desempenho da prestação de serviços às camadas mais pobres da população. A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante participação no seminário “O Brasil que temos para o Brasil que queremos”, promovido pela revista Veja nesta segunda-feira (23/5). 
“A ideia é exatamente um plano de voo, com medidas que tenham efeitos plurianuais e impactos permanentes”, disse Meirelles. A ênfase, portanto, será menos numa melhora pontual do resultado primário e mais na tentativa de colocar a dívida pública em uma trajetória de sustentabilidade no longo prazo. 
O ministro destacou que, se nada for feito, a dívida pode ultrapassar, em alguns anos, a marca de 80% do PIB, aproximando-se do dobro da média dos países emergentes, hoje em 44% do PIB. “Corremos risco de descumprimento da chamada regra de ouro, que veda emissão de dívida além do necessário para rolar a dívida vincenda e pagar as despesas de capital”, disse Meirelles. 
A combinação de aumento permanente da carga tributária com contenção temporária das despesas – fórmula historicamente usada para resolver crises fiscais no Brasil – não se aplica mais, disse o ministro. De um lado, a carga tributária já atingiu um patamar que introduz ineficiências nas decisões dos agentes econômicos e limita o crescimento. De outro, o aumento do gasto concentrou-se em despesas obrigatórias, que dão pouca margem de manobra para ajustes. 
Desta vez, “o processo começa por controle rígido e rigoroso da despesa”, afirmou Meirelles. O reforço da mensagem de que não haverá mais desequilíbrio fiscal trará aumento da confiança, do emprego, do investimento e consequente elevação da arrecadação tributária, facilitando o reequilíbrio das contas públicas, explicou o ministro. “O aumento da arrecadação tem que vir como consequência do processo, não como pressuposto de saída do processo”, defendeu. 
Meirelles destacou que as ações a serem tomadas pelo governo não são um fim em si mesmas. “Elas, sem exceção, são um meio – a rigor o único – de trazer de volta ao mercado de trabalho os 11 milhões de brasileiros que hoje estão desempregados, de reduzir a dúvida de empresários quanto ao futuro dos seus negócios, de diminuir a insegurança dos trabalhadores que conseguiram permanecer no emprego, de garantir que, em cinco, dez ou 15 anos os nossos aposentados receberão seus benefícios”, disse o ministro. 

domingo, 22 de maio de 2016

Vinicius Torres na FOLHA: "Quebramos"

Na FOLHA DE S. PAULO, Vinicius Torres Freire, essencial e didático.   

Quebramos. O governo federal do Brasil está quebrado.

Não é novidade. No fundo, é força de expressão: o governo vai continuar a pagar as contas: vai ainda tomar emprestado, sabe-se lá até quando e a que custo (juros altos, dívida crescente e economia estagnada). No limite do desastre, sem crédito viável, fabrica dinheiro e paga as contas, ao custo de inflação desembestada

Quebramos? Não tem volta? Tem. Nessa volta, teremos de subir uma escadaria de joelhos nus sobre o milho, com uma pedra nas costas.

Se ainda era necessário um alerta final, tivemos a sexta-feira (20). Foi então que o governo anunciou que o deficit deste ano pode chegar a R$ 170 bilhões, o triplo do deficit teratológico de 2015 (já descontadas as despesas extraordinárias das "despedaladas" de 2015).

É um deficit 75% maior que o previsto pelo moribundo governo Dilma Rousseff, faz apenas uns dois meses. Em escala menor, é um episódio Grécia 2010: a lambança e a mentira eram maiores do que se imaginava.

Suponha-se, com razão, que o governo Temer tenha exagerado a herança maldita. Feitas contas alternativas e descontadas despesas extraordinárias, digamos que o deficit esteja correndo na casa de R$ 125 bilhões (deficit primário: em que não entra a despesa de juros).

O que são R$ 125 bilhões? Por exemplo, é o gasto total com os salários dos funcionários públicos federais. São mais de quatro anos e meio de Bolsa Família. É mais que o dinheiro que se paga por ano aos 8,4 milhões de aposentados da Previdência Rural. É um terço da despesa da Previdência. É colossal.

Dá para cortar? Algo, sempre dá. Mas o dinheiro cortável, aquela parte do Orçamento que não está comprometida com gastos obrigatórios, equivale a uns R$ 115 bilhões. Mexer em gasto obrigatório exige mudança de lei: em aposentadorias, em salários, no piso das despesas com saúde e educação.

Supondo que fosse possível cortar sem mais R$ 125 bilhões, o deficit primário cairia a zero. Melhor, mas insuficiente. No zero a zero, a dívida pública continua crescendo.

É verdade que a receita do governo cai sem parar praticamente desde março de 2014, em termos anuais. Desde então, foram-se R$ 142 bilhões, em termos reais (descontada a inflação). Parte maior da perda se deve à recessão; outra parte se deve às reduções de impostos de Dilma 1.

Sem aumentos de impostos, essa receita perdida não vai voltar a correr para os cofres do governo antes que o país recupere o PIB perdido na recessão. E olhe lá. Leva anos, com bom crescimento da economia. Para piorar, desde março de 2014 a despesa cresceu R$ 86 bilhões.

Será preciso esquecer, por vários anos, a meta de contas no azul (superavit primário) bastante para evitar o crescimento da dívida. A proposta modesta de agora é zerar o deficit primário, arrumar uns R$ 125 bilhões e dar um jeito de fazer a economia crescer o quanto antes.

Difícil zerar essa conta sem um baita aumento de impostos e outro tanto de corte dolorido de gastos. Quem acha que é possível fazer tal coisa sem mais impostos justamente distribuídos está brincando, entre outras coisas, com a ideia de que esfolar o povo sai de graça.

vinicius.torres@grupofolha.com.br 

sábado, 21 de maio de 2016

TIME: May 30, 2016 - Battle of the Bathroom


Monica de Bolle: O Desafio do Comércio Exterior.

Muito tem sido dito sobre a nova equipe econômica brasileira, alívio incontestável ante o triunfo da incompetência, marca da gestão de Dilma Rousseff. Naturalmente, a atenção tem se voltado para os nomes do Ministério da Fazenda e do Banco Central, sobretudo do Ministério da Fazenda, que terá trabalho árduo para descobrir qual o tamanho do buraco que o governo afastado cavou nas contas públicas brasileiras. Esse, entretanto, não é artigo sobre os desafios fiscais, amplamente conhecidos e debatidos à exaustão. Esse artigo trata de outro tema, tema que o novo governo parece pronto a encaminhar como há muito não se via.

Foram muitos os artigos escritos por diversos economistas, inclusive por mim, sobre o tema do comércio exterior, sobre o isolacionismo brasileiro, sobre o fato de sermos uma das economias mais fechadas do planeta. Há muito tempo o Brasil não tem estratégia clara para a política externa. A política externa do governo de Dilma Rousseff foi pródiga em desmandos e anomalias. Não à toa, estados falidos como a Venezuela de Maduro, a trágica Venezuela, atacaram de modo veemente o afastamento da Presidente. A razão é conhecida: a Venezuela acaba de perder o mais importante apoio diplomático e financeiro da região.

A guinada de Michel Temer na política externa brasileira prenuncia-se com a posse do Senador José Serra como Ministro das Relações Exteriores, e com as novas responsabilidades que o cargo terá sobre o comércio exterior. Há muito o que fazer: procurar formas de engajamento com a Aliança do Pacífico, repensar o Mercosul junto com parceiros como a Argentina, que, sob a liderança de Macri, já deu sinais de que pretende reavaliar o acordo que jamais funcionou bem para parte alguma, levar a cabo as negociações entre o Mercosul e a União Europeia, retomar a agenda de facilitação de comércio entre o Brasil e os Estados Unidos. Para avançar nessas e em outras áreas é preciso tratar de temas espinhosos, como as nefastas regras de conteúdo local disseminadas por toda parte pelo governo de Dilma Rousseff. É preciso, também, ter bom entendimento sobre como está o Brasil, hoje, no mundo.

É recorrente a ideia de que o Brasil nesses últimos anos tornou-se primordialmente país exportador de produtos básicos. Verdade que nossa indústria sofre há anos com políticas equivocadas, carga tributária demolidora, excesso de regulações que dificultam a atividade produtiva, e por aí vai. Contudo, há alguns dados interessantes, frequentemente ignorados. Segundo base de dados de comércio do Banco Mundial (WITS – World Integrated Trade Solution), 62% das exportações do Brasil para os Estados Unidos são de bens intermediários ou bens de capital, contra apenas 23% de produtos primários. Para a União Europeia, o Brasil exporta cerca de 46% do total em bens intermediários ou de capital, contra 41% de produtos primários – ou seja, o peso dos primários na pauta dessa relação bilateral é praticamente igual ao de produtos com maior valor adicionado. Por fim, para a China destinamos 84% de nossa produção primária, contra míseros 15% em bens de capital e bens intermediários. Há, portanto, espaço não apenas para promover a indústria brasileira entre alguns de nossos principais parceiros comerciais, mas, sobretudo, para priorizar as relações entre os países que mais compram produtos industriais “made in Brazil”.

Por falar em “made in Brazil”, outro dado amplamente desconhecido assusta. Revela a World Input-Ouput Database (WIOD) que entre 1995 e 2011, o conteúdo de valor-adicionado importado nas exportações de produtos manufaturados brasileiros praticamente não mudou, passando de 9% para 11% em década e meia. Em contrapartida, na China tal número saltou de 10% para 35% no mesmo período, enquanto na Índia o pulo foi de 9% para 24%. Ou seja, enquanto a indústria exportadora nacional permaneceu caracterizada pelo viés nacionalista, outras grandes economias emergentes passaram a enxergar as virtudes do “made in the world”.

Por fim, livro muito interessante de Caroline Freund, do Peterson Institute for International Economics (“Rich People, Poor Countries”, publicado esse ano) mostra claramente a ausência de dinamismo no Brasil a partir de uma base de dados que reúne as grandes fortunas de diversos países emergentes. Há imenso contraste naquilo que se vê no Brasil, de um lado, Índia e China, de outro. Enquanto no Brasil cerca de metade dos bilionários do país são indivíduos que herdaram suas fortunas, na Índia e na China os bilionários são majoritariamente empreendedores que formaram suas próprias empresas, sem depender de conexões políticas ou apadrinhamentos, ao contrário do que muitos imaginam. Na Rússia, não surpreendentemente, cerca de 70% dos indivíduos bilionários não são “self-made”, mas sim gente politicamente conectada e apadrinhada.

O que toda essa evidência empírica revela é que o Brasil tem muito o que fazer para correr atrás do prejuízo causado por anos de isolacionismo. As novas lideranças que haverão de tratar desses temas inspiram grandes expectativas. Avancemos, pois.

Publicado no portal Exame em 20/05/2016.

IPEA: Economista Manoel Carlos de Castro Pires é o novo presidente.

O economista Manoel Carlos de Castro Pires foi nomeado nesta quarta-feira, dia 18, para o cargo de presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Doutor em Economia pela Universidade de Brasília, Pires é efetivo da carreira de técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto desde 2004, com atuação reconhecida na área de finanças públicas e macroeconomia.

Antes de ser nomeado para presidir o Ipea, o economista esteve à frente da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, onde também foi secretário interino de Acompanhamento Econômico, diretor de Programas e coordenador Geral de Política Fiscal. Chefiou a Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Pires é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal Fluminense e tem mestrado em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ganhou o Prêmio do Tesouro Nacional em 2007, 2008, 2009 e 2012.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Brasil: IPCA-15 em maio/16 é de 0,86% e no acumulado 9,62% em doze meses.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,86% em maio e ficou 0,35 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,51% de abril. Desde 1996, quando o IPCA-15 apresentou alta de 1,32% em maio, não havia registro de taxa mais elevada para os meses de maio. Mesmo com a aceleração do índice de um mês para o outro, o acumulado no ano está em 4,21%, abaixo dos 5,23% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 9,62%, mais do que os 9,34% a que havia atingido nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015 a taxa havia sido 0,60%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Brasil: taxa média de desemprego no 1º trimestre 2016 é de 10,9%.

taxa de desocupação (10,9% no Brasil) subiu em todas as grandes regiões no 1º trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015: Nordeste (de 9,6% para 12,8%), Sudeste (de 8,0% para 11,4%), Norte (de 8,7% para 10,5%), Centro-Oeste (de 7,3% para 9,7%) e Sul (de 5,1% para 7,3%). No 4º trimestre de 2015, as taxas haviam sido de 10,5% no Nordeste, 9,6% no Sudeste, 8,6% no Norte, 7,4% no Centro-Oeste e 5,7% no Sul.
Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no 1º trimestre de 2016 foram observadas na Bahia (15,5%), Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,0%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).
nível de ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) ficou em 54,7% para o Brasil no 1º trimestre de 2016. Apenas a região Nordeste (49,0%) ficou abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,8% no Sul, 58,6% no Centro-Oeste, 55,9% no Sudeste e 55,0% no Norte.
Santa Catarina (60,4%), Rio Grande do Sul (59,8%) e Mato Grosso do Sul (59,7%) apresentaram os maiores percentuais, enquanto Alagoas (42,8%), Rio Grande do Norte (46,7%) e Ceará (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais baixos.
No 1º trimestre de 2016, entre os empregados do setor privado, os percentuais de empregados com carteira de trabalho nas grandes regiões foram de 85,1% no Sul, 83,7% no Sudeste, 78,1% no Centro-Oeste, 63,5% no Norte e 63,1% no Nordeste. A média no Brasil foi de 78,1%. Santa Catarina (89,1%), Rio de Janeiro (86,3%), São Paulo (85,5%) apresentaram os maiores percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho, enquanto Maranhão (52,5%), Piauí (53,3%) e Paraíba (57,3%) apresentaram os menores.
rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$1.966) nas regiões Sudeste (R$ 2.299), Centro-Oeste (R$ 2.200) e Sul (R$ 2.098), enquanto Norte (R$ 1.481) e Nordeste (R$ 1.323) ficaram abaixo da média.
O Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.598), seguido por São Paulo (R$ 2.588) e Rio de Janeiro (R$ 2.263). Os menores rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 1.032), Piauí (R$ 1.263) e Ceará (R$ 1.285).
massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ R$ 173,5 bilhões de reais para o país com um todo) ficou em R$ 90,6 bilhões da região Sudeste, R$ 29,5 bilhões no Sul, R$ 27,6 bilhões no Nordeste, R$ 15,7 bilhões no Centro-Oeste e R$ 9,8 bilhões no Norte.
Fonte: IBGE

Brasil: Balança Comercial de dezembro/2014 a abril/2016.


Números dos últimos 16 meses do resultado mensal da balança comercial brasileira evidenciam uma tendência de crescimento, em que pese as oscilações de preços no mercado e da taxa de câmbio. Do saldo negativo de US$ 4.044 milhões em dezembro de 2014, a balança comercial fechou abril de 2016 com o saldo de US$ 4.861 milhões. Esse superavit em abril foi o maior para o mês desde 1989, ano que marca o início da série histórica.

The Economist: May 21st, 2016 - When the drugs don't work.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Brasil: Dívida Bruta do Setor Público - 2007 - 2017: um número preocupante!


Com dados oficiais e estimativas do mercado, a Dívida Bruta do Setor Público, que contabiliza os passivos dos governos federal, estaduais e municipais, chegará a R$ 5,5 trilhões em 2017. Trata-se de um número preocupante e que deve ser avaliado desde agora pelo Ministério da Fazenda visando retomar o controle das contas públicas.   

É visível seu crescimento contínuo e em ritmo mais intenso após o ano de 2013. Um risco a ser avaliado com muita atenção por qualquer governo minimamente preocupado com o endividamento público, num país que já possui uma das mais altas cargas tributárias do mundo. 

terça-feira, 17 de maio de 2016

Mansueto Almeida e Carlos Hamilton: economistas e cearenses no Ministério da Fazenda.


Hoje, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, cearense de Sobral, doutor e mestre em Economia pela FGV e engenheiro civil pela Universidade Federal do Ceará Mansueto Facundo de Almeida Jr, economista pela Universidade Federal do Ceará, Mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), cursou Doutorado em Políticas Públicas no MIT, Cambridge (USA), foram anunciados pelo Ministro da Fazenda Henrique Meirelles para as Secretarias de Política Econômica e Acompanhamento Econômico, respectivamente. 

segunda-feira, 16 de maio de 2016

BACEN: Boletim Regional - Abril/2016.

A atividade econômica nacional permaneceu em desaceleração nos primeiros meses do ano, refletindo desempenhos desfavoráveis da indústria, das vendas do comércio e do setor de serviços, impactados pelos ajustes macroeconômicos em curso e por eventos não econômicos. Esse cenário tem intensificado o processo de distensão do mercado de trabalho e induzido a menor dinamismo do crédito. Repercutindo esse quadro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) recuou 1,3% no trimestre encerrado em fevereiro, comparativamente ao finalizado em novembro, quando retraíra 1,8%, na série dessazonalizada. Considerados doze meses acumulados até fevereiro, o índice contraiu 4,6%.

domingo, 15 de maio de 2016

Samuel Pessôa: "Estrutural horrível, o ciclo ajuda".

Domingo é o dia dos jornais, das revistas semanais e de muita coisa boa para ler. Como regra, o economista Samuel Pessôa, na FOLHA DE S. PAULO, é leitura obrigatória pelo texto inteligente e competente ao explicar o momento econômico, conforme bem exposto abaixo para uma leitura bem atenta. Sua análise dos meses que virão reflete o resultado das opções políticas que fizermos agora e, com otimismo, alguma luz haverá de surgir ao final deste túnel. Oremos.      
        
O momento atual pode ser caracterizado pela expressão "estrutural horrível, o ciclo ajuda".
A situação estrutural da economia é horrível, pois estamos em plena crise fiscal estrutural e a solução requererá repensar todo o desenho de nosso Estado. A lista de medidas que precisam ser adotadas é longa e interferirá na vida de quase todos.
No entanto, o ciclo ajuda. O elevadíssimo custo social, na forma de desemprego e perda de produto, que a sociedade já pagou até o momento, sugere que nos próximos trimestres o ciclo econômico será favorável: a inflação vai cair, a taxa Selic deve iniciar um ciclo de baixa na virada de 2016 para 2017 e a economia deve voltar a crescer no segundo semestre do ano que vem.
Todo esse cenário otimista tem uma condicionante: o mercado não pode ficar melindrado com a dívida pública testando limites de 75% a 80% do PIB até 2018.
Se o mercado não aceitar a piora do endividamento público, em algum momento à frente o risco e o câmbio serão pressionados e, com eles, as expectativas de inflação. A piora do cenário inflacionário abortaria o ciclo de baixa de Selic, e o espaço para recuperação da economia encolheria.
Essa última possibilidade me parece ser o cenário mais provável. Nele, o governo Temer reproduzirá a trajetória observada na passagem de Joaquim Levy pelo Ministério da Fazenda, iniciada com uma lua de mel.
Conforme se evidenciam os sinais de dificuldades de aprovação de medidas que encaminhem nosso problema fiscal estrutural, os mercados voltam a olhar a evolução do endividamento público. Em algum momento eleva-se a percepção de risco de rolagem da dívida pública. Nessa hora, o câmbio desvaloriza-se e o ajuste cíclico vai para as calendas.
No cenário otimista, Temer consegue aprovar duas ou três medidas importantes, que sinalizam enfrentamento do problema fiscal e que em alguns anos a dívida pública estabilizar-se-á como proporção do PIB. A perspectiva de estabilização da dívida pública mantém o câmbio no patamar atual, e o ciclo, que é favorável, segue seu curso normal: a inflação cai, inicia-se ciclo de queda de Selic e a atividade recupera-se. A economia poderia crescer forte em 2018.
O júri será dado pela política. Ela determinará o espaço que há para aprovações de medidas difíceis, mas necessárias, para encaminhar o problema fiscal estrutural.
Há, portanto, dois cenários políticos. O cenário pessimista lembra que Temer não foi eleito. Não houve um processo de discussão franco e aberto pela sociedade de nossos problemas fiscais. Não há, portanto, delegação para Temer e o Congresso aprovarem medidas duras, mas necessárias. Quando ficar clara essa incapacidade, o risco-país subirá e, com ele, o câmbio e os juros.
O cenário político otimista assevera que os políticos que votaram favoravelmente ao impeachment da presidente Dilma Rousseff vincularam seu futuro político ao sucesso do governo Temer. Particularmente, um retorno de Lula em 2018 seria muito ruim para eles.
Esses políticos olham o futuro. Se forem convencidos por Temer de que a aprovação de medidas difíceis é necessária para a economia estar bem em 2018, eles as aprovarão. O custo político agora será mais do que recompensado pela elevação da popularidade de um governo Temer, se a economia e o emprego estiverem bem melhores em 2018 do que estão agora.
Façam suas apostas. 

sábado, 14 de maio de 2016

Exportações brasileiras: 2007 - 2017



Com dados oficiais e estimativas do mercado, o total previsto a ser exportado pelo Brasil em 2016 (US$ 191,1 bilhões) ainda está bem abaixo do valor de US$ 256,0 bilhões alcançado em 2011.  

É previsível que neste 2016 o Brasil continue tendo uma participação muito pequena no comércio internacional, provavelmente abaixo de 1%. 

Existe, portanto, muita coisa a trabalhar!


A importância de debater o PIB nas eleições 2022.

Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...