quinta-feira, 24 de setembro de 2009
ESTE É O NOSSO BRASIL?
NOBEL PRIZE IN ECONOMIC SCIENCES 2009 - THOMSON REUTERS
2009 - NOBEL PREDICTIONS IN ECONOMIC SCIENCES:
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
AINDA SOBRE O CRESCIMENTO DO PIB 2009
O experiente CLÓVIS ROSSI na FOLHA de hoje escreve "DA FESTA E PERSPECTIVA". O texto é curto, realista e mostra como funciona o brasileiro. Nem todos, espero...
Festejar a perspectiva de crescimento de 1% este ano, como está fazendo agora o governo federal, é típico da mediocridade brasileira. Conformamo-nos com pouco, com muito pouco.
É óbvio que, depois de uma baita crise internacional, conseguir crescer é mesmo para festejar. Mas o festejo não dá o direito de perder a perspectiva.
Qual a perspectiva a meu ver mais adequada? É a que oferece João Paulo de Almeida Magalhães, presidente do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro, em entrevista para o número de julho da revista do Ipea, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas.
Há alguns anos, citei aqui Almeida Magalhães apontando 7% como o nível de crescimento desejável para o Brasil, numa época em que parecia um número grande demais. Ele não mudou de opinião e sua "rationale" parece imbatível:
"O crescimento entre 1980 e 2005 foi insuficiente, apenas 2%, 3% ao ano. Nesses últimos anos melhorou um pouco e passou a 4%. Mas ainda é insuficiente, porque num período de 30 anos, após a Segunda Guerra Mundial, crescemos 7% na média. Os países asiáticos vêm crescendo nessa faixa há praticamente 30 anos. Assim, vamos voltar a crescer mediocremente como aconteceu nesses últimos 30 anos", disse à revista "Desafios do Desenvolvimento".
Almeida Magalhães lembra ainda um fato óbvio mas que costuma ficar meio nas sombras do noticiário: "O crescimento é uma situação normal em todo o mundo. Não há país que não cresça".
Só para lembrar: os outros três Brics (Rússia, Índia e China) desde 1966 crescem o dobro da média anual per capita brasileira (3%).
Como diria Che Guevara, se ainda vivesse e conhecesse o Brasil: "Hay que conmemorar pero sin perder la perspectiva jamás".
terça-feira, 15 de setembro de 2009
BARACK OBAMA E UM ANO DA CRISE
We will not go back to the days of reckless behavior and unchecked excess at the heart of this crisis," President Obama said.
O BRASIL EM FRASES VERDADEIRAS
Para reflexão nesta noite de "comemoração" por UM ANO de crise econômica, abaixo três frases atribuídas aos citados abaixo, nas quais lemos como é, na verdade, o nosso BRASIL.
"No Brasil até o passado é incerto." - Gustavo Loyola.
"No Brasil, empresa privada é aquela que é controlada pelo governo, e empresa pública é aquela que ninguém controla." - Roberto Campos
FINALMENTE: UM ANO DE CRISE E AINDA ESTAMOS VIVOS!
Leio ELIANE CANTANHÊDE na FOLHA há muito tempo, indiferente de criticar algumas colunas e gostar de outras. Como hoje, 15/09/09, é uma dia ESPECIAL para o mundo, pois AINDA CONTINUAMOS VIVOS, apesar de TUDO o que aconteceu e de TUDO que ainda pode vir na área econômica, o texto da ELIANE, de certa maneira, resume o que aconteceu neste último ano. Então vamos à leitura:
domingo, 13 de setembro de 2009
PREVISÃO PIB 2009 - QUEM ACERTA?
Para os meus quase dois leitores ainda fiéis, leiam com vontade este outro editorial do ESTADÃO sobre o CRESCIMENTO SEM INVESTIMENTOS no Brasil. E vamos esperar o resultado do PIB de 2009 e ver quem está com a razão.
O crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, em relação ao primeiro, confirmou que o Brasil saiu da crise.
No entanto, alguns dados preocupam, pois indicam que não se trata de uma recuperação durável e mostram que o governo não aproveitou a oportunidade da crise para tomar medidas recomendadas em tempo de recessão.
Nos dados do semestre isso fica mais claro. O governo privilegiou o consumo, que, em relação ao primeiro semestre do ano anterior, cresceu 2,3%, para as famílias, e 2,6%, para o governo, enquanto o PIB caía 1,5%. No entanto houve declínio de 15,6% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou seja, nos investimentos.
Ao comparar dados do segundo trimestre com dados do primeiro, verificamos também alguns resultados preocupantes. O consumo das famílias foi alimentado pelo aumento de 3,3% da massa salarial (ao contrário do que ocorreu nos países industrializados), pelo crescimento nominal de 20,3% do crédito para pessoas físicas e pelos incentivos fiscais.
Houve redução do consumo da administração pública, especialmente nos Estados e municípios, pois os impostos diretos aumentaram 3,8%, em valor, apesar dos incentivos.
O dado mais preocupante é que o crescimento do PIB em relação ao trimestre anterior não foi acompanhado de aumento dos investimentos, que não registraram variação e que, no primeiro semestre, caíram 15,6%.
A taxa de crescimento dos investimentos em relação ao PIB ficou em 15,7% - a menor desde 2003 e que havia atingido 18,5% no segundo trimestre de 2008.
A explicação para isso é a queda da poupança em relação ao PIB, que neste ano, no segundo trimestre, ficou em 15%, ante 19% no mesmo trimestre do ano passado.
A FBCF é composta em cerca de 50% por máquinas e equipamentos, em 40% pela construção civil, que inclui parte dos investimentos na infraestrutura, e em 10% por fatores de menor peso.
Sabemos que a Petrobrás realiza investimentos elevados, mas que a indústria reduziu os seus diante da incerteza sobre a evolução da demanda. Mas, ao contrário do que se esperava com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos na infraestrutura diminuíram.
O crescimento futuro enfrentará pontos de estrangulamento decorrentes de uma infraestrutura obsoleta para atender à demanda doméstica e à exportação, assim que a demanda externa se restabelecer.
A ECONOMIA NA TERRA
ECONOMIA EM CRISE - UM ANO DEPOIS
ECONOMIA EM CRISE - UM ANO DEPOIS
ECONOMIA EM CRISE - UM ANO DEPOIS
Todos são cientes que este blog publica qualquer informação que possa ser útil ao leitor, INDIFERENTE da origem ser de um pensamento ortodoxo ou heterodoxo. Nossa pluralidade é de sempre conhecer os dois lados da questão, como já postamos em outros comentários. Mesmo sem concordar, acreditamos que a leitura do OUTRO pensamento melhora o NOSSO entendimento da questão. Por isso, neste um ano de CRISE e com o excelente caderno MAIS da FOLHA, leiam mais uma resposta para a questão "Há alternativas, novos temas ou enfoques que devam ser incorporados ao ensino de economia?", agora respondida pela LEDA PAULANI, professora titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP e autora de "Brasil Delivery" (ed. Boitempo).
Recentemente, a rainha da Inglaterra visitou a lendária London School of Economics e perguntou aos doutos docentes por que ninguém lograra prever a profundidade da crise que se avizinhava. Os professores, cultores da teoria ortodoxa, crédulos do mercado e de suas divertidas utopias (autorregulação, eficiência, ótimo social), responderam que, contando embora com as mais brilhantes mentes matemáticas, o cálculo do risco enfocara apenas fatias do mercado. O sistema como um todo não fora considerado.
O que eles não disseram é que, formados na doxa econômica, os economistas jamais conseguiriam fazer esse tipo de análise totalizadora.
A formação hoje dominante põe ênfase apenas na matemática, nas técnicas de modelagem, olhando com enfado quaisquer considerações não passíveis de matematização.
Sociedade, instituições, história não cabem nessa visão, são anticientíficas.
A filosofia também não tem lugar, pois é com fastio igual que se encaram as questões metodológicas.
Economistas heterodoxos se deram conta dessa lacuna na resposta desses professores e lembraram a acusação, feita em 1991, por uma comissão da Associação Americana de Economia, sobre os cursos de pós-graduação em economia, os quais estariam formando "sábios idiotas", treinados na técnica, mas "inocentes" do mundo real.
A crise, porém, não estancará a produção de sabichões. Uma formação que desdenha a mais abrangente e consistente teoria do capital só pode continuar a fazer o que tem feito: vender ideologia como ciência.
ECONOMIA EM CRISE - UM ANO DEPOIS
Na FOLHA deste domingo, o caderno MAIS publica excepcional material sobre a ECONOMIA e a CRISE que completa um ano. Dentre os diversos textos, divulgamos a resposta do Professor LUIS HENRIQUE BERTOLINO BRAIDO, atual diretor de ensino da Escola de Economia da FGV-RJ, sobre a seguinte questão: Há alternativas, novos temas ou enfoques que devam ser incorporados ao ensino de economia? A sua resposta é para a nossa reflexão nestes novos e rápidos tempos, como Professores ou Estudantes da nossa ECONOMIA.
O princípio básico da ciência econômica - denominado individualismo metodológico - enfatiza a liberdade de escolha do indivíduo frente às estruturas sociais. Portanto, não há como iniciar um curso de economia sem ensinar os modelos de escolha individual.
Como a relação entre indivíduos livres é intermediada por mercados ou outros mecanismos sociais, o conhecimento rigoroso sobre equilíbrio geral, teoria dos jogos, desenho de mecanismos, externalidades e assimetria de informação constitui o segundo pilar de qualquer programa na área.
Por fim, como a seleção entre teorias alternativas depende de testes empíricos, o economista moderno necessita de sólida formação quantitativa.
A separação entre temas macroeconômicos e microeconômicos está superada. A profissão dispõe de um corpo teórico consolidado para analisar temas tão diversos quanto finanças; comércio internacional; políticas monetária, fiscal, cambial e industrial; história econômica; regulação e defesa da concorrência; previdência; meio ambiente; desigualdade social; crime e educação.
A abordagem desses temas baseia-se no método científico, que enaltece a dedução lógica formal e o confronto de suas conclusões com fatos observáveis. A utilização desse método permitiu à civilização ocidental alcançar notável progresso tecnológico nos últimos séculos.
Ao dotar seus alunos desse poderoso instrumental analítico, o curso de economia capacita-os a diferentes desafios profissionais. Para tanto, cabe às instituições brasileiras elevar o formalismo no ensino de teoria econômica e ampliar o número de docentes e discentes envolvidos em pesquisas científicas de nível internacional.
sábado, 12 de setembro de 2009
ECONOMIA NA REVISTA VEJA
Altamente recomendável a leitura da VEJA que está nas bancas desta semana. Vejam meus caros leitores que “em 500 anos, os EUA saltaram à frente da América Latina ao conjugar capitalismo e democracia. No mundo pós-crise, começa a ficar claro que esse binômio se constrói mais na política do que no mercado. Alguém duvida?
No começo da colonização, a América Latina era mais rica e tinha sociedades mais complexas que a América do Norte. O Brasil, com terra e clima promissores, já tinha vida comercial, com o pau-brasil e depois com o açúcar, mercadoria altamente valorizada na época, enquanto as tentativas de colonização nos Estados Unidos eram um fracasso atrás do outro. Nos primeiros 250 anos da colonização europeia, a América ibérica teve alguma vantagem sobre a América inglesa. Nos 250 anos seguintes, período em que as colônias viraram países independentes e republicanos, o jogo inverteu-se brutalmente. A renda per capita dos americanos e canadenses disparou. De acordo com as contas do cientista político Francis Fukuyama, o ex-ícone do conservadorismo americano e editor de Falling Behind, que trata do desnível entre as Américas, o calendário do fosso foi o seguinte.
• Até cerca de 1800, o norte e o sul das Américas evoluíram de modo mais ou menos semelhante.
• De 1820 a 1870, período que concentrou as guerras de independência, a América Latina encolheu 0,5% ao ano. Os Estados Unidos cresceram 1,39% ao ano.
• De 1870 a 1970, com uma interrupção durante a depressão dos anos 30, a América Latina cresceu até mais do que os Estados Unidos, mas num ritmo longe de cobrir a diferença.
• De 1970 até agora, os Estados Unidos voltaram a crescer mais que os vizinhos do sul, aprofundando o fosso.
• Em 2001, a renda per capita americana superava 27 000 dólares. A latino-americana não chegava a 6 000 dólares.
O Brasil avançou em muitos aspectos, mas ainda é "a eterna promessa de futuro", ora como celeiro do mundo, ora como potência verde, ora com etanol, ora com pré-sal, mas sempre o país em busca de cumprir o vaticínio da aurora redentora."
Triste e sem um futuro de riqueza uma sociedade que não consegue manter o CAPITALISMO e a DEMOCRACIA. Fiquemos pois atentos neste 2010 no qual várias ideias serão lançadas EM BUSCA DE UM TEMPO PERDIDO.
PREVISÃO PIB 2009 - QUEM ACERTA?
O editorial do ESTADÃO de hoje coloca a situação do OTIMISMO pelo fim da recessão de uma maneira real, economicamente didática e com argumentação a produzir nos cérebros uma visão realista do resultado esperado para 2009.
PREVISÃO PIB 2009 - QUEM ACERTA?
Ainda sobre a previsão do PIB 2009, leio agora no blog da Miriam Leitão que o PIB brasileiro cresceu 1,9% no segundo trimestre e o país saiu da recessão. Para frente, as perspectivas são de um crescimento ligeiramente melhor no terceiro trimestre, de 2% na margem, diz Sérgio Vale, da MB Associados.
Segundo ele, os dados divulgados até aqui indicam que o comportamento positivo na margem vai se manter neste terceiro trimestre, com recuperação das indústrias (no lado da oferta) e dos investimentos (pelo lado da demanda).
Isso não muda, no entanto, a perspectiva de crescimento zero ou baixo crescimento da economia neste ano. Indústrias seguem abaladas, com fortes quedas na comparação interanual. E permanecem riscos de pequena queda do PIB em 2009.
A consultoria mantém, desde o final do ano passado, a projeção de 0,2% de expansão do PIB neste ano. Um desempenho positivo considerando-se a crise. Mas muito aquém das previsões de 4% em 2009 traçadas antes de setembro do ano passado.
— No segundo semestre não existem mais grandes transferências de renda do governo, a não ser a adição de um milhão de famílias no Bolsa Família. Mas a recuperação da renda deve manter-se pela recuperação da classe média, que está em pleno curso — acrescenta.
Ele entende que os destaques do semestre devem ser ainda o varejo, que ajudará a indústria a se recuperar no final do ano. E a própria indústria pode ser destaque, principalmente de bens duráveis e de construção.
— Alguns testes serão importantes ainda, como a diminuição da redução do IPI de automóveis, mas que não acreditamos que vá ter grandes impactos negativos.
Para o próximo ano, a MB manteve as perspectivas de crescimento de 4%, embora entenda que o número caminhe para se tornar um piso.
Para os meus quase dois (milhões de) leitores, ao final de 2009, veremos quem tem razão ou apenas faz o jogo político.
PREVISÃO PIB 2009 - JOELMIR BETTING
Esta eu li hoje na página do JOELMIR BETING http://www.joelmirbeting.com.br/noticias.aspx?IdNews=32471&IdgNews=2:
Caro JOELMIR, o ano ainda não terminou e seu OTIMISMO político econômico não encontra razões técnicas o suficiente para tornar-se realidade. Pelo menos por enquanto...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
A ECONOMIA NUM ARTIGO DO LE MONDE
Direto do LE MONDE, um artigo com o sugestivo nome “A economia não mente, mas também não prevê o futuro”, que deve ser lido com atenção por todos os economistas e/ou interessados pela nossa ECONOMIA. Quanto a prever o futuro, é discutível. Vejamos que temos mais acertos do que erros. Como qualquer animal humano...
Para aqueles que se irritam com a economia e ainda mais para quem a economia de mercado é insuportável, a recessão é toda uma bênção: "Os franceses não têm a cabeça econômica, mas política", descreveu Alexis de Tocqueville em 1848. A essa pouca afinidade pela economia se acrescentam nos franceses uma aversão pelo capitalismo e uma inclinação pela intervenção forte do Estado. Acusar os economistas de não ter previsto a crise e os liberais de tê-la provocado com seus excessos se inscreve em uma batalha na qual a ciência econômica não é a única que está em jogo: a economia e os economistas se encontram no cruzamento da ideologia com a ciência.
A importância de debater o PIB nas eleições 2022.
Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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É lamentável que tenhamos poucas vozes na oposição com a lucidez do FHC . De sua excelente entrevista na CONJUNTURA ECONÔMICA deste mês, de...
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Desde o início deste 2022 percebemos um ano complicado tanto na área econômica como na política. Temos um ano com eleições para presidente, ...
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O 1º Fórum Insper de Políticas Públicas , que acontecerá no campus da instituição no dia 05.09, irá reunir pesquisadores renomados da Améri...