domingo, 17 de agosto de 2008

ECONOMIA E IMPERIALISMO

Sempre que possível procuro ler textos de autores dos quais compartilho suas idéias e outros dos quais discordo. Entendo que deva ler os argumentos de ambos, até para que possa melhor entender o que se passa e emitir minha opinião de maneira mais precisa. Um dos últimos que li e do qual normalmente também compartilho seu entendimento foi do Paul Krugman, quando ele, ao comentar sobre a atual guerra na Geórgia, nos alerta para a possibilidade de que esta atual era de globalização possa ter um destino igual ao da primeira. Para quem “viveu” os anos dourados (que não são os de Copacabana dos anos 50/60), anteriores a 1ª Guerra Mundial, aonde depois deles vieram longos anos de guerras, revoluções, sofrimentos, instabilidades políticas e depressão, até chegarmos ao mundo “Pós-Guerra” (tão bem descrito pelo Tony Judt), a invasão da Geórgia pela Rússia pode ser um indicador de que, apesar desses enormes laços econômicos e financeiros envolvendo multinacionais em inúmeros países, o “militarismo e o imperialismo” não morreram. É por isso que torço para que os Estados Unidos continuem como superpotência (apesar de Guantánamo Bay), que a “Pax Americana” consiga manter em equilíbrio diversas regiões do globo e que não tenhamos que ver uma China no primeiro lugar no pódio mundial (que pode até ser o olímpico), mas não o do poder econômico, militar e cultural. Como recordo das aulas de Relações Internacionais e observo em nossos vizinhos, governos democráticos tendem a evitar guerras. Porém, governos autoritários vêem na guerra uma saída para a sua manutenção perpétua no poder. Vide alguns exemplos atuais na Venezuela, Coréia do Norte, Irã, Rússia, Equador, que atropelam fundamentos básicos da economia de mercado visando sempre o poder central concentrado em um único grupo. Ou, recuando um pouco no tempo, o Iraque de Saddam Hussein, o Egito de Nasser, a Líbia de Kadafi, o Afeganistão dos Talibans. Como conclui o título do artigo do Krugman, acreditar que a racionalidade econômica sempre evita a guerra também é uma grande ilusão. Por isso, atenção: quando alguns líderes desejam o poder a qualquer custo, que fique em alerta o setor privado.

Um comentário:

Cibele Bastos disse...

Este seu post veio realmente a calhar nesta época de olimpíada, que esta já fora (?) palco d protestos no passado.
Já o meu post, foi apenas aquele sentimento que a maioria das pessoas tem pelos americanos... digamos que fico feliz em saber que pelo menos isso, eles n irão ganhar. Uma ponta d inveja rsrs...

Concordo qdo dizes que governos democráticos tendem a evitar guerras, mas nem por isso eles deixam de exercer seu poder de mando nas terras alheias.

Não quero a China ditando uma nova ordem, isso me deixa apreensiva. Não imagino meu mundo ocidental sendo ditado por um pais que n respeita as liberdades individuais.
Essa derrota moral dos Eua nesta competição se somará a outros fatores de desgaste estaduniense.

Inté.

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